Para Eduardo Suplicy, PT foi varrido por “tsunami”

Jornal GGN – Em entrevista para a BBC Brasil, Eduardo Suplicy, ex-senador e atual secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, afirma que foi atingido por um “tsunami” que varreu o Partido dos Trabalhadores nos últimos meses.

Sobre os eleitores que pedem que ele deixe o partido, Suplicy afirma que se sente na responsabilidade de buscar prevenir e corrigir os erros. “Prefiro continuar no PT, em cujos propósitos de fundação eu acreditei e acredito.” Na entrevista, ele falou sobre a prisão do senador Delcídio do Amaral, sobre a filiação de Marta Suplicy ao PMDB, e também sobre as chances de Fernando Haddad ser reeleito prefeito de São Paulo.

Da BBC Brasil

Entrevista: PT foi varrido por ‘tsunami’, diz Eduardo Suplicy
 
Ruth Costas

Eduardo Suplicy, senador por 24 anos e hoje secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, diz ter sido atingido pelo que define como um “tsunami” que varreu o PT nos últimos meses.

Um dos políticos da sigla com melhor imagem perante a opinião pública, Suplicy é tido como íntegro e idealista – embora, para alguns críticos, também um pouco ingênuo ou “contraditório”.

Foi, em 1991, o primeiro senador eleito pelo PT, partido que ajudou a fundar nos anos 80. No Congresso, redigiu pedidos de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que resultariam no afastamento do então presidente Fernando Collor e no escândalo dos Anões do Orçamento. No governo Lula, contrariou uma diretriz da legenda e assinou, chorando, o pedido de criação da CPI dos Correios, que escancararia o escândalo do mensalão.

Com um estilo pouco convencional, recebe cumprimentos e pedidos de foto por onde passa. Mas a boa imagem não foi suficiente para reelegê-lo no ano passado, quando perdeu a cadeira no Senado para José Serra (PSDB). Ele atribui a derrota justamente a esse “tsunami” antipetista.

Depois da eleição, muitos simpatizantes vêm abordando Suplicy nas ruas e redes sociais pedindo que deixe o PT. Em outubro, porém, ele chegou a ser hostilizado durante um debate numa livraria. “Um grupo de 10 ou 12 pessoas começou a gritar, de maneira bastante ofensiva, ‘Suplicy, vergonha do Brasil’”, lembra.

Em entrevista à BBC Brasil, ele falou sobre corrupção, a prisão do senador Delcídio Amaral, a filiação da ex-mulher, a senadora Marta Suplicy, ao PMDB, e nomes petistas que poderiam ser alternativas a Lula na disputa pela Presidência em 2018. Confira os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil – O senhor sempre abraçou a bandeira da ética e, em função dos escândalos recentes, é abordado por pessoas que pedem que deixe o PT. Por que permanece?

Eduardo Suplicy – Se houve problemas sérios com algumas pessoas em uma organização com mais de um milhão e meio de filiados, avalio que é da minha responsabilidade procurar prevenir e corrigir os erros, onde eu estiver. Por exemplo, hoje estou aqui na secretaria, onde agimos com correção e transparência. O mesmo vale para o prefeito Haddad, que criou uma controladoria para prevenir problemas.

Se você olhar meu Facebook, a maioria das mensagens é de apoio, positivas. Há, de fato, aqueles que falam: “Como você ainda está no PT? Gostaria que deixasse o partido.” Respondo isso: me sinto na responsabilidade de buscar prevenir e corrigir os erros. Por exemplo, quando era senador, apresentei projetos propondo que toda e qualquer contribuição (de campanha) fosse registrada na página eletrônica dos candidatos e partidos.

