Quais procuradores tinham os relatos de Marcelo Odebrecht?

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A delação de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da companhia, ocorreu nesta segunda-feira (12), na sede da Polícia Federal em Curitiba. Logo após da sequência de imediatos três vazamentos dos depoimentos de executivos da empreiteira, o relato de Marcelo foi realizado sob uma aparente tentativa de segurança, a fim de que não fossem vazados a jornais. 
 
A reação da Procuradoria-Geral da República foi de mostrar preocupação com os vazamentos, que atingiram sobretudo a cúpula do PMDB e a grande base e estrutura do governo de Michel Temer. Mas nesta quarta-feira (14), a Folha de S. Paulo trouxe como manchete de capa trechos da delação do empreiteiro. 
 
Naquela segunda, foram cinco os procuradores que acompanharam os relatos do empresário e, ao término da delação, evitaram dar detalhes de forma pública. O GGN levantou o perfil dos cinco investigadores e membros da força-tarefa que estiveram presentes, como se posicionaram até hoje com os meios de comunicação e suas defesas e manifestações públicas. Acompanhe:
 
Athayde Ribeiro Costa
 
Resultado de imagem para "Athayde Ribeiro Costa" procuradorProcurador da República na linha de frente da investigação da Justiça Federal do Paraná, foi designado a integrar a força-tarefa de Curitiba, assim como os demais membros, pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, em abril de 2014.
 
Assinou diversas denúncias do Ministério Público Federal (MPF), entre elas, a que acusava de lavagem de dinheiro Ronan Maria Pinto, dono de empresa de ônibus no ABC paulista e do jornal Diário do Grande ABC.
 
Com base nessa denúncia, que apontava recebimento de empréstimo ilegal de R$ 12 milhões pelo pecuarista José Carlos Bumlai, Ronan foi preso em abril, na 27ª fase da Lava Jato, por decisão de Sergio Moro, que logo transformou a prisão temporária em preventiva. 
 
A ilegalidade da prisão, solicitada pelos procuradores, entre eles Athayde, fez o Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) reverter a prisão, libertando o empresário.
 
Também foi esse procurador um dos apontados de prática de induzir depoimento, ameaçando testemunhas com o objetivo de conseguir informações. Reportagem do Consultor Jurídico, de abril deste ano, mostra que Athayde Ribeiro Costa e outros três procuradores foram à casa de um morador do interior de São Paulo, interrogar sobre relações com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o sítio de Atibaia.
 
Na ocasião, os investigadores da Lava Jato de Curitiba utilizaram de ameaça velada para pressionar informações, como “se o senhor disser isso, eu apresento documentos, e aí vai ficar ruim pro senhor”. 
 
“Quero deixar o senhor bem tranquilo, mas, por exemplo, se a gente chamar o senhor oficialmente pra depor daqui a alguns dias, e você chegar lá pra mim e falar uma coisa dessas…”, ainda disseram os procuradores à testemunha.
 
 
Apesar da impossibilidade de verificar se foi Athayde o vazador da delação de Marcelo Odebrecht à Folha, é possível constatar, por outro lado, que o procurador manteve boa relação com o jornal, ao enviar espontaneamente opiniões em coluna da categoria “Tendências/Debates” do diário.
 
Em abril de 2015, Athayde Ribeiro Costa afirmou que “a corrupção é um câncer que mata” e defendeu o uso das prisões preventivas nas apurações da Lava Jato. Ainda, criticou a possibilidade de juízes de instâncias superiores revogarem as prisões decididas por Moro.
 
“Revogar prisões que foram decretadas para estancar uma corrupção sistêmica e bilionária significaria deixar esse câncer ganhar terreno no paciente, por receio de administrar um remédio amargo capaz de impedir o avanço desse mal”, concluiu.
 
O artigo foi assinado em parceria com Deltan Dallagnol e Roberto Henrique Pozzobon, outros dois integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.
 
