Protestante, coordenadora de Marina para religiões afro teve “medo de errar”

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – Um dos grandes embates atuais é a questão da intolerância religiosa. Insuflados por pastores televisivos, grupos evangélicos estão promovendo verdadeiro circo de desrespeito, inclusive com destruição de terreiros de umbanda e candomblé. A BBC Brasil publicou matéria com a coordenadora de Marina sobre política para religiões afro, e que foi republicada no Portal Geledés. No segundo, grupos ligados às religiões afro dão seu recado à candidata do PSB.

Sugestão de Nilva de Souza

Do Portal Geledés via BBC Brasil

‘Tivemos medo de errar’, diz coordenadora de Marina sobre política para religiões afro

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A coordenadora nacional de promoção da igualdade racial da campanha de Marina Silva diz que sua equipe errou ao não detalhar políticas para religiões como o candomblé e a umbanda – questões consideradas de primeira importância por representes da militância afrobrasileira.

“Como Marina, sou protestante e não tinha um acúmulo de conhecimento sobre políticas específicas para religiões de matriz africana”, diz Valneide Nascimento dos Santos, em entrevista exclusiva à BBC Brasil.

Filiada ao PSB há 17 anos – “meu primeiro, único e último partido” -, Santos demonstrou diversas vezes admiração pelo ex-presidente Lula, criador de políticas como o Brasil Quilombola (destinado a comunidades tradicionais) e das cotas para estudantes negros em universidades.

“Se [o governo Marina] vai ser melhor que o de Lula, não sei. Queremos que seja no mínimo igual”, afirma.

Em conversa por telefone, a coordenadora de campanha adianta que a política de cotas raciais de Marina deve ter horizonte máximo de 10 anos.

“Não quero que meus filhos e netos sejam cotistas daqui a 20 ou 30 anos”, diz.

BBC Brasil: Que acha das críticas sobre as políticas de Marina para religiões de matriz africana?

Valneide Nascimento dos Santos: Não detalhar foi um erro nosso. Como a Marina, eu que sou a coordenadora nacional sou protestante e não tinha um acúmulo de conhecimento sobre políticas específicas para religiões de matriz africana. Então deixamos para os militantes do PSB de Salvador e da coligação que viessem somar posteriormente. Não foi uma falha do programa, foi uma falha nossa enquanto ativistas negros. Nós deixamos de colocar porque não tínhamos um entendimento sobre como deveria ser, na época.

BBC Brasil: Então o programa será alterado?

Valneide: Não. Se você pegar o programa, já estão incluídas as políticas. O que falta é o detalhamento. Faltou o compromisso com religiões africanas, que nós sabemos que são muito perseguidas pelos evangélicos. Sabemos de terreiros no Rio de Janeiro que foram tocadas fogo. Não queremos que isso se repita. Eu, que estou na coordenação, Marina, que é evangélica, e alguns companheiros, que são da academia, não temos acúmulo de conhecimento. A gente ficou com medo de errar e ter problemas futuros, entendeu?

BBC Brasil: Quais são os comentários de Marina em relação à liberdade religiosa?

Valneide: Ela reconhece a dificuldade do povo de religiões africanas em participar de uma política com mais atuação e visibilidade. Ela mostrou em todas as conversas vontade de fazer as pessoas verem a importância desses cultos como os demais cultos da sociedade. Ela sempre demonstrou abertura em todos os sentidos, não só ela como o Eduardo [Campos]. Eles sempre falaram a mesma língua.

BBC Brasil: Marina diz querer manter a política de cotas raciais “como política emergencial, temporária, com data para terminar”. O que significa ser “temporário e com data para terminar”?

Valneide: Nós defendemos cotas com data de dez anos. Dez anos dá para fazer uma avaliação. Não defendemos cotas permanentes, vemos isso como retrocesso.

BBC Brasil: Qual será o horizonte final da política de cotas raciais?

Valneide: Não tenho uma data para falar. Defendemos no máximo 10 anos.

BBC Brasil: As cotas de universidades começaram no início do governo Lula. Não se passaram 10 anos?