Em 2002, numa reunião do diretório nacional do PT, o deputado Chico Alencar (hoje no PSOL) também propôs transparência total das contribuições. Eu o apoiei. Conversei com o Delúbio (ex-tesoureiro do PT) que disse que isso poderia inibir a doação da parte de algumas empresas. Se tivéssemos aprovado o que sempre defendi…

Fui convidado a ser um dos fundadores do PT porque tinha afinidade com os propósitos do partido: construir uma nação mais justa, dando voz e vez àqueles que por tanto tempo estiveram excluídos da sociedade. E fazer isso com democracia, liberdade de expressão, retidão ética. Estes princípios são os que defendo até hoje.

BBC Brasil – Mas não fica difícil defender a ética em um partido envolvido em escândalos dessa magnitude? Colegas com os quais o sr. tem afinidade deixaram o partido: a Luíza Erundina (PSB), a Heloísa Helena (PSOL), a própria Marta (PMDB).

Suplicy – Tenho todo o respeito e muita afinidade com pessoas como a Heloísa Helena, a Luiza Erundina. Também respeito a decisão da Marta de sair do PT, mas achei que não era o caso de seguir o mesmo caminho. Prefiro continuar no PT, em cujos propósitos de fundação eu acreditei e acredito.

Reitero que, sim, erros graves, gravíssimos, aconteceram. Eu sempre lembro as palavras do Lula: “Parece que Deus é brasileiro, ajudou a Petrobras a encontrar essa extraordinária reserva petrolífera que vai nos permitir em breve erradicar a pobreza e melhorar a educação”. De repente, vemos pessoas na Petrobras se enriquecendo de forma ilícita, desviando recursos que deveriam ser canalizados para o bem do povo. É um erro gravíssimo.

Mas acho que, felizmente, temos os instrumentos no Brasil (para lidar com isso). Desde a Polícia Federal, que tem a cooperação da Controladoria Geral da República e do governo, até a Advocacia Geral da União, os órgãos da Justiça. É muito importante que todos os que foram apontados como responsáveis por desvios sejam responsabilizados. Eles precisam ter seu direito de defesa assegurado, mas quem procedeu com incorreções precisa ser punido.

Se pessoas (com as quais convivi) ao longo de minha vida no PT procederam com incorreção, me sinto entristecido. Isso me machuca profundamente. Mas não é que precise sair do PT. Posso ter para com eles uma compreensão. Qualquer ser humano pode errar. Mas precisa fazer tudo para não incidir novamente nesses erros. E nós, como organização, precisamos tomar as medidas para recuperar o que um dia foi uma das bandeiras mais importantes do PT: a defesa da ética. Sei que isso não será fácil, mas colaborarei no que puder.

E não foi apenas o PT que teve pessoas denunciadas por malfeitos. Praticamente em todos os partidos temos problemas. Então se uma pessoa sai do PT dizendo que tomou a decisão em função de incorreções, mas vai para outro partido no qual também está havendo problemas sérios, como fica?

BBC Brasil – O sr. parece estar se referindo a Marta. Como vê sua filiação ao PMDB?

Suplicy – Ela lá (no PMDB) estará tomando conhecimento de que algumas pessoas no PMDB agiram de forma muito inadequada. Como disse, respeito a decisão dela, mas é claro que ela está consciente desses episódios envolvendo lideranças do PMDB. Em especial, o presidente da Câmara (Eduardo Cunha). Acho que você pode perguntar a ela qual é sua posição sobre essa pessoa que é tão importante para o PMDB.

BBC Brasil – E a posição do PT sobre Cunha? Há a possibilidade de um acordo velado com o deputado?

Suplicy – Ainda hoje li nos jornais que a bancada do PT vai votar pelo afastamento de Cunha. Com isso, vai deixar clara a posição do partido sobre uma pessoa que afirmou no Conselho de Ética da Câmara que nunca teve contas no exterior. E depois a Justiça da Suíça expôs com clareza que ele e seus familiares movimentaram quantias muito grandes de recursos em contas no exterior, que certamente tiveram origem inapropriada.

