Onde estão as lideranças empresariais? Por Motta Araujo

Onde estão as lideranças empresariais?

Por Motta Araujo

Nos anos dourados de 1946 a 1976, 30 anos em que o Brasil saiu de um País rural para um País industrial, grandes lideranças empresariais eram protagonistas da História, das notícias, da política. Os líderes das chamadas “classes produtoras” estavam todos os dias nos jornais, tinham  personalidade e prestígio  para influenciar políticas públicas, pautar agendas de debates.

O conde Francisco Matarazzo Jr. foi capa da revista TIME em 1954, Euvaldo Lodi, presidente da CNI era personagem de primeiro plano da política econômica. Líderes como Horácio Lafer, Ministro da Fazenda e das Relações Exteriores, Luís de Moraes Barros, Presidente do Banco do Brasil, Ricardo Jafet, também presidente do BB, Guilherme da Silveira, dos tecidos Bangu, também presidente do BB, Ministros da Agricultura, dos Institutos do Café, do Açúcar e Álcool, diretor da CACEX, os Ministros da Indústria e Comércio geralmente eram empresários, Morvan Dias de Figueiredo, grande industrial do vidro foi Ministro do Trabalho, Sebastião Paes de Almeida, também do ramo de vidro, foi Ministro da Fazenda de Juscelino.

Por toda a cúpula do Governo federal os empresários de papel público davam sua contribuição. As grandes confederações, da Indústria e a do Comércio tinham fortíssimas lideranças que balizavam o desenvolvimento, o clima econômico, a construção da infraestrutura, a inserção  na economia mundial do País, lançavam temas para debate, tinham ideias claras e se posicionavam na defesa dessas ideias.

E hoje? NADA. Lideranças desconhecidas, burocráticas e medíocres, sem discurso, sem ideias, sem protagonismo.

O sistema produtivo está sendo IMPIEDOSAMENTE atacado pelas corporações de apostilas, que não produzem um quilo de arroz, estão destruindo o clima de negócios no Brasil com um combate jamais visto, nunca tantos empresários foram ao mesmo tempo para a cadeia, o que para os concurseiros parece uma vitória é na realidade uma situação de terrorismo econômico que desestimula o empreendedor, hoje completamente inseguro.

Não adianta dizer que é combate à corrupção, a mensagem recebida é outra, se você cometer qualquer deslize vai em cana sem prazo e sem julgamento,  não há empreendimento sem risco e sem possibilidade de infração a regras, voluntária ou por erro, na dúvida é melhor não arriscar, é a mesma reação que ocorre na Petrobras, ninguém mais assina cheques, vai saber se o juiz acha que o empregado está “no esquema” de algum contrato e o coloca no xadrez.

Percepção é algo subjetivo, irracional, emocional e a mensagem enviada pelos juízes e promotores é: EMPRESÁRIO, VOCE É SUSPEITO. Quem pode vai embora, quem não pode fica calado e não faz mais nada, o País perde seu maior capital, o HUMANO, os efeitos vão ser sentidos nos próximos vinte anos, o País regredindo para um nível haitiano.

E as grandes CONFEDERAÇÕES com seus mega palácios em Brasília? Não há nos EUA, na Alemanha e na França, sedes de entidades empresariais tão LUXUOSAS como as CONFEDERAÇÕES em Brasília. A CNT, Confederação Nacional dos Transportes é digna de uma Chancelaria de Berlim, com o andar da Diretoria forrado de tapetes persas. As entidades têm muito dinheiro, jatinhos, mil mordomias, MAS NÃO FAZEM NADA, são meras ficções, alguém sabe quem são seus Presidentes? Na do Comercio o titular está lá há 33 anos, a dos Transportes tem Clesio Andrade não se sabe há quantos anos, a da Indústria outro Andrade, Robson, fincou âncora para o nada fazer.

Quem enfrenta os inimigos do setor empresarial. NINGUEM, não põe a cara para bater, tem pavor de desagradar o governo, as corporações concursadas, a imprensa então precisa ser sempre alisada, são marionetes, não conduzem, são conduzidas, nem usam o cargo para auto promoção porque até disso tem medo, o SETOR EMPRESARIAL brasileiro tem o sistema representativo custeado pelo imposto sindical, o SISTEMA MAIS CARO DO PLANETA, para nada. Sobre a crise da PETROBRAS alguém viu alguma declaração das lideranças empresariais na defesa das EMPRESAS? Claro que não, não meto a mão em cumbuca, NÃO ME COMPROMETA, como diria o Jô Soares.