Valneide: Você vê que na UNB começou a acabar. Já está sendo discutido, a cada ano diminuem as vagas para negros e negras e estão entrando as cotas sociais, que é algo que acreditamos que vai prevalecer futuramente.

BBC Brasil: Muitos ativistas do movimento negro dizem que racismo não tem a ver com pobreza.

Valneide: Tem muitos negros e negras que não defendem cotas para negros, em espécie nenhuma. A gente respeita a opinião de todos, mas tem que respeitar também o partido e a proposta da coligação. Tem que acreditar e ver para crer. É igual Bolsa Família. Concordamos com ele, mas não podemos deixar ter neto e bisneto de Bolsa Família. Não quero que meus filhos e netos sejam cotistas daqui a 20 ou 30 anos.

BBC Brasil: Qual será a política para quilombolas?

Valneide: O governo do presidente Lula, em 2003, avançou muito. Criou a esperança, abriu portas para todos nós para o reconhecimento e a titularização [das terras quilombolas]. Lula foi o cara que criou o “Brasil Quilombola”. A presidente Dilma não avançou em nada, parou. Queremos dar continuidade ao “Brasil Quilombola’ que o Lula criou. Não é copiar e colar, é dar continuidade a algo que está dando certo.

BBC Brasil: Se a ideia não é copiar e colar o programa de Lula, qual será a diferença?

Valneide: É dar continuidade ao que o presidente Lula com muita sabedoria criou e Dilma engavetou.

BBC Brasil: A senhora faz duras críticas à Dilma Rousseff e muitos elogios a Lula. O governo Marina em relação ao movimento negro será melhor que o de Lula?

Valneide: Se vai ser melhor, não sei. Queremos que seja no mínimo igual. Vamos abrir as portas para o movimento negro e ouvir. Foi o que Lula fez. A nossa defesa com Marina, e ela participou do governo Lula, é que a população negra seja ouvida, não queremos ser só coadjuvantes. Não vamos só votar, queremos ser votadose participar da gestão. Dilma não abriu para a sociedade.

Comentários:

Lylia Guedes Galetti • 2 dias atrás

Quanto às comunidades de matriz africana o programa de Marina “teve medo de errar”… Mas, sem esse medo e sem nenhuma análise mais substantiva, erra feio ao afirmar que há “um gradual declínio de ações antirracistas por parte do Estado”. Ora, ora, de 2003 pra cá tivemos: a criação da SEPPIR (2003), a regulamentação das disposições transitórias da Constituição, na gaveta dos sucessivos governos federais desde 1988, que asseguram a regularização fundiária dos territórios quilombolas (2003); Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira” (2003); criação do Programa Brasil Quilombola e Agenda Social Quilombola (2003/2006), Promulgação da Convenção 169 da OIT, assinada em (2004); Política Nacional de Atenção à Saúde Integral da População Negra (2006); Estatuto da Igualdade Racial (2010), política de cotas nas universidades (a partir de 2003), Lei de cotas do serviço público federal (2014), Programa Juventude Viva (2013), de combate à violência contra a jovens negros; Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (2013). E vale lembrar que as políticas sociais de caráter universal foram fundamentais para melhorar a qualidade de vida da população negra brasileira. Um exemplo: cerca de 70% dos beneficiários do Bolsa Família são oriundos desta população. Certamente, há enormes desafios para efetivação de todos esses instrumentos num país racista, com forte racismo institucional, e dominado, ainda, ainda, em aspectos estratégicos, pelos grandes proprietários-empresários do mundo rural – os ruralistas. Os desafios são ainda maiores no que se refere à titulação / regularização definitiva dos territórios quilombolas. Mas mesmo nesse quesito, há morosidade, e não paralisação dos processos, como no caso das terras indígenas. Por isso tudo, e por central que a regularização definitiva dos territórios quilombolas, não se justifica a tese de “gradual declínio das políticas antirracistas”. Arrisco dizer que neste campo, o das políticas públicas para a população negra e suas comunidades tradicionais e do combate ao racismo, os avanços da nossa democracia, nos governos Lula e Dilma são do tipo “nunca antes neste país”.

