O que Dilma pode aprender com JK?

Cientistas discutem paralelismos entre a crise política atual e a enfrentada por Juscelino Kubitschek
Jornal GGN – A expressão “presidencialismo de coalizão” foi cunhada pelo cientista político Sérgio Abranches, em 1998, para definir o jogo político-institucional brasileiro. O presidente (poder executivo), no Brasil, é eleito pelo voto universal e tem um mandato independente dos parlamentares eleitos para ocupar o Senado e a Câmara (poderes legislativos). Dessa forma, legislativo e executivo são poderes antagônicos. Para um presidente governar o Brasil, necessita fazer acordos com senadores e deputados de distintos partidos, realizando então o chamado “presidencialismo de coalizão”.
A falta de habilidade do poder executivo pode levar à fragilidade dos poderes do presidente da república e, consequentemente, maior poder de barganha do Congresso. É nesse ponto que estamos na história recente, com a presidente Dilma Rousseff enfraquecida frente a um congresso mais articulado nas mãos de seus respectivos presidentes, Eduardo Cunha, na Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros, no Senado, ambos do PMDB.
Para o político e historiador Ronaldo Costa Couto, o erro do presidencialismo de coalizão hoje é a falta de um projeto nacional. “O tipo de coalizão que temos visto no Brasil é em torno da governabilidade e em torno de um projeto de poder, quando deveria ser em torno de um projeto nacional. Isso, talvez, é que tenha levado à fragmentação dos poderes”, disse durante a sua participação no programa de debates Brasilianas.org (TV Brasil).

Como exemplo, Costa Couto aponta a estrutura atual dos ministérios do governo federal, com representantes de diferentes partidos e com objetivos, muitas vezes, antagônicos à pauta do partido de quem governa o país. Este complexo modo de governo não é, necessariamente, negativo, na visão do cientista social da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Roberto Grün, também convidado para o debate.
“Esse tipo de presidencialismo faz parte da nossa cultura política. A população teve oportunidade de votar por duas vezes para mudar o sistema para o parlamentarismo – defendido pela elite – mas optou pelo presidencialismo. A noção de democracia brasileira coloca no centro do poder um presidente forte, mas a coalizão diminui a força do nosso presidente”, explicou.
O que poderia ser alterado, na visão do professor, seria, no máximo, a relação entre o presidente da República e o Congresso Nacional. “Por outro lado, isso também é muito complicado, porque o parlamento é uma câmara de compensação entre o poder central e as peculiaridade regionais”, adverte.

Apesar desse cenário, Grün compreende que a cultura política do presidencialismo de coalizão é capaz de responder a alguns problemas do país, mesmo que não de maneira ideal.

Costa Couto arremata que o problema de governabilidade atual está mais ligado à falta de habilidades do executivo do que ao sistema de coalizão em si. Como exemplo lembra a capacidade que Juscelino Kubitschek teve para governar o país durante um período conturbado da história, sob ameaças de golpe militar e acusações diárias de corrupção vindas da imprensa. 