É claro que é preciso resguardar o direito de defesa. Cunha terá e está tendo oportunidade de se defender. Mas cabe mencionar que o próprio relator (do processo sobre cassação), que é da sua base de apoio, fez um parecer favorável a apreciação das denúncias. Até o PSDB, que há um mês estava se aliando a Cunha visando afastar a presidente Dilma, hoje está declarando, pela voz do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ele precisa renunciar ou “será renunciado”.

A Marta, claro, está lendo essas noticias e tem ciência de que não é apenas no PT que ocorreram procedimentos incorretos. Quando ela estava para sair do PT, em algumas ocasiões eu fui perguntado (sobre o que deveria fazer). Mas ela preferiu a respeito desse assunto não dialogar comigo. A respeito de nossos filhos queridos, nossos netos, sempre temos de dialogar. Agora, sobre decisão de vida política (não).

BBC Brasil – Então em uma disputa entre Haddad e Marta em São Paulo, o sr. apoiaria Haddad?

Suplicy – Sim. Ela sabe disso. Considero Haddad um bom prefeito, com bons propósitos. Reconheço trabalhos de grande mérito que Marta realizou na prefeitura, como a construção dos CEUS (Centros Educacionais Unificados), que continuam a ser criados e agora também têm recebido cursos superiores e para idosos.

Marta tem sido critica da atual gestão, mas eu, que estou vendo mais de perto, sei que tem méritos consideráveis. Ainda nesses dias têm saído boas noticias sobre a diminuição da velocidade nas marginais e outras vias de São Paulo: em 2015, houve uma redução significativa de mortes no trânsito. Também houve resistência quando foram colocadas as ciclovias, mas hoje a maior parte da população concorda que precisamos estimular o uso de bicicletas.

BBC Brasil – Por que os índices de popularidade de Haddad estão baixos, inclusive nas periferias?

Suplicy – Tenho a convicção de que a aprovação de Haddad vai crescer bastante em todas as regiões da capital. Quando chegar o momento das eleições, com os debates, os eleitores vão poder confrontar as palavras e argumentos do prefeito com os dos demais (candidatos). E aí ele tem uma chance enorme de crescer muito e vencer as eleições. Hoje, grande parte dos meios de comunicação tem uma certa postura (crítica) sobre ele…

BBC Brasil – O problema é que a mídia é injusta com o prefeito?

Suplicy – É normal que ocorram as críticas e que os jornalistas e veículos da imprensa queiram estar um mais atento que o outro para mostrar falhas na administração publica municipal. Nem sempre fazem isso com a mesma ênfase em relação ao governo do Estado, do PSDB. Mas sabemos que isso acontece.

Além disso, todos do PT estamos vivendo uma situação bastante difícil, em especial em São Paulo. Fui eleito para o Senado em 1990, 1998 e 2006. Em 2006, mesmo depois do mensalão, recebi mais de 8 milhões de votos.

Em 2014, fui um candidato forte, mas o que houve foi um verdadeiro tsunami sobre o PT em São Paulo. A presidente Dilma teve 25% dos votos por aqui, contra 70%, 80% no Nordeste. O nosso candidato a governador, Alexandre Padilha, teve 18%. Tive uma boa votação, de 6,7 milhões de votos, mas não suficiente para vencer. É da democracia. Tudo bem.

BBC Brasil – A que o sr. atribui esse tsunami contra o PT?

Suplicy – Por causa das denúncias ligadas a operação Lava Jato. criou-se uma imagem do PT muito negativa, principalmente nos lugares onde os grandes meios de comunicação estão sediados – e em especial em São Paulo. (Esses meios) destacaram muito isso junto a opinião pública e tivemos esse efeito que eu chamei de tsunami sobre o PT, mas acho que vamos dar a volta por cima.

BBC Brasil – Culpar a imprensa não é atirar no mensageiro por não gostar da mensagem?

Suplicy – Acho que houve críticas muito fortes em função de problemas que foram causados por nós mesmos. Reconheço isso. Mas o efeito foi tão forte que mesmo pessoas que não estavam envolvidas em malfeitos acabaram prejudicadas por ser do PT.