SEC. MOV. NEGRO UGT-ES • 2 dias atrás
Olá meu povo.
Sou além de Secretario do Movimento Negro e Diversidade Humana da União Geral dos Trabalhadores UGT-ES, sou negro e ORGULHOSAMENTE da religião de matriz africana (candomblé e culto de IFÁ). Outro detalhe que me fez entrar aqui para postar esse texto, é que a referida “COORDENADORA DE PROMOÇÃO DE IGUALDADE RACIAL” da campanha da Senhora Marina, e nossa velha conhecida. E garanto para todos vocês e para toda a equipe de marina”ELA NÃO ME REPRESENTA”. Principalmente quando se trata de “igualdade”. Estou aqui porque simplesmente fui do PSB do mesmo estado que ela, do movimento negro do PSB na época. posso afirma tudo isso aqui propriedade e provas. Continuando. Quando afirmo que ela não pode representar, pela sua postura dentro do movimento negro do PSB, sua postura quanto negra e sua negação a suas raizes. vejam este fato -um deles-. Essa senhora, estava em uma palestra em que eu estava para realizar para os professores de uma cidade, em relação ao 20 de novembro. Após a formação da mesa, dado a ela a fala, ela menciona dentre outras coisas:” FUI CRIADA PELA FAMILIA X QUE DE RAIZ EUROPEIA (família europeia), TIVE BONS ESTUDOS….”. Não que isso seja condenável, mas orgulhar-se e expor embutido que ela só foi bem educada por este motivo e triste de ouvir. Ela sempre em todos os grandes encontros ela enfatiza essa frase. Pasmem vocês ELA E DESCENDENTE DE QUILOMBOLA, mas nunca no partido vimos ela lutar ou pelo menos citar tal honra. Outra dela. Na campanha, nas eleições passadas o nosso então governador pediu a que o movimento negro preparasse o projeto de governo para o movimento negro do estado. Nós levamos o plano de governo que ela e mais uma outra pessoa, rejeitou e estamos em outra eleição e até hoje ela não entregou. Companheira? será? outra dela! Um companheiro que ela apresentou ao partido, na mesma data de campanha, isso nas eleições passadas, tinhas um projeto na comunidade onde ela foi levar uma conversa para atividades. A liderança disse a ela” FULANO JÁ FAZ ESSES PROJETOS NO MORRO”. Resposta dela “SE ELE CONTINUAR NO MORRO EU RASGO A FICHA DELE DOM PARTIDO”. Depois dito isso por ela, “ele” desistiu do movimento negro do PSB, e foi desfiliar-se PASMEM mais uma vez. ELA NUNCA HAVIA ENTREGUE A FICHA DE FILIAÇÃO DELE. Acho eu que essas atitudes de: não se reconhecer como NEGRA e QUILOMBOLA, orgulhar-se da criação e a cultura europeia, e principalmente não ter respeito pelos seus companheiros, não deveria nem ser politica. CONCLUSÃO: como uma pessoa que não se vê como DESCENDENTE de quilombola, não se afirma como negra (só quando lhe convêm), não respeita seus pares negros dentro do partido, vangloria-se e se comporta de forma eurocêntrica, pode COORDENAR UM INSTRUMENTO DE IGUALDADE RACIAL? Como? ENTÃO MINHA QUERIDA , vocês estavam é nos deixando de lado, mas quando viram a expressão que somos, tenta com essa conversa mole de que no minimo seremos igual ao projeto do ex presidente Lula. GALERA NÃO SE ENGANE COM ESSA CONVERSA. ESTA EQUIPE DE PROMOÇÃO DE IGUALDADE RACIAL COM ESSA ENFASE NO PROSELITISMO RELIGIOSO NATURAL DENTRO DO GOVERNO, NUNCA, REPITO, NUNCA TEREMOS ESPAÇO. SERÁ UM GOVERNO DE MICRO EXTERMÍNIO DAS COMUNIDADES DE MATRIZ AFRICANA, E QUANDO ACORDAMOS, NÃO MAS EXISTIREMOS. TEREMOS QUE PROFESSAR NOSSA FÉ, NOSSA RELIGIÃO DENTRO DE UM REGIME “EVANGELISBAN”. TEREMOS E UM BRASIL FUNDAMENTALISTA? OS EVANGÉLICOS DETÊM MAIS MAIS DE 30 % DAS CADEIRAS NO PARLAMENTO FEDERAL E EM GRANDE PARTE DE MUITOS ESTADO E MUNICÍPIOS. AGORA IMAGINEM COM UMA PRESIDENTA DESTA E UMA REPRESENTANTE DE IGUALDADE RACIAL, QUE DEVE ESTAR PLANEJANDO ENTRAR EM UMA SECRETARIA DESTA REPRESENTAÇÃO, FARÁ CONOSCO? PENSEM BEM IRMÃOS NEGROS E DE AXÉ

