O modelo de planejamento da Copa

Passou em branco na imprensa, em parte pela insensibilidade quase arrogante do governo em relação à opinião pública, em parte pela incapacidade dos jornais de assimilar qualquer tema minimamente complexo, a engenharia gerencial montada – em nível nacional – para dar conta dos trabalhos da Copa.

Esse modelo foi bem descrito pelo Secretário Executivo do Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes, no programa brasilianas.org de abril passado.

***

Como explicou Fernandes, as únicas obras necessárias, e exigidas pela FIFA, eram as relacionadas com a readequação dos estádios. Para além dos estádios, o governo fez uma aposta de aproveitar o momento para antecipar investimentos em infraestrutura.

***

No âmbito do governo federal foi constituído um Grupo Executivo da Copa (o Gecopa), com os vários Ministérios envolvidos com os trabalhos. Depois, um Comitê de Responsabilidade, reunindo representantes dos secretários estaduais e municipais da Copa em cada uma das cidades-sede, que identificou as obras prioritárias em cada cidade-sede.

Essas obras foram consolidadas em uma Matriz de Responsabilidade, definindo o papel de cada ator, prazos, necessidades de financiamento etc.

***

De sua parte, o governo federal disponibilizou os recursos necessários. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) garantiu o financiamento dos estádios; a CEF (Caixa Econômica Federal) os da mobilidade urbana. União e Estados alocaram recursos orçamentários. E estados e clubes de futebol definiram parcerias com o setor privado, para dar conta dos investimentos.

A Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo envolveu obras no valor total de R$ 26 bilhões, R$ 8 bilhões em estádios, R$ 18 bilhões em infraestrura. Desse total, R$ 8,4 foram financiamentos dos bancos oficiais, R$ 7,6 bilhões de investimentos dos governos estaduais e municipais; e R$ 8 bi de investimentos do setor privado.

Uma outra estrutura, o Sistema de Monitoramento e Avaliação do Processo de Compras, juntou Tribunal de Contas da União, Controle Geral da União, Tribunais de Contas e órgãos de controle estaduais e municipais e Ministérios Públicos – enfim, todo o sistema de acompanhamento de obras públicas.

***

O Estádio Mané Garrincha, de Brasília, foi inteiramente financiado pelo Governo do Distrito Federal. Os outros onze receberam financiamento do BNDES até o teto de R$ 400 milhões.

Em três casos, de estádios de propriedade de clubes – o de Porto Alegre, São Paulo e Curitiba – o financiamento foi para os clubes e/ou fundos de investimento. Nos demais, o financiamento foi concedido aos governos estaduais.

Todos os financiamentos foram condicionados à construção de arenas multiusos, visando garantir a solidez do investimento. As análises do BNDES levaram em conta a sustentabilidade econômica das arenas.

Houve também investimento direto do governo federal em telecomunicações. O Programa Nacional de Banda Larga integrou as doze cidades-sede com cabos de fibra ótica, permitindo que a Rede Nacional de Pesquisa levasse banda-larga até o Amazonas.

***

No decorrer do programa, Fernandes foi questionado em relação à viabilidade econômica de duas arenas, a de Brasilia e de Natal. Em relação à Brasilia, segundo ele, nos seis meses após a Copa das Confederações, o estádio Mané Garrincha recebeu um púbico maior do que o antigo estádio, nos 40 anos anteriores. Em relação a Natal, a construção do estádio – com shoppings, centros de convenção – tornou o entorno os terrenos mais valorizados da cidade.

***

Questionou-se também o fato de que as obras de mobilidade urbana – especialmente no Rio – não terem contemplado a integração com a parte pobre da cidade. Fernandes lembrou que a principal obra de mobilidade do Rio, a TransCarioca, será a primeira BRT (Transporte Rápido por Onibus) da cidade, com 39 km de extensão, 47 estações, passando por 27 bairros da Barra da Tijuca à Ilha do Governador.

É uma obra de R$ 1,7 bi, com R$ 1,1 bi de recursos federais e R$ 600 milhões de contrapartida da Prefeitura.

****

Esse modelo de ação federativa permeou todos os trabalhos, um exemplar feito coletivo dos governos federal, estaduais e municipais.

No campo da Segurança Pública, o grande legado foi a constituição de doze Centros de Comando e Controle, um em cada cidade-sede, integrando as forças de segurança. Até então, havia enorme dificuldade entre elas até para a mera troca de informação.

***

Independentemente do resultado dos jogos, esse trabalho coletivo, federativo, mostrou ao mundo a capacidade do país, de planejar, construir e receber. E mostrou também como há um complexo de vira-latas que, entra ano, sai ano, continua impregnado na cabeça de um falso cosmopolitismo subdesenvolvido.

PS – Ontem foi anunciado o maior rombo nas contas externas para o mês de maio. Ou seja, há temas a granel para criticar o governo. Não havia necessidade de estuprar a informação.

Luis Nassif

57 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “A Matriz de Responsabilidade

    “A Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo envolveu obras no valor total de R$ 26 bilhões (…) Desse total, R$ 8,4 foram financiamentos dos bancos oficiais, R$ 7,6 bilhões de investimentos dos governos estaduais e municipais; e R$ 8 bi de investimentos do setor privado.”

    Nassif, faltam R$ 2 bi para fechar essa conta (total = R$ 24 bi ou R$ 26 bi?).

    Em todo caso:

    1. A União não colocou um centavo a fundo perdido nem em estádios, nem em infraestrutura (financiamento de banco oficial é recurso reembolsável). Portanto, nada foi desviado da Saúde ou Educação.

    2. Os R$ 16 bi em impostos que a Fifa pagará mais os impostos que torcedores estrangeiros deixarão por aqui ao comprar serviços e produtos resultarão num “lucro estatal” mais que razoável.