Carlos Fernando dos Santos Lima
 
O procurador é outro dos que comandam a linha de frente das investigações, considerado o braço-direito de Deltan Dallagnol. Foi um dos principais atuantes para a condução coercitiva de Luiz Inácio Lula da Silva, na Lava Jato, em março deste ano.
 
É uma das principais fontes da revista IstoÉ, desde janeiro deste ano, no caso da Operação Lava Jato, sempre com miras a atingir o ex-presidente, culminando na reportagem que antecedeu a condução coertiva. 
 
Em coletiva de imprensa, em setembro deste ano, afirmou que tinha “provas concretas” de que o esquema da Petrobras se trata de “compra de apoio político-partidário pelo governo federal, por meio de propina, criada na Casa Civil durante o governo do ex-Presidente Lula”.
 
Seu passado mostra interesses alheios dentro da atuação no MPF. Em setembro de 2003, os jornalistas Amaury Ribeiro Jr. e Osmar de Freitas Jr. divulgaram que o procurador, então casado com ex-funcionária do Banestado, tentou barrar quebra de sigilo de contas suspeitas, atuando para impedir que documentos fossem entregues a membros da CPI do Banestado.
 
Assim como Athayde, enviou diversas opiniões e posicionamentos à Folha de S. Paulo, entre eles o artigo “Medalha de ouro para o habeas corpus“, criticando duramente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que revogou a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo.
 
O texto polêmico foi assinado por Carlos Fernando Lima junto com outro procurador da força-tarefa, Diogo Castor de Mattos. 
 
Deltan Dallagnol
 
Se a suspeita de quem seria o vazador da Folha guarda relação com a postura questionavelmente expositiva dos procuradores nos jornais, Deltan Dallagnol, o coordenador da força-tarefa, certamente é uma das cartas.
 
A exposição de suas opiniões e posicionamentos junto à imprensa chegou ao ponto de o investigador criar uma página no Facebook para se manifestar publicamente em casos envolvendo a política e a Lava Jato. É consultado pela imprensa na maioria dos casos relacionados a investigações e polêmicas e não esconde o entusiasmo em colaborar.
 
Assim como os investigadores acima, já enviou artigos à Folha e concedeu entrevistas especiais a jornais, como o Estado de S. Paulo.
 
 
 
Diogo Castor de Mattos
 
Imagem relacionadaAo lado de Carlos Fernando Lima, a polêmica opinião criticando a decisão do STF sobre liberar investigado da Lava Jato preso sem justa causa também foi assinada por Diogo Castor.
 
Em seu histórico de meios de comunicação, além de artigos na Folha, também armazena entrevistas ao jornal Estadão, Zero Hora, revista Veja. A maioria discorre sobre críticas de direitos a ampla defesa, como recursos de réus, e o que chamou de “tapetão jurídico”, quando Cortes superiores anulam uma ação.
 
A outras decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ), denominou que a instância pratica “insegurança jurídica” ao ter posicionamentos diferentes entre desembargadores. 
 
Ao lado de Dallagnol, foi um dos principais líderes das 10 Medidas propostas pelo coordenador da força-tarefa junto aos meios de comunicação, defendendo inclusive os pontos polêmicos, como o chamado teste de integridade e admitiu, publicamente, ser favorável ao uso de provas ilícitas se o caso investigado for de interesse público.
 
Assim como os membros acima citados, Diogo que foi o mais jovem integrante da força-tarefa, começou a aparecer nos horários nobres dos telejornais entre outubro e novembro do ano passado.
 
Isabel Cristina Groba Vieira
 
Mais discreta, Isabel Cristina Vieira não deixou de usar os grandes jornais e meios de comunicação dispostos a receber furos, entrevistas e opiniões, a exemplo dos outros procuradores da Lava Jato.
 
Entre as polêmicas, a procuradora já defendeu a legalidade dos grampos divulgados pelo juiz Sérgio Moro, de conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a então presidente Dilma Rousseff e outros detentores de foro privilegiado.
 