BBC Brasil – O senhor foi hostilizado em uma livraria por manifestantes críticos ao PT…

Suplicy – Foi durante um debate com Haddad. Havia umas 170 pessoas lá para ouvir, mas alguns queriam impedir o evento. Começaram a gritar, mostrar faixas contra o prefeito, mesmo antes do debate começar. Na hora de sair, estava concluindo uma entrevista e um grupo de 10 ou 12 pessoas começou a gritar, de maneira bastante ofensiva, “Suplicy, vergonha do Brasil”.

Eu me aproximei deles, quis dialogar. Eles só gritavam. Então eu disse a uma das moças que tanto gritava: “Golpista”. Desisti e sai. Mas se você me acompanhar a qualquer lugar, restaurante, cinema, teatro ou casa de espetáculo vai ver que sempre sou recebido com respeito e carinho. Ontem fiz uma palestra na Subprefeitura de Vila Maria e fiquei 30 minutos dando autógrafos.

BBC Brasil – Passou a evitar alguns lugares depois do episódio?

Suplicy – Não. Vou a todas as partes. Ainda no domingo fui almoçar num restaurante no Jardim Paulistano (área nobre de São Paulo), onde costumo ir com meus filhos. Ao longo do almoço pelo menos sete pessoas vieram me cumprimentar, pedir foto. Sobre o episódio do mês passado, muitas pessoas, em apoio a mim, até disseram que não iriam mais frequentar a livraria, mas a Livraria Cultura não tem nenhuma responsabilidade sobre o que aconteceu.

BBC Brasil – Como o sr. avalia a prisão de Delcídio Amaral, líder do PT no Senado? Em que medida isso agrava a crise do partido?

Suplicy – Todos ficamos muito tristes, feridos com o episódio. Claro que é necessário se assegurar o direito de defesa do senador, ele terá chance de se explicar. Mas nas explicações que deu ontem à Polícia Federal (ele) confirma o diálogo gravado. Ele disse que teve uma “atitude humanitária” com relação ao (ex-diretor da Petrobras, Nestor) Cerveró. Pelo que se sabe até o momento, houve um procedimento indevido no qual teria oferecido um valor para a família (do diretor), condicionado a ele (Cerveró) não fazer uma denúncia.

Isso é inadmissível, um procedimento indevido que, se comprovado, exige sanções. E é mais um fato grave que a tinge o PT nesse contexto sobre o qual conversamos. Os membros do PT que avaliam que a ética e a retidão são essenciais no trato da coisa pública não podemos aceitar esse tipo de procedimento. Mas antes de tudo é preciso ter o conhecimento completo dos fatos.

BBC Brasil – Já faz alguns anos que o PT perdeu protagonismo na questão dos direitos humanos. Um marco foi quando o deputado Marcos Feliciano (PSC) assumiu a comissão de DH da Câmara. Como o sr. vê isso?

Suplicy – Olha, é interessante observar que para essa tendência conservadora de alguns parlamentares tem havido, por outro lado, uma reação muito positiva e crescente na defesa dos direitos humanos por movimentos populares. O próprio Eduardo Cunha parece estar preocupado, dizendo que não é tão conservador assim. Ele escreveu um artigo na Folha (de S.Paulo) com esse propósito. Acho que a maior parte dessas iniciativas (da “agenda conservadora”) vai ser barrada pelo Senado.

BBC Brasil – O senhor é a favor da volta de Lula em 2018?

Suplicy – Acho natural que, com sua trajetória, o presidente Lula se candidate novamente.

Em 2002, fui pré-candidato a Presidência. Pela primeira vez na história do Brasil um partido convidou seus filiados a votarem (para decidir seu candidato). Fiz uma visita a Lula e disse: “Alguns amigos dizem que devo ser candidato e estou considerando a possibilidade, mas se você achar que isso vai prejudicar o partido ou a você, desisto.” Ele disse: “Eduardo, por tudo que você fez na vida e pelo partido, tem todo direito de se inscrever”.