     

     

      1. Amigo… Não insulte a

        Amigo… Não insulte a inteligência das pessoas!!! Pense fora da caixinha da legítima direita brasileira (PSDB E OUTROS).

      2. Amigo, voce sabe  fazer

        Amigo, voce sabe  fazer conta? Sabe somar, subtrair, multiplicar e dividir? É só metematica simples. Ninguem tá insultando a inteligencia de ninguem … o coxismo não tem jeito. Briga até com a metematica.

        1. amigo voce sabe fazer

          Não temos mecanismos de aferiçao dessas cifras celebridades publicadas pelo cartel midiatico.unica coisa que vejo é o fato do peixe não vê a agua mas nada de braçadas. O Brasilzinho mediocre,sem credito de Collor e suas camisetas ridiculas correndo pelas ruas de Ney york passando pelo FHC e suas mutretas ,privatizaçoes,inventores de mensaloes,metrolandia paulista,compra de base aliada e esse Brasil de hohe,riquissimo,festejado,celebrado,pleno emprego e povo independente dos cabrestos  midiaticos e suas prostitutas intelectuais que insiste em destruir ,denegrir,inventar,mentir.

          O maior legado da copa sao os jornais e revistas velhas e a campanha nojenta para boicotar nossa copa..Basta comprar alguns em sebos,ler,comparar, e raciocinar.Acorda manezada,porque nossas cabeças sao propriedades privadas na cabeça dos donos do Brasil.

    1. Atualizando

      Segundo dados do Portal da Transparência Copa – http://goo.gl/mr9Sb:

      :: 8,3 bi – financiamentos de bancos oficiais (“pegô-pagô”)
      :: 5,8 bi – investimento direto da União, SOMENTE em infra (não em estádios)
      :: 7,1 bi – investimentos diretos de Estados e Municípios
      :: 4,4 bi – investimentos privados
      :: 25,6 bi, no total

      Portanto:

      1. O governo do PT não pôs um único centavo em estádios.

      2. Os 16 bi em impostos que a Fifa irá pagar superam o investimento direto público (5,8 + 7,1 bi), com “lucro”, sem considerar os impostos arrecadados pela atividade turística na Copa.

      3. Infraestrutura, e não estádios, é o legado da Copa ao povo brasileiro. É uma contrapartida justa, honesta e ética.

  2. Como habitante de uma das

    Como habitante de uma das cidades que cediaram a Copa, que aliás ontem realizou seu último jogo neste mundial, tiro o chapéu para o governo federal e para todos que colaboraram para que os estádios e as obras aderentes se realizassem e para que participassemos desse evento tão lindo. Mesmo que aqui em Cuiabá algumas obras não ficaram prontas, mas já estão em sua fase final e nada, nada mesmo foi inútil pois precisávamos muito mesmo dessas obras. Foi lindo, as pessoas foram bem recebidas e o que faltou em obras sobrou em calor humano para com os estrangeiros, acho que eles ficaram satisfeitos com a recepção. Só temos que agradecer evento tão lindo e reconhecer a capacidade e tenacidade da Dilma por tamanha realização.

    1. O texto da Malu da um exemplo

      O texto da Malu da um exemplo bom do que é a avaliação de um simpatizante 

      “… algumas obras nao ficaram prontas , mas ja estao em sua fase final .. “

      ” … e o que faltou em obras sobrou em calor humano … “

      Ela constata algo grave que reflete problemas e gestão nao só federal verdade, mas nao da para isentar o governo, e apesar disto ela arremata:

      “…Só temos que agradecer evento tão lindo e RECONHECER a CAPACIDADE  e tenacidade da Dilma…”

      Dilma é apenas o governo atual, quem elaborou a questao foi o governo Lula, e o agradecimento é desnecessario pois podemos deixar isso para a FIFA que nunca ganhou tanto dinheiro, ou os clubes de futebol ( corinthians por exemplo ) que conseguiram um estadio na faixa ( lembrando que clube nenhuma paga conta de ninguem )

      Concluir os estadios ( ao menos isso ) é OBRIGAÇÃO!!!

      Logo agradecer a Dilma só pode mesmo ser coisa de integrante de um fã clube…rs

       

      1. “Dilma é apenas o governo

        “Dilma é apenas o governo atual, quem elaborou a questao foi o governo Lula”:

        Errado tambem.  Virtualmente toda a logistica da “construcao” da Copa veio do governo Dilma.

      2. Essas disputas políticas

        Essas disputas políticas entre simpatizantes não levam a lugar nenhum. Acho ridículo – para dizer o mínimo – fulano agradecer governo/político A ou B por realizar determinada obra e, pior, não terminá-la a tempo. Isso acontece em todas as esferas de governo. Quem nunca se deparou com aquelas faixas “agradecemos o vereador fulano de tal pelo recapeamento da rua…”

        Ora, o Brasil se candidatou a ser sede da copa do mundo e prometeu mundos e fundos à população. Entregar estádios – como dito, não é mais do que obrigação – e outras obras era o mínimo a se esperar.

        O governante, seja ele do partido A, B ou C, quando eleito tem a OBRIGAÇÃO de fazer o melhor e cumprir o prometido, ainda mais quando tiveram muito tempo para conclusão do plano. 

        O cumprimento de promessas governamentais não são dignas de elogio, puxa saquismo e o outros adjetivos. Políticos são eleitos para fazer o melhor a população (sonho meu….sonho meu…). Portanto, sem essa de agradecer a fulano de tal por isso ou aquilo. Foi eleito para aquilo. Que cumpra. Apenas isso.

        Os simpatizantes do PT agradecem ao Lula e à Dilma pelas obras inacabadas. Os do PSBD agradecem ao Alckmin pelos “200 metros” de metrô construídos ao ano. Ou seja, são todos cegos…

         

        1. Agradecimentos

          E os “simpatizantes” dos outros partidos e da mídia golpista só fazem críticas vazias a tudo e a todos, já que não têm nada nem a quem agradecer, nem propostas a fazer!

