Política, política, política e política, por Juliano Santos

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Política, política, política e política

por Juliano Santos

Comentário ao post Lula, Ciro e a frente das esquerdas, por Luis Nassif

Não diria que a política de conciliação fracassou, pois durou treze anos e fêz muita coisa. Desandou, por falhas do PT, quais sejam, conciliação “em excesso”, o tal “republicanismo” e acomodação burocrática da cúpula partidária. Sem contar uma geração de políticos sem sangue nas veias. Com esses Humberto Costa, Vianas, Tarsos, Cardozos e covardes que não aparecem, não há partido que resista. Salvam-se poucos como Lindeberg, Pimenta, Wadih e Gleisi.

Não falo nas “falhas” da direita, que deu o golpe, porque não foi falha, muito pelo contrário. Falha é não ver que em algum momento eles cansariam de perder eleição e partiriam para o tudo ou nada. Leia a história do Brasil e se constata que a direita brasileira é golpista, sempre foi.

Infelizmente, apesar de admirar profundamente a Dilma, por sua história fantástica, sua honestidade e coragem, sua figura foi a chave do desmantelamento do projeto conciliatório do PT. Fêz conciliação excessiva onde não devia, como com a mídia e a burocracia coxinha tucana no aparelho estatal.

Onde deveria ter jogo de cintura, na política “profissional”, foi intolerante e/ou ausente. Sem conversa não há política. E aí a gente chega na palavra mágica. Política. Sem fazer política não há projeto de país, que Dilma tinha, que se sustente. Faltou política no sentido pleno no governo Dilma

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

19 Comentários

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  1. Politica

    O Congresso de 2015–2018 foi eleito para ser oposição a Dilma-PT, a sociedade deu a mensagem estranha, elegeu a Presidenta progressista e um Congresso reacionário. O Caos então estava instalado. Esse Congresso tem um base pequena de sindicalistas e uma maioria de fisiológicos. 

    Não sei se havia habilidade politica suficiente para desarmar esse nó. Vide que após Temer assumir todos o programa neoliberal foi aceito pela maioria do congressista, em parte de devido ao fisiologismo e em parte por ideologia.

    A chave para próxima eleição e reconstrução social nacional e ter um Congresso no minimo de centro esquerda, que me parece hoje ser impossível. Lula sem esse Congresso (Centro-esquerda) não fará verão.

  2. Contraponto

     

    Nassif,

    Esta posição do Juliano é totalmente respeitável, e deve ser considerada com atenção. Ele é um dos comentaristas do blog que eu respeito muito, sempre com comentários lúcidos.

    Mas acho legal fazer o contraponto, apenas para fomentar o debate.

    Por isto, envio o link de um texto muito interessante que vi no Diário do Centro do Mundo. É do Claudio Oliveira, articulista da Revista Cult.

    Vale a pena ler. Segue o link:

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nunca-existiu-um-governo-do-pt-por-claudio-oliveira/

     

    1. Caro Claúdio, obrigado pelo

      Caro Claúdio, obrigado pelo elogio e pela dica do post do DCM. Muito bom, por sinal. Acho que os contrapontos aqui colocados tanto no texto como nos comentários, em relação a “quase impossibildade” de fazer política com esse congresso e essa elite, são necessáriso sim.

      De fato, a despeito da inabilidade da Dilma, haveria como lidar com a conjuntura extremamente adversa que se estabeleceu a partir do fim do segundo mandato e que culminou com a eleição do “pior congresso da história”? Será que mesmo Lula não iria sucumbir?

      Dificil saber, mas a situação agravou-se com “a falta de política” do governo Dilma, no que contriubuiu muito a incompetência dos principais assessores. Vamos ser diretos, a direita deu o golpe como quem tira pirulito de criança

      PS: O articulitsa do DCM, muito bom por sinal, esqueceu de citar um erro do PT que é dele e só dele. A acomodação irresponsável de seus dirigentes, numa burocratização desmobilzante quase transformando-o num partido de gabinete. 

  3. A Globo
    O problema foi a conciliação com a Globo. Brizola já dizia, ou se acaba com a Globo ou a Globo acaba com o Brasil.

    Qualquer avanço de Dilma era diuturnamente bombardeado pela Globo. Aumento do tomate, luta pela baixa da SELIC, eleição de Cunha, Dilma não teve espaço para governar por causa da GLOBO.

    Bolsonazi enfrentara a mesma dificuldade, Lula ou Ciro também. A Globo só aceita o PSDB então enquanto houver Globo não vingará nenhum projeto de país pro Brasil.

  4. Concordo com a análise…

    Além do executivo, o foco deve ser no legislativo. Temos de eleger o maior número possíve lde deputados. Os 140 ladrões golpistas filhos do cunha, junto com todos os golpistas, deveriam ser sumariamente excluídos da vida política. Não há lugar para golpistas numa democracia. Lugar de golpista é na cadeia, no cadafalso ou no cemitério.

  5. Política, política, política e política,

    Concordo com a análise de Juliano mas nem tudo começou com ela.

    O período de Lula no governo foi marcado pelo mesmo “republicanismo” e espaço demais para o mercado, Meirelles e oBC.

    O governo deve exercer seu comando sobre todas as instituições e não dar espaço para aventureiros e infiltrados a promover ações contraditórias as políticas oficiais.

    Quem não comanda é comandado. Não existe vácuo de poder.

    Certamente, pelo tanto que passaram, Lula e Dilma já devem ter se dado conta dos caminhos tomados.

    Não se pode defender a atuação ideologizada de instituições públicas e nem permitir que elas aconteçam baseada em visões falsamente republicanas.

    A esquerda tem bons quadros para o embate de 2018, mas Lula é o mais qualificado. Dilma certamente estará presente.

     

  6. Um advogado ensinando como fazer política.

    Poderia escrever um post no meu blog aqui no GGN, mas como virei de uma hora para outra comentarista “non grata” vou aproveitar a discussão para mostrar uma figura que talvez sem querer e sem desejar isto, esteja mostrando que conciliação é numa sociedade agressiva, dividida e intolerante não seja a melhor solução, e que o confronto civilizado e não conciliação entre partes talvez seja a melhor solução.

    Cristiano Zanin Martins atualmente está fazendo não só como advogado mais pela segurança de Lula do que a maior parte do PT, este advogado com uma voz calma, porém decidida nos momentos em que ela deve ser ouvida, está garantindo a não prisão de Lula até este momento.

    Se tivéssemos advogados titubeantes, que ficassem intimidados por um juiz que é um verdadeiro retrato do Brasil atual, o juiz Moro, provavelmente Lula já estaria preso. Porém Zanin não se intimida e a cada intervenção mais errada de Moro ele o chama ao juízo. Se mesmo com razão e firmeza ele não atinja os seus objetivos, deixa claro para Moro seus protestos ou no juri ou em público ficando gravado para a HISTÓRIA todos os atos do juiz.

    Moro é um juiz relativamente jovem e sabe perfeitamente que a sua vida pública não irá terminar com o fim da Lava-Jato e que a história ainda poderá alcança-lo, cobrando-o de forma dura se ilegalidades forem cometidas, esta publicização está freando ao máximo a qualquer vontade de transgressão das leis.

    Cristiano Zanin Martins é um advogado, mas é um advogado que está ensinando aos políticos que ser frouxo e covarde, frente a adversidade, num país que perde os ares da famosa e inexistente gentileza que aparentava, deve ser substituída pela força, pela determinação e pela resistência.

    Cristiano é uma personalidade que se impõe não só como advogado mas como uma brilhante figura política num futuro muito próximo.

    1. Quem lhe caçou a fala?

      Posso me enganar, mas duvido que tenha sido o Nassif. Duvido também que tenha dado, a quem quer que seja, aval para tal.

      Das duas…

      -Ou o senhor não quer se desgastar, o que é justo;

      – ou, quem dá bola para gente sem noção?

      Aguardamos os pitacos!

    2. Decisão politica

      Não sei de quem foi a decisão de tratar a defesa como um evento politico. Essa decisão foi determinante para barrar até agora a degola do presidente. Creio de Moro deve condenar Lula a alguma coisa e jogar o evento para o 2a instancia. Jogar com a sorte, pois pode parar o Brasil ou nada acontecer com ele sendo preso.

