O labirinto político suscitado pelo segundo turno no Rio, por J. Carlos de Assis

O labirinto político suscitado pelo segundo turno no Rio

por J. Carlos de Assis

Preparado para votar em Jandira, anulei meu voto sem querer no primeiro turno das eleições municipais no Rio. Ato falho inconsciente. Estava tão desinteressado do resultado das eleições, com candidatos tão insatisfatórios, que acabei apertando a tecla do prefeito antes do vereador (ou vice-versa). Quando me dei conta, o  voto estava anulado. Agora vou votar de novo, com mais atenção. Meu amigos todos, em geral de esquerda, estão com Freixo. Mas um alto dirigente de um partido que o apoia, falando dos bastidores da campanha, disse simplesmente que Freixo não dá a menor atenção aos aliados de sua base. Sequer os ouve.

Isso acendeu uma luz vermelha em minha mente. O fato é que Freixo não tem programa. Sua principal credencial como candidato a prefeito foi ter sido presidente de CPI da Alerj, na área de segurança, e ter prendido milhares de bandidos, o que não tem nada a ver com Prefeitura. A ideia de converter guarda municipal em polícia comum é uma besteira. Seria melhor incorporá-la à Polícia Militar, e criar outras guardas municipais, indefinidamente, porque alguém tem que  cumprir certas ações  de ajuda à população fora de questões criminais. As promessas na área de saúde e de habitação formam as frivolidades eleitorais de sempre.

Minha relação com Crivella vem de longe. Ajudei-o a fundar o PRB junto com o nosso grande líder, José Alencar, em 1986. A criação do partido foi uma decorrência do envolvimento do Partido Liberal no mensalão. Crivella e Alencar eram próceres do Partido Liberal, mas totalmente isentos de qualquer envolvimento em irregularidades. Saíram, por isso, do PL, e ficaram sem partido. Mas aproximavam-se as eleições presidenciais e Lula insistia em continuar com Alencar como Vice. Desconfiado como era, Alencar tinha grande dificuldade em entrar num partido existente para garantir a legenda de vice. Temia ser achacado.

Foi aí que Crivella surgiu com uma proposta. Alguns líderes políticos ligados à Universal haviam recolhido assinaturas suficientes para criar um partido político. O Senador propôs a Alencar substituir o nome do partido e usá-lo como legenda para coligar-se ao PT. Achei a ideia ótima. Evitava o oportunismo certo de partidos existentes. Nas vésperas do prazo de filiação, escrevi uma carta de quatro laudas para Alencar sugerindo a ele que aceitasse a ideia da criação do partido. Não sei se foi por minha influência, mas aquela saída o agradou, de preferência a ir para as asas inconfiáveis do PMDB ou PDT, entre outros.

A condição que colocamos, Alencar e eu, para participarmos da criação do partido (PRB) era que funcionasse como uma entidade rigorosamente laica. Ou seja, não poderia ser um partido de igreja. Claro, isso era uma ilusão, pois todos os organizadores dele estavam direta ou indiretamente ligados à Universal. Isso foi agravado pelo fato de que Raphael de Almeida Magalhães, que eu pensara que tinha sido convencido a aceitar a presidência do partido, e que certamente lhe teria garantido uma característica laica, acabou desistindo por pressão familiar. Fiquei incomodado com a situação, mas ainda na expectativa de uma saída.

Em 2010 fui candidato a vice-governador na chapa de Crivella, por falta de um partido associado que disputasse a indicação. Nas eleições seguintes continuei apoiando Crivella, mas ainda incomodado com o caráter predominantemente religioso de seu partido. Em determinado momento, tornou-se claro que o PRB, com comando firme da Universal, jamais se tornaria um partido laico. Em consequência, me desliguei formalmente dele. Isso, contudo, não significa que Crivella seja um sectário religioso.  Sua experiência no Ministério da Pesca e na política em geral indica até uma certa prevenção contra a presença predominante entre seus auxiliares de evangélicos carimbados, uma espécie de discriminação ao contrário.

Agora temos o segundo turno no Rio. A maior mancha na carreira política de Crivella, para os progressistas, é ter votado, como ex-ministro de Dilma, pelo seu impeachment. Mas ele fez isso em razão de um cálculo político que indicava que a maioria da população estava contra Dilma. Não fosse isso e ele não teria ido para o segundo turno e obtido a vantagem que tem nas pesquisas. Em Curitiba, o candidato Maurício Requião, filho do mais aguerrido e leal defensor de Dilma contra o impeachment, chegou em terceiro lugar no primeiro turno. A culpa foi atribuída à associação pelo nome com a postura moralmente irrepreensível do pai.

Agora, temos a decisão do segundo turno no Rio. Tentemos desligar o farol de ré para vermos melhor adiante. Minhas dúvidas continuam, mas está-se formando uma certeza. Posso fazer tudo, menos votar a partir de uma manipulação da capa de “Veja”, requentando fatos irrelevantes de mais de duas décadas com o apoio aberto do Sistema Globo. Isso é demais.  Globo e “Veja”, que depuseram Dilma, não podem abocanhar toda a publicidade da Prefeitura, como já faz com a do Estado e do Governo Federal, a fim de se salvar da crise de leitores e de audiência devida justamente a seu baixo e irresponsável jornalismo.

J. Carlos de Assis – Economista, professor, doutor pela Coppe/UFRJ.

Redação

28 Comentários

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  1. Segundo turno Rio de Janeiro.

    Sr, J. Carlos de Assis, combater a globo, não é necessáriamente entregar o Rio a Universsal / Recor. Vamos com calma.

  2. A discórdia nas linhas

    A discórdia nas linhas inimigas pode ser interessante. A vitória de Crivella abrirá uma boa guerra no meio da direita: evangélicos X “tucanos”, ambos com poder de fogo; a vitória de Freixo colocará lenha na fogueira de desunião da esquerda. Seria interessante, talvez até engraçado, ver como o PSOL se sairia tendo que lidar com o mundo real, mas isto é outra história.

  3. Prezado professor, o senhor

    Prezado professor, o senhor tem o direito de votar em quem achar conveniente e ninguém, fora o senhor, nada tem a ver com isso. E tenho mesmo a convicção, prova só daqui a 4 anos, de que Crivella poderá se revelar um bom prefeito para o Rio de Janeiro. Agora, comparar o sentimento político do eleitor de Curitiba com o do Rio é mais ou menos como comparar Calvino com Mãe Menininha do Gantois. E justificar como “em razão de um cálculo político” o voto de Crivella é colocá-lo no mesmo caldeirão dos desleais, interesseiros, hipócritas, despersonalizados, golpistas, traidores, etc., etc., que apearam a presidenta. Entendo, por esse raciocínio, que se a votação fosse para instituir a pena de morte, ou a supressão do Imposto de Renda, ou semana de 2 dias úteis, ou almoço grátis para todos, ele poderia votar a favor “em razão de um cálculo político”, quaisquer fossem suas, dele, convicções. E o senhor pode estar convicto, mas não tem a prova de que se ele tivesse se posicionado contra o impeachment, tal qual Requião, não tivesse ido ao 2º turno com a mesma vantagem. 

  4. Curto-circuito total em José Carlos de Assis

    Prezados,

    Sempre leio com muita a tenção os artigos escritos pleo professor José Carlos de Assis. Mas neste ele pirou de vez, entrou em curto-circuito, não diz coisa-com-coisa, não consegue sequer concatenar idéias de modo verossímil. Senão vejamos:

    1) Já no incício ele afirma

          “Preparado para votar em Jandira, anulei meu voto sem querer no primeiro turno das eleições municipais no Rio. Ato falho inconsciente. Estava tão desinteressado do resultado das eleições, com candidatos tão insatisfatórios, que acabei apertando a tecla do prefeito antes do vereador (ou vice-versa). Quando me dei conta, o  voto estava anulado.”

    Mesmo considerando justificável o desinteresse do professor pelas eleições e considerando ser ele uma pessoa idosa, não dá para acreditar que ele tenha anulado o voto da forma como descreveu. Um professor, economista e membro da COPPE/UFRJ, em pleno gozo da razão, não faria uma coisa dessas, evidentemente.

    2) O terceiro parágrafo não tem pé nem cabeça e começa com a narrativa contendo erro factual gravíssimo.

          “Minha relação com Crivella vem de longe. Ajudei-o a fundar o PRB junto com o nosso grande líder, José Alencar, em 1986. A criação do partido foi uma decorrência do envolvimento do Partido Liberal no mensalão.”

        PRB, PL e “mensalão” em 1986? Viagem ou amnésia total.

       O prarágrafo termina com a platitude

       “Desconfiado como era, Alencar tinha grande dificuldade em entrar num partido existente para garantir a legenda de vice. Temia ser achacado.”

      Ora, José Alencar já havia desde 1993 composto as fileiras do PMDB, pelo qual se elegera senador; apenas em setembro de 2001 Alencar deixou o partido, para ingressar no PL pouco depois. Portanto essas alegações de J. Carlos de Assis não fazem o menor sentido.

    No restante do artigo J. Carlos de assis tenta explicar e justificar o apoio a Crivella. Mas não consegue convencer. O professor chega ao absurdo de minimizar a traição e o oportunismo cínico e covarde de Crivella, que foi ministro dos governos Lula e Dilma, votando a favor do golpe que derubou a presidenta Dilma Rousseff. 

    Quanto ao apoio da Globo e da Abril à candidatura de Marcelo Freixo, J. Carlos de Assis mais confunde do que explica, pois na verdade a cruzada do PIG/PPV é contra Crivella e não pró-Freixo, que apesar de bem intencionado tem se mostrado fraco como candidato a prefeito do Rio.

    Enfim: este artigo é do tipo que envergonha quem o escreveu, se lido com atenção pouco tempo depois de concebido. Pelo que expus acima, é provável que J. Carlos de Assis não o tenha lido e revisado, pois se assim o fizesse não teria deixado passar tantos erros e incoerências.

  5. sua (do “bispo” ou outro

    sua (do “bispo” ou outro título autoconcedido) maior mancha é ter votado pelo impedimento, mas o fez por um cálculo político, segundo o autor. foi uma traição, pura e simples e o tal cálculo parte, segundo autor, da crença de que o povo estava contra Dilma. ora, em que mundo vivem os caras? não leem as entrelinhas? até meu cachorro sabe ler melhor o mundo no qual vive. ainda, dizer que o tal bispo foi para segundo turno por conta da traição é uma inferência que carece de comprovação. mas como estamos vivendo num mundo algo imperfeito, tudo é possível… como dória em sampa.

  6. Discordo totalmente

    J. Carlos de Assis está fazendo campanha para o Crivella. Discordo totalmente.

    Ele diz que Freixo não tem programa. Como se Crivella tivesse…

    Ademais, os tempos anti-democráticos em que vivemos não admitem titubeios.

    Não é possível desculpar Crivella por ter votado contra Dilma (portanto, contra princípios democráticos) devido a “cálculo político”. 

    Quem preza minimamente a democracia não pode ser condecesdente com golpistas. Nunca.

  7. O ótimo é inimigo do bom e odeia o razoável

    Freixo não é perfeito? Mas quem é? Com ou sem Veja, satisfazendo ou não os interesses dos Marinhos, a eleição de Crivela representa a ascensão do projeto de poder dos crentes e ponto! Esta gente promove intolerância com os que são diferentes e isto me bastaria votar até num energúmeno Pedro Paulo para vê-los bem longe do poder.

  8. Diz o autor do texto:
    “A

    Diz o autor do texto:

    “A maior mancha na carreira política de Crivella, para os progressistas, é ter votado, como ex-ministro de Dilma, pelo seu impeachment. Mas ele fez isso em razão de um cálculo político que indicava que a maioria da população estava contra Dilma. Não fosse isso e ele não teria ido para o segundo turno e obtido a vantagem que tem nas pesquisas.”