          1. Típica resposta de assistente

            Típica resposta de assistente de gabinete de algum político. Aqueles mesmos que são “obrigados” a colar adesivos de candidatos nos veículos.

            Político é eleito e pago com o dinheiro público. Cumprir o prometido não é mais do que a obrigação.

      3. No que toca a parte da Dilma,

        No que toca a parte da Dilma, nas obras de Cuiabá, tudo foi cumprido, portanto não posso colocar nas costas dela o atraso da entrega das obras pois são de competência estadual,  este sim é responsável por tudo não ter sido entregue em tempo. Reconheço,  sim, a capacidade de administrar e cumprir o que prometeu da Dilma, pois lembro muito bem daqueles 5 dedos da mão espalmada do FHC. O Lula fez a parte dele e a Dilma a dela, é isso que seus críticos não aguentam: as realizações dos dois, dói, dói, eu sei que dói muito, principalmente no cotovelo.

  3. Com o mundo inteiro contra a

    Com o mundo inteiro contra a copa, o governo não poderia ficar arrogante. Ficou retraído, ressabiado.

  4. oposição

    Nasiif, a oposição sistematica faz questão de não ver não ouvir não saber não se interessar e portanto não ajudar em nada que possa mostrar o que se faz de bom no Brasil, estão cavando a propria sepultura.

  5. Excelente

    Esse programa do brasilianas.org com o Secretário Executivo do Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes, foi em abril do passado. Há mais de um ano.

    Portanto, a afirmação de que “Passou em branco na imprensa, em parte pela insensibilidade quase arrogante do governo em relação à opinião pública” não se justifica.

    O que foi visto foi a arrogância da imprensa em esconder fatos e dados vastamente disponibilizados, em outras palavras, má fé da imprensa.

    Para quem acompanha este blog as informações dos comentaristas daqui foram bem mais precisas do que as da grande mídia. Foi por insensibilidade do governo em relação à opinião pública?

     

     

  6. Não acho que as analises

    Não acho que as analises sobre o assunto no tocante a midia sejam honestas em sua imensa maioria por uma razão muito simples.

    90% dos que defendem a Copa o faz pela mesma razão que usam para criticar os que condenam a Copa.

    Não estou julgando o mérito do texto do Nassif pois ele é um ( em que pese sua simpatia clara pelo governo ) dos poucos  a manter o senso critico sobre muitos assuntos envolvendo o governo federal.

    Mas de forma geral ja esta claro aqui mesmo no blog que a unica coisa que norteia a opinião da galera dita progressista é a ideia ser ou nao do governo.

    Se for do governo é tudo bom e ponto final, se for de outro partido ai sim começa a choradeira , a histeria que beira ou ultrapassa a casa do ridiculo com bastante frequencia.

    Todo mundo sabe (ainda que nao admita, rs )  que certos colegas de blog só existem para apoiar o governo à revelia de qualquer coisa.

    Eu sempre defendi ( aqui mesmo ) que a Copa uma vez aceita tem mesmo que ser realizada, agora que essa Copa ( como tudo neste pais ) foi feita sob encomenda para gente ganhar dinheiro como ” nunca antes na historia do pais ” isso foi.

    Acho que são assuntos diferentes mas que de forma geral os ditos progressistas adoram misturar deliberadamente.

    Ou seja uma coisa é voce defender que o criterio para trazer a Copa e as Olimpiadas passou longe de patriotismo, outra é voce boicotar a realizaçaõ do evento.

    Para finalizar o que a midia falou ( tirando excessos normais que existem na midia progressistas tambem ) ela fez e faria tambem se o governo fosse do Sarney, ou do Collor ou do FHC  , é a tendencia natural das coisas.

     

     

      1. Que tal acabarmos com o

        Que tal acabarmos com o Carnaval, festas juninas, Parintins e réveillon em Copacabana? É muito “circo”, não é verdade?

      2. Falta imparcialidade mesmo.

        Falta imparcialidade mesmo. Aqui somos todos parciais. Qual é oproblema?  Alguem tem que ser … Esse seu discurso do “pão e circo” é tão patetico que dá pena. Estamos falando de investimentos meu caro. Investimentos … o coxismo não tem jeito.

  7. Desinformação e mistificação


    Os empresários da comunicação ao definirem os caminhos que suas ilhas de edição devem percorrer, assassinaram a credibilidade da informação. Não estão nem aí para a fidedignidade do que publicam.

    Quanto mais longe ficarem dos avanços socias, do orgulho da nacionalidade, das realizações da nossa engenharia, do evidente aumento da nossa capacidade de gestão da coisa pública… Melhor!… Especialmente se todos estes excepcionais sucessos partiram de seus desafetos políticos, de governantes que não correspondem aos seus interesses comerciais e empresariais

    São empresários que buscam doentiamente o lucro, muito mais do que a veracidade dos fatos, matéria prima dos que deveriam prezar a informação. Não é sem razão que, se os donos da mídia estão entre as famílias mais ricas do país, certamente não estão entre as mais dignas.

    Por isso, tudo o que parte deles está sendo meritoriamente desmacarado pelos blogs. Pena que 30% dos conservadores do nosso país não fazem a mínima questão de conhecer a verdade. Para eles se destruir o que foi construído nestes 14 anos está muito bom para eles.  São os Black Blocs que jogam pedras nas Vidraças da Verdade…

  8. Não foi falta de informação

    Não foi falta de informação ou insensibilidade quase arrogante do governo em relação à opinião pública.

    Se o governo, Nassif, vai ao seu programa ele não está sendo arrogante com a opinião pública

    Uma rápida pesquisa na internet com “entrevista com Aldo Rabelo” foi possível constatar várias informações prestadas pelo governo há mais de um ano sobre a Copa. O governo inclusive criou um site específico sobre a copa com todas as informações, custos, andamentos das obras, etc: “http://www.copa2014.gov.br/”.

