Petrobras leva bolsa a fechar operações em queda de 1,79%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O rebaixamento dos ratings da Petrobras puxaram as ações da estatal para baixo nesta sexta-feira, arrastando consigo o índice da bolsa brasileira, que encerrou o mês de janeiro em baixa. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em queda de 1,79%, aos 46.907 pontos e com um volume negociado de R$ 8,068 bilhões. Com isso, o índice acumulou perdas de -3,83% na semana, -6,20% no mês e -0,71% em 12 meses.

O índice operou em baixa ao longo do dia, ficando abaixo dos 47 mil pontos na maior parte do tempo. No exterior, a principal notícia foi a divulgação da primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre da economia norte-americana, que mostrou um crescimento de 2,6% (anualizado), ante uma expectativa de 3,1%. O consumo pessoal, porém, avançou 4,3%, além do consenso de 4,0% e do dado anterior, de 3,2%.

“A abertura em queda Nova York ampliou as perdas na bolsa paulista, que pela manhã já passava por um forte movimento de queda, ainda sob o impacto das ações da Petrobras e de empresas do setor elétrico e de construção”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório. “A divulgação dos dados fiscais do setor público ainda pela manhã aumentou a aversão ao risco. As empresas exportadoras lideraram as altas no índice em função da valorização do dólar e amenizaram as perdas”.

Os papéis da Petrobras foram destaque de queda no dia, após o rebaixamento de seus ratings pela agência de classificação de risco Moody’s. As ações preferenciais (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, perderam 6,51%, a R$ 8,18 – o menor valor de fechamento desde o dia 16 de setembro de 2004, quando a ação valia R$ 8,15. Os papéis ordinários (PETR3), com direito a voto, recuaram 5,08%, a R$ 8,04 – o menor valor de fechamento desde 21 de maio de 2004, quando custavam R$ 7,79.

No câmbio, a cotação do dólar comercial subiu com força e fechou o dia com avanço de 2,96%, cotado a R$ 2,689 na venda. É a maior alta percentual diária desde 21 de setembro de 2011, quando a moeda norte-americana subiu 3,75%. A cotação também está no maior nível desde 7 de janeiro (R$ 2,703).

O dólar subiu depois que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o câmbio não será artificialmente valorizado  durante palestra a empresários em São Paulo. Mais tarde, a assessoria de imprensa da Fazenda informou que o ministro se referia ao câmbio em todo o planeta, não apenas à cotação do real. Também contribuiu para a alta o resultado do PIB dos Estados Unidos. No quarto trimestre de 2014, a economia norte-americana cresceu 2,6% em ritmo anualizado, quando o crescimento de um trimestre é estendido para o acumulado de 12 meses. O resultado veio abaixo do esperado.

No contexto nacional, o Banco Central manteve seu programa de intervenções, com a venda de 2 mil contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento em 1º de setembro deste ano. O BC também ofertou contratos para 1º de dezembro de 2015, mas não vendeu nenhum. O BC ainda não anunciou o início da rolagem de swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a US$ 10,438 bilhões.

Para segunda-feira, os agentes aguardam a publicação do relatório Focus, dos dados da balança comercial em janeiro, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), os números de vendas de veículos da Fenabrave e o PMI (índice dos gerentes de compras) do setor industrial. No exterior, destaque para o PMI industrial, e os dados de renda e gastos pessoais nos Estados Unidos, além do PMI industrial na Alemanha e na França.

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. 1- estatal existe exatamente

    1- estatal existe exatamente pelo fato do Estado precisar que certas atividades sejam executadas sem que se lucre nada com isso;
    2 – Estatal nunca deveria ter ações em bolsa que não fosse coisa de R$ 3 para que todo pessoa do povo possa comprar. Fora disto, como ocorreu com a Petrobras é cosia de pura especulação pela desgraça do povo
    3 – A Petrobras não  perdeu nenhum litro de gasolina, mas apenas gordura das suas super especulativas ações, cujas perdas é apenas azar do mercado e de imbecil que acreditou no deus mercado

    4 – o petismo sempre foi e eternamente será contra os especuladores que querem  tomar para si os bens do povo

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