    Concluo que se Crivella estivesse em Jerusalém há dois mil anos atrás, ele calcularia que a maioria da população estava contra Jesus Cristo e, por conta disso e para não perder sua posição social, ele trambém gritaria: “Solta Barrabás e crucifica o Nazareno. Se soltares Jesus, não és amigo de César.”

    Tristes trópicos, ainda mais com um candidato que se diz cristão. Nenhuma diferença do meu vizinho, católico praticante e fervoroso, que ontem reclamava porque um sujeito que fez assaltou uma senhora, levando seu celular, não foi alvejado pelo seu vizinho, por falta de pontaria. Imagine se esses Senhores não fossem cristãos.

    O autor do texto também atribui a crise de leitores e de audiência da Globo ao fato do seu baixo e irresponsável jornalismo. Bem, a Globo sempre fez esse jornalismo baixo e irresponsável. Porque só agora ela entraria em crise? Além do mais, todas as demais emissoras do PIG são padrão Globo de jornalismo.

    Na verdade, a maior parte dos Telespectadores da Globo não assistem aos seus jornais, mas às suas novelas. Minha Mulher, que assistia a todas a novelas da Globo, agora assite a uma novela turca, apresentada pela Band, e às novelas Mexicanas, apresentadas pelo SBT. É daí que vem a crise de audiência da Globo.

    Não tem essa de não votar no Freixo por culpa da Globo e da Veja. Isso é uma desculpa estúpida e esfarrapada.

    1. A maioria dos alemães era a favor do nazismo

      Se Crivella estivesse na Alemanha antes da segunda guerra mundial, ele votaria em Hitler, já que a maioria dos alemães era a favor do nazismo.

      Uma maria-vai-com-as-outras

  9. Freixo tem programa

    Olá leitores do Jornal GGN,

    Dizer que Freixo não tem Programa é absurdo! 

    A iniciativa do Marcelo Freixo/PSOL “Se a cidade fosse nossa” debateu e construiu o programa de governo de Freixo em todas as regiões, bairros, territórios e comunidades da cidade do Rio de Janeiro, contanto com a participação de mais de 5.000 pessoas, especialistas, movimentos sociais, etc. Dizer que Freixo não dá atenção à sua base é leviandade de quem não conhece absolutamente nada da campanha, que, por sinal, já entrou para a história como aquela que conseguiu o maior número de doadores, dentre outras grandes conquistas. Como o próprio Freixo disse, ao ir para o segundo turno: “derrotar o PMDB no Rio foi uma homenagem à democracia e uma resposta à um partido golpista”.

    É o texto de pior qualidade que já vi publicado por aqui! Depois desse, o Jornal GGN cai um pouco no meu conceito.

    Uma crítica de baixíssimo nível, que mistura algumas questões, distorcendo o significado dos fatos.

    As críticas que a Veja e o Globo vem fazendo são parte do processo de disputa por mercado entre Globo/Abril x Record/Igreja Universal, o que indiretamente beneficia Freixo.

    Enfim, acho que esse texto é tão medíocre que não merece mais comentários.

    1. programa

      É isso, Gilson, quando a pessoa não tem um motivo inventa qualquer um. Dizer que o Freixo não tem programa, é demais.

      Como contribuição, aí vai:

      Resumo das propostas

      Proposta completa em pdf

      Quanto à desculpa de que se a Globo e a Veja estão atacando o bispo, “então ele é bom”: se elas atacassem o Bolsonaro, ele passaria a ser aceitável?

      Muito rasteiro esse raciocínio.

    1. Nao. Porém uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

      Freixo nao tem condiçoes de governar realmente, menos ainda se mantém a cabeça nas nuvens das besteiras puristas e delirantes do PSOL. OK, isso tá certo. Mas e daí? Vamos votar em Crivella, por isso? Que esse sim saberia governar, mas a favor de quem? Ademais, na menor das hipóteses, uma vitória de Freixo talvez desse umas liçoes de realidade ao Psol, o que seria ótimo!