    Aldo Rabelo:

    No dia 08/04/2013 o ministro comparece ao “Roda Viva” para falar sobre a Copa:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=TnyXNi7b81Q%5D

    Outro vídeo sobrte a Copa publicado em 29/06/2013:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=8tVH51s_Px0%5D

    No dia 07/08/2013 o ministro concede uma coletiva para explicar o andamento das obras da Copa: “No Bom Dia, Ministro, Aldo Rebelo fala sobre o legado da Copa das Confederações e o planejamento para Copa do Mundo 2014” no link “http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/bom-dia-ministro/bom-dia-ministro-3/no-bom-dia-ministro-aldo-rebelo-fala-sobre-o-legado-da-copa-das-confederacoes-e-o-planejamento-para-copa-do-mundo-2014”

     

      1. Efeito Aécio Neves. Em Serra
        Efeito Aécio Neves. Em Serra ele batia bem, já no Aécio … que pra mim está se revelando bem pior que o Serra, tá igual a mídia tupiniquim; tá bom mas…

  9. Só para pontuar

    Os três últimos estádios entregues foram exatamente os privados; o do Corinthians, Atlético Paranaense e o do Internacional.

  10. Questiono a viabilidade de

    Questiono a viabilidade de três estádios – Cuibá, Manaus e Brasília – pois são centros em que o futebol ainda é muito fraco, incipiente. Terão que ter muita criatividade para que esses três estádios não deem prejuízo ao contribuinte. 

    Quanto aos que pertencem a clubes  – como o do Corinthias – temos que esperar alguns anos pra ver se os respectivos clubes pagarão por eles ou terão mais alguma timemania parte 10 para refinanciar e rolar para as calendas. Lembremos que todos os clubes de futebol da primeira divisão devem milhões ao governo – principalmente INSS. O que é uma vergonha, considerando que o futebol é o esporte que, disparadamente, mais atrai patrocinadores, que tem uma visibilidade absurda. Os clubes de massa ganham, por ano, mais que quase todos os municipios pequenos do Brasil – mas são tratados como sem fins lucrativos. Enquanto o presidente dum clube não responder com seu patrimônio com os prejuízos que ele der ao clube ( seja por má gestão ou roubo ou os dois ), sempre a conta, no fim, será paga pelos contribuintes de todas as torcidas e dos que nem gostam de futebol

     

    1. Certamente, esses estádios

      Certamente, esses estádios serão administrados pela iniciativa privada, não somente para o futebeol, mas para ooutros eventos, como show etc.

      Segundo informações, a Arena Pantanal será administrada por Ronaldo Nazário (e-fenômeno) e  André Sanchez, ex-presidente do Corinthians. 

    2. Concordo. São pontos da maior

      Concordo. São pontos da maior relevância. É necessário muita atenção em torno disso. E é sobre esse ponto que as torcidas se “desequilibram”. A oposição sistemática já de antemão afirma que o pt é isso e aquilo outro. Lembra que quando mal se tinha proposto o RDC a imprensa de oposição caiu em cima, sem sequer entender, como adquiriu o hábito de fazer, dizendo “que o pt criou uma aberração jurídica pra facilitar a corrupção”? Mesmo o governo afirmando que era o contrário, quem publicou, quem ouviu?

      O importante, repito, é que não se deixe a coisa correr solta.

      Agora, sobre “Enquanto o presidente dum clube não responder com seu patrimônio…” acho que a palavra está com o judiciário, que é pra lá de conservador em desconstituir a personalidade jurídica e avançar sobre o patrimônio dos responsáveis.

    3. Fora o já respondido…

      Fora o já respondido pelo os demais colegas, a viabilidade ou não de tais estádios diz respeito somente aos seus respectivos cidadãos desses estados. Se eu ou você não somos cidadãos desses estados não temos nada haver com isso. A propósito, em uma pesquisa os cidadãos da cidade de Manaus foram que mais queriam o evento da Copa do Mundo entre as demais cidades Brasileiras, eles tem o direito de ter o evento lá. Se vai ficar um elefante branco?? que é uma hipótese, só o tempo vai dizer, mas, pelas várias “hipóteses” de desastres notíciada até agora não se concluíram, essa dos estádios é falácia. A única certeza é que cidadãos de outros estados estão questionando e interferindo em orçamento de outros estados, o dinheiro foi estadual e quem pode reclamar são somentes os residentes nesses respectivos estados. 

  11. A GRANDE POLÊMICA: CONSTRUIR ESTÁDIOS OU HOSPITAIS ?

    Devido aos grandes PROTESTOS nas ruas que houveram no decorrer deste últimos doze Meses, em especial, pedindo mais condições de atendimentos nos HOSPITAIS PÚBLICOS do País.

    Para agradar os ânimos dos mais exaltados, poderia GOVERNO FEDERAL adotar uma TARIFA FIXA, uma certa porcentagem da RENDA das partidas destes ESTÁDIOS. Para FUTURAS APRESENTAÇÕES, pós COPA 2014. Para ajuda aos HOSPITAIS, principalmente à aqueles que atenderão os futuros, TORCEDORES BRIGÕES e machucados. Dentro e fora dos ESTÁDIOS !…

    1. Seria ótimo se os

      Seria ótimo se os politiqueiros Demos e Tucanos liderassem no parlamento uma espécie de nova CPMF com uma pequena taxação sobre as grandes fortunas .

      O Aécio Serra poderia juntar seus apoiadores e encaminhar esta proposta ao legislativo .

      1. Concluíndo :
        Com a aprovação

        Concluíndo :

        Com a aprovação deste projeto, todo o dinheiro arrecadado seria aplicado diretamente na saúde pública .

        Concordas ?