      O jogo ainda está sendo jogado…

  7. Lula não sufocou a Globo

    Lula não sufocou a Globo quando tinha poder para tanto. Isso foi fatal. Podemos criticar algumas decisões de Dilma, mas bem ou mal, ela fez política. Entendo que cabe uma análise mais profunda sobre a incompetência do PT no quesito informação. Não parece ser só incompetência, mas um inacreditável desconhecimento da natureza da classe dominante e do grau de perversão dos facínoras que controlam os bancos, as grandes corporações e a mídia.  Como essa “ingenuidade” foi engendrada no seio da esquerda?  Será que é resultado dos mesmos fatores que alienam a população há décadas? Ou será que podemos detectar uma espécie de “medo” da esquerda em despertar  a consciência do cidadão brasileiro ? Ou ainda, o controle da grande mídia pela plutocracia tornou inviável essa comunicação do PT  com os beneficiários dos programas sociais ? Se essa última hipótese é correta, fica mais do que evidente o erro fatal em relação à Corporação Globo. 

  8. Sobre Política e Eleições

    Após as reformas de Gorbachev na URSS, ocorreu a dissolução desse país, acarretando uma monstruosa crise social (violência urbana, fome, saques, aumento do alcoolismo e uso de drogas, aumento assustador da taxa de mortalidade, perda de esperança e referencial, no presente e futuro). Nesse contexto de crise generalizada, social, política, econômica e institucional, as principais figuras intelectuais tentavam apresentar à sociedade visões de futuro com base em alguns princípios que poderiam alicerçar a construção de um novo projeto nacional para a Federação Russa. Entre esses intelectuais, um que ganhou notoriedade foi Aleksander Soljenítsin, escritor agraciado com o prêmio Nobel de literatura, combatente na 2ª Guerra Mundial e preso político no período stalinista.

    Naquela altura da história, em meados da década de 1990, Soljenítsin mostrava-se indignado com a atitude limítrofe daqueles que deveriam conduzir a reconstrução nacional russa. Em uma de suas falas, dizia ele:

    “Recentemente, em uma plenária do partido “Escolha Russa”, seu líder proclamou: – O maior objetivo de nosso partido hoje… – eu congelei em antecipação. Qual poderia ser o maior objetivo de um partido democrático em tempos tão cruéis? Seria retirar milhões de pessoas da pobreza, rumo à prosperidade? Não. Então seria interromper o saque de nossos recursos naturais, não os deixando ir ao estrangeiro? Ou talvez interromper o saque de nossa indústria, vendida por trocados entre apadrinhados, sob o disfarce de “privatização? Também não. Aumentar nossa produção geral, que caiu tão catastroficamente? Ou nossa moeda, que caiu tão catastroficamente? Novamente, não era isso. Salvar as esferas técnica e científica, nossa base de conhecimentos, que parece ser a única coisa hoje a nos separar dos países africanos? De novo, não era isso. Agricultura? Nossas escolas? Por isso eu nem esperava. Eis então que é proclamado “o maior objetivo de nosso partido hoje: a vitória nas eleições”. Meu Deus, que vergonha, que depravação humilhante. E não se trata apenas desse partido, não. Todos os partidos, cada um deles, estão em meio à corrida pré-eleitoral, cheios de histeria.”

    O que Soljenítsin relata, em tom indignado, é que que os líderes políticos, ao invés de se comportarem como porta-vozes de um movimento intelectual de reconstrução nacional, enunciando as diretrizes dessa reconstrução, vergaram às questões mais imediatistas e instrumentais. O abandono da discussão pública das questões essenciais, preteridas por uma preferência à adaptação ao mecanismo da chegada ao poder – as eleições – tem efeitos graves, mas de percepção sutil. Afinal, – alguém poderia contestar – do que adianta ter boas idéias, claras, coerentes, solidamente fundamentadas, democraticamente debatidas, se não se chega ao poder para exercê-las?

    Sobre isso, na mesma década de 1990, falava o grande geógrafo Milton Santos em uma entrevista, nos tempos áureos do programa Roda Viva:

    “No Brasil, um país onde o Estado não tem um projeto, os partidos dificilmente podem ter como discutir. A produção desse projeto incumbe primariamente ao aparelho de Estado. Recentemente, o ministro Sardenberg escreveu um artigo sobre a possibilidade de um projeto, mas ele termina no “vácuo”, porque sugere que todos os brasileiros se reúnam para fazer um projeto, e isso não é possível. Em um país normal, há vários projetos, e a política é exatamente o exercício da escolha desses projetos, a apresentação desses projetos para a conquista da opinião pública. Acho que a confusão entre eleitoral e político domina toda a vida política nacional, e até mesmo o Partido dos Trabalhadores. O eleitoral é o imediato, o circunstancial, é a caça de uma resposta próxima. O político não, ele sugere uma visão de país em mais longo prazo, com a realização de etapas quando possível, e isso provoca posturas diferentes. As esquerdas têm sido compelidas quase sempre a cair em proposições eleitorais, o que reduz a sua força dentro da nação, porque ela passa a ter um papel de mobilização, que às vezes é muito importante, mas não de produção da consciência. O que nós precisamos no caso brasileiro é primeiro produzir uma consciência nacional, seja ela de direita, esquerda, centro-esquerda, centro-direita, o que for, mas uma consciência, que permita um debate sério. Enquanto os partidos estiverem preocupados apenas com a mobilização para ganhar votos, nós estamos longe disso.”

    A situação que hoje vivemos é de um certo “blackout das idéias”, por conta da degradação do debate público no Brasil. Nas universidades, por exemplo, raramente ocorrem debates dignos desse nome, pois cada grupo acadêmico organiza seus próprios eventos, nos quais todos pensam mais ou menos igual. O debate público, então, é mais difícil ainda. Quais são os espaços que nos restam para esse debate? A imprensa teria um papel a cumprir, mas há tempos abdicou. Hoje, a imprensa é uma estranha província, onde as informações não são mais confiáveis. Não há espaço para debate quando há a intenção da manipulação das narrativas, sem que haja espaço para a contradição.

    Sem dúvida, o avanço político pouco tem a ver com perspectivas eleitorais, conquista de eleitorados, contabilidade de votos. O avanço político é o avanço das idéias, e se nós restringirmos o universo político a cálculos eleitorais, estaremos em mau caminho. Do que adianta chegar ao poder se não tivermos a mínima ideia do que fazer? Se não conhecemos os problemas com profundidade? Se a nação não entende a si mesma? Se não temos uma grande visão do futuro? Se não existe espaço para o debate público?

    Me parece muito mal apostar na eleição de algum “salvador da pátria” para a solução dos problemas políticos. Porque o buraco é mais fundo que a “questão eleitoral”, e nós corremos o risco de nos iludirmos. Estamos sempre sacrificando nossa construção nacional, de longo prazo, pelas maquinações eleitorais, de curto prazo.

    Vejo muito bem os candidatos. Mas onde estão as ideias?

    1. Sobre Política e Eleições

      Acho que o Andre foi na mosca. A lacuna, a grande lacuna, é sim a falta de projetos, de ideias, para o debate. E, claro, do espaço próprio para que isso possa ocorrer.   O melhor projeto, até agora, parece ser o apresentado pelo Ruben Bauer Naveiram com o título de UMA NOVA UTOPIA PARA O BRASIL. Parece que, no Brasil, nada existe de melhor. O problema é como debatê-lo e, se for o caso, colocá-lo em prática nacionalmente.  

    2. Em situações de crise não se aprofunda ainda mais o debate.

      Caro André, acima de tudo temos que ser pragmáticos, e simplesmente entrar num momento deste num debate sobre o que queremos é simplesmente um suicídio político de quem o fizer. Debates sobre o futuro devem ser feitos quando a prioridade não é o dia de amanhã.

      Vamos a história, em todas as situações de crise em qualquer país e em qualquer tempo quem sempre triunfou foi quem já possuia a sua própria mensagem pronta, acabada e simples. O que aconteceu depois disto ou foram tragédias ou foram grandes vitórias, isto em função da mensagem daquele que a transmitiu melhor. Se fascistas assumiram o poder e levaram os seus países ao desatre não foi pela qualidade da mensagem, mas sim pela firmeza e simplicidade que ela se revelou a todos, por outro lado grandes homens em momentos de crise levaram ao sucesso a sua nação e sempre da mesma forma, determinação e certeza.

      Só dando continuidade à fala de Soljenítsin, quem na Rússia agora retoma em parte a normalidade do país, Putin um ex-agente da KGB! Simplesmente porque apesar de toda a pressão que recebe do ocidente consegue num discurso simplório do tipo da “grande guerra patriótica” mobilizar o povo russo e até atrair imensa popularidade nos outros países.

      O PT teve a chance de começar a discussão de um novo país, mas simplesmente não viu a necessidade no momento, errou! Porém o seu erro não indica que ele não possa se candidatar ao poder de novo, semplesmente por total falta de outra altenativa, ninguém segue, vota ou pensa no poder titubeantes pré-projetos de Estado que deverão ser discutidos ao longo do tempo, as pessoas simples querem é certezas.

  9. Considerando a qualidade dos

    Considerando a qualidade dos congressistas que temos nesse momento – e que já tínhamos quando do impeachment e até antes disso – e que a pessoa que conseguiu liderar o Congresso de forma acachapante foi o achacador, chantageador, impositor e ditador Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados, e o ardiloso, corrupto e mimado Aécio Neves no Senado – que avisou que Dilma não ia conseguir governar, que ia sabotar seu governo -, o fato da ex-presidente não ter conseguido “fazer política” é ponto tanto para ela quanto para os que crêem que política pode muito bem combinar com honestidade e lisura.

    Sim, no Senado havia Renan Calheiros. Mas apesar de ser presidente nunca conseguiu fazer a manada segui-lo. A manada no Congresso seguiu Aécio/Nunes e Cunha, mesmo.

    ***

    Jamais me esquecerei de Aloysio Nunes Ferreira incitando a manada ao crime quando deu tom e ritmo ao que viria ser o impeachment:

    “Não quero tirar Dilma, quero é vê-la sangrar”.

    http://www.valor.com.br/politica/3944096/nao-quero-o-impeachment-quero-ver-dilma-sangrar-diz-tucano

    Francamente nunca tinha visto tal barbaridade. Nem aquela artista da TV, Sheherazade, dizendo “tá com dó, leva prá casa” foi tão criminosa quanto Nunes.

  10. O que é fazer política no
    O que é fazer política no Brasil?

    O que o governo a Dilma concedeu ao PMDB e outros partidos coligados?

    Até Levy, homem do mercado, foi entregue por Dilma.

    Não, o que ocorreu foi que a “casa grande”, neste momento de vacas magras pelo mundo, se arrependeu das concessões. Aquela história, “pirão pouco, meu angu primeiro”.

    O outro aspecto, dentro da mesma escassez, foi que o o mundo se bifurcou, emburrou e se promiscuiu. Basta ver a baixaria de Aécio lido aos perder a eleição e a picuinha entre Obama e Trump.

  11. O GOLPE é da dobradinha

    O GOLPE é da dobradinha PSDB-MERCADO que são seus principais fautores, condutores e beneficiários. A mídia e a cúpula do estamento judicial serviram de ariete para desferir o GOLPE, que foi finalmente executado pelo Congresso Nacional dominado pelo que antigamente era conhecido como “baixo clero”, que com Cunha-Temer foram içados a linha de frente (não esqueçamos que o baixo clero controlado pelos oligarcas estaduais garantia a paz dos cemitérios no principado do sociólogo). A execução da última fase do GOLPE vai ficar por conta da cúpula do estamento judicial se de fato os “políticos práticos” não conseguirem eliminar totalmente do aparelho eleitoral este elemento perturbador — “o voto”, como diria Lima Barreto, .

    O problema é que o cinismo e a hipocrisia da dupla é inocultável.Como esconder a ficha corrida de seus principais líderes e fazer crer a população que o PSDB é o campeão da moralidade pública e a reserva moral da República? Como fazer a população acreditar nas mirabolantes e indecifráveis explicações do MERCADO? Como explicar para a população a rápida mutação do antes incendiário e militante jornalismo a época da campanha pelo impeachment, com o atual jornalismo silencioso, reverente, laudatório, “de cócoras”, “Temerário”? Como ocultar o comportamento do poder judiciário e principalmente do Supremo, será que agora não vale o reproche de Rui Barbosa: “Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de Estado, interesse supremo, como quer que te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde”.

    Como diria o Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. Mesmo, diria eu, com o auxílio “luxuoso da Rede Gobo e dos editoriais dos jornais da “província modelo da República dos Estados Unidos da Bruzundanga”.

  12. Amizades

    O primeiro parágrafo mostra um diagnóstico abrangente das causas e as consequências seria o fortalecimento político do PMDB às custas da imagem do líder petista. As raposas do partido do atual presidente se beneficiaram à luz do dia do sucesso eleitoral e administrativo do “aliado”. A sucessora de Lula tomou uma rasteira por conta das falhas em lidar com amigos tão inconstantes.Deu no que deu.

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