A visão de Costa Couto não é, porém, compartilhada por todos os especialistas em relação aos poderes na política, a exemplo do colunista do Jornal GGN, André Araújo. Sua teoria é de que o poder executivo foi bastante enfraquecido no processo que formou a Constituição Federal de 1988.
“A Carta Magna foi uma espécie de contraponto ao regime militar, então ela procurou não construir um poder muito centralizado. Acontece que, com isso, acabou criando ilhas de poder. Assim, a fragmentação hoje [de poder] é imensa”, acrescentou.
André Araújo explica que o tamanho e a diversidade do território brasileiro seriam melhor geridos se o poder executivo fosse mais centralizado. Para corroborar sua tese aponta para o “utilitarismo” norte-americano como um modelo que deveria ser imitado por aqui, pelo menos em partes.
“Nós temos um Ministério Público independente, por exemplo, isso não existe em lugar nenhum. O Ministério Público norte-americano é diretamente dependente da presidência da República, como uma extensão do executivo. O mesmo acontece na França, onde o procurador é nomeado pelo presidente”. Araújo explica que não é lógico a independência do Ministério Público pelo simples motivo de não ser administrado por figuras eleitas pelo povo e que, por conta da sua complexidade e responsabilidade, acabou se transformando em uma espécie de quarto poder.
Alguns casos emblemáticos nos Estados Unidos, lembrados por Araújo, chamariam atenção no Brasil. Na década de 1970 o presidente republicano Richard Nixon se viu obrigado a renunciar ao mandato, após o escândalo “Watergate”, quando jornalistas do Washington Post desvendaram uma operação ilegal de espionagem do Partido Democrata, na época da corrida eleitoral que levou Nixon ao poder.
“Nixon renunciou em 9 de agosto de 1974 e, em menos de um mês, foi perdoado. Não teve processo judicial. O perdão ocorreu porque a Justiça concluiu que o julgamento iria perturbar o país, ou seja, sairia mais caro lhe julgar do que não julgar”.
É importante destacar que todos os poderes ligados à justiça e investigação, nos Estados Unidos, são submetidos ao poder central do presidente. “Na chamada ordem executiva, nos Estados Unidos, o executivo pode praticamente tudo. Os presidentes moderam esse uso [da força]”.
Outro caso lembrado por André Araújo ocorreu no último dia do mandato de Bill Clinton, em 2001. “[O então presidente norte-americano] concedeu perdão ao grande sonegador fiscal Marc Rich, com o argumento de que o encarceramento deste homem e a quebra de sua firma, a GlencoreXstrata, importante trading de petróleo, traria mais prejuízos ao país”.
Exemplos de JK para Dilma
Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da república em 1956, sob estado de sítio. Desde o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, o Brasil vivia uma conjuntura política instável. Com 11 dias de mandato sofreu uma tentativa de golpe militar.
O historiador Ronaldo Costa Couto, que também é autor de uma biografia sobre a vida de JK, explica que o mineiro conseguiu manter os cinco anos de mandato graças à grande habilidade política. Veja alguns exemplos nos recortes históricos à seguir:
– Maio de 1956, a cidade do Rio de Janeiro, então capital da república, era ocupada por protestos nas ruas, com enfrentamento entre população e polícia que deixava com saldo feridos e mortos. A crise se deu por causa do aumento das passagens dos bondes e ônibus. Os estudantes foram às ruas, com o apoio de parte dos operários. “A cidade virou quase que um campo de guerra. Com Juscelino Kubitschek acuado no Palácio do Catete [sede do governo], preocupadíssimo, até porque há pouco tinha sofrido uma tentativa de golpe militar”, lembrou o político, historiador e biógrafo de JK.
Foi então que Juscelino teve uma ideia. Ao invés de mandar a polícia bater ainda mais nos manifestantes, pediu ao professor Pascoal Carlos Magno, que tinha bom relacionamento com os estudantes, para entrar em contato com a direção da União Nacional dos Estudantes (UNE) para marcar uma reunião.
Greve estudantil de 1956
“Na sala da presidência, JK deixou a cadeira do presidente vaga. Quando os meninos chegaram, ele pediu ao presidente da UNE que se sentasse na cadeira dele, como presidente da República. O menino resistiu, mas JK insistiu: ‘É um pedido do presidente, atenda por favor’. O menino sentou-se, os demais também. Serviram água e cafezinho, então Juscelino disse para o presidente da UNE: ‘Vocês praticamente paralisaram a cidade. A situação é grave e meu próprio governo está em risco, porque o Brasil é um país instável! Vocês querem que eu perca o poder, saia da presidência e vocês sejam presos? Como você decide senhor presidente?”, perguntou JK se virando ao presidente da UNE.
Em resposta, o rapaz levantou-se da mesa, abraçou Kubitschek e interrompeu a manifestação. O historiador Ronaldo Costa Couto conta também que, dias depois, JK foi à UNE fazer uma visita. Na sede foi recebido com vaias às quais respondeu: “Feliz é o país onde os estudantes vaiam seu presidente da república e nada acontece”.
– JK construiu Brasília sob “manchetes diárias de acusações de corrupção de seu governo”, recorda Costa Couto. Em resposta à imprensa, o então presidente da república apenas levou adiante o projeto nomeando o político da oposição (UDN) Íris Mainberg, à direção da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil).
A cooptação “do parlamentar inimigo” por Juscelino reduziu os ataques da oposição.
Esses e outros exemplos da prática política de JK, de se relacionar com os diversos poderes, levou Santiago Dantas, observado pelo professor Costa Couto como um dos maiores intelectuais políticos do país, a dizer: “Se alguém não quiser ser amigo de JK, que fique pelo menos a uma légua dele”.
Apesar dos paralelismos existentes entre a crise política vivida no governo JK e a crise vivida hoje, por Dilma Rousseff, como ataques diários na mídia, acusações de corrupção e fortalecimento de grupos apoiadores de um golpe (impeachment, no caso atual), o professor Grün adverte que atualmente a estrutura social é bastante diferente para querer tirar, da época de JK, uma lição que possa ser aprendida por Dilma.
“Os personagens tem alguma semelhança, mas o palco não tem nenhuma. Os paralelismos são mais enganosos, nos atrapalham mais do que nos ajudam a pensar a realidade atual. Somente na última eleição tivemos 120 milhões de votos, e vivemos hoje uma democracia de massa. É outro mundo”, pondera o docente da UFSCAR.
Assista a seguir o programa completo mediado pelo jornalista Luis Nassif.
https://www.youtube.com/watch?v=gUFMzFtIYRk width:700
Redação

