Preocupações com desaceleração chinesa derrubam mercado

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro fechou em queda pelo terceiro pregão consecutivo, em meio aos sinais de retração da economia chinesa e as apreensões com o quadro econômico e fiscal no Brasil. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em queda de 2,46%, aos 45.477 pontos e com um volume negociado de R$ 6,772 bilhões.

O recuo foi puxado pelas ações da Petrobras e da Vale, afetadas pelos preços das commodities no mercado internacional. Além disso, o mercado de matérias-primas foi afetado pelos dados negativos vindos da indústria da China – que, em agosto, caiu no ritmo mais rápido em três anos, evidenciando a desaceleração da economia do país o que também afeta os parceiros comerciais do país.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) encerraram as operações em queda de 6,53%, a R$ 8,59. As ordinárias (PETR3) perderam 6,31%, a R$ 9,95. Os papéis da companhia recuaram após novas baixas no preço do petróleo. Ao mesmo tempo, as ações ordinárias da Vale (VALE3) caíram 4,58%, a R$ 17,10, e as preferenciais (VALE5) se desvalorizaram 2,61%, a R$ 13,78.

No câmbio, a cotação do dólar subiu pelo terceiro pregão consecutivo e encerrou com ganho de 1,68%, a R$ 3,688 na venda. A moeda atingiu seu maior valor de fechamento desde 13 de dezembro de 2002, quando chegou a R$ 3,735.

O dia foi de grande instabilidade no mercado. No exterior, os investidores acompanhavam a publicação sobre o desempenho da indústria na China

No cenário doméstico, os agentes repercutiram a apresentação do Orçamento de 2016 pelo governo, com um déficit de R$ 30,5 bilhões, o equivalente a R$ 30,5 bilhões. Investidores acreditam que tal decisão deixa o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento.

O Banco Central também deu início ao processo de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em outubro. A autoridade monetária vendeu 9.450 contratos. Caso o ritmo de negociações seja mantido, o órgão efetuará a rolagem do lote integral de swaps, correspondente a US$ 9,458 bilhões.

Para quarta-feira, os analistas aguardam a divulgação dos números da produção industrial referente ao mês de julho, além da decisão sobre a taxa Selic, que será publicada após o fechamento dos mercados. No exterior, destaque para o custo de mão de obra, variação de empregos no setor privado, pedidos de fábrica e o Livro Bege, todos nos Estados Unidos.

 

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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