      2. O que sempre falo, será que

        O que sempre falo, será que os que protestaram por mais saúde foram às ruas pedindo o retorno da CPMF-Contribuição Permanente de Movimentações Financeiras, ou a sua manutenção? Não, provavelmente não, esse era dos impostos mais justos, e principamente considerando os ajustes que o governo federal propôs, isenção para quem ganhasse até 4.500 reais por mês, a CPMF além de ser uma renda extra de extrema importância para a saúde, tinha outro valor tão ou mais importante, combatia a sonegação, uma vez que monitorava todas as transações bancárias ocorridas no Brasil.
        Ainda acho que deveria ser reativada.

      3. Isso mesmo!

        Isso mesmo! Não vi ninguém protestando para o retorno da CPMF, há enésimos erros e incoerências nesses protestos, a causa é justa, saúde e educação, mas, não apoio, porque, há muita incoerência nesses protestos.

  12. O belo texto de Nassif aponta

    O belo texto de Nassif aponta alguns dos legados da Copa:

    1) para uma nova forma federativa onde os núcleos municípios, estados e governo federal atuarão em conjunto.

    2) para a área de segurança pública uma nova forma de atuação com a interligação entree on entes da federação com base maior na inteligência e informação.

    Sem dúvida, a Copa transformará o Brasil.

    1. Amigo, isso já ocorre!!!! Em

      Amigo, isso já ocorre!!!! Em tempo: trabalho no setor público! Ah..Isso não acontecia no governo do príncipe…Aliás, no governo do príncipe, tinha mesmo é colaboração é com os EUA —–escritório do FBI em Brasília…

       

       

       

       

  13. Contas externas

    Não sou especialista na questão, nem de fato nem daqueles “especialistas” da mídia, contratados para dizer o que quer o patrão. Não tenho certeza, pois, do que vou dizer. É apenas  forte impressão. Nassif, que sabe das coisas, ou algum comentarista poderia esclarecer. A questão é a seguinte: haveria como desestimular a remessa de lucros das multinacionais a suas sedes no exterior? Desestimular, não impedir. Quando houve, no passado, a desnacionalização de empresas brasileiras (venda ou entrega de concessões a estrangeiros), permitiu-se a livre remessa de lucros, até sem impostos, por quê?  Nas desnacionalizações recentes mantiveram-se as mesmas regras do passado? É possível modificá-las? Acho que é por aí que se instala grande parte do déficit nas nossas contas externas.  Estou certo ou errado?

    1. EJ, esse é um assunto muito interessante.

      Para que aconteça isso terá que se mudar a Lei de FHC de n° 9.249/1995 que reduziu a zero  a alíquota, instituindo a isenção total de imposto sobre as remessas de lucros e dividendos.

      A tentativa de aumentar a taxação remessas de lucros foi o principal motivo da derrubada de Jango.

      Segue um excelente artigo sobre o tema que você questiona:

      http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Um-tabu-que-sangra-o-Brasil/31008

  14. FIFa ensina como fazer

    O governo usou o padrão FIFa,apenas isso.

    Devemos eleger a FIFA para governar o Brasil,assim nossa sociedade será tambem padrão fifa!

    1.  
      Ô Vítor, deixar-se governar

       

      Ô Vítor, deixar-se governar pela Fifa ?

      Quem adora ser conduzido são os vira-latas disseminados pelo PIG :

      (não acredito que seja o seu caso)

  15. Isenção

    Devido a disputa política, existe um verdadeira guerra de informações, acho negativo chegarmos a um ponto onde fica difícil chegar a verdade de alguns fatos, tenho lido algumas notícias e comentários, e infelizmente ainda não consigo ter certeza da verdade sobre a questão da isenção dos impostos ter sido ou não dada a Fifa, pelo governo federal, amigo Nassif, me ajuda ae, a Fifa teve isenção total de impostos para realizar a copa no Brasil? Quanto o Brasil deve receber em impostos pagos pela Fifa ?

    1. Isenções da Fifa

      Veja, Ivaldo, a Lei 12350, de 20 de dezembro de 2010. A Fifa NÃO TEM isenção total. Por exemplo, a venda de ingressos não é isenta. Agora, quanto o Brasil já recebeu e vai receber só pesquisando.  

  16. Ah, a culpa é da “insensibilidade” do governo ???

    Essa foi boa, agora a culpa da imprensa não divulgar detalhes sobre a logística da Copa é do governo. Faça-me o favor, será possível que o modismo de bater no governo é tão forte, que nem as pessoas de bom senso escapam dele ? A imprensa não divulga NADA que seja positivo, queira o governo ou não, faça o governo o que fizer. O Brasil vive um momento de farsa, de ilusão, o povo está absolutamente ignorante a respeito da verdade sobre o país. O povo pensa e acredita no que a direita quer, com raríssimas exceções. 

    1. Rapaz, e por trabalhar no

      Rapaz, e por trabalhar no setor público, vou te dizer uma coisa: TEM QUE SER DISCRETO, MESMO! Senão, o negócio é bombardeado mesmo antes da fertilização do óvulo…. Com a nossa “imprensa”, tem que ter obras tipo “boi de piranha”, ou seja, que desvie o assunto dos cães enquanto o que é importante é feito. Se não fosse assim, o bolsa família JAMAIS teria a importância que tem hoje. No meu estado, teve uma obra “boi de piranha”: a imprensa bateu, bateu, bateu, bate, bat, ba, b…e vai ser terminada o ano que vem (mas a que interessava, ou seja, a reforma do desembarque do aeroporto, foi feita!!).O relacionamento dos municípios com o Governo Federal sempre é pautado por esse profissionalismo (se não acreditam, digitem no google : siconv governo federal e vejam o acesso ao portal de convênios do Governo Federal).

  17. Nassif, veja esssa matéria do

    Nassif, veja esssa matéria do Fernando Brito, no Tijolaço. Acho que merece destaque e ser postada. Forte abraço e retorne a Floripa, meu caro.

