Palhaços, por Frederico Firmo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Frederico Firmo

Comentário referente ao post “Somos os palhaços do impeachment, por Luis Fernando Veríssimo

Os palhaços tem olhos tristes  pois reconhecem que os risos podem ser cruéis, podem não ter consciência, não são sequer para ele, mas sim são daqueles que riem, sorriem ou simplesmente fazem caretas. E estes sorriem porque se identificam com o palhaço, ou sorriem envergonhados por que se reconhecem no palhaço. Nesta ópera bufa, com um roteiro fétido e putrido, gestado nas profundezas, com todos os requintes dos clássicos das traições, tem o roteiro  daquelas peças que trazem a tona todas as fraquezas humanas e que as transformam na força motor de maior destruição. Estamos vendo a triste figura de seu presidente. Aquele que depois de atacado achincalhado, acusado , pela propria omissão vai ser a figura central desta ópera. Vai ser o homem que vai afiançar, que vai legitimar o ilegitimável.

Poderia ser um roteiro de filme sobre a máfia, com juizes fazendo a figuração num julgamento com jurados comprados, Mas é pior, pois não é um criminoso que está no banco dos réus. Na verdade a Justiça está no banco dos réus, na verdade  a Polícia está no banco dos réus, na verdade a Política esta no banco dos réus. Todos sem exceção  sabem do que se trata e sabem da farsa que representam. Mas todos se apegam a seus papéis, alguns , já alienados, acreditam na propria ficção. Enquanto isto quem  preside  o “Julgamento” tenta manter o teatro em pé, em vez de guardião da justiça vai se transformando em contraregra desta ópera bufa, numa peça que se chama o SUICIDIO DE NOSSAS INSTITUIÇÕES.

E enquanto o suicído das instituições vai se dando lentamente , Serra e seu grupo vão matando o que há de melhor no país e vendendo os restos, num ataque que se bem sucedido vai  nos transformar num coliseu, onde muitos terão de matar para sobreviver enquanto deliciam os olhares gozosos dos de sempre.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. 110 milhões de palhaços

    Nós os 110 milhões de palhaços que que fazemos parte do circo das eleições diretas do Brasil conclamamos a todos para o grande espetáculo amanhã no picadeiro do Congresso Nacional. Para participar basta levar o patinho da FIESP e gritar Fora Dilma.

  2. ou podia ser um show

    ou podia ser um show circense…. ou uma peça dramatica de shakespeare… ou um desenho disney….. podemos rir ou chorar dependendo do enredo que nos é apresentado. mas a mensagem essencial não nos será negada pelo o artista…pode ser o  palhaço que tem a missão que nos fazer chorar de tanto rir, mas o trocadilho é flagrante… arma situações com algo pra lá de sério..quer que enxerguemos na graça a farsa,  a ironia ou o ridiculo…ou por um sisudo ator que nos versos dramaticos quer que saiamos do espetaculo atemorizados, que passemos a noite em claro, ecoando em nossa emoção a mensagem que não quer calar, o perigo iminente… ou numa inocente matine com as crianças num domingo.. mas a mensagem do desenho animado é muito mais para adultos do que para crianças… enquanto crianças se divertem os adultos se assustam…somos um pouco de cada um deles…

     

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