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

35 Comentários

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    1. Fachada

      Porque é uma fachada mal ajambrada, igualzinho um cenário da Globo.

      Pela frente você pensa que está vendo uma parede de alvenaria sólida, por trás percebe que se trata de uma gambiarra de papelão precariamente presa com arame e fita adesiva.

      E que não aguenta mais do que algumas semanas, nem foi feita para durar mais que isso.

      Assim como o cenário, essa fachada foi feita só para enganar. Depois do tetro das eleições a deplorável verdade aparece.

      Só que o povão não está mais dando ibope para essa novela.

  1. Se ela tem pouco conhecimento

    Se ela tem pouco conhecimento sobre o assunto e foi apontada como responsável já demonstra a seriedade com que o tema é visto pela candidata. evangélicos sendo evangélicos.

  2. Essa coordenadora nessa

    Essa coordenadora nessa entrevista fez mais pelos e negros e pobres que o Ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo Joaquim Bqrbosa. 

     

    Falando nisso. Como anda O Ex-Supremo e seu OSTRACISMO?

     

  3. se catucar cai tambem.
    Este eh mais um grupo independente que vai bater na Marina. Os negros e pobres.
    Quero ver a cara do Militao!
    Quando comecei a estranhar o companheiro e fui le o programa do PSB, vi suas pautas todas lah na igreja, nao eh Militao?
    So penso que vc poderia ser sincero como o Guta e a pauta do LGBT que ele apoia. Voce seria Marina e a pauta contra cotas.

  4. Nossa mas a pelegada ta

    Nossa mas a pelegada ta histerica mesmo heim?

    agora querem dizer que a eleiçao da Marina é o fim das religiões afro tambem?

    rs

    Que coisa ridicula, alias ridiculo ja virou sinonimo desses pseudos progressistas…

    1. você que não entendeu Leonidas

      A equipe de Marina tenta desconstruir Dilma  com essa conversa que ela “descontiunuou” isso e aquilo, em tudo que propõem há um discurso vago ,uma abstração ,sem idéias claras do que realmente farão.

      E cá pra nós,Pelego é quem propõe o fim da justiça do trabalho !

      1. Não adianta argumentar com troll, Ataide

        Ele foge de qualquer debate feito a sério.

        O negócio desse troll ridículo, assim como o de qualquer troll, é jogar essas provocaçõeszinhas medíocres e sair correndo com medo do debate.

        No máximo tenta puxar um bate-boca com xingamentos, mas quando se entra no terreno dos argumentos o bicho desaparece correndo porque não tem nenhum.

      1. É o que vc provavelmente

        É o que vc provavelmente entendeu. Mas não duvido que ainda existam néscios, afinal. em todo o processa da civilização humana eles sempre existiram.

         

    2. Em Campo Grande

      Toda quinta tem show gospel na praça financiado pelo poder público. Uma semana tentou-se fazer show com musicas de religiões afro. Os evangélicos de Campo Grande deram o maior peti e proibiram o show gospel africano. O show não ocorreu com medo destes chiitas evangêlicos. Quer maior arrogância desta turma? E o dinheiro era público mas eles se acham os eleitos e únicos para apresentar aquela aberração de musica deles. Quer dizer que show catolico, candoblé, budista, islâmico não é gospel também?

