O olho de Merkel voltado para Portugal

Sugerido por Paulo F.

Do Diário de Notícias de Lisboa

Felizmente temos o bom olho de Angela

por FERREIRA FERNANDES

Nunca agradeceremos bastante por na antimetropia dos chanceleres alemães termos ficado com o mais conveniente olho virado para nós! Como sabemos, na antimetropia um olho é míope e o outro é hipermetrope. Grosso modo, o primeiro vê mal ao perto e o segundo vê demasiado bem ao longe. Felizmente, repito, calhou-nos o olho míope de Angela Merkel que nos vê de forma difusa e relativamente desinteressada. Por isso só temos de comprar uns Audi para dar prémios e mais carruagens Siemens do que precisamos, temos juros indecentes, obrigação de exportar de borla engenheiros que formámos e uma economia arrasada, só. Poderia ter sido bem pior. O outro olho de Angela, como o dos seus antecessores, está virado para Leste e não para nós. A hipermetropia que olhou e olha para a ex-Jugoslávia e, agora, para a já quase ex-Ucrânia, apesar de parecer trazer um benefício, ver bem, é uma doença. O esforço para focar leva a dores de cabeça, ardor e lágrimas. Mas graças à sua tão celebrada indústria de lentes (quem não conhece as Zeiss?), esses malefícios, em vez de atingirem os alemães do olho hipermetrope, dão cabo daquilo para onde ele olha. Não arrasam só a economia, estilhaçam os países. Graças a Odin e outros deuses germânicos, calhou-nos o olho míope. Danke schön! Fosse o outro olho, já teria havido umas milícias lusas a atacar Olivença, o Porto a cortar com Lisboa e a unir-se a Santiago de Compostela, e a Península Ibérica a ferro e fogo.

 

Redação

5 Comentários

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  1. Esta pestilência Angela

    Esta pestilência Angela Merkel é a nova versão da Thatcher, que foi uma desgraça para o mundo.

    Além do mais, é tão feia quanto aquela.

  2. A Alemanha que nunca engana.

    Os governos alemães pode fazer um milhão de discursos, falar o que quiser, negar até o último fio do bigode.

    Mas a sanha de um Reich Alemão na Europa ainda é um sonho na mente deles.

    Onde os outros falharam pelas armas pode-se conquistar com Euros e deixem que se matem…

  3. Devo não nego, pago quando

    Devo não nego, pago quando puder  ? Agora Angela deixa eu cá com as minhas sardinhas, se fosse na epoca de D.João, colocava tudo no navio e fugia para o Brasil.

  4. Culpas…

    Nenhuma novidade: a culpa pelas bobagens que os portugueses, espanhóis e italianos fizeram é daqueles que moram bem longe, do outro lado dos Pirineus ou dos Alpes…

    O que o “oftalmologista” luso tem a dizer dos programas econômicos ditos “sociais” dos penúltimos governos portugueses, úteis como geladeiras no polo norte ou cortadores de grama no Saara, que levaram o país a breca na farra com o crédito barato? Trens-bala (Siemens) que andam vazios, auto-estradas com “portagem” parecidas com as “Autobahnen” alemãs, e os veículos (Audi) ainda circulando pelas vias secundárias, etc…

    Muito “giro” tudo isso…

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