Na mesma linha de Castor de defesa de que os meios justificam os fins, assinou nota pública de que as revelações trazidas com as interceptações divulgadas dos políticos traziam um bem maior, de mostrar suposta obstrução à investigação em “guerra subterrânea e desleal travada nas sombras, longe dos tribunais”.
 
“Os atentados à investigação revelam a extensão do abuso de poder e do descaso com o Estado Democrático de Direito na República”, disse, em nota, ao lado de outros procuradores da força-tarefa, publicada em março deste ano.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

28 Comentários

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  1. Elementar, meu caro…

    Que tal experimentar o veneno na cascavel? Se não foi um, foram todos. Aplique-se punição ao pequeno coletivo, até que apareça uma… delação premiada.

  2. Cinco procuradores são suficientes para destruir toda a

    Cinco procuradores são suficientes para destruir toda a credibilidade de uma instituição tão importante como o Ministério Público Federal…

  3. Não foi nenhum deles.

    O vazador deve ser o Lula. Ou a Dilma . Ou talvez o PT. Mais provável que tenhar sido o generoso Lula que comanda o esquema de ‘currupção’ no País para agraciar os membros do psdb (futura NOVA ARENA), pmdb (futuramente MDB) e pp. E assim os jornalecos alimentam de alfafa e ódio os descerebrados.

  4. Tiroteio na boca de fumo

    O André Araújo matou a charada hoje cedo: o País é ingovernável com seis poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário, PGR, Lava Jato e Rede Globo). Sendo que os 6 disputam a supremacia, em luta sanguinária uns contra os outros e de todos contra a Democracia e a República.

    Já passa da hora de esquerdas, direitas, movimentos populares, empresários, universidades e outros setores lúcidos da sociedade se unirem para dar um basta nessa porra. A começar por esses moleques da Lava Jato.

  5. Batalhão Suicida.

    Cada ato mencionado aqui depõe contra o Ministério Publico. Defender o uso de provas ilícitas, fazer vazamentos com o claro fito de jogar a opiniao publica contra um cidadão ,  fazer acusações sem provas fazendo disto um espetáculo midiático, agir de maneira ostensiva e intimidatória, utilizar do cargo publico para mobilizar e propor leis extrapolando as funções de um judiciário, agir midiaticamente para evitar que leis sejam analisadas por interesse proprio, pugnar para adquirir poderes de exceção dentro de um estado de direito,  fazer acordos espúrios  com organismos internacionais.
    etc. etc… etc…

    Cada um estes atos mancha a Instituição Ministério Publico cada um deles constituem atentados à instituição.  A continuar tais atos, teremos um desgaste tão grande do Ministério Publico, que apesar do momentâneo apoio, tudo se transformará , e estes atos poderão em futuro próximo, matar mais uma Instituição, que  será alvo de mais  e mais suspeitas, de mais e mais ilações e quiçá sofrerá também com esta mesma mídia que ora lhe dá guarita..

    1. disse tudo, perfeito…

      permita-me acrescentar apenas que já há muito tempo mereciam ter suas ideias discutidas ou combatidas diretamente no quatel general de justiça………………….

      quando estas ideias se transformam em atos e ninguém faz nada, é que fico com a certeza de quem dá guarita, como você colocou muito bem, dá porque é dona das ideias

  6. quai promotores tinham os relatos de Marcelo

    Pois é, se o Ministério publico agisse dentro da Lei, já teria levantado a evolução financeira destes senhores, para verificar se houve algum benefício pelos vazamentos, mas, como vivemos tempos de bananas, tudo certo. VOLTA DILMA…

  7. Não se consegue entender esse pessoal.

    Ou, entende-se muito bem. Aí quando um jornal publica valores (dados públicos, diga-se de passagem) recebidos por juízes e promotores, os mesmos, mostrando a força corporativa, movem ações “coletivas individualizadas” para criar embaraços aos profissionais.
    Pode isso, mané?

  8. Magnífica reportagem

    Prezados leitores, prezada equipe do GGN, prezada repórter Faermann.

    Esta magnífica reportagem é mais do que um raio X ou uma tomografia, é uma ressonância magnética sobre os tecidos interiores, moles (e agora se vê, putrefatos e mal-cheirosos), desses criminosos que compõem a Fraude a Jato. 

    A reportagem cita seis procuradores que integram a quadrilha da Fraude a Jato e destrincha e expõe as entranhas de cinco deles. Mas se a repórter investigar os outros oito “intocáveis”, verá que são tudo farinha do mesmo saco, ou bandidos do mesmo quilate, enquistados  e encastelados na burocracia do Estado, que usam o cargo para perseguir os que consideram inimigos políticos e proteger os aliados. 

    Não tenho mais NENHUM respeito por esse antro de criminosos travestidos de investigadores e julgadores, os quais estão associados nessa ORCRIM da Fraude a Jato. sérgio moro é um criminoso, que usa a função de juiz, para perseguir e condenar os inimigos políticos. O PGR e a PGR são o alto comando nacional do golpe; o stf é ator do golpe e tem enorme responsabilidade, como já demonstrei. 

  9. o que me conforta é o seguinte…

    perfeitamente identificados, não será preciso jogar dinheiro fora ao construir um monumento ao traidor desconhecido.

    com todo respeito aos soldados na comparação

  10. Eu vou achar muito engraçado

    Se no afã de derrubar o Temer pra abrir caminho pro PSDB os procuradores da Vaza-Jato criarem um precedente pra anulação de delações e demais provas vazadas.

    Só precisa o STF anular o primeiro – o dono do STF, Gilmar Dantas, já disse que é caso de anular. Então já sabemos que Toffoli vota assim também. Só precisa de mais quatro pra confirmar.

    Aí vai ser a abertura da grande porteira. E então os catões da República de Curitiba terão dado a Romero Jucá o estancamento da sangria que este tanto queria – e sem que Jucá precise mexer um dedo pra isso. Se bobear, Renan ainda vai fazer com que sejam eles os primeiros enquadrados na novíssima lei de abuso de autoridade!

      1. Na verdade

        Vou somar mais dois, além de Gilmar e Toffoli: Barroso e Celso de Mello. Esses dois com certeza vão querer anular também. Aí já só faltam dois…

  11. estes “procuradores” são na verdade…

    … operadores da novíssima “republiqueta bordelista do bananil” com um novíssimo lema inscrito em sua “banheira” :

    DESORDEM e RETROSSEXO !

    Literais !!!

    PS com todo respeito para as quengas e quengos…

  12. Acho que o Vazador tá ganhando dinheiro pelas informações

    Acho que o Vazador deve estar vendendo as informações para a imprensa sensacionalista. Se for descoberto quem é o Mercador, a coisa vai continuar feia para o MPF. Se não se apurar de quem partiu o vazamento, vai ficar ainda pior para o MPF.

  13. Novidade….  Todo mundo

    Novidade….  Todo mundo conhece essas árvores. A pergunta é: Será que esses procuradores resistiriam a 24hs de investigação em suas vidas para que possam se arvorar em moralistas natos??????? Eu acho que não. Então, sendo assim, como não podemos fazer nada, por favor, minha passagem só de ida para cair fora d”ESSA PORRA”, AME-A OU DEIXE-A.

  14. Jogando no lixo o MPF

    Independentemente de quem vazou a delação de Marcelo Oderbrecht, o comportamento dos procuradores citados não deixa margem à dúvidas: eles não têm o menor respeito pelo Estado Democrático de Direito. Com isso, sem se darem conta, jogam no lixo o MPF porque nenhuma instituição pode colocar- se acima da Constituição e das regras democráticas do país.

  15. Folha corrida das mais

    Folha corrida das mais pesadas. Fosse sério esse merreca de país e os tais teriam sido demitidos a bem do serviço público há muito tempo. São criminosos disfarçados de “otoridades”. Haja saco.