     

    Maior que Libra, cessão onerosa é só da Petrobras. É o horror para o mercado

    25 de junho de 2014 | 00:14 Autor: Fernando Brito

    cessao

    Em plena Copa, uma notícia passa sem o impacto que deveria ter na mídia.

    Talvez porque seja uma das melhores notícias que se pudesse dar.

    Como este blog havia informado em novembro do ano passado, o Governo entregou à Petrobrás, como estava autorizado pelas leis que aprovaram o regime de partilha, aprovadas no final do Governo Lula, quatro das seis áreas de cessão onerosa utilizadas como garantia no processo de capitalização da empresa.

    Concentradas no campo de Franco, agora chamado de Búzios, tem entre 10 e 14 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, quase o mesmo que as reservas provadas do nosso país.  Algo como 25% mais do que Libra, o maior campo de petróleo descoberto no mundo neste milênio.

    Além de Búzios, foram entregues as áreas do entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, que provavelmente serão  unitizados (reunidos, em linguagem do setor) em uma só área de exploração.

    Fora as receitas de impostos, só de lucro líquido para o país – que fica com três quartos do lucro, cabendo um quarto à Petrobras – o campo renderá à educação é a saúde brasileiras algo como 700 bilhões de reais, a preços de hoje.

    É uma área capaz de, ao longo de 30 anos de produção, permitir uma extração média de 1,3 milhão de barris diários, ou metade do que tudo o que é produzido hoje no país.

    E, curiosamente, a reação do mercado, na negociação das ações da Petrobras, derrubou o valor dos papéis da empresa.

    É que isso irá, nos próximos anos, fazer a Petrobras ter de investir – e quase tudo dentro do Brasil – cerca de R$ 500 bilhões.

    Ou, para os que gostam de comparações, 20 vezes tudo o que se chama de “gastos” com a Copa. Ou 120 vezes o valor dos empréstimos do BNDES para a construção de estádios.

    São pelo menos 20 navios-plataforma, dezenas de sondas, centenas de barcos de apoio e instalações em terra.

    Uma imensa máquina de distribuir receita, impostos, indústrias e serviços da cadeia de suprimento necessária.

    Aos que estranharam a posição deste blog quando se tratou de leiloar o campo de Libra, à procura de parceiros capazes de injetar capital na exploração do campo de Libra, aí está a resposta do porque.

    Era preciso “guardar” a capacidade da Petrobras de explorar estes campos ainda maiores.

    E fazê-lo de forma a proteger o patrimônio nacional das tentativas, que não terminam, de entregar essa riqueza ao capital estrangeiro.

    No final de 2016, início de 2017, Búzios produzirá seu primeiro óleo comercial e, nos dois anos seguintes, sua produção vai começar a pagar parte deste volume de investimentos.

    Em um período de sete ou oito anos depois disso, a extração alcançará o limite de 5 bilhões de barris contratados, em condições mais favoráveis à Petrobras, pois passam a vigir as regras mais pesadas acertadas hoje com o Governo.

    Até lá, este dinheiro vai remunerar o crescimento da participação governamental no aumento de capital da empresa, o que tornou possível recuperar parte do pedaço da Petrobras entregue por Fernando Henrique Cardoso, ao vender suas ações na bolsa de Nova York.

    Hoje, este assunto se resumirá em pequenas e ácidas matérias nas páginas de economia dos jornais.

    Em 20 anos, talvez, meus netos aprendam nos livros de escola sobre esta segunda independência – a econômica – do Brasil.

     

  18. Muito bom, Nassif.
    Falta

    Muito bom, Nassif.

    Falta ainda explorar como foram resolvidos (ou não) um dos maiores entraves no setor público brasileiro, especialmente em municípios menores, que é a incapacidade de se elaborar (bons) projetos executivos e operacionais para grandes obras de engenharia, não somente aqueles diretamente nas cidades sedes, mas nos entornos (recuperação do patrimônio histórico, investimentos em parques e reservas naturais, estradas de acesso, centros de treinamento, centros de informação turística, sinalização etc). Parece que houveram equipes do Ministério do Planejamento colaborando com os governos locais para assessoria técnica na elaboração de editais e procedimentos para destravar burocracias. Isto é um grande legado.

  19. Nassif a tv francesa está

    Nassif a tv francesa está passando uma série de reportagens sobre o Brasil muito interessante, onde aborda vários aspectos do povo brasileiro e do Brasil em geral, aproveitando esse período pré e pós copa.  

    Os temas são os mais variados possíveis desde cultura, temperamento do povo, religião, música, a indústria do petróleo, a naval, a aeronáutica, lembraram que a EMBRAER é a segunda maior do mundo, fabricando desde aeronaves pequenas até boings, passando pela agricultura, a pecuária, a bio tecnologia, os transportes, a infra estrutura, enfim, abordaram tudo que interessa ao olhar nacional e internacional nesse país.

    Entrevistaram franceses que trabalham nos mais diferentes segmentos profissionais do Brasil,  e os que ficaram ricos na indústria, na agricultura e na pecuária.  

    Por fim terminaram entrevistando um brasilianista da universidade de Sorbonne perguntando-lhe sobre como ele via o Brasil daqui a dez anos, ao qual ele respondeu: melhor que a França e toda a Europa. Enfim enfatizaram que o futuro é aqui.  Quanto aos propensos problemas, deram ênfase a eliminação ou diminuição da corrupção, a violência e o incremento na infra estrutura ainda incipiente.  

    Enfim, uma reportagem de peso, imparcial, abrangente e sem as costumeiras politicagens, as quais nós estamos acostumados a ver na tv dita nacional.