14 Comentários

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  1. A raiz do mal

    O professor Costa Couto resumiu muito bem no ultimo paragrafo que as dificuldades de hoje não são exatamente as mesmas em relação aos anos 50 de Juscelino. Mas ha sempre o que se aprender com a historia, e a presidente Dilma não perderia nada lendo uma boa biografia de Juscellino. Seria bom se ela tiver lido as duas triologias sobre Getulio.  

    Em todo caso, o que temos hoje são a triade: judiciario e PF numa campanha tresloucada contra o partido da presidência; a imrpensa (a mesma de Getulio, Juscelino, Lula e Dilma) e o duo do PMDB fazendo oposição desmesurada (para lançar mão de uma frase célebre dos tucanos: no limite da irresponsabilidade) nas presidências da Câmara e Senado.  

    Acho que a diferença daquele tempo pra ca, esta no fato de Renan Calheiros e Eduardo Cunha se sentirem acuados, com a possibilidade de um processo a partir do inquérito aberto sobre eles e gostariam que o Executivo interferisse junto à procuradoria. E ai esta a diferença de Dilma em relação, creio eu, a todos os presidentes que ja passaram pelo Brasil: apesar do risco de perder seu mandato em um golpe branco, não interfere no trabalho do Ministério Publico Federal, o mesmo que trabalha hoje com uma ânsia desmesurada pela “moralidade da coisa publica”, passando por cima da Constituição. No entanto, essa moralidade é partidarizada, pertubando assim o andamento do Executivo e a democracia ainda em formação no Brasil.

     

  2. Lero lero, fuga da realidade e do ponto verdadeiramente central

    É incrível a incapacidade dos ”cientistas” em analisar o que de fato importa, que no caso em questão é a fragmentação partidária absurda que existe em Pindorama. E perdem tempo com comparações inúteis, e mistificadoras muitas vezes, em relação aos EUA.

     

    Nos EUA o parlamento só tem 02 partidos. Aqui temos 28. Isto é que tem que ser discutido. O resto é perfumaria pura e simples. Outra questão é que os procuradores federais dos EUA tem a mesma autonomia dos procuradores do Brasil, e só podem ser nomeados ou demitidos pelo presidente daquele país com a anuência do Senado. 

     

    Enfim, simplismos pseudo científicos não ajudarão a resolver problema algum. O modelo político-partidário-eleitoral atual torna o país praticamente ingovernável, independente de quem ocupe a poltrona no Palácio do Planalto.