    3. Taí

      http://blog.jornalpequeno.com.br/ligiateixeira/2014/08/21/cantora-maranhense-sofre-preconceito-em-mato-grosso-sul/

      Cantora maranhense sofre preconceito em Mato Grosso do Sul

      Publicado em 21/08/2014 às 15:36 por ligiateixeiraRita Ribeiro. Cantora maranhense foi impedida de realizar show em Campo Grande por questões religiosas.

      Rita Ribeiro. Cantora maranhense foi impedida de realizar show em Campo Grande por questões religiosas.

      A cantora maranhense, Rita Ribeiro, foi impedida de realizar um show em Campo Grande, capital do  Mato Grosso do Sul.

      Rita Ribeiro tinha um show marcado para o início do mês de agosto em Campo Grande, num evento patrocinado pela Prefeitura da cidade, mas o evento foi cancelado após polêmica instaurada na Câmara de Vereadores da capital sul mato-grossense, por vereadores evangélicos.

      Rita Ribeiro se apresentaria num evento local conhecido como “Quinta gospel”, que ocorre todo mês e que abre espaço para artistas de diversos matizes ritmicos. Rita apresentaria um show do projeto “tecno-macumba”, com canções que fazem referências à religiões de matriz africana.

      Além da Câmara de vereadores, a prefeitura de Campo Grande também se posicionou contra a realização do show. A presidente da Fundação Cultural do município, Juliana Zorzo, disse que a indicação de artistas espíritas seria impossível porque foge da proposta do evento destinado, na interpretação dela, ao “público evangélico cristão”.

      Com a polêmica instalada, o Ministério Público Estadual  recomendou à Prefeitura de Campo Grande incluir matizes musicais independentemente de questões religiosas no evento. A  promotora de Justiça de Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos, emitiu uma recomendação em que pede o fim da discriminação nas apresentações culturais da Quinta Gospel e afirmou que   que o município não pode financiar um evento que discrimine outras religiões.

      O Evento Quinta Gospel foi instituído por lei municipal que prevê patrocínio com recursos públicos para shows de artistas regionais e nacionais em Campo Grande, mas não impõe que o evento deva ser exclusivo para artistas do segmento gospel.

       

  5. Por que todo coordenador(a)

    Por que todo coordenador(a) das tais “Igualdade Racial” são negros? 

    Por que não polacos, armênios, “turcos”, carcamanos italianos ou os fritz da Bavária? 

     

      1. As candidaturas Aécio é

        As candidaturas Aécio é Marina são praticamente irmãos siameses, não só em economia. A do primeiro tem como presidente do Tucanafro, movimento negro do PSDB, uma loura. A da Marina, a cordenadora para religião afro é evangélica! Impressionante

  6. Olha como responde os “bons”…

    BBC Brasil: Quais são os comentários de Marina em relação à liberdade religiosa?

    Valneide: Ela reconhece a dificuldade do povo de religiões africanas em participar de uma política com mais atuação e visibilidade. Ela mostrou em todas as conversas vontade de fazer as pessoas verem a importância desses cultos como os demais cultos da sociedade. Ela sempre demonstrou abertura em todos os sentidos, não só ela como o Eduardo [Campos]. Eles sempre falaram a mesma língua.

     

    Tentando entender a resposta:

    A BBC perguntou sobre a liberdade religiosa e não sobre as religiões africanas no geral.  Quer dizer, a resposta pode ser diferente se o assunto for budismo.

    No fim, deixou a resposta pro finado Eduardo Campos.

     

    Conclusão (?):

    Afinal, o que Marina pensa da liberdade religiosa?

  7. REPÚDIO À INTOLERÂNCIA

    As questões relativas à intolerância religiosa e ao fanatismo totalitário dos poderosos grupos evangélicos mostram, de forma contundente, a importância crucial de desmascarar o pretenso esquerdismo da candidatura estribada no PSB. As práticas criminosas de promoção do ódio, do desrespeito e da discriminação exibidas por fascistas travestidos de pregadores messiânicos precisam ser denunciadas e repudiadas com rigor, através das instituições democráticas. A farsa da candidatura funerária é tão tosca quanto repulsiva e contrária à dignidade humana. É dever de consciência, de todos que prezam a ética e a justiça, defender o pleno respeito à diversidade étnica e cultural. Isto significa promover a ampla e efetiva garantia da liberdade de culto, da igualdade de gênero e dos direitos individuais. Não à opressão.