  16. O vazamento não partiu de nenhum Procurador, partiu do Jeca Tatu

    Não foi nenhum desses Procuradores que vazou as delações, quem as vazou foi o Macunaima ou o Jeca Tatu

  17. Caifás e Pôncio Pilatos, a tampa e a panela

    Esse Caifás Procurador juiz Pilatos que não acham os 200 milhões sumidos da conta do Mr; Trust sem deixar rastros vão comprar Iscariotes e soltar Barrabás e crucificar Jesus Cristo com perjúrios já que admitido a falta de provas, mas presença de muita conviccccccccccção. Volatilizou-se. Sublimou-se, escafedeu-se. Aboferam sem deixar rastros, sendo impossível conectar os pontos. E finge-se que se esqueceu e que não existiu e tudo continua cada vez pior como dantes no bordel de abrantes

    E vão acabar de detonar o povo com a reforma da previdencia, que reduzirá os benefícios, elevará a alíquota de contribuição do trabalhador e que obrigará o pobre a trabalhar mais tempo para ter direito ao benefício e congelar os gastos sociais. O povo vai ficar mais pobre mas eles dirão que está melhorando tudo. Vocês não estão notando?

    O Povo cego Ninguém merece, né, Temer Geddel?

  18. Civilização e justica

    Em países civilizados juricamente todos estariam presos, perdido o emprego e o contracheque polpudo, a bem do serviço público.

  19. Como diria il Pazzo d’Italia…

    Só existe sigilo entre três pessoas, principalmente entre esses boquirrotos dos Pinhais, se dois estiverem mortos. No Caso dos Pitboys de Curitiba, só existe segredo da delação, se só um deles sobreviver. Os Malucos lá da quebrada dizem que conhecem cara de Pinto que penica bosta e eles dizem que os focinhos dos Republicanos de Curitiba não enganam.

  20. Pessoas que participam e têm conhecimento da delação

    A Lei 12.850/2013, no seu art. 7º, dispõe que o pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que não possam identificar o colaborador e o seu objeto.

    Os parágrafos 2o e 3º do antecitado artigo rezamrespectivamente que:

    O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento.

    O acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia, observado o disposto no art. 5o.

     

    Como se vê, essa cova é rasa. O universo do(s) vazador(es) é muito pequeno.

  21. Notícias Sobrenaturais

    Nassif: tá pensado que os caras são bobos? Os garotos da Farsa Tarefa não dormem do toca.

    O negócio, conforme me contaram, foi da seguinte forma —- como a coisa tá melando pro lado dos golpistas, seguindo aquele raciocínio do “Ferrari”, o negócio é anular juridicamente toda delação da Odebrecht. Ou só a parte mais significativa.

    Tão falando que “MT”, que de ingênuo não tem nada, levou um papo-cabeça com os da PGU. Do encontro saiu a fórmula constitucional de estancar a sangria é fazer com que a Corte do “Ferrari” invalide os termos da investigação. Como? Lembra do precedente da OAS? Aí entram os Goboboys.

    Tudo foi “gravado” (meu “passarinho” não quis cantar por quantos). Mas se saísse para a grande mídia diretamente por eles, seria caca no ventilador. Agora a tramoia.

    Um dos 3 “colaboradores”, que tem poderes de “onipresença’, recebeu mensagem do Além, dados que passou para a grande mídia.

    Você sabe que esse pessoal, no último “Conclave”, resolveu que, para distrair o público, irão vazar as notícias ora aqui, ora ali, em dozes Homeopáticas. Desta, o sorteio ficou para o pessoal da Barão de Limeira. Os da Marginal do Tietê têm outras “notas”, aguardando ordens para liberar. E os do Jardim Botânico dispensam comentários. Já os do Templo de Salomão não dão nem furo” nágua.

    E para corroborar, a fala do Carrasco de Diamantino, admitindo tal hipótese, é suficiente para o desfecho da questão.

    Portanto, nenhum dos 5 meninos presentes à delação disse coisa alguma. Os 6 restantes, também não. Só um dos colaboradores. Assim mesmo em nota psicografada.

    No que você acha que a investigação vai dar? 

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