  10. Este post embrulhou meu

    Este post embrulhou meu estomago, vota no Crivella meu caro, sai do armário. Mesmo que fosse verdade que o Freixo não tem partido, não é preparado e etc, qual seria o programa do Crivella? Uma igreja universal em cada esquina? Que lama!

  11. Sobre a reportagem “O labirinto político…”

    Sobre a reportagem que analisa o cenário político no segundo turno no Rio de Janeiro, mais especificamente sobre a atuação política de Marcelo Crivella, o texto releva que Crivella não apoiou a presidente Dilva por  um”cálculo político”. Ora, ora…como religioso, que arrota versículos da Bíblia de manhã, à tarde e também no período noturno, Crivela deveria entender mais sobre lealdade, e sobre o preço que pagamos por nossas escolhas politicas, tal qual os discípulos (exceção feita a Judas) que seguiram firmes em suas escolhas ao ver e sentir a perseguição e o fim de Jesus. Nesse sentido, o texto deixa claro que, para conseguir seus objetivos de poder, o bispo da Universal segue as conveniências, tanto faz se está ao lado de Deus ou do Diabo. Ao que parece, para ele “os fins justificam os meios” à moda de Maquiavel.

  12. Hã ??

    Crivella SÓ  votou a favor do impeachment porque o povo era a favor. Isso se chama POPULISMO ! As verbas de propaganda não vão para a Globo, mas para a Record/Universal que querem instalar um Estado religioso no Brasil. O ESTADO TEM QUE SER LAICO ! Temos que barrar o avanço dos evangélicos.  O Brasil já está vivendo um retrocesso para a Idade da Pedra. Precisamos de MAIS Progressistas e MENOS conservadores (religiosos)!
     

    1. Progressistas tipo o senador

      Progressistas tipo o senador que falou isso?

      “A Rede Globo é uma empresa de superlativos (…) é motivo de regozijo para todos nós brasileiros (…) quando temos um patrimônio superlativo, isso tem que ser reconhecido pelo Brasil e espalhado com motivo de orgulho (…) tem um papel que temos que reconhecer de integração nacional (…) através de um Jornal Nacional, da sua tele-dramaturgia, propagandear, ampliar espaços, torna essa rede de televisão um elemento fundamental para discutir os destinos do país. Porque como diria o bom e velho Gramsci, o papel da cultura, é o papel da superestrutura da sociedade. Hoje não tenho dúvida que o papel cumprido pela Rede Globo é indispensável na formação da cultura e na formação da opinião pública nacional. Por isso, em momentos como os de hoje, de crise que o país atravessa, de crise política, de crise moral, de crise econômica, é fundamental e indispensável o papel de uma rede de televisão que cumpra o papel fundamental de integração nacional e que estabeleça espaços de debates públicos. Além de tudo isso, a existência de uma emissora dessa natureza mostra o quanto para nós é fundamental a democracia e um dos principais valores da democracia, que é o valor da liberdade de expressão, o valor da liberdade de investigação característico do jornalismo investigativo. Este é um valor que é indissociável de qualquer regime democrático. Isto tem sido e tem que ser reconhecido por nós como um patrimônio defendido pela Rede Globo”.

    2. Estamos entre a cruz e a espada

      Pense num dilema: A Record/Universal querem implantar um estado religioso, a Globo está implantando um estado de exceção. É o cabo de guerra entre a Merda e a Bosta.

  13. Ainda tem o agravante do apoio ao golpe

    O apoio de Crivella ao golpe, além de sua notória vinculação à iurd e seu ideário retrógrado, é no meu caso mais um forte fator de desprezo e rejeição ao candidato e a seu partido, o PRB. No seu caso, professor J. Carlos Assis, é uma enorme decepção vê-lo minimizar o apoio de Crivella ao golpe de consequências dramáticas para o país e saber em que lugar do espectro político-partidário o senhor se situa ou se situou até recentemente.

