Projeto arquivado adia obras na Dutra para próxima década

 
Jornal GGN – No final do ano passado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) arquivou um projeto que previa obras na rodovia Presidente Dutra, no valor de até R$ 3,5 bilhões. 
 
O processo analisava um aditivo ao contrato da CCR Nova Dutra, concessionária da rodovia, para que a empresa realizasse obras para as quais não havia recursos previstos. Com o arquivamento, os investimentos na estrada que liga Rio de Janeiro e São Paulo devem ficar para a próxima década. 
 
Eram previstos uma nova pista na serra das Araras (RJ) e a obras em vias marginais em São José dos Campos (SP), Guarulhos (SP) e Nova Iguaçu (RJ), no valor estimado de R$ 2 bilhões. 

 
Em troca do investimento da CCR,  o governo propôs aumentar o tempo de concessão e também colocar um adicional de R$ 7 nas tarifas de seis praças de pedágio, que hoje cobram R$ 13,80. 
 
Segundo a concessionária, as obras iriam diminuir os acidentes pela metade e os congestionamentos em 75%, com ganho estimado de R$ 135 milhões ao ano com consumo de combustível, pagamento de indenizações e redução do tempo de viagem. 
 
O contrato da Nova Dutra é de 1996 e não prevê renovação por outro período de 25 anos. Os órgãos de controle enxergaram a possibilidade do aditivo como uma renovação disfarçada. 
 
Por trás o arquivamento está uma disputa entre a ANTT e o Tribunal de Contas da União, que, em 2016, condenou diretores da agência que permitiram aditivo em um contrato de outra concessão, também dos anos 90. 
 
Os diretores da ANTT foram acusados de liberar obra superfaturada em troca de pagamento à concessionária com recursos do Tesouro ou aumento de tempo de concessão. 
 
Para a agência, o TCU trata o tema com viés ideológico, e, segundo a Folha de S. Paulo, servidores da ANTT preparam ações contra técnicos do tribunal, que acusam as agências de serem capturadas pelas concessionárias.
Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. projeto….

    As duas maiores cidades do país, cerca de um terço do PIB trafega por esta rodovia. E precisamos ser extorquidos em pedágios? Um país com tamanho potencial economico precisa privatizar rodovias, vender a liberdade e cidadania dos seus cidadãos,  tornar território e patrimonio público em bem privado e consequentes interesses economicos do proprietário para duplicar 400 Km da  rodovia mais importante do país? É ser medíocre ao quadrado. E ainda para quem se lembra à época da Privataria da Rodovia Dutra, a passagem de cabos e fiação eletrica e telefonica, sistemas de água e esgoto e redes que interligavam os dois maiores pólos nacionais renderam à concessionária mais dinheiro que aquele pago pela privatização. Então anularam a cobrança de pedágios? É claro que não. FHC anunciou uma pequena redução tarifaria que durou alguns meses e tudo voltou à esbórnia que é a administração deste país. (Privatização é para melhoria de serviços públicos? Sonha inocente!!! É para levantar dinheiro para cobrir rombos orçamentários das farras feitas no erário público, exigindo o minimo possível das concessionárias com o máximo de retorno financeiro (para o negócio ser muito atrativo) Até quando?!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador