O dia em que o Estadão redescobriu o jornalismo

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Foto: reprodução Estadão
 
Jornal GGN – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concedeu o Prêmio Dom Hélder Câmara 2017 para a série de reportagens “Terra Bruta”, publicada em julho do ano passado pelo Estadão.
 
Segundo o jornal, a série, que abordou a questão da violência por disputas de terra no país, exigiu sete meses de trabalho, com viagens a oito Estados, mapeando 482 áreas de confrontos. 
 
O trabalho realizado por André Borges, Leonencio Nossa, Dida Sampaio e Hélvio Romero, Luciana Garbin, Fábio Sales e Everton de Oliveira também venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, na categoria reportagem. 

 
Leia mais abaixo: 
 
Do Estadão
 
‘Estado’ vence Prêmio Dom Helder 2017 com série ‘Terra Bruta’
 
Trabalho realizado durante sete meses em oito Estados mostrou que ao menos 1.309 pessoas, principalmente camponeses e indígenas, morreram em conflitos nos últimos 20 anos
 
A série “Terra Bruta”, publicada entre os dias 10 e 17 de julho pelo Estado, conquistou o Prêmio Dom Helder Câmara 2017, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A entrega do prêmio ocorreu no dia 31 de março em Trindade (GO), em evento que comemorou a 50.ª edição dos Prêmios de Comunicação da CNBB.
 
Dom Hélder é reconhecido pela defesa dos direitos humanos durante o regime militar. Foi o único brasileiro indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz.
 
A série “Terra Bruta” abordou, durante oito dias de reportagens, os problemas de violência, disputas de terra e desmatamento pelo interior do País. O trabalho realizado durante sete meses mostrou que ao menos 1.309 pessoas, principalmente camponeses e indígenas, morreram em conflitos nos últimos 20 anos. A partir de viagens feitas a oito Estados, a série mapeou 482 áreas de confrontos, revelou a atuação de seguranças particulares acusados de envolvimento em homicídios e apresentou uma rede criminosa que promove o comércio ilegal de madeira e o roubo de terras públicas.
 
Em 2016, “Terra Bruta” venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, concedido pelo Instituto Vladimir Herzog. A reportagem também recebeu, no ano passado, o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, na categoria reportagem, distinção concedida desde 1984 pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul e pela Associação de Fotógrafos e Cinegrafistas do Brasil (Arfoc).
 
O trabalho venceu ainda o prêmio de Reportagem do Ano, concedido pelo Estado, e foi agraciado com o segundo lugar no Prêmio Latino-americano de Jornalismo Investigativo, concedido anualmente pelo Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e pela Transparência Internacional.
 
A equipe que produziu a reportagem é formada por André Borges, Leonencio Nossa, Dida Sampaio e Hélvio Romero. Os trabalhos de edição e multimídia são de Luciana Garbin, Fábio Sales e Everton de Oliveira.
 
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Redação

4 Comentários

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  1. Será Que Não Foi Descuido?

    Nassif: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Assim, não podemos confundir o excelente trabalho jornalístico de uma equipe (André, Leonencio, Dida, Hélvio, Luciana Fábio e Everton) com o Estadão, símbolo de defesa do latifúndio. Os Mesquitas (dizem que hoje só emprestam o nome aos sócios ocultos) são os dignos representantes da classe. Sinceros, nunca fizeram questão de esconder o status. Ocasionalmente, têm reportagens ousadas. Tiradas que dão manchete de primeira página e muito valorizam o espaço comercial. É uma questão de lucro. Uma questão de simples oportunidade, que não pode se confundir com princípios ou escrúpulos. Não que eles não as tenha. Mas seguem outras regras. Não seria de estranhar se se descobrisse que a reportagem só saiu por um descudio do chefe da redação. A raposa perde pelo, mas não perde manha…

     

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