  8. Deixa eu ver se entendi:-

    Deixa eu ver se entendi:

    – Marina tem, como coordenadora geral de campanha, o desinteressado auxílio de uma educadora para assuntos de economia que “educadamente” nos propões aceitar na boa a independência do BC e todos os malefícios que essa medida pode nos trazer, como a explosão da taxa de juros e otras cositas mais;

    – Um guru em economia que nos diz que a “economia não pode ser tão prioritária assim num governo”… o que importa mesmo é a “busca da felicidade”… mas disse literalmente que gastos sociais só serão possíveis após o tal “equilíbrio fiscal”;

    – Marina põe como coordenadora para religiões afro e movimento negro uma… protestante evangélica… mais uma do “povo de Deus” que tem facções de fundamentalistas que ateiam fogo até em imagens e estátuas de santos em templos católicos… imagina-se o que não fariam num Terreiro de Umbanda.

    É sério isso ou daqui há alguns dias a candidata vai desmentir também?

    E as duas, ela e a candidata não são bobinhas nem coitadinhas nadica de nada, vendo que batendo em Lula a Marina perde mais votos ainda, o que elas fazem?

    “Se [o governo Marina] vai ser melhor que o de Lula, não sei. Queremos que seja no mínimo igual”

    “BBC Brasil: Qual será a política para quilombolas?

    Valneide: O governo do presidente Lula, em 2003, avançou muito. Criou a esperança, abriu portas para todos nós para o reconhecimento e a titularização”

    “A presidente Dilma não avançou em nada, parou. Queremos dar continuidade ao “Brasil Quilombola’ que o Lula criou.”

    “BBC Brasil: Se a ideia não é copiar e colar o programa de Lula, qual será a diferença?

    Valneide: É dar continuidade ao que o presidente Lula com muita sabedoria criou e Dilma engavetou.”

    Claro, queremos dar continuidade a Lula, Dilma Roussef não é a continuação do governo dele.

    Lula nessa fase de campanha tem que ser enérgico:

    “Minha candidata é Dilma Roussef, não se deixem enganar por ninguém, nem pela Marina.”

    Está se tornando cristalina a estratégia da “inocente e coitadinha” Marina, colar sua imagem a imagem de Lula e demonizar Dilma Roussef, assim como tentou fazer Serra em 2010.

     

     

     

    1. Bem por aí …

      ” … estratégia da “inocente e coitadinha” Marina, colar sua imagem a imagem de Lula e demonizar Dilma Roussef … “

      A única coisa em que a campanha de Marina está bem sintonizada: tentar descolar Dilma de Lula.

      De boba não tem nada! Vai falar mal de Lula? Nem o Aécio!

  9. Como assim 10 anos?

    Como assim dez anos? 

     

    Hoje uma criança pobre que nasce numa sociedade excludente ao terminar o Ensino Médio ele terá seus 17 , 18 anos. Levará 11 anos para entrar numa Universidade, sem contar os anos de Educação Infantil. Uma politica de dez anos vaí igualar quem nisso?

  10. A verdade é que os

    A verdade é que os evangélicos fomentam o ódio às religiões de matriz africana. Os religiosos dos cultos africanos são chamados de macumbeiros, filhos de satanás, etc. Evidentemente, Marina, sendo boa evangélica, por si, e em total sintonia com os evangélicos, jamais admitiria qualquer ponto positivo para as religiões africanas em seu programa de goverrno. Primeiro, porque detesta essas religiões. E, depois, porque os malafaias da vida se revoltariam. 

  11.  
    Nassif
    Eu não entendi, se

     

    Nassif

    Eu não entendi, se não vai conseguir ser melhor vai mudar prá quê?

    Na sanha de fechar Ministério (a Osmarina já disse que vai fechar o Min do Esporte, em época de olimpíada?) duvido que mantenha a SEPHIR, secretaria , com status de ministério, para políticas afirmativas para a população negra.

