Produção industrial cai 7,6% em relação a 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O setor industrial mostrou queda de 7,6% em abril de 2015 na comparação com igual período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O segmento apresentou perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 23,2%, exerceu a maior influência negativa sobre indústria, pressionada pela redução na produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, autopeças, reboques e semirreboques e carrocerias para caminhões e ônibus.

Outras contribuições negativas com impacto relevante vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,5%), máquinas e equipamentos (-11,8%), de metalurgia (-9,8%), bebidas (-13,1%), produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,0%), produtos de metal (-8,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%) e outros equipamentos de transporte (-13,9%).

Entre as três atividades que aumentaram a produção ante o registrado em abril de 2014, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (11,1%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-24%) e bens de consumo duráveis (-17,1%) assinalaram as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%), com queda mais intensa do que a média nacional (-7,6%), e de bens intermediários (-3,2%) também apontaram resultados negativos nesse mês.

O setor produtor de bens de capital, ao recuar 24% em abril de 2015, assinalou a décima quarta taxa negativa consecutiva no índice mensal e intensificou o ritmo de queda verificado em março último (-12,5%).

Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 29,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e reboques e semirreboques. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-27,8%), para fins industriais (-7,8%), para construção (-35,4%), para energia elétrica (-20,2%) e agrícola (-12,2%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 17,1% em abril de 2015, décimo quarto resultado negativo consecutivo nesse confronto e bem mais intenso que o de março (-6,3%). As maiores pressões vieram de automóveis (-14,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-42,2%), ambos ainda influenciados por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos vieram de motocicletas (-32,8%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-10,6%), de móveis (-10,1%) e de outros eletrodomésticos (-4,2%).

A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%) em abril de 2015 foi o sexto resultado negativo consecutivo em relação a igual mês do ano anterior e intensificou o ritmo de queda verificado em março último (-3%). De acordo com o IBGE, o desempenho foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos: não-duráveis (-15%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-6,5%), semiduráveis (-8,7%) e carburantes (-8,9%). Nesses subsetores, os principais impactos negativos foram assinalados pela menor fabricação de medicamentos, no primeiro; de cervejas, chope, refrigerantes, sorvetes e picolés, no segundo; de calças compridas, calçado de couro feminino, calçado de plástico moldado, camisas, blusas e semelhantes de malha ou não de uso feminino, no terceiro; e de gasolina automotiva, no último.

Ainda em relação a abril de 2014, a produção de bens intermediários (-3,2%) assinalou em abril a décima quarta taxa negativa consecutiva, mais intensa do que a observada no mês anterior (-2%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%), de metalurgia (-9,8%), de produtos de metal (-11,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-9,3%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,9%), de produtos têxteis (-8,3%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,6%), de máquinas e equipamentos (-3,2%) e de outros produtos químicos (-0,5%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (11,1%) e produtos alimentícios (4,1%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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