  20. A inteligentíssima direita,

    A inteligentíssima direita, pode falar o que quiser, pois só demonstra a  imensa dor de cotovelo deles. Podem chorar a vontade, mas o GOOOOOL já foi feito, ganhando ou perdendo a Seleção. Acreditaram tanto na nossa mais que inteligente imprensa, que tinha parente minha achando que algum estádio poderia cair. São os que acreditaram nisso, que “cantaram” p/ a representante do país , para o mundo inteiro ver do que são capazes em seu ódio e dor de cotovelo. Meus parabéns a nossa direita, que não sabe viver sem os cofres públicos, apesar dos 500 anos que fizeram isso. Até a “festinha” dos 500 anos, não souberam fazer e o navio nem saiu do lugar. Falando nisto, onde será que anda o dito cujo, teria sido privatizado?

  21. Mega construções

    É lamentável, de fato, que nenhuma rede nacional tenha feito algum trabalho sobre estes empreendimentos e esforços. Creio ser muito provável vermos matéria sobre este assunto na Discover!

    Um grande exemplo é: “O Desafio do Pré Sal”, que é indiscutivelmente um trabalho primoroso que mostra de maneira clara a magnitude dos esforços que estão por vir e a capacidade técnica da Petrobras por traz disso tudo.

    Para rever: https://archive.org/details/Desafio.Pre.Sal

    Aguardemos então!

     

  22. BRT Transcarioca e Maracanã

    Na minha visão, o BRT Transcarioca tem pouquíssimo a ver com a Copa do Mundo. A associação clara é com as Olimpíadas, que terão uma série de competições, alojamentos, etc, na Barra da Tijuca. E sempre houve questionamentos pela inexistência de transporte de massa ligando o Galeão ao resto da cidade.

    Para a Copa mesmo, não vi nenhuma obra relevante para o Rio de Janeiro, com exceção da reforma do Maracanã. E ainda tenho dúvidas se o  modelo de estádio (ou arena multiuso, como seja) do Maracanã será viável economicamente.

    Para o padrão do futebol carioca, os custos estão absurdamente caros, tanto que o Flamengo já optou por mandar vários jogos fora do Rio para ter mais lucro. Como o  Vasco tem estádio próprio e o Botafogo terá o Engenhão de volta, a receita “regular” do Maracanã depende do Flamengo e, em menor escala, do Fluminense. E os clubes já reclamavam que jogar no Maracanã era quase sempre prejuízo mesmo quando o estádio era velho e com manutenção precária. Agora não parece ter havido grande melhora – e a tendência é a média de público cair, pois passou o efeito “novidade”.

    Para grandes shows, etc, há forte concorrência na cidade (Apoteose, Engenhão, HSBC Arena, Metropolitan, Cidade do Rock, etc). E, infelizmente, nem têm acontecido tantos shows desse porte por aqui ultimamente. Só se o AC/DC viesse tocar uma vez por mês aqui no Rio pra viabilizar o Maraca com shows.

     

  23. O Luis Fernandes falou no Brasilianas.org de 24/fevereiro/2014

     

    Luis Nassif,

    Primeiro um esclarecimento. Você diz que o modelo da engenharia gerencial montado em nível nacional para dar conta dos trabalhos da Copa “foi bem descrito pelo Secretário Executivo do Ministério dos Transportes, Luis Fernandes, no programa brasilianas.org de abril passado”. Ora no site indicado para o brasilianas.org há os seguintes programas em abril:

    28/04/2014 – A obrigatoriedade do estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena

    11/04/2014 – Brasilianas.org discute a crise do setor sucroalcooleiro

    02/04/2014 – Brasilianas especial com Daniel Aarão Reis Filho – 50 anos do Golpe Militar

    Então evidentemente não foi em abril passado que foi passado. Há no mês de fevereiro dois programas que tratam sobre a Copa. São eles:

    27/02/2014 – A lógica das obras da Copa, no especial do Brasilianas.org

    24/02/2014 – Qual será o legado social da Copa do Mundo 2014 para o Brasil?

    A boa descrição do modelo da engenharia gerencial montado em nível nacional para dar conta dos trabalhos da Copa feita pelo Secretário Executivo do Ministério dos Transportes, Luis Fernandes, no programa brasilianas.org ao qual você se refere foi o do dia 24/02/2014.

    E se você faz aqui um bom resumo da exposição de Luis Fernandes no mencionado programa, no post “A aula que não foi ouvida sobre a Copa do Mundo” de terça-feira, 24/06/2014 às 13:03, você fez ainda mais ao disponibilizar o vídeo de todo o programa do dia 24/02/2014. Programa que foi idealizado para debater o saldo dos legados sociais que a Copa do Mundo de Futebol deixaria em termos de infraestrutura, sendo que para o programa foram convidados o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Carlos Campos Neto, o arquiteto e urbanista da Associação Nacional de Transportes Públicos, Marcos Pimentel Bicalho e o Secretário Executivo do Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes. Além disso, o programa Brasilianas.org do dia 24/02/2014 contou com uma entrevista especial de Orlando Alves dos Santos Junior, pesquisador da rede Observatório das Metrópoles e coordenador da pesquisa “Metropolização e Megaeventos: impactos da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 sobre as metrópoles brasileiras”.

    O endereço do programa “A aula que não foi ouvida sobre a Copa do Mundo” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-aula-que-nao-foi-ouvida-sobre-a-copa-do-mundo

    E o endereço do vídeo com a transcrição de todo o programa é o que se segue:

    https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CGN_UzX-RHU

    Bem, minha intenção com este comentário além de fazer o esclarecimento para corrigir a informação um tanto incompleta que você deixou seria também fazer uma crítica não ao post em si, mas a parte inicial introdutória do post e do PS escrito ao término deste seu post “O modelo de planejamento da Copa” de quarta-feira, 25/06/2014 às 00:00.

    E queria também indicar três outros posts que guardam bem relação com este. E indicarei um quarto e que são dois em um e que de certo modo relaciona ou relacionam com o assunto deste post “O modelo de planejamento da Copa”.