Também acredito que, se o Lula for pré-candidato, é possível que surjam outros – e é importante que haja um processo democrático.

 

BBC Brasil – Quais seriam as alternativas ao ex-presidente?

Suplicy – Felizmente, o PT tem muitos políticos que poderão ser pré-candidatos, como aqueles que foram governadores e têm sido ministros. Jaques Wagner, Tarso Genro, Jorge Vianna. Pessoas que foram prefeitos e prefeitas de grandes capitais (também). Se a Marta estivesse no PT, poderia até ser pré-candidata. Mencionei três possíveis nomes, mas poderia ter mencionado dez.

BBC Brasil – Lula também tem enfrentado uma queda de popularidade. Suas relações com construtoras tem sido alvo de questionamentos. Isso faz o PT pensar em alternativas?

Suplicy – A população reconhece os extraordinários méritos de Lula pelo que ele realizou ao longo da sua vida. Com respeito a esses episódios, ao mensalão, ao que aconteceu na Petrobras, é claro que isso tem um certo peso e algumas pessoas tentaram imputar ao Lula alguma responsabilidade.

Mas ele terá condições de dar explicações para cada um desses episódios, como já está fazendo, com entrevistas e pronunciamentos. É importante que ele responda (aos questionamentos). Estamos felizmente em uma democracia e tudo pode ser perguntado e esclarecido.

BBC Brasil – O senhor “põe a mão no fogo” por Lula?

Suplicy – Em toda minha convivência com Lula, muitas vezes ele ressaltou a importância da ética para o PT. Confirmo que ele tem um procedimento ético muito positivo. Se algum dia ocorreu alguma falha, ele precisa responder por isso e terá toda condição de fazê-lo.

BBC Brasil – Como salvar o PT do que alguns veem como uma crise moral… e do tsunami, como o sr diz?

Suplicy – Com esforço, determinação e consciência desses graves problemas por parte de cada um dos membros do PT, em cada lugar onde atuamos. Eu tenho minha responsabilidade na secretaria, para que aqui não se cometam erros e ações inadequadas. Isso dá muito trabalho. É preciso estar muito atento. Montar equipes sérias e competentes ao administrar recursos e assinar convênios com diversas entidades.

O PT tem algumas administrações estaduais e diversas municipais. Precisamos dar o exemplo em todos os lugares.

 

Redação

17 Comentários

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  1. O cara que falavam que não

    O cara que falavam que não regulava bem das faculdades mentais, (principalmente por gente do próprio PT),

    hoje ressurge como um dos poucos que possue integridade moral suficiente pra falar o que quiser.

    Vida que segue.

  2. Eleitores que pedem para o

    Eleitores que pedem para o Suplicy deixar o PT é que devem deixar o PT… Demonstra apenas que o partido não foi infestado só por políticos oportunistas, mas também por eleitores que não entederam muito bem as coisas. Eu, por exemplo, já acho que a Dona Marta é que deveria devolver o mandato ao PT, pois só foi eleita prefeita e senadora porque concorreu pela legenda do partido. Aliás, quantos seriam estes “eleitores do Suplicy” em relação ao total de eleitores que ele tem? Por mais que possam ser criticadas algumas coisas, o que os orfãos da ditadura querem é “se livrar desta raça”. O PT nasceu pela base, portanto tem alicerces, foi fundado por pessoas e setores que precisavam de representação na política, ao contrário das Redes, psdbs e outros que foram fundados por políticos “profissionais” para atenderem aos interesses da classe dominante e darem um ar de democracia à ditadura branca sob a qual a elite mantém o Brasil. Até a República foi um golpe de estado contra o Imperador e foi tramado e conspirado pelo mesmo tipo de gente que hoje conspira novamente contra um governo que não abraça seu entreguismo e projetos anti-populares. Passados quase 200 anos da proclamação da Independência, já é mais que chegada a hora de dar um basta aos quintas colunas que trabalham dia e noite contra o Brasil.

