Procurador pede que Macri seja investigado por acordo de dívida de empresa de sua família

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Jornal GGN – Nesta terça-feira (14), o procurador argentino Juan Pedro Zoni pediu que Mauricio Macri, presidente da Argentina, seja investigado por um acordo de dívida entre o Estado e uma empresa da família Macri. O acordo foi realizado em 2016 e o governo nega conflito de interesses.

A dívida era do Grupo Socma, presidido por Franco Macri, pai do presidente. A empresa era responsável por administrar o correio oficial entre 1997 e 2003, quando foi estatizado.

Em uma sentença divulgada na semana passada, Gabriela Boquín, procuradora-geral perante o Tribunal Nacional de Apelações Comerciais, considerou que pode ter existido conflito de interesses no acordo.

A procuradora ressaltou que o negociação colocaria um desconto de mais de 90% no valor final a ser pago pelo Grupo Socma. Segundo Boquín, haveria uma remissão da dívida de 4 bilhões de pesos agora (US$ 256,24 milhões) e cerca de 70 bilhões para 2033 (mais de US$ 4 bilhões), afirmando também que o acordo equivale a um perdão da dívida.

Zoni também pede investigação de Oscar Aguai, ministro das Comunicações, que alcançou um acordo com a empresa da família de Macri em junho do ano passado, em representação ao Estado.

O ministro diz que nunca consultou o chefe do Executivo argentino durante a negociação do acordo “porque o presidente é vetado por lei sobre qualquer questão na qual esteja envolvido algum familiar”.

O chefe de gabinete de Macri, Marcos Peña, afirmou em entrevista coletiva que o governo vai solicitar um veredicto técnico da Auditoria Geral da Nação “para evitar qualquer tipo de dúvidas sobre a possibilidade de conflito de interesses”, afirmou.

Peña ainda aproveitou para criticar o governo de Cristina Kirchner, afirmando que “esse assunto já vinha sendo discutido há muitos anos e, depois de tanto tempo sem ser resolvido por parte do governo anterior, o Ministério das Comunicações trabalhou em um novo acordo para dar fim a essa discussão que claramente estava prejudicando o Estado”.

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Redação

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