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Comecei a pesquisar a vida de Oscar Aleman nos anos 80. Na França dos anos 30 tornou-se uma lenda, revezando com Django Reinhardt no Hot Club de Paris e sendo comparado a ele.
Sempre senti um sotaque brasileiro em Aleman. Em toda ida minha a Buenos Aires, buscava CDs dele. Depois de muito tempo consegui levantar parte de sua história. Filho de um músico argentino que se apresentava com vários filhos em um conjunto, veio aportar em Santos.
Quando estava aqui, a mãe morreu e o pai, desolado, suicidou-se. Os irmãos dispersaram-se e Aleman virou menino de rua. Foi sucessivamente lavador de carros, palhaço, boxeador. Até o dia em que conheceu o violonista gastão Lobo que lhe presenteou com um cavaquinho e lhe ensinou as primeiras músicas, choros.
A dupla deu-se tão bem que resolveu se arriscar em Buenos Aires, com o nome Los Lobos. Lá, foram descobertos por Josephine Baker, vedete internacional, que os levou a Paris.
Aqui um pouco do balanço de Aleman.
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Bota brasileiro nisso
Sotaque brasileiríssimo de fato, Nassif. E que boa técnica. Bela descoberta!