  3. Para cada delcidio, temos vários suplicis
    Que político do psdb pode falar com esta tranquilidade, pode responder a tudo?
    Do mesmo modo o lula, o grande lula, já respondeu até a entrevistas mais agressivas e cretinas, como outro dias na globo news (na globo!) e respondeu a tudo.
    A dilma também responde tranquilamente a tudo e a todos.
    Há muitos outros no pt.
    Agora me respondam: quem no psdb está aberto a questinamentos? Quem se dispõe a ser inquirido? Quem responde por qualquer coisa?
    E o delcidio é pt, sem dúvida, mas era quando era chefe do severó? Porque apagam isso?

  4. Melhor usar dar o nome correto para o crime.

    O que estão meliantemente efetuando contra o PT é um Arrastão e não tsunami. 

    Os roubos que essa elite corruptíssima sempre efetuou contra o país e continua descaradamente efetuando serve agora para colocar a culpa somente em alguns.

    Fazem isso e não existe reação na república de bananas. E vamos sobrevivendo na ausência de Justiça.

    Vemos dia a dia o baixíssimo espetáculo de circo, de pessoas que se consideram jornalistas, bradando desvairadamente com suas vozes de gralhas, sobre os crimes executados da larva jato, como se justiça estivesse sendo feita. O bom é que convencem cada vez menos.

    Nas palavras usadas é que se percebe claramente se a pessoa é no mínimo bem informada, corajosa ou se trata de um, mais ou menos, ingênuo útil, iludido, honesto mas unido por laços emocionais à elite dos corruptos.

    Fora fhc corrupto e sua corja de ladrões do pais !

  5. Suplicy como Lula se esquece

    Suplicy como Lula se esquece de falar do objetivo  escancarado da esconder o Psdb na Lava jato. Lembra da tarja preta em cima do nome do Serra e do não vem ao caso? E dos vazamento seletivos em época de eleição? E do arquivamento do processo Anastasia? Fora o caso do dinheiro lavado doado para a campanha do Aécio e sujo doado para a campanha da Dilma. 

    É preciso escancarar os fatos para que as pessoas compreendam as nuances do tsunami e não dá para entender porque petistas estrelados não falam sobre isso.

    1. TERRORISMO MIDIATICO

      se o PTistas graudos não denunciarem VEEMENTEMENTE o Terrorismo Midiático e sua parcialidade INDECENTE – bandida? (assim como dos parceiros MP, PTF, etc) continuará, impune, a questão da narrativa golpista que dá na cara da população 24x7x365…

  6. A imagem santificada do

    A imagem santificada do ex-senador ajudou e muito na democratização do país e na construção do PT e da própria governabilidade. Isto é fato. Agora,não dá para dizer que o senador seja um “Limpinho da Silva”.

    Se ele condena o que hoje chama-se “malfeitos”,é preciso lembrar que ele,assim como todos os parlamenteres,de todos os partidos,foram eleitos com verba destes malfeitos.

    Nem o mais ingênuo dos parlamentares (se é que existe ingenuidade neste meio) pode imaginar que sua campanha foi realizada vendendo brochinho ou pedindo contribuição dde filiados.

    Precisamos aprimorar as instituições e não será com demagogia que conseguiremos fazer isso.

    Está na hora do país parar com estas constantes fofocas que,se devidamente apuradas atingem a todos,até os mortos,ou nos esqueceremos que o Sr Diretas,o grande Ulysses Guimarães,morreu quando fazia uso de um helicóptero emprestado por um empresário quando voltava de um descanso em Angra dos Reis na casa de outro empresário.

    É preciso dar um basta nesta hipocrisia. 

    O Brasil não pode se autodestruir por capricho de meia-dúzia de prostitutas que fingem que são castas para casar com milionário.