     

    Passaremos agora a desmistificar a questão da ”fragilidade parlamentar” do tempo de JK, em comparação com o que ocorre hoje:

     

    Juscelino Kubitschek, do PSD, foi eleito em 1955 numa dobradinha com o antigo PTB de João Goulart (que foi seu vice e que fez mais votos para vice do que JK para presidente). 

     

    Naquela época a eleição para o parlamento acontecia em anos diferentes das eleições presidenciais. As eleições parlamentares aconteciam de 04 em 04 anos (1946, 1950, 1954, 1958 e 1962).

     

    As eleições presidenciais, sem reeleição e em turno único, aconteciam de 05 em 05 anos (1945, 1950, 1955 e 1960). O vice era eleito em chapa própria. 

     

    Na eleição de 1955 a dobradinha Juscelino e Jango (PSD-PTB) elegeu o presidente e o vice da república:

     

    1) Juscelino: 35,68% dos votos;

    2) João Goulart: 44,25% dos votos. 

     

    Juscelino assumiu em 1956 com o parlamento eleito em 1954. Neste parlamento herdado do pleito parlamentar de 1954, a dobradinha PSD/PTB tinha 170 deputados federais, de um total de 320. Ou seja, a coligação de apoio a Juscelino Kubitschek contava desde o início com 53% dos parlamentares na Câmara dos Deputados. 

     

    Veio então o pleito parlamentar de 1958 e a dobradinha PSD/PTB elegeu 181 deputados federais, de um total de 326. Ou seja, a coligação situacionista aumentou de 53% para 55,5% no número de parlamentares no Câmara dos Deputados. 

     

    No Senado a coligação PSD/PTB era ainda mais forte e sempre é importante relembrar algo que as pessoas insistem em esquecer: naquela época o vice presidente da república ocupava automaticamente o cargo de presidente do Senado.

     

    Ou seja, o sr. João Goulart, além de ser vice de Juscelino, foi também o presidente do Senado Federal nos 05 anos de governo de JK, algo que ajudava e muito na governabilidade. 

     

    Naquela época apenas 05 partidos tinham relevantes bancadas no Congresso: PSD, UDN, PTB, PSP e PR. O restante era composto por meia dúzia de micro partidos que não elegiam mais do que 06 ou 08 parlamentares. 

     

    Feito o registro histórico, cumpre passar aos tempos atuais. O PT jamais teve a força que o PSD tinha na época de Juscelino. O PT jamais teve a força que o antigo PTB tinha no tempo de João Goulart.

     

    O PT, mesmo somado com o PMDB nos dias atuais, consegue ter no máximo 25% dos parlamentares na Câmara dos Deputados (sozinho o PT tem apenas 13% dos parlamentares).

     

    Ora, se a dobradinha PT/PMDB tem hoje somente 25% dos deputados federais, como comparar com a antiga dobradinha PSD/PTB, que no tempo de Juscelino sempre conseguiu ter mais de 50% dos parlamentares na Câmara dos Deputados?

     

    O problema atual nada tem a ver com a falta de um programa de governo bem definido, mas sim com a pulverização amalucada que se verifica no parlamento. 

     

    Juscelino teria feito o seu plano de metas tendo 28 partidos com representação no Congresso Nacional, como existe hoje? Teria feito se a sua sustentação política, comandada por PSD e PTB, tivesse apenas 25% das cadeiras na Câmara, ao invés dos mais de 50% que sempre tiveram?

     

    O problema atual do Brasil não é Dilma, Lula ou FHC, mas sim um modelo que engendrou uma fragmentação partidária tão gigantesca que torna o país praticamente ingovernável. Com Dilma, esse quadro tenebroso de fragmentação partidária apenas se agravou de maneira absurda. 

     

    O “presidencialismo frágil” da época de JK, como foi cabalmente demonstrado, é rigorosamente forte e coeso se comparado ao verdadeiro presidencialismo frágil, que se verifica, em especial, na legislatura atual. 

     

    E mais do que isto, e para finalizar, Juscelino pegou o país numa situação econômica muito positiva e sem o pool máfio-midiático que existe hoje contra a mandatária da nação. E ele também não teve que enfrentar nenhum Crash econômico mundial, algo que Getúlio Vargas enfrentou a partir de 1930 (Crash de 1929) e que Dilma está enfrentando agora em decorrência do Crash de 2008.

     

    A situação política de Juscelino à época é muito, mas muito mais confortável, principalmente no parlamento, do que a situação política enfrentada pelo PT, por Lula e por Dilma a partir de 2003. 

     

    Mesma sorte não teve Jango em 1964. Bastou a dobradinha PSD/PTB rachar para que ele fosse golpeado com o apoio de lideranças expressivas, como a do então deputado federal Ulysses Guimarães, do PSD, entre outros tantos que apoiaram a sua deposição. 

    1. Muito boa essa contextualização

       Diogo, principalmente por relembrar que João Goulart foi presidente do Senado durante o periodo do governo de Juscelino.  A parceria PT-PMDB esta rachada e isso tem causado uma fragilidade maior a esse tipo de governo, o de coalizão. Infelizmente, o congresso que temos esta tomado por gente inescrupulosa, sem interesses maior.

      A presidente Dilma faria bem em relançar projetos de participação social (é claro que a Câmara vai sempre veta-los), mas encontrar formas de trazer mais a sociedade, aquela verdadeiramente interessada em avanços e desenvolvimento, para as decisões governamentais, podendo ai, pressionar os deputados e senadores a votarem as reformas e PECs tão importantes para o Pais.

      O resto – e principal – agora é fazer a economia andar. E isso talvez seja o mais dificil num Pais semi-parado. 

  3. Então a culpa do moralismo
    Então a culpa do moralismo hipocrita eh do PT, da Dilma, do Lula…
    Quando até especialistas fingem que o que chamam de “habilidade” do executivo nao eh a vetusta troca de favores conbecida de todos e que hoje estah interditada a esse governo. Isto eh, o PT não pode montar um governo de coalizão porque isso eh crime. Os podem fazer o diabo, como de fato fazem, que tá tudo bem..

  4. Quando eu digo que a mais

    Quando eu digo que a mais feroz oposição que os governos trabalhistas sofrem, são as tergiversações em formas críticas construtivas que destilam as esquerdas. Dilma não têm nada a aprender com JK, os dois governos trabalhistas do Brasil atual, Lula e Dilma, dão um banho em realizações, em progresso em desenvolvimento do Brasil, JK era um aristocrático como FHC e que fizesse ou não pelo Brasil, compromisso nenhum tinha. JK ainda construiu Brasília, mas… compare a construção de Brasília, diante do Brasil nordeste (portos, estaleiros, industrias, safras que do norte nordeste está batendo a do sudeste, a transnordestina, a saída para o pacífico, isto é Brasil, e muito mais, não é Brasilia que a aaristocracia aceitou em JK e FHC, não t~em compromisso popular. Minha Casa Minha Vida, aeroportos, rodovias, ferrovias, Nassif, você poderia ser um grande veículo de governos com visão real do Brasil e não esta tacanha que serve aos blá blá blá da direita. O grande “metiuer” da direita “a praia” da direita no Brasil é a retórica, retórica não enche barriga de ninguém. Não prá quem escrevi, mas a “prai” da direita e privatizar, reduzir, “estado mínimo” daí, Nassif, você é economista, daí, com o estado mínimo, ele (PSDB, direita, mídia) não reduzem a “maquina do estdado”, reduzem o trabalho do estado. O navio que Dilma batizou hoje, estaria na iniciativa privada, com o estado mínimo, mas… a máquina do estado mínimo, sempre… sempre seria o máximo. Estivefam no governo e não reduziram. Lula e Dilma pelo menos, desenvolveram o pre=sal, os estaleiros…. enfim

    1. Comparar JK com FHC, o

      Comparar JK com FHC, o primeiro um patriota o segundo um entreguista dos mais cínicos que já passaram pelo Brasil??? Como pode?? JK teve uma origem humilde, até mais que a Dilma, aristocratico???? Como assim??? A principal semelhança entre os governos do PT e de JK é que ambos trabalharam em prol do povo brasileiro e da independência e soberania do Brasil, coisa que a nossa elite que se acha da Europa e ou de Miami não perdoa.