    Como colocar prá coordenar políticas afirmartivas para negros uma pessoa que acha que sua educação européia fez a diferença e que não conhece religiões de matriz africanas. Acho que é uma ignorante no assunto dos africanos no Brasil.

  12. “Serta”

    Tá “serta” a senhora!  Em 10 anos resolveremos todos os problemas relacionados a exclusão secular da população negra deste país. Parabéns “equipe dos melhores” de Marina.

  13. pois é…

    Bom, não preciso nem comentar né?! A coordenadora da pasta de ações afirmativas desconhece os debates relacionados a questão das religiões de matriz afro e fica por isso mesmo… não custava perguntar para alguém do movimento ou mesmo puxar um artigo na base scielo? É muito amadorimso, para dizer o mínimo.

     

  14. Quem acredita que num

    Quem acredita que num eventual governo Marina haverá políticas práticas e consistentes para combate à homofobia e respeito as religiões de matriz africana deve também acreditar em Papai Noel, Saci-Pererê e no ET de Varginha. 

    E sobre acreditar: algum comentarista acredita que  esse “não detalhar foi um erro nosso” é sincero?

  15. não detalhar, não participar e ser contra quem participa…

    nada mais é do que o cúmulo do previsível

    e o cúmulo do previsível, é as crias da falsidade fazerem exatamente o que nós já esperamos que elas façam

    e nós já esperamos, exatamente porque sempre fizeram

    1. nada de sobrenatural, simplesmente uma exatidão histórica…

      pelo que representam, seres enojados por não terem nascido do outro lado, do lado dos que pretendem atender com a tomada do poder, apenas para se “ajuntarem” como se iguais em tudo

  16. Essa postagem me lembra o

    Essa postagem me lembra o debate que trouxe um comentarista daqui, que defendeu a tese de que Lula e o PT preteriram Marina por racismo e preconceito… Bem se vê o interesse da candidata pela questão.

    Tem outra coisa: mais uma vez, Marina propõe o que já existe. Fui ler a lei 12.711/2012 (http://portal.mec.gov.br/cotas/legislacao.html), para comprovar e, em seu artigo 7º diz:

    “O Poder Executivo promoverá, no prazo de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, a revisão do programa especial para o acesso de estudantes pretos, pardos e indígenas, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, às instituições de educação superior”

    Ou seja, a política de cotas atual já é “emergencial, temporária, com data para terminar” e com o prazo de “dez anos dá para fazer uma avaliação”. Ao menos é assim para o ingresso nas universidades públicas. Estou errada?

    O programa de governo de Marina me parece um museu com grandes novidades que conta com a total alienação do eleitorado para ter sucesso. Se tiver, é muito bem pregado.

  17. mais uma contradição

    mais uma contradição marinesca.

     

    a maior contradição dessa candidatura

    pelo jeito é incensar lula e atacar dilma, como se a dilma não fosse lula.

    isso é meio patológico, freud explicaria?

    marina ficou tão bronqueada com lula por não ser a escolhida

    que passou a impregnar inclusive suas assessorias com o veneno do ódio contra dilma?

    ela cita um benefício para os afros de 2013, mas

    quem reler perceberá que logo antes ela escracha dilma

    e diz que a presidente  não fez nadica de nada.

    com esse tipo de argumento e ataques pessoais contra dilma,

    então,

    depois elas vem com esse papo furado de que estão sendo vitimizadas?

    fica claro tb que o prrograma, sim, é cópia e

    cola do governo atual e do anterior de lula.,

    a moça aí  confessa.

    então  que política nova é essa? qual é a diferença?

    prefiro a dilma,escolhida por lula, o grande estadista, que marina quer copiar e colar na sua imagem.

    só que não tem a estrutura partidária nem as alianças para governar.

    e muito menos defende os trabalhadores nem] as minorias, 

    como fez e faz lula.

    marina está do outro lado, dos financeirizdores da economia,

    iguais aqueles neonliberais  que quebram  a europa.

    empulhadora?

    escolha o adjetivo que quiser.

    eu fico com a dilma, que    é muito mais confiável e firme  e corajosa.

    original.

     

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