  7. Muito bem, Suplicy

    Discordo porém de que Lula deva ser pré-candidato. Isso é ingenuidade ou então querer impor a Lula uma minimização de sua figura publica, que não é real. Sinto, mas Lula não esta no mesmo patamar que Jacques Wagner ou Tarso Genro politicamente. Esses dois ou qualquer outro nome do PT que sair candidato em 2018 dificilmente ganha. Ja Lula, talvez seja o unico capaz de levar as eleições apos esse “tsunami”. 

    No mais, quando perguntado por que não muda de partido. Para onde ir. PMDB? DEM? PSDB? PSB? Todos caindo de podres. 

  8. Esquerda não pode querer o Poder pelo Poder.

    A comodidade do cargo no Legislativo e Executivo é indiscutível.

    A pessoa vira Deputado (a), Senador (a), Ministro (a) de Estado e tem dezena de assessores, ganha um salário 30 vezes maior que o da população em geral, tem milhares de benefícios, carro oficial, status, imunidade parlamentar, foro privilegiado, etc.

    Se não toma cuidado entra nessa roda confortável e não quer sair mais. 

    Seja no PT ou em qualquer partido este “mundo maravilhoso” pode viciar quem o alcança.

    Muita gente se acostuma a esta “realidade de cinema” e não quer deixar de vivenciá-la. 

    Existe o problema de ser de Esquerda, entrar de cabeça na roda e se de esquecer que o chão da Esquerda é na rua, junto do sentimento e anseio do povo, junto dos movimentos sociais, junto do trabalhador, na porta de uma fábrica, nas periferias do Brasil, etc.

    Quando você vicia nesse mundo cômodo você pode se deixar levar pelos caminhos facilitadores dessa comodidade toda.

    Ai é que entra o Poder do dinheiro que vem de fora para dentro da sua realidade. Mistura-se a já existente comodidade com a possível manutenção da realidade ad eterno. 

    Se não há o cuidado de separar Ideologia de Poder pelo Poder + a comodidade de um gabinete e uma sala de ar-condicionado o militante da Esquerda que vira um Político ou administrador público perde aos poucos a relação social com o mandato. Um partido de gabinete não é um partido de Esquerda.

    Toda doação de campanha é bem-vinda. Ajuda na minha manutenção no Poder. E sabemos que não há almoço grátis!

    Quando o PT era o partido dos trabalhadores com estrelinha no peito, do diretório naquela casinha alugada e cheia de idealismo, onde, um simples adesivo de campanha e uma estrelinha se pagava 1 real a gente estava próximo desse idealismo revolucionário e de uma Esquerda vibrante e com cheiro de povo. 

    Se a gente observar nas campanhas milionárias de hoje o marqueteiro, os cabos eleitorais e todo material de campanha é patrocinado por alguém. O PT e até o PCdoB recebem dinheiro de empresas e colocam pessoas pagas nas funções, que antes nós realizávamos de sol a sol sem nem sequer ganhar um pão com mortadela por puro idealismo. 

    Desse distanciamento parlamentar/eleitor, das campanhas com milhões arrecadados e com interesses privados de grandes empresas nas doações aos partidos de Esquerda, também, é mais difícil manter a Ideologia em pé. 

    Poucos são os aguerridos de outrora. Não adianta fugir da realidade. Ficamos iguais à Direita e seu modelo de alcançar o Poder e de se relacionar com o Poder.

    Eu não enriqueço com o mandato parlamentar, com o cargo no Executivo que ocupo, porém, eu faço o que for preciso para não perder o espaço cômodo de estar dentro do Poder e me beneficiar das comodidades dele e da Ideologia de gabinete.

    Seria saudável modificar a lógica da Eleição e escolha das pessoas de Esquerda no Poder. Limite de mandato, 2 legislaturas no máximo, por exemplo, e voltaria o sujeito de Esquerda que estava ocupando um cargo no Executivo, que tornou-se Deputado, Senador para a militância nas ruas, escolas, sindicatos, periferias, etc. 