    2. JK foi o político que bancou

      JK foi o político que bancou que o Brasil devia ter indústria. Até o seu governo, a discussão no Brasil era que ele deveria ser uma espécie de celeiro do mundo e só isso. Sem JK, não haveria indústria automobilística no Brasil e, portanto, não haveria o cenário em que surgiu Lula. E além disso, foi um presidente que fez com que o povo brasileiro sonhasse em ter algum papel no mundo – seja na música, pela bossa nova, seja pelo futebol campeão em solo europeu e pela primeira vez. Brasília era para simbolizar um país que, mesmo na periferia do mundo, poderia erguer uma cidade moderna. Infelizmente, como tudo no país, esse ciclo virtuoso dura pouco e aí veio Jânio, Jango e o golpe. 

  5. Muito blablablá para mostrar

    Muito blablablá para mostrar o óbvio: Estamos na mão de um congresso prá lá de aventureiro, fisiológico, onde cada um tem o seu projeto para “se dar bem”. Azar da presidenta, que por melhor que sejam as suas intenções, dificilmente vai emplacar projetos sem que não “negocie” com essa cambada.

    Erro na comunicação? Qual comunicação? Em que meio? Esse que essa mídia bandida controla? Vamos ser um pouco mais sérios ao avaliar isso.

    Ao fim e ao cabo, não há muita saída, considerando o analfabetismo político da nossa classe mérdia.

  6. ESTIMULADA PELO PAC, INDÚSTRIA DE DEFESA EMPREGA 30 MI

    Publicado em 14/05/2015

    Vídeo: indústria da 
    Defesa emprega 30 mil !

    FHC entregaria a Defesa do pré-sal à Quarta Frota americana

    Como se sabe, além de sucatear a industria naval, como demonstrou a presidenta Dilma em Ipojuca, o Príncipe da Privataria, que volta de Nova York no jatinho do produtor de vácuo, o Príncipe queria sucatear o beneficiamento urânio do Brasil.

    Quando o recém eleito Presidente Lula foi a Aramar, em São Paulo, testemunhou que todo o trabalho pioneiro da Marinha de beneficiar o urânio, por militares brasileiros, ia morrer de inanição, induzida pelo presidente (dos americanos) FHC.

    Como se sabe, o Brasil é um dos poucos – não passam de cinco – países do mundo que têm minas de urânio e desenvolveram tecnologia própria de beneficiamento de urânio.

    Hoje, o Brasil constrói submarinos a diesel elétrica e, breve, submarinos a energia nuclear.

    Porque Lula e Dilma deram dinheiro e recriaram a indústria de Defesa do Brasil.

    O Presidente FHC, pelo jeito, ia delegar essa secundária tarefa – defender o Brasil – à Quarta Frota, que os Estados Unidos recriaram, depois que o Brasil descobriu o pré-sal:http://www.conversaafiada.com.br/economia/2015/05/03/petrobras-nao-deu-%E2%80%A6-pau-no-odebrecht/

    Esse pré-sal que vai crescer 70% este ano.

    No site do PAC:

     

    ESTIMULADA PELO PAC, INDÚSTRIA DE DEFESA EMPREGA 30 MIL

    A indústria de defesa no Brasil atualmente gera uma receita de US$ 3 bilhões por ano, é responsável por 30 mil empregos diretos e tem um potencial de crescimento. Essas informações são destacadas no vídeo abaixo, produzido pelo Ministério da Defesa sobre o setor que conta com R$ 100,4 bilhões de investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

    A maior e mais sofisticada aeronave já projetada e fabricada no Brasil, por exemplo, tem investimentos do PAC previstos até 2022 de mais de R$ 12 bilhões. O projeto envolve o desenvolvimento – através da Embraer e a partir dos requisitos estabelecidos pela da Força Aérea Brasileira (FAB) – e a aquisição de 28 cargueiros militares KC-390. O primeiro vôo do KC-390 aconteceu em fevereiro deste ano.