Desse mato não sai coelho, os empresários estão órfãos, cada vez mais sobrecarregados de impostos e obrigações, com inimigos raivosos por todos os lados, só um louco vai se arriscar a ser empresário aqui, enquanto isso o Canadá, os EUA, vários países da União Europeia, oferecem todas as vantagens para importar empresários, o elo mais precioso para o desenvolvimento de um País, aqui DEMONIZADOS E CAÇADOS como bandidos.

E as riquíssimas CONFEDERAÇÕES? Nem procure a placa na porta diz “SAÍ PARA ALMOÇO””.

 

Redação

24 Comentários

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  1. esqueceu AA as efemérides

    esqueceu AA as efemérides brasucas?

    nossas lideranças empresariais estão, neste exato momentum, todas elas, de prontidão alerta máximo! nos preparativos e finalmentes para enfrentar o rei leão pantagruélico de todos os anos santos do calendário lunar pós-carnaval…

  2. AA procura por super-homens

    AA não percebe o mundo atual e o impedimento de formação de novas lideranças.

    AA você não encontrará nas últimas décadas lideres, em quaiquer áreas, com a projeção de Churchill, Roosevelt, …

    Não adianta procurar formadores de opinião como outrora existiram na literatura, na música, na políitca e na economia.

    O mundo ocidental se tornou fragmentado, imediatista e amorfo; líderes não são aceitos, salvo se você tiver coragem de citar Putin ou Li Keqiang.

    Como diz Sheldon Wolin:

    “O estado corporativo não encontra a sua expressão em um líder demagogo ou carismático. É definido pelo anonimato e pela ausência de rosto de uma corporação. As corporações, que contratam porta-vozes atraentes como Barack Obama…”

  3. Esta mentalidade – ok, há
    Esta mentalidade – ok, há vários outros importantes interesses motivadores – corrobora, a meu ver, a extrema insensibilidade do MPF quando rebate a CGU afirmando que o combate à corrupção vem antes do resguardo das empresas, cadeias produtivas e empregos.

    Há um post sobre o assunto publicado hoje, se não me falha a memória.

    Porque não se pode tratar os dois aspectos simultaneamente? Há soluções apontadas neste sentido…

    O mais importante é o interesse do País ou ganhar o “cabo de guerra”?

    Já mais cedo, no post sobre Napoleão, perguntava: quem são as lideranças? Quem pretende e está apto a indicar os caminhos…

  4. Eles estão em Miami

    Empresário brasileiro gosta de projeto pronto, com consumidor cativo e bovino, gerando caixa em menos de 30 dias. Vende água a quem apenas tem uma torneira em casa. Vende luz a quem está ligado na única rede. Vende pedra de gelo a pingüim, se o pingüim for obrigado por Lei, obtida em Lobby graças a financiamento de campanhas políticas.

    Empresário brasileiro no investe, mas apenas privatiza algo pronto. Não faz estrada, mas apenas o pedágio. Tudo com base numa cultura de exploração colonial do Brasil, onde poucos maus brasileiros fazem aqui a sua América e levam os seus ganhos, a sua família e os seus sonhos para o exterior. Não faltam empresários no Brasil, faltam brasileiros de verdade dispostos a acreditar na sua terra.

    1. Você disse quase tudo Alexis.

      Você disse quase tudo Alexis. Faltou dizer que a maioria deles ou era “office boy” no início da carreira, ou filhinho de papai, que até foi estudar no exterior, mas não aprendeu coisa alguma, porque o objetivo maior dele era sómente farrear e decorar algumas coisinhas para esnobar os pobres e a classe média. Como ainda não há mobilidade social da classe média para cima, não temos verdadeiros empreendedores. Um belo exemplo dessa barreira é a execração de Eike Batista (que veio da classe média) por alguns pecados que cometeu. Deveria pagar por seus erros, mas a dose da pena me parece por demais exagerada. Parece uma punição exemplar para quem ousar cruzar a barreira. Ao meu ver, existe um “programa externo” rodando que impede o surgimento do verdadeiro empreendedorismo no Brasil. Não adianta se falar somente de remoção da apreciação cambial (discurso de Bresser Pereira) como solução mágica para a reindustrialização do país. No mundo de alta competitividade industrial, de base tecnológica de ponta, não basta o voluntarismo do capitalista. Sem a ascenção de doutores e pós-docs da classe média, financiados por empreendedores cientes dos riscos, nada acontecerá de interessante nesse país.

      Esqueçam o discurso monocórdio do câmbio, SEM EDUCAÇÃO, JÁ ERA!!!

  5. Os governos estão dominados

    Os governos estão dominados pelos cabeças de planilha, como diz o Luis Nassif. É gente que não sabe a diferênça entre um pé de feijão e um de café.

     

  6. Lideranças? Não, de novo não! Não apareçam!

    Caro autor,

    com o devido respeito mas o viés está escancarado demais neste seu post.

    Sua leitura dos tais “anos dourados”  de 1946 a 1976  foi, no mínimo, data venia, uma lástima.

    Só para exemplificar, V.Sa  mistura um raro período  razoavelmente democrático de  1946 à 1964( com muitas ressalvas) com um  outro nada democratico. Passando, inclusive, pelo AI-5 da segunda metade dos anos 1970. Francamente! De lideranças autocráticos já estamos fartos!

    Ao contrário de sua opinião, torço para que as tais “lideranças” empresariais brasileiras, sobretudo , as hereditárias que só sabem olhar para o próprio umbigo, explorar mais valias, “flexibilizar a cópia da carta del lavoro”,  sonegar tributos e reclamar que a carga tributária é alta,  entre outras coisas nada republicanas, inclusive,  abrindo  contas “sigilosas” em paraísos ( muito além da Suiça) não apareçam para defender mais uma vez, o próprio umbigo! Basta. Chega.

    Portanto, espero que o país entre noutra a partir de agora. E entrar em qual?

    Ora  se quizermos –  e queremos –  que seres humanos com nacionalidade brasileira,  espírito empreendedor sim,  mas tambem   republicano, cresçam , apareçam, se enriqueçam,  criando riqueza para  povo brasileiro, RESPEITANDO REGRAS, previamente elaboradas, debatidas, aprovadas e publicadas, dentro dos ritos normais,  ai sim, vamos conclamar para que estes e somente estes se apresentem: Onde estão vocês, caros e raros, líderes empresariais realmente brasileiros de corpo e alma?

    Está passando do hora de os senhoras e as senhoras ( com qualquer opção sexual) aparecerem!

    Nada de oligarquias, chefes de capitanias hereditárias ou de feudos contemporaneos, senhores de engenho com suas senzalas globalizadas, ou  participantes de supostos CONLUIOS e tudo mais que se ouve por ai,  que só faz sangrar  este país de gente que trabalha e, pra variar, paga tributos indiretos além de pagarem  financiamento de longo prazo na  tabela price em busca do “sonho” (ou do pesadelo) da casa própria.

    Já sei! Piketty está errado, certo?

    Saudações

  7. “Por toda a cúpula do Governo

    “Por toda a cúpula do Governo federal os empresários de papel público davam sua contribuição.”

    Hoje os empresários são de outro tipo de “papel público”.

  8. Capitalismo agro-estatal.

    Prezado André,

    segundo o professor Bresser-Pereira os “capitães de indústria” do passado venderam suas empresas para multi-nacionais estrangeiras e tornaram-se rentistas.

    Empresários nacionais, agora, só a agro-indústria e o governo. 

  9. confederações

    Esqueça essas confederações.  Tornaram-se demasiadamente anacrônicas para tempos modernos. Hoje o capitalismo moderno e dinâmico brasileiro passa longe dessas entidades. Podem se criticar sobre muitas sob muitas perspectivas, mas não dá para se comparar a cabeça de um “lider empresarial” sentado no predio da CNI na Esplanada, ao de um de Jorge Paulo Lemann ou de alguma private equities atuais.

    A proposito, o modelo dessas entidades confederativas empresariais mais esta para, Confederacao de Tenis, Voley, Judo, Natacao.Tão modernas e dinâmicas quanto a Ordem dos Músicos do Brasil. 

     

  10. existem fora do País

    AA nem mesmo os EUA conseguem novos barões, a decadência de sistema produtivo, aquele que produz parafusos e aviões, começou com a primazia do financeiro.

    Lembro-me de uma palestra na empresa quando um destes vendedores de milagres perguntou a nós atônitos engenheiros gerentes e diretores qual era o produto fabricado, todos entreolharam sem entender, parecia obvio para uma resposta, um produto real de largo consumo etc., mas o nosso messias tinha uma revelação, o produto era o dinheiro.

    Sugeria ele que tudo deveria ser desativado, setor por setor entregue para um terceirizado, nada na mão centralizadora do dono, ele afinal das contas estaria interessado apenas no dinheiro.

    Evidente que de todo este genial pensamento sobrou uma terceirização desastrada na manutenção e que foi revogada rapidamente.

    Novos barões existem, são os Gates, os mister internet, os mister i-pad e outros, mas no ramo da industria podem olhar o Marchionne o genial executivo a pegar a FIAT em estados critico e transita-la com a Chrysler não menos problemática para águas menos agitadas, desfazendo as previsões sempre negativas da imprensa da sua majestade a Rainha.

    Pode não ser um barão, mas pela liderança e visão este sim é um capitão de industria.

  11. O capitalismo sem risco para

    O capitalismo sem risco para a casta superior gerou esse vácuo. E os que, lá de baixo, se destacam e poderiam subir, são normalmente esmagados pelo sistema Casa Grande & Senzala vigente no maior dos trópicos.

  12. Roberto Simonsen

    O Motta tem razão ao questionar sobre os empresários e seu papel no debate político sobre a condução da economia brasileira, totalmente voltada para os rentistas. 

    Não é de hoje que o Brasil assiste às disputas entre grupos que acreditam na capacidade de desenvolvimento nacional por nossas próprias forças e outros que só vislumbram nosso país à reboque dos grandes – o famigerado capitalismo dependente. 

    O Motta lembrou de grandes próceres do empresariado. Gostaria de lembrar de outro, que creio seja o principal: Roberto Simonsen. Seu pensamento e sua atuação foram cruciais na mobilização de parte das elites políticas e econômicas dos anos 20, 30 e 40 para a importância do Brasil ingressar no capitalismo industrial e dar um salto de qualidade na produção e, por consequencia, na condição de vida dos trabalhadores. 

    Simonsen foi o fundador da CIESP e da CNI, entidades que, sob sua direção direta e indireta, travaram na sociedade o debate sobre a industrialização. Também foi Simonsen o fundador da Escola Livre de Sociologia e Política – ELSP, cuja matriz curricular e objetivos acadêmicos eram totalmente voltados para a sociologia aplicada aos problemas do povo, especialmente as condições de vida. Foram os estudos da ELSP que serviram de base para o estabelecimento do salário mínimo, em 1942. Fundou ainda o SESI e outras entidades do Sistema S.

    Simonsen tinha uma visão bem diferente da de hoje sobre o papel do Estado na economia e sobre as parcerias com o capital estrangeiro. A seu ver, o Estado deveria atuar no mercado, nao permtindo que o interesse de alguns se sobrepusesse aos da sociedade inteira. Ainda, entendia que o ideal era que as indústrias nacionais pudessem atuar com o apoio do Estado, como aconteceu em todos os países desenvolvidos do mundo, pois sem uma base industrial forte, o Brasil jamais deixaria a condição de periferia econômica. 

    Considerando os rumos do Brasil atual, onde na prática retomamos o papel colonial de depender de empréstimos – que hoje nem de verdade são, por falta de lastro – e pagá-los com os juros mais caros do mundo, dá para ver a falta que lideranças como Roberto Simonsen fazem ao Brasil. 

  13. a irrelevância dos empresários

    A irrelevância ou, melhor dizendo, a inocuidade do empresário nascido no Brasil vem do mêdo generalizado da repressão dos militares, notadamente nos primeiros dias da malsinada quartelada, quando muitos sobrenomes ainda lembrados no presente, como Villares, Jafet, Tião Maia,  Ermírio de Moraes etc foram perseguidos e humilhados pelas famigeradas Comissões Gerais de Investigação. Naqueles momentos foi muito sentido, além do receio da violência dos golpistas, o temor da perda de seus vultuosos bens, por conta de posicionamentos políticos vindos ainda dos tempos do primeiro período Vargas. A burguesia brasileira, com suas taras e emoções peculiares, permita-me o conceito, mais apropriado para denominar os integrantes de nossa classe empresarial, faz recordar, na atualidade, Os Buddenbrooks,  passados tantos anos da edição deste romance e dos acontecimentos que inspiraram seu autor, Thomas Heinrich Mann.

    Mann, tratando de gerações sucessivas da família Buddenbrook, insere, com sua maestria literária, o episódio da Assembléia de Frankfurt, confuso e débil como a Revolução que pretenderam realizar seus assustados líderes, iludidos sobre sua capacidade de sacudirem a sociedade alemã da época como fizera a Revolução de 1789 na França. A derrota da Assembléia de Frankfurt foi maior e mais duradoura, numa comparação à qual não falta audácia, que a derrota das organizações armadas que combateram a ditadura brasileira. Da derrota daquela Assembléia a Alemanha teve de suportar um sombrio clericalismo, o reacionarismo da nobreza, a  militarização da vida civil, a miséria das massas, duas guerras desastrosas, o nacional-socialismo e a sobrevivência política de boa parte de seus elementos no último pós-guerra, a guerra-fria e a dominação política da coligação dos partidos cristãos.

    Já à derrota das organizações armadas sucedeu o beco-sem-saída dos governos militares e a nano redemocratização de nosso país. Nossos burgueses, rebaixados à condição de meros administradores de suas emprêsas, há muito tempo estão à venda, tendo desertado de qualquer protagonismo na cena nacional e, principalmente, internacional.

    Acredito que, dentro de pouco tempo, a maior parte dessa gente sem brilho nem luz própria pedirá que o estado volte a hegemonizar o desenvolvimento do país. Sua demissão política é o penhor de que não atrapalharão a marcha do país. 

  14. Direitos trabalhista

    Acabaram com a pujança de crescimento pos 2ªguerra, o rentismo era uma ameaça que estava no nascedouro, contava a produção e toda a teia virtuosa que a circundava.

    Hoje como diz o post a industria é uma palida sombra do passado.

    O Mappin foi uma das mais tradicionais lojas de departamentos de São Paulo. Surgiu em 1913 e fechou em 1999, depois de 86 anos de atuação. Foi, juntamente com a Mesbla, Lojas Brasileiras, Casa Fretin, Botica Ao Veado D’Ouro, Ducal e outras lojas, uma das principais referências do comércio do Centro velho da cidade.

    Depois de poucas decadas, vitimados pela ação nefastas de politicos demagogos, ambiciosos e corruptos que legislaram em proveito proprio, impondo leis demagogicas o comercio vive de crise e depressão.

     

    Todo político adora falar que defenderá “os direitos” dos trabalhadores custe o que custar, que jamais cederá, e que manterá os “benefícios conquistados”.

    A questão é: há realmente algum ganho para o trabalhador? Ou há apenas ônus?

    Na prática, ao impor encargos sociais e trabalhistas — todos eles custeados pelo próprio trabalhador,  —, o governo está dizendo que sabe administrar melhor o dinheiro do que o próprio trabalhador.

    Mais ainda: se o trabalhador é obrigado a pagar por seus “direitos”, então ele não tem um direito, mas sim um dever.

    Os tais “direitos trabalhistas” nada mais são do que deveres impostos pelo governo ao trabalhador. E, para arcar com esses deveres, a maior parte do salário do trabalhador é confiscada já na hora do pagamento.

    Ou seja, por causa dos encargos sociais e trabalhistas impostos pelo governo, o patrão tem um gasto de R$ 2.127 com o trabalhador, mas o trabalhador recebe apenas R$ 1.200. Toda a diferença vai para o governo.

    E há quem acredite que isso configura uma “conquista trabalhista” e um “direito inalienável do trabalhador”.

     Na condição de empresário, seria  preferivel pagar R$ 2.200 por mês para um funcionário em um país sem encargos e leis trabalhistas do que R$ 1.200 no Brasil. Com esse salário mais alto, no mínimo, existiriam funcionários mais motivados.

    Mas a espoliação do trabalhador é ainda pior do que parece. Veja, por exemplo, o que acontece com o FGTS. Essa quantia, que poderia ser incorporada ao salário do trabalhador, é desviada para o governo e só pode ser reavida em casos específicos (ou após a aposentadoria).

    Na prática, o governo “pega emprestado” esse dinheiro do trabalhador e lhe paga juros anuais de míseros 3%. Dado que a caderneta de poupança rende 7% ao ano, e a inflação de preços está em 7,2% ao ano, o trabalhador não apenas deixa de auferir rendimentos maiores, como ainda perde poder de compra real com a medida

    Assim, todos as “benesses” que os tolos acham que são “DIREITOS TRABALHISTAS”, nada mais são do que impostos e taxas que o governo retira da empresa e do trabalhador, nao dando nada em troca.

     

     

    1. Chupinhando o MISES

      Puxa, chupinhando essa lenga-lenga do texto publicado no Instituto MISES, usando o mesmo cálculo e o mesmo mote?

      O texto original é mais completo e não sobrevive a um minuto de análise. Querem tapear o trabalhador para acabarem com a CLT e o INSS, o FGTS, etc como se o empregador fosse pagar a mais o funcionário após a destruição da CLT, que é o governo que rouba o trabalhador e não que o FGTS é uma poupança forçada e uma proteção ao emprego dos trabalhadores e o INSS é a poupança para quando este se aposentar.

      Esse MISES deve ser uma sereia! Nunca vi tanta tapeação em um lugar só.

      1. INSS

        Governo algum se mostrou capacitado para gerir um sistema de previdencia social até o presente, é dificitario por inepcia gerencial, burocracia e corrupção.

        Diante disto seria muito mais vantajoso para todos maior desregulamentação.

        Aqui no Brasil e na america latina a cultura popular se desenvolveu sob um molde paternalista, donde o estado regulamenta até a maneira de se copular com o ser amado.

        É tanto o entulho a ser retirado que não da pra ser otimista.

        Houvesse uma desregulamentação o setor produtivo só teria a ganhar o custo da improdutividade será descontado de todos os funcionários.

        E tudo isso para não mencionar os outros impostos que incidem sobre as empresas e que afetam sobremaneira sua capacidade de investir, de contratar e de aumentar salários. No Brasil, a alíquota máxima do IRPJ é de 15%, mas há uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa determinado valor. Adicionalmente, há também aCSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), cuja alíquota pode chegar a 32%, o PIS, cuja alíquota chega a 1,65% e a COFINS, cuja alíquota chega a 7,6%. PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta. Há também o ICMS, que varia de estado para estado, mas cuja média é de 20%, e o ISS municipal. Não tente fazer a conta, pois você irá se apavorar.

        O custo de todo esse sistema para o trabalhador é muito maior do que as eventuais vantagens que ele possa oferecer (se é que há alguma).

        Dado o atual arranjo, seria muito mais proveitoso tanto para o trabalhador quanto para as empresas dobrar o salário-mínimo e eliminar os encargos sociais e trabalhistas. Haveria mais dinheiro nas mãos de cada trabalhador, haveria uma mão-de-obra mais motivada, e ainda atrairíamos muito mais empresas para o país, o que naturalmente forçaria ainda mais o aumento natural dos salários. Isso, por si só, tornaria obsoleta a lei do salário-mínimo, levando à sua extinção.

  15. Diogenes et ” Ultima ratio Regis “

      Caro Motta, 

       Nem mesmo um renascido Diogenes, não empunhando uma simples lanterna, mas mesmo com oculos de visão noturna, farois halógenos, intensificadores de imagem infra vermelho e laser de alta intensidade, conseguiria em meio a tanta mediocridade, encontrar alguem deste necessário quilate, pois não , há anos, estamos em uma crise de lideranças, não apenas no ambito empresarial e politico, é que simplesmente elas não existem, não existiram condições para que elas se formassem, ou caso alguns tivessem se “aggiornado”, teriam sido silenciados pelas vetustas e arcaicas estruturas de poder encasteladas nestes estamentos sociais, verdadeiras capitanias hereditárias.

        Ultima ratio Regis: A ultima arma dos Reis, a artilharia – Atualmente não manejada por militares, mas pelas “corporações de apostila” , revividos Catões,  encastelados em suas juridicas fortalezas, bem representadas pela Republica de Curitiba, com seus tribunos do povo (procuradores ) e um unico “senator”, decidiram que nossa ultima industria nacional importante, deve ser destruida, não com salvas de canhões, mas códigos, procedimentos e ultrapassadas compreensões da Lei, portanto em nossa nova “Roma dos Pinhais”, a “legenda” é: Delenda Brasilia.

         P.S.: Caro Motta, sabado em seu post sobre os “militares”, um dado interessante de demonstrar, seria a diferença salarial de determinados servidores publicos, como por exemplo: salario de um Procurador iniciante do MPF, de acordo com o ultimo edital de concurso – R$ 26.000,00 INICIAIS.

                   Salario de um Capitão de Mar e Guerra – Engenheiro Naval, com especialização no MIT, 25 anos de serviço: R$ 10.000,00/ 12.000,00 ( com todas as vantagens somadas, o básico (soldo de coronel) ,para Março/15 é R$ 9.380,00 ).

    1. O salario INICIAL de um

      O salario INICIAL de um Procurador no Brasil é MAIOR do que o do Procurador Geral dos Estados Unidos, 127.000 dolares contra 120.000 dolares, computando abono de natal e outras vanatgens.

  16. No Ocidente, o neoliberalismo

    No Ocidente, o neoliberalismo (rentismo) destruiu até os empresários.

    Na China, não chegariam longe sem o empurrãozinho do governo.

  17. Este país tá cheio de Zé-bu!
    Sinto que nossa herança de ladrões de pau-brasil, os brasileiros, nos condena a eterna pena do atraso! Exceto alguns engenhos sofisticados, por aqui não existe mais ….Fábricas de carros nacionais? Só se for, de mão! Saudades fa Gurgel….Pensando bem, nem mais fábrica de bicicletas nós temos . ..A Smar, fabricante de itens de automação, fechou as portas….A poderosa Embraer não passa de uma montadora de itens importados dos EUA ….Daqui a pouco, fecharemos nossa última cervejaria. ….É o fim inglório de uma nação autodeterminante…..Até mesmo paizinhos fuleiros tipo Coreia e Índia, tem suas indústrias, seus produtos campeões. ….ja o Brasil, se limita a observar o desfile das Hondas, dos Ford e Kias da vida. ….Além de ter uma elite entreguista que sonha ardorosamente em ver aquela bandeira vermelha e amarela nos domínios do pré sal ….no lugar da verde e amarela tupiniquim. …

  18. A.A. acertou

    Não só petistas, os juízes dessas operações acham que o empresário é a mãe da corrupção no País, enquanto na verdade a INTROMISSÃO ESTATAL, com sua presença em qualquer atividade, seja a mais comezinha, criando dificuldades para vender facilidades, é o verdadeiro motivo.

    No caso da Lava Jato, o problema não são doações eleitorais (empreiteira não fabrica urna), é a reserva de mercado às construtoras nacionais, e sem competição se fica à mercê de oligopólios, enquanto o Brasil se gaba de construir na África e América Latina.

    O problema na Petrobrás foi o PROJETO DE PODER que foi implementado!

  19. Falta Capital para irrigar o empresariado e fianciar inovações

    Hoje, e não foi ontém, quando fazia compras no Brás, conversando com uns Bolivianos que produzem roupas, passou um agiota que empresta dinheiro para eles.

    Antes um adendo, não pensem que são bobos com dinheiro, muito pelo contrário são escolados em transações que muitos nem sabem que existem, como envios de dinheiro por órdem  da Western Union p. ex., mas voltando à vaca fria, estava prozeando quando passou um dos agiotas que operam por ali, com um maço de notas na mão, acompanhado do indefectível segurança. Passei a especular com meus conhecidos sobre que condições são feitos os empréstimos.

    Juros 20% para 20 dias, cobrado a fração diariamente.

    Mas o argumento é que o dinheiro está ali, fácil, na hora que eles precisam, sem burocracia ou exigências. 

    Não é um ou dois que operam, são centenas e por incrível que pareça,  muitos que pegam os empréstimos acabam levando vantagem, pois os pegam em uma situação “matada” onde já estão com a venda feita com uma margem muito superior ao que irão pagar de juros.

    Esta é a situação, quem pega dinheiro na banca ou na bolsa para financiar o negócio quebra invariávelmente.

    Não existe uma cultura financiadora aqui no Brasil para as empresas poderem vencer a barreira do Capital.

    Nenhum negócio cresce hoje em dia, só se sobrevive, pois o pulo de um patamar de micro para qualquer outro é impossível. A indústria, por sua própria característica, depende de financiamento fácil, barato e imediato, sem isto não tem leão que sobreviva na selva capitalista.

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