    De frente para trás indicarei primeiro o post que seriam dois. Trata-se do post “A teimosia (quase) insuperável de Dilma” de quinta-feira, 26/06/2014 às 06:00, que foi depois reproduzido na íntegra e acrescido do que seriam os argumentos contrários feitos pelo PT ou do que seriam os argumentos contrários feito pelo PSDB no que se constituiu seu post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26/06/2014 às 11:51. Os endereços dos dois posts “A teimosia (quase) insuperável de Dilma” e “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” são respectivamente:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-teimosia-quase-insuperavel-de-dilma

    https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais

    E os três posts que eu queria indicar e que guardam bem relação com este post “O modelo de planejamento da Copa” na verdade seriam quatro se se começasse pelo post “A aula que não foi ouvida sobre a Copa do Mundo”, que não carece ser indicado uma vez já haver sido mencionado acima. E os três seriam: 1) o post “O legado social da Copa 2014” de segunda-feira, 24/02/2014 às 10:58, e que consistiria da apresentação do seu programa Brasilianas.org do dia 24/02/2014; 2) post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa” de segunda-feira, 24/02/2014 às 21:56, em que você censura o ministro Aldo Rabelo por não ter participado deste programa e nem ter indicado alguém no lugar dele, uma vez que o Luis Fernandes foi indicação do Ministério do Planejamento e 3) o post “As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes” de quarta-feira, 26/02/2014 às 06:00 em que você insiste na tese de que a comunicação sobre a Copa do Ministro dos Esportes é falha.

    O endereço destes três posts são:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-legado-social-da-copa-2014

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-salto-alto-de-aldo-rabelo-na-nao-defesa-da-copa

    https://jornalggn.com.br/noticia/as-obras-da-copa-e-a-desinformacao-do-ministro-dos-esportes

    No final do post “O legado social da Copa 2014”, você deixa a seguinte informação:

    “O Ministro Aldo Rabello foi convidado, mas recusou o convite por problemas de agenda e recusou-se a indicar um representante. Fernandes compareceu por intervenção do Ministério”.

    Parecia haver ai uma pequena e desimportante rixa que teve desdobramento em posts posteriores. No post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa” você implicitamente concluiu que Aldo Rabelo não seria uma figura política maior e no post “As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes” você aventa outra possibilidade para a ausência de Aldo Rabelo. Para você, pelo que se lê no post “As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes” a ausência de Aldo Rabelo é atribuída ao fato de que o presidencialismo de coalizão “obriga a se entregar Ministérios a aliados políticos sem nenhum preparo”.

    Esta rixa diminui com o tempo. Nos dois posts mais recentes ela fica apenas subentendida. No post “A aula que não foi ouvida sobre a Copa do Mundo” com o vídeo do programa Brasilianas sobre a Copa do Mundo você diz:

    “O mais surpreendente foi o fato de que, dispondo de tal argumentação, o governo Dilma Rousseff se mantivesse olimpicamente ausente do debate público”.

    E neste post “O modelo de planejamento da Copa” de quarta-feira, 25/06/2014 às 00:00, as suas críticas ao governo são a do parágrafo inicial quando você diz:

    “Passou em branco na imprensa, em parte pela insensibilidade quase arrogante do governo em relação à opinião pública, em parte pela incapacidade dos jornais de assimilar qualquer tema minimamente complexo, a engenharia gerencial montada – em nível nacional – para dar conta dos trabalhos da Copa”.

    E há um parágrafo final que é mais uma crítica a imprensa, mas em que você aproveita para criticar o governo. Diz você:

    “PS – Ontem foi anunciado o maior rombo nas contas externas para o mês de maio. Ou seja, há temas a granel para criticar o governo. Não havia necessidade de estuprar a informação”.

    É claro que você não esclarece que a imprensa contrária ao governo falar mal do governo por problema nas contas externas só tem efeito na cabeça de dois, três ou quatros. E se os dois, três ou quatros forem realmente bem informados iriam indagar se o país tinha alternativa para enfrentar este maior rombo nas contas externas e qual seria esta alternativa e a viabilidade política da sua implementação. Enfim, trata-se de assunto que renderia matéria de pouca audiência, e de pouco efeito na popularidade do governo.

    Agora quanto a sua avaliação da “insensibilidade quase arrogante do governo em relação à opinião pública”, tendo como base o governo não ter repassado mais esclarecimentos sobre a Copa do Mundo, eu ainda penso como eu disse lá no post “O legado social da Copa 2014” em comentário que transcrevi na íntegra junto ao post “A aula que não foi ouvida sobre a Copa do Mundo”. Assim, pareceu-me que após as manifestações de junho de 2013, o governo ficou mais contido em divulgar os êxitos em relação a Copa do Mundo de 2014 porque foram muitas as críticas que o governo sofreu. E uma avaliação objetiva sobre o saldo de uma Copa do Mundo é praticamente impossível de ser feita. Quantos dirão que se o dinheiro gasto na Copa do Mundo tivessem sido gastos em hospitais muitas mortes teriam sido evitadas. Não há como objetivamente rebater um argumento como este.

    Então a contenção do governo em fazer divulgação de obras como as relacionadas com a Copa do Mundo, mesmo que se leve em conta as externalidades positivas que elas trazem, é uma contenção politicamente correta tanto do ponto de vista eleitoreiro do governo visando ficar bem com as manifestações de junho de 2013, como do ponto de vista de uma prática democrática caso esta prática venha imperar.

    Bem, eu que tenho sido crítico das manifestações de junho de 2013, atribuindo a elas como único efeito positivo a existência das manifestações em si, tenho aqui que destacar este efeito na febre propagandista do governo. Assim, se esta contenção do governo em fazer propaganda das suas grandes realizações foi fruto de uma avaliação do sentimento expresso nas manifestações de junho de 2013 e se essa contenção se estender a todos os governos de agora em diante, que se credite às manifestações de junho de 2013 este efeito positivo.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/06/2014

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador