ONU alerta que sofrimento na Síria alcança níveis inimagináveis

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O sofrimento dos sírios alcança limites inimagináveis e o mundo é testemunha disso, disseram especialistas de direitos humanos da Organização das Nações Unidas, nesta quinta-feira.

Depois de enumerar uma lista de terríveis abusos dos direitos humanos cometidos no confronto entre o presidente Bashar Al-Assady e os grupos islâmicos, uma Comissão de Investigação da ONU advertiu que não há um final à vista para o conflito.

O presidente da comissão de investigação, Paulo Sérgio Pinheiro, condenou todas as partes envolvidas no conflito por haverem voltado a falhar, em suas palavras, “miseravelmente” aos civis e por cometerem crimes de guerra.

O especialista da ONU apelou à comunidade internacional para interromper o fornecimento de armas a um conflito que já custou a vida de mais de 250 mil pessoas. Ele também pediu que ajudem às centenas de milhares de refugiados que procuram asilo em outros países.

Pinheiro disse que, após quatro anos e meio de guerra, violações dos direitos humanos estão se agravando. É necessária uma ação da comunidade internacional para acabar com o derramamento de sangue, acrescentou ele.

“A maioria dos crimes de guerra, crimes contra a humanidade e violações dos direitos humanos são perpetrados por armas fornecidas pelos protetores das partes em conflito. Estas armas não caem do céu” , disse Pinheiro.

Os especialistas pediram aos países, para onde se dirigem os refugiados, que criem mais vias legais para as pessoas que buscam proteção em situações desesperadas. Entre as medidas recomendadas incluem-se programas de assentamento, a flexibilização do visto, o reagrupamento familiar ou de programas acadêmicos.

“Nós encorajamos a comunidade internacional a respeitar o princípio de não deportar refugiados”, disse o relatório da Comissão.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

9 Comentários

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  1. A Rússia apoia o governo

    A Rússia apoia o governo Sírio,

      Desde que os refugiados não invadam a Russia.

     Assim é fácil apoiar.

     Então vou traçar o roteiro:

        Embora a Siria esteja ”distante” do leste europeu, os sírios, libaneses e refugiados em geral deveriam fazer um sacrifício a mais e irem pra Russia,

        Quero ver Putin aceita-los .Claro que não.

           E aí a Russia retira seu apoio a Síria. E o governo sírio é derrubado.

           E tudo volta ao normal.

               Explica pros sírios .

  2. Cartas da Síria pelos idos de agosto de 2008

    infelizmente não fui ainda lá conferir… e gostaria muito de conhecer a Síria e seu povo… todavia, a Grazziella já foi até lá para vivenciar e saborear a vida como ela é…na Síria e nos manda auspiciosas notícias de um povo árabe singular, educado, tradicional e moderno, cheio de gentilezas e hospitalidades e que gosta de boa comida caseira e até sabe ser feliz…

    pelos idos de agosto de 2008:

    Grazziella nos manda:

    A Síria não fica longe do Líbano, na verdade, quase o envolve, se não fosse a fronteira sul com Israel. Sobe-se a montanha, íngreme e fresca. Depois, desce-se até o vale da Bekaa; onde um tapete estreito de verde, tecido de fruteiras, oliveiras, e hortas de muitos vegetais, cobre o solo arenoso. Passa-se o vale, o ar é muito quente, e úmido, nessa região. Segue-se por mais uma, duas horas até as montanhas da Síria, o Antilíbano, até a fronteira com a Síria…
    A paisagem é seca, ainda mais desértica; as pedras não têm a mesma cobertura dos pinheiros libaneses, mas não são menos bonitas. Damasco surge clara, bege, árida; com avenidas largas, prédios baixos em sua maioria. Aqui, todos usam cinto de segurança; e também não buzinam tanto quanto seus vizinhos: o trânsito parece mais ordenado, é mais educado!
    Chego a Damasco juntamente com o Ramadan – o mês sagrado dos muçulmanos. Esse é o seu Natal, seu Ano Novo! Há um espírito de festa no ar e isso me agrada, e muito. Todos jejuam durante o dia quente (em nome de Alah, dos pobres, etc, etc… mas a verdade é que é muito quente para se comer durante o dia, por isso, sabiamente, Maomé inventou essa história toda (como em todas as religiões) e todos comem somente depois do pôr do sol: comem, comem, até as duas, quatro da manhã… A cidade está acordada, as bandejas trançam pelas calçadas, cheias de pequenos pratos, frutas, espetinhos de frango, carneiro e pães, recém-assados… A cidade transpira comida. E quê comida! A Síria tem sido uma grande surpresa… A cozinha é excelente, apesar de diferente da libanesa; tudo é mais temperado, mais apimentado, e ainda há um doce, uma espécie de melado de tâmaras, sei lá…, que se esparrama sobre alguns pratos – um verdadeiro ESPETÁCULO.
    Os sírios são meigos, gentis; os taxistas, ladrões, como em todo e qualquer lugar do mundo – com exceção do Japão, é claro! E talvez do Norte da Europa. Há muitos escandinavos aqui: estudam árabe hospedados em casas patrocinadas por seus governos: que gente mais civilizada… Gente de todas as idades e formação! Acho que você se apresenta e diz que gostaria de estudar esse ou aquele idioma, e basta!
    Damasco é a mais árabe das cidades do Oriente Médio que visitei. Ainda existem as milhares de lojas de doces, as galerias, os bazares, as calçadas cobertas em arcos; as ruelas, as casas de arquitetura maravilhosa, tão antigas quanto Alah. E fontes, praças: só faltam árvores, e parques… Existem poucas cidades asiáticas onde há verde; não só por seu clima árido, mas por pura depredação. A Índia, a Tailândia, a China, já foram cobertas por verdes variados, mas não sobrou nada, ou quase nada. Pobre Terra que precisa de um mínimo de sombra e umidade, para aguentar esse sol de rachar…
    Os sírios são muito parecidos com os turcos, só que menos maliciosos… Os turcos têm muito contacto com ocidentais, turistas do mundo todo, e têm também o mar a sua porta: e nada como uma beira-mar para alargar horizontes! Por isso, os turcos são mais espertos, descolados, enquanto os sírios, mais caipiras, especialmente após sua reforma agrário-socialista ocorrida nos anos 80 – acho (?). São menos sofisticados que os fenícios, mas também, muito mais simples, e naturalmente simpáticos: como os turcos. Não se iluda, todos são comerciantes, mas isso não impede que você entre em uma loja de doce para fotografar e receba um grande sorriso, um “Arlosarla”, e ainda saí com um embrulho de delícias indescritíveis, oferecidas da maneira mais sincera, por pura gentileza: coisa rara no mundo, nas cidades de hoje. Me agrada, e muito!
    80% dos sírios rezam para Allah: sunitas e drusos. 15%, para Roma Ortodoxa, e somente 5%, para Jesus Crucificado… Os minaretes cantam uma música diferente da ouvida em Istambul, não tão bonita, mais são em maior quantidade. Centenas deles, lembrando a todos que ainda não é hora de comer, e sim de orar! À noite, as mesquitas se iluminam, com milhares de luzes pequeninas, como grandes árvores de Natal; os fiéis, homens vestidos por longas túnicas brancas; mulheres de negro e crianças, amontoam-se nas escadarias, calçadas, fazendo das preces noturnas um grande festejar. É um Ano Novo diferente, mas festa é festa, e estou contente por poder participar, mesmo que a distância, dessa.
    Já fiz a refeição do anoitecer, agora, parto para o segundo ato: descobri um restaurantezinho perdido nas vielas antigas atrás de meu hotel. O seu dono, um sírio bom de cozinha, tem ares de chef europeu: lenço no peito e avental comprido. Nada branco, ou ocidentalizado, uma leitura árabe muito simpática desse tipo de vestimenta profissional. O danado do homem, cozinha em parceria com seu filho, um garoto de no máximo dez anos! Que comida! É a minha terceira refeição no tal do Café La Roche, seja lá o que signifique um nome como esse, mas a comida… PERFEIÇÃO! Sopa de tomates, cozidos com outros vegetais só para quebrar o ácido, páprica picante, e sei lá mais o quê? Carne moída grelhada, coberta por sucos de cebola, pimentas frescas, tomates, pequenos pedaços de batatas douradas… Cuscuz, coalhada apimentada, misturada com legumes… Frango feito na frigideira, negro, temperado com canela, pimentas, tostado no mais puro e saboroso azeite de oliva. Tâmaras frescas, marinadas no iogurte por doze, treze horas, acrescido de açúcar e servido como a mais deliciosa e fresca, simples sobremesa do mundo. PERFEIÇÃO!
    Por falar em azeite, se essa casa fosse minha, mandava ladrilhar levando uma lata de tinta, dessas de 15 litros (80 USD) do melhor azeite do mundo… Aí se pudesse: sempre quis ter em minha cozinha, uma dessas latas enormes…
    O azeite é tão farto por essas bandas, que Líbano e Síria são renomados por fabricarem uns dos melhores sabões do mundo: adivinha do quê? Azeite, puro azeite de oliva. Fora que as fábricas são uma coisa de lindas… Não dá para levar, são pesados e tenho medo da Receita implicar… Ah, essa Receita, meu pesadelo!
    Bem meus amores, fico por aqui, seguindo o chamado dos minaretes, a caminho de mais uma orgia alimentar… Vou precisar me matar de caminhar, só para perder um pouquinho das toneladas que adquiridas na Volta ao Mundo do ano passado… Se começar a acumular Voltas, será necessário comprar assento duplo na do próximo ano…

