Petistas dizem que contas de Dilma estão longe de denúncias de corrupção

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Folha de S. Paulo publicou nesta quinta-feira (4) a repercussão dos desdobramentos da Lava Jato sobre a campanha do PT nos bastidores do governo do partido. O periódico também escreveu que “um alvo das investigações da PF disse que, para atingir o PT, será preciso criminalizar todas as doações legais: ‘Doação para o PT é corrupção, e para o PSDB é de fundo de caridade?”, ironizou”, sem revelar a fonte. A matéria saiu após um delator da Operação Lava Jato dizer que dinheiro desviado da Petrobras pode ter parado no caixa 1 da campanha presidencial. A ligação do ex-tesoureiro do PT ao escândalo reforça o clima tenso.

Operação tenta atingir Dilma e Lula, dizem governistas

Da Folha

Integrantes do Palácio do Planalto e do PT avaliam as revelações da delação premiada de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, como parte de um “roteiro” dos investigadores da Lava Jato para envolver Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo da Petrobras.

Na avaliação de um ministro, a afirmação de Mendonça Neto de que propina no esquema foi paga “em doações oficiais ao PT” reforça o temor de que a próxima linha de investigação da operação seja as contas de campanha de Dilma em 2010.

A preocupação de petistas é que o próximo alvo seja João Vaccari Neto, tesoureiro do PT desde 2010, citado como operador” de desvios na estatal pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. Vaccari nega.

O Palácio do Planalto informou por meio da assessoria de imprensa que “doações de campanha são da alçada do Partido dos Trabalhadores”.

Em nota, a secretaria de Finanças do PT disse que só recebe doações de acordo com a legislação eleitoral e que os recibos foram declarados na prestação de contas.

Nos bastidores, o governo argumenta que, como as doações citadas pelo delator foram feitas ao PT, e não diretamente à campanha de Dilma, não há como comprovar que ela tenha sido beneficiada. Em 2010, a campanha da presidente recebeu R$ 21,2 milhões do diretório do PT.

O depoimento do executivo foi liberado pelo juiz Sergio Moro a pedido da defesa. Para assessores palacianos, Moro agilizou a liberação em reação” à decisão do ministro Teori Zavascki de liberar da prisão o também ex-diretor da estatal Renato Duque.

Dirigentes petistas preveem dificuldade para o juiz provar crime na propina legal, oficializada”.

Para um auxiliar de Dilma, a questão é como dizer que algumas doações são legais; outras, não.

Um alvo das investigações da PF disse que, para atingir o PT, será preciso criminalizar todas as doações legais: “Doação para o PT é corrupção, e para o PSDB é de fundo de caridade?”, ironizou.

Interlocutores da presidente reconhecem que, politicamente, a situação traz mais um desgaste para o governo, que se prepara para a exploração do fato pela oposição.

A expectativa é que o depoimento de Mendonça Neto seja usado como “combustível” para a defesa do impeachment de Dilma. Nesta quarta, líderes da oposição afirmaram que a permanência da presidente no comando do país está sob “suspeita”.

Derrotado por Dilma na disputa pela Presidência em outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o governo se tornará “ilegítimo” se as denúncias forem comprovadas pela Justiça.

“Se comprovadas essas denúncias, estamos frente a um governo ilegítimo”, afirmou.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, minimizou o impacto dos depoimentos. “As contas da presidenta, me parecem, estão bem distantes de qualquer denúncia que envolva situação de corrupção.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. O PIG conseguiu destruir um

    O PIG conseguiu destruir um pedaço do PT com o Caixa 2 ( que estrategicamente e desonestamente chamou de Mensalão ).

    Agora o PIG tenta destruir o que sobrou do PT com o Caixa 1.

     

  2. Não adianta falar, tem que

    Não adianta falar, tem que provar, senão o Gilmar e o Aécio vão de pegar PT.

    Bando de frouxos.

    Não aparece um macho do PT para dá um murro na mesa, e gritar “Vamos parar com essa palhaçada, vamos parar com essa armação contra o PT, vamos parar com esses vazamentos seletivos, senão a porrada vai comer”

    Bando de bamby, estão com medo de que, não estão vendo que o golpe bate à porta.

    Inocentes !

  3. Olha só quem fala em moralidade

    O sr. Aecio Neves é o ultimo em falar em ilegitimidade. Ele é o maior corrupto em Minas e toda a sua sujeira não aparece porque há um forte conluio entre a midia e as autoridades publicas mineiras para acobertá-lo.

    Se houvesse premiação da safadeza na politica, o senador mineiro ganharia em disparada em primeiro lugar. Campeão absoluto.

     

  4. Nassif, então o roteiro do

    Nassif, então o roteiro do impeachment mudou em relação ao que voce tinha nos informado. Se a ligação da Lava Jato é com a campanha de 2010, não tem como reprovar as contas de 2014 por aí.

    Se o caminho for de pegar pelo caixa 1 de 2010, terão que aprovar as contas de agora, diplomá-la e partir para uma novo roteiro. Roteiro esse igualmente tortuoso. Pelo que me consta não dá para voltar atrás e reprovar as contas retroativamente, contas essas que já foram aprovadas lá, 4 anos atrás.

    Aí o impeachment teria que seguir a linha “governo ilegítimo”, pois teria começado com doações “sujas”, como sugeriu Aécio. Mas como disse um investigado, como assim “o dinheiro doado para o PT é propina e ao PSDB é afinidade programática?” Como provar isso?

    É preciso condições políticas e econômicas muito específicas para um impeachment baseado em fatos tão frágeis ser bem sucedido.

    Creio que a oposição/pig vai usar até o fim a Lava jato para instigar o governo. O desgaste inevitável. A Petrobrás é uma estatal e está sob responsabilidade da Dilma. Além do mais, o juiz, os procuradores e a PF da “Repúlica do Paraná” são antipetista convictos. Mas até agora os elementos jurídicos para um impeachment são quase inexistentes  

  5. As doações foram para o PSDB também

    Estão fazendo tudo isso, falando muito para assustar o governo. Calma nessa hora e vamos adiante, preparando o contra-ataque. Que o telhado de vidro é de todos. Dêem uma olhada la em Minas, que Aécio tera muito o que explicar.

  6. Ontem fiquei assistindo por

    Ontem fiquei assistindo por bom tempo a TV Senado p/ sentir o drama da votação do PL 36 .Ouvindo os discursos do Aécio e Aloísio , sentimos um desconforto tamanho pelo cinismo dos 2 políticos, além de outros, que dá um desânimo enorme. Se a Justiça não der um jeito de pegar os PSDBistas de SP e MG antes,, sei não, a previsão do Nassif se fará na Republiqueta de Bananas. O Aécio nem grita mais, ele ruge!

  7. Quando do Mensalão,

    Fiquei oito anos ouvindo Dirceu e o PT falarem a mesma coisa. Tranquilos, deixando o barco correr… Confiando no Judiciário…

    Pow! Tascaram-lhe um “Dominio de Fato” na cabeça!

    Até então, ninguém nunca tinha ouvido falar nessa “expertisse”…

    Vão confiando… (Fidel está lá e vai cumprir 90 anos)

  8. Que texto horrível,

    Que texto horrível, construído sobre a premissa de que há o que temer.

    Com aliados assim, inimigos vão ficando cada vez mais supérfluos.

  9. o que vaza só contra o pt não

    o que vaza só contra o pt não tá no gibi.

    procupante,.mais um passo para o golpe,

    é preciso estar atento e forte, como diria a canção.

     

     

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