    Repetir os mesmos gestos e ações da Direita para seguir no Poder ou chegar ao Poder, hoje, é o problema maior da Esquerda no Poder, representada pelo PT. 

    Olhar o Poder como um fim em si. Olhar para dentro do Poder e não para fora outro problema significativo.

    Muitos no comando do PT olham para o Poder como uma conquista, infinita se der, e olham para dentro de si mesmos, é egoísta tal ação. 

    E Esquerda que chega ao Poder deve ter o olhar da e para a sociedade dentro do comando, dentro do Legislativo, jamais projeto de Poder continuado e jamais nenhuma condição de se pensar em projeto pessoal e status social. 

    Quando a gente perde a noção do que representamos e nos tornamos amigos do Poder pelo Poder nos permitimos encontrar caminhos escusos para nos mantermos no Poder e até de aceitar parlamentares e alianças escusas para o objetivo de ser Poder.

    Delcídio do Amaral, um neoliberal, no PT, um partido de Esquerda?

    Um Político que faz uma festa para a filha com aquele descompromisso todo para com a realidade social do Brasil dentro do PT?

    É um acinte realizar aquela festa milionária e desprovida de qualquer sentido humanitário no País, onde as desigualdades sociais são enormes, festa desprovida de qualquer laço com a Ideologia de Esquerda. Uma festa, que no final das contas é brega e um cuspe na cara do povo. 

    Delcídio só está no PT porque a Ideologia de Esquerda acabou por secundária no PT. A meta de estar no Poder e lá ficar acima de uma coerência pensamento e ação – Ideologia e real juntos se esvaíram. 

    Cálculos eleitorais, números de votos, vencer um Governo de Estado não podem ser conceitos basilares para a escolha de um candidato do PT (das esquerdas).

    Trânsito em meio à oposição (diálogo com a mesma) não pode ser referência para a escolha de um líder do Governo no Senado. O líder do Governo no Senado deveria ser um aguerrido Senador da Esquerda e defensor da Ideologia do Partido. Ideologia que acreditamos ser de Esquerda.

    Até no Pré-sal, uma dos pilares do Governo Petista, o Senador Delcídio divergia. E era líder do Governo no Senado. Tudo errado.

    Não adianta fugir da realidade. 

    Toda uma metodologia de uma Direita cafona e sem limites está presente no Senador do PT.

    E não adianta dizer que o Delcídio é o mais tucano dos petistas, que é falsidade demais.

    Faz 14 anos que ele está no PT. Ele é petista, apesar de toda a nossa vergonha, enquanto Esquerda, de assumir a paternidade do Senador. 

    Concordemos ou não, se existe um Delcídio no PT temos que levar bordoada mesmo. 

    Já não se preocupou a Esquerda no Poder em democratizar os meios de comunicação e dá de presente para a velha mídia capitaneada pela Rede Globo um presente como o Senador Delcídio?

    É querer o suicídio mesmo. 

    Mudemos de postura.

    Deixemos de nos vitimizar pela realidade. Encaremos a realidade. Depurar, como bem sabe, o Secretário Suplicy! 

    E sem jogar para a galera, nas notas já clássicas do Rui Falcão, pós- situações como a do Delcídio. Do eterno precisamos mudar. Mudemos já! No mundo real e não por palavras digitadas no Word! 

    Senão, vai continuar assim:

    Os fatos reais nos deixando sem ação para defender a Esquerda no Poder.

    Esquerda deve ser exemplo de conduta e deve se preocupar em casar sempre: Ideologia (pensamento) e Real (ação), não é verdade?

  9. o pt é bem maior e mais digno

    o pt é bem maior e mais digno do que supõem esses infames

    do conluIo midático et caterva uwe o criminalizam cotidianamente  

  10. Só não dá para concordar com

    Só não dá para concordar com a questão da livraria descultura: haja perdão cristão! Vai ver por que o dono é judeu!

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