    Já o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) conta com R$ 28,6 bilhões para, até 2025, implantar o Estaleiro e Base Naval, a construir o primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil e outros quatro submarinos convencionais. O Estaleiro de Construção (ESC), no Complexo Naval de Itaguaí/RJ,foi inaugurado em dezembro do ano passado.

    O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), orçado em R$ 1,7 bilhão, é outro projeto financiado pelo PAC com intuito de aprimorar a comunicação dos órgãos de Defesa Nacional e também levar internet banda larga a municípios com menos de 50 mil habitantes. 

    A indústria de defesa nacional também recebe recursos do PAC para o desenvolvimento e aquisição de 50 helicópteros EC-725; aquisição de 36 caças Gripen NG; implantação de foguetes e mísseis guiados do Sistema de Defesa Estratégico Astros 2020; implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron); e desenvolvimento e produção pela indústria nacional de viaturas blindadas Guarani.

     

  7. Juscelino Juscelino!!! Golpista sem querer querendo!

    Junto com Lacerda contribuiu com o golpe apeando poderes de João Goulart com o pretenso “parlamentarismo” nos moldes do que estão tentando fazer hoje com o tal voto distrital.

    Depois que a merda tava feita e fizeram o que os americanos queriam se arrependeu e mataram o infeliz, depois Lacerda e Jango morreram de “causas naturais”.

    Um importante playboy inconsequente nacional merece até memorial.

    Nunca foi um legalista.

    A história se completa com o tempo.

  8. “O que Dilma pode aprender

    O que Dilma pode aprender com JK?

    nadinha de nada…

    é muito mais plausível a vaca tossir do que presidenta dilma apreender ou mesmo vislumbrar um pedaçim de trem que seja do carisma, do élan, do entusiasmo romântico mineiro, da inteligência e habilidade política, da incansável capacidade de trabalho e liderança, da infinita paciência no poder, da magnânima sabedoria do perdão e da tolerância com poderosos obtusos e intrigantes, da verve política imbuída da férrea missão e gana por um país desenvolvido e rico paratodos em todos os rincões da vastidão dadivosa tropical de sol água clima quente agradável das terras brasilis, tudo isso e mais umas escapadelas rapidinhas…são marcas fortes e decisivas e meritórias e memoráveis que estão presentes na vida política e administrativa e governante do grande estadista mineiro JK50.5.

  9. Parei de ler na metade e discordo completamente.

    O que torna o país ingovernável é um Congresso desprovido de representação popular que desde a entrada em vigencia da lei plutocrática de 1997 vem se deteriorando e tem cada vez mais a cara fisiológica dos banqueiros e empresários do que da populaçao brasileira. Sobre isso, e em consequencia disso também, tem a extraordinária dispersão dos funcionarios da alta burocracia do Estado a fazer politica partidária sem que haja a reação do poder competente para apresentá-la, o legislativo, restabelecendo o equilibrio entre os poderes, por falta de legitimidade decorrente da questão anterior. Exemplo são os recorrentes ataques do judiciário às competencias do legislativo nas poucas vezes em que esse poder se propõe a exercitá-las. Por, ultimo, mas MUITO MAIS IMPORTANTE, na desestabilização do modelo de governança vem a atuação do quarto poder, atuando absolutamente fora de controle, desestabilizando e corrompendo os outros já fragilizados, a grande BESTA do apocalipse politico, o Partido Politico da Imprensa, liderado pelo grupo controlador do Instituto Innovare. Esse assumiu tamanha dimensão de poder sobre todos os outros que atua ao arrepio da lei, indiferente às previsões constitucionais estabelecidas justamente para impor-lhe parametros e limitações.

    Se não erradicar essas duas abominações, a Lei Plutocrática e o Partido da Imprensa, pode por Parlamentarismo, Monarquia, o diabo que for, que não há governo que governe, a não ser que entregue tudo que o sistema chantagista de televisão queira, em detrimento dos interesses da maioria da população. Qualquer outro aspecto relevante para a estabilidade politica no país nos dias de hoje é acessórios desses dois principais.

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