    1. J.Carlos Assis

      Cara Ana Arrigoni:

      O GGN do Nassif também é otimo  porque seus comentaristas

      não reconhecem títulos e bacharelatos. Nem honoríficos.

      O Crivella é um trânsfuga e como tal deve ser tratado.

  14.  
    Calma gente. Vamos por

     

    Calma gente. Vamos por parte. Nada de nervosismo! Vamos raciocinar. Primeiro suponhamos:  com a vitória do candidato Freixo. Ai, provavelmente  teremos um prefeito sem nenhum apoio na Câmara Municipal. O partido do rapaz não gosta de ninguém, mas, esqueceu  de ao menos,  tentar eleger  uns  vereadores. Sendo assim, não terão apoio nem para aprovar um simples título de cidadania que seja.

    Do lado da bandidagem de colarinho branco, teremos o rolo compressor da corrupta Rede Globo, cobrando os olhos da cara do Freixo  pelo apoio eleitoral. Sabemos que, mesmo obtendo êxito em sua chantagem, não será por isso, que os marinhos vão deixar de soltar seus cães perdigueiros no encalço das canelas do prefeito dia e noite até o abater, como fizeram com a Dilma.

    Por outro lado, o bispo Crivela e o seu rebanho de ovelhas, não darão folga aos tímpanos do prefeito, tal  o ensurdecedor tilintar de chocalhos e gritos de viado! Aborteiro!  Satanaz! Viva Temer! Dentre outras baboseiras, atormentando o pé de ouvido de sua excelência. Daí, o Rio não terá prefeito . Quiçá, seja essa uma boa alternativa pros viventes daí.

    Bem: a opção que resta, é “deixar” o bosta do Crivela  se eleger. E ai, correr o risco do gajo transformar o Paço Municipal numa tenda dos milagres. Vai ser uma merda? Claro! Mas…em compensação, o sobrinho do bispo de merda, e proprietário da rede Record da fé divina deverão entrar numa guerra fratricida com os cavaleiros bandidos da rede Globo de trapaças…como eles brigam, mas são irmãos. Que se matem e vão pras profundas do inferno.

    Orlando

     

  15. Q *erda é essa?

    Nossa!

    Aprecio a maioria dos textos do J. Carlos Assis e respeito o espaço plural e democrático que o GGN dá aos seus articulistas habituais…mas pera lá!

    Ele está pedindo votos pro Crivella?

    Saiba ele que foi o pior texto já escrito aqui por ele. Que desastre!

    A minimização da postura golpista do Crivella foi uma das argumantações mais debilóides que jamais vi. Procurar descrendenciar o Freixo com argumentos tão vazios também beira o ridículo.

    Arre!

  16. debordianas

    José Carlos de Assis é um hipócrita que aposta na total falta de discernimento de possíveis  leitores.

    O Bispo Crivella é a IURD. A IURD é Edir Macedo. Edir Macedo é um megapicareta assumido – provavelmente, o mais bem sucedido na história de Pindorama.

    Daqui a pouco José Carlos de Assis vai dizer que Crivella é mesmo “pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus”…

    E tome Guy Debord: “Nunca foi possível mentir com tão perfeita ausência de consequências”.

    1. Esses decrépitos
      Esses decrépitos revolucionários de gabinete não tomam jeito. Fazem qualquer negócio, jogam a já baixa credibilidade no lixo, arriscam a vaidade acadêmica, empenham o bolor intelectual para comentar situações das quais não têm a mínima noção. Uma parvoíce completa. E para apoiar apoiar um notório canalha, um camelão, como bem o definiu, hoje, Daniel Aarão Reis. Se encastelam em clubetes, associações e grêmios, fundam associações, falanges e alianças, quando deveriam nos poupar de tanta bobagem. Tudo isso para quê? Embarcar numa aventura pseudo-nacionalista? Ora, ora, ora, meu senhor, já és bem crescidinho para saber a pilantragem golpista que é essa candidatura que o senhor diz apoiar. Nos poupe desa verborragia!

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