    Maa Assalama, Bshofak Kareeban, G.
    Grazziella Debane

    Grazziella, escreveu:

    Acordei a mil para pesquisar mais a fundo o velho mercado, fazer correio, etc.. e encontro a cidade toda fechada: maldição das sextas no Oriente? Lembrei-me da sexta e da visita do presidente iraniano a Istambul; agora, feriado muçulmano! Alguém sabia que na Síria, as sextas-feiras são como nossos domingos, tudo fecha? Seu final de semana se constitui de sexta e sábado! Estranho não? Havia ouvido falar das sextas muçulmanas, mas não que banco, comércio, quase tudo fechava…
    Sem compras, resolvi investigar os banhos públicos locais (sauna, etc..). O mais bacana, famoso e antigo, estava fechado para mulheres durante todo o dia: como sua sexta é o nosso domingo, só os homens têm acesso. Acabei encontrando um Hammam local, exclusivo para mulheres, no mesmo bairro Babtouma. Duas cortinas, duas portas e você adentra uma sala de repouso antiga, meio escura, forrada de pedras e azulejos quebrados; no centro, uma fonte onde a mulherada aproveita a grade de ferro que a contorna para pendurar suas roupas molhadas, conferindo ao lugar um engraçado ar de cortiço! Moças de topless, misturadas a senhoras e crianças nuas, circulando, fumando, cantando, concluíam a decoração: até o final, não consegui fazer distinção entre cliente e funcionário – todas pareciam amigas de infância ou moradoras da mesma rua…Fotos do presidente sírio, de terno e gravata, sorrindo um sorriso quase malicioso, pareciam adivinhar seu destino, espalhavam-se nas quatro paredes. Ninguém fala um “Z” de inglês. Entrei, sorri, tirei as roupas, e como elas, segui por corredores sinuosos, cheios de entradas e salas mal azulejadas, contendo as mesmas pias de pedra dos banhos na Turquia, jorrando água quente e fria sem parar. Uma porta de acrílico muito velha, indicava a sauna, pelo vapor que escapava de suas placas trincadas. O ar da pequena salinha cheirava a quiboa e queimava as narinas. No teto, de pé direito ainda esplendoroso, uma cúpula descascada vazada por círculos brancos e fumê, como estrelas no céu, fechados por vidros que pareciam fundos de garrafa, davam passagem para a luz solar. Fiquei o quanto pude, apenas pela beleza do velho teto descascado… Fui para uma das salas de banho: pedra muito antiga misturada aqui e ali por remendos de cerâmica; mais pias de pedra, e pequenas bacias plásticas coloridas, flutuando como flores na água, usadas para o enxague. Se algum homem, ou mesmo mulher homossexual pudesse ver o que vi, iria ao delírio… Havia umas dez meninas, entre 15 e 18 anos, lindas, perfeitas em suas peles macias, brilhantes, rosadas pelo calor ambiente, ou pelo esfrega-esfrega das buchas vegetais, cantando alegres, em coro, o que pareciam músicas de amor: compreendia o refrão sentido e bastante demorado, “habibti”  (amado, querido) a cada nova sentença… Uma esfregava a outra, e cantarolavam em coro, e esfregavam-se mais. Se elas apenas soubessem de sua beleza, do quadro que compunham, virariam estátuas e eternizariam aquela sexta, que é sábado, aqui na Síria.
    Duas horas depois, retorno à sala de entrada, e as encontro vestidas com roupas muito coloridas, cheias de paetês, e outros enfeites; roupas logo em seguida cobertas por longas vestes negras; cabelos, corpos e faces, quase que totalmente esquecidos, escondidos sob o manto púdico, triste, das mulheres, ou viúvas, de Alah…
    As vi de volta, ruelas abaixo, tomando sorvete juntamente com suas mães, tias, avós, ou senhoras vizinhas, e irmãos menores… quem poderia dizer que embaixo daquele monte de cobertas se escondem as mais perfeitas ninfas que já vi e que, o mundo jamais conhecerá. E que vão amadurecer feias, de ar cansado, corpos relaxados…Quanto desperdício!
    Encontrei meu novo-velho amigo Flávio, no internet café. Havia jantado com ele em São Paulo, mais ou menos 25 anos atrás… Sabia que andava pela Síria, mas só confirmei ao chegar. Flávio é muito amigo de uma grande amiga de São Paulo, que costumava frequentar Damasco para aperfeiçoar a língua e, acho, se familiarizar com o clima árabe do objeto de sua tese de doutorado… Flávio é pianista formado pela USP e dá aulas no High Institute of Music de Damasco. Tem sido uma companhia querida em almoços e jantares, quando passamos horas nos perdendo entre discussões filosóficas e pratos da culinária local: cada dia um novo restaurante, em uma daquelas casas centenárias, escondidas atrás de altas muralhas, fachadas de pedra listrada, tortas, envergadas pelo peso dos anos… Casas lindas esses palácios árabes, com suas janelas rendadas, fontes e jardins de mosaicos. Vou sentir saudades do amigo, dessas casas…
    Menos do trabalho que é encontrar qualquer bebida alcoólica! Vinho, então?
    Próxima parada: Viena D’Austria!
    [email protected]

    Últimas da Síria… Havia dito que seu final de semana começava na sexta ao invés de sábado, mas hoje pude confirmar que não só a sexta é o nosso domingo, como seu domingo é a nossa segunda: sábado é sábado mesmo! Tomei um susto quando saí do cantinho de meu hotel e comecei a andar em direção a avenida: carro, gente e movimento, para tudo quanto é lado… Coisa mais estranha esse domingo-segunda… Enfim, aproveitei a maré e invadi o velho mercado. Passei o dia enfiada em uma loja de tapetes, comprei coisas lindas, jantei no chão com os proprietários, já às sete da noite, superfeliz e realizada com o trabalho executado. Amanhã é dia de correio, e correria: meu vôo saí às quatro e tenho que levar uns 150kg de mercadorias para despachar, encaixotar, etc.. Que Alah me proteja e não me prepare nenhuma grande surpresa, se não, perco meu avião!
    Me despeço de Damasco com uma pontinha de tristeza. Essa foi uma cidade da qual não esperava absolutamente nada e que, em pouquíssimo tempo, aprendi a gostar, e muito, mas nem sei explicar muito o porquê! Acho que são as pessoas, as situações. Estranhas as cidades, as pessoas, os lugares… Qual é a mágica, a química, o que é que faz você ou eu gostar mais ou, simplesmente, detestar isso ou aquilo: timing? Memória genética? Ou simplesmente, coincidências, para o bem ou para o mal?
    Vou sentir saudades dessas pequenas ruas onde se escondem mesinhas desajeitadas; nada é muito programado; onde não passam carros e o tempo parece que sempre anda para trás. Especialmente nesses dias de Ramadan…
    Espero voltar, aprender, finalmente, a jogar gamão e, quem sabe, a também jogar baralho, e comer muito, tudo de novo, com essa turma heterogenia, de velhos cidadãos retrógrados e jovens quase modernos, tipicamente asiáticos… É o que as pessoas locais fazem nessas noites muiiiiiiiiiito quentes de verão: sentam na rua, fumam narguilé, bate-pão desapressado, comem e jogam até tarde. E tudo sem álcool aqui desse lado!
    Nada mal para a maior cidade de um país, não?

    MA ASLAMA, e até a Cidade Luz, se assim Alah desejar!
    G.

      1. A Síria é alvo dos Estados Unidos

        A grande maioria dos “grupos fundamentalistas islâmicos” do Oriente Médio são controlados pelos serviços de inteligência dos EUA, ou seja, são apenas fachada. O treinamento, armamento e logística desses grupos é fornecida pelos EUA.
         O interesse dos EUA é derrubar o governo sírio para construir oleodutos até o mar Mediterrâneo.

        Já no Brasil, o interesse dos EUA é derrubar o governo Dilma para que os entreguistas de sempre privatizem a Petrobrás e entreguem nosso petróleo.

        Tudo fica mais fácil com a ajuda da “grande” imprensa brasileira e mundial, que já foi comprada ou cooptada a muito tempo atrás, e joga a favor dos EUA, fazendo a lavagem cerebral nos telespectadores ignorantes e inocentes.

  3. https://jornalggn.com.br/notic

    https://jornalggn.com.br/noticia/assad-abdalla-e-o-comercio-da-25-de-marco#content

    ONDE ESTÃO OS SIRIOS DE SÃO PAULO ? Sirios da região de Homs vieiram no fim do seculo XIX e começo do seculo XX em grande quantidade para o Brasil, foram admiravelmente bem acolhidos, muitos enriqueceram, outros ficaram bilionarios. O luxuoso Club Homs na Avenida Paulista é um simbolo dessa prosperidade, sirios de origem são grandes proprietarios de imoveis em São Paulo, mega torres modernas de aço e vidro, é uma opolencia enebriante.

    Mas não há nenhuma opolencia na generosidade. NÃO SE VIU UM UNICO MOVIMENTO de auxilio a esses seus consaguineos sirios que fogem para sobreviver da mesma terra ancestral deles. NADA, nem uma palavra.

    Um Conité de Apoio aos Refugiados Sirios seria o minimo que os sirios de São Paulo e do Brasil teriam OBRIGAÇÃO moral de fazer em auxilio às familias sirias que hoje morrem no mar, nas praias e nos trilhos ecorraçados pela guerra civil. A diaspora siria dos tempos do Imperio Otomano tem no Brasil seu maior territorio, mais que em qualquer outro pais para onde emigraram tantos levantinos no periodo entre 1880 e 1914.

    Existe sim um apoio entre parentes de uma leva de sirios bem mais recente que se fixou na região de Foz de Iguaçu e em São Paulo no bairro do Bras mas essa é uma outra emigração bem menos poderosa dos que os sirios oriundos do Imperio Otomano, os de passaporte turco que hoje são a base de uma imensa riqueza em São Paulo e ficam olhando a tragedia de seus irmãos de sangue como se não fosse com eles.

    As colonias judaica e armenia de São Paulo foram e são muito mais solidaria com seus irmãos étnicos do que os sirios.

    E é curioso que a midia brasileira tampouco notou essa frieza, afinal o Clube chama-se Homs porque?

    Homs é o epicentro da desgraça siria, está lá sua “representação” de marmore na Avenida Paulista, enquanto a Homs de verdade é hoje uma montanha de ruinas e um deserto de almas, onde estão os sirios de São Paulo?

     

     

    1. Religião

        Caro AA, 

         Pelo que vi hoje, 04/09/15, existem iniciativas sendo tomadas pela comunidade, mas dispersas devido a motivação religiosa ( em termos: financeira tambem ), tanto que hoje na Mesquita do Brás (xiita ), e na do Pari (casa de oração xiita ), o “sermão” foi relativo ao que a Comunidade ( a “Umma” brasileira ) está fazendo com relação aos sirios, já na Mesquita do Brasil ( Cambuci ), só o pessoal da SBM estava registrando doações, empregos, contatos familiares.

          Já querer que o pessoal das antigas ( os “turcos” cristãos ) e seus descendentes, tipo o pessoal de Homs, façam alguma coisa, creio que só a nivel de “familia” – que no caso arabe, tem gente que nem se conhece ou sabe que é parente.

  4. Debbane

      Ela é ” Debbane “, tanto na Siria, Libano e até Egito, trata-se de um Clã muito respeitado, em sua parte ortodoxa – melquita, tem relações próximas com o Brasil desde 1868, e os de Sidon, pelo que eu saiba, desde 1912.

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