Recuo do PIB brasileiro ante 2014 chega a 4,5%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu 4,5% no terceiro trimestre, em comparação com o total apurado no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda é considerada a mais expressiva para o período desde o início da série histórica, em 1996.  Ao longo do período, o Valor Adicionado a preços básicos caiu 3,8% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram em 8,3%.

Ao longo do período, a Agropecuária recuou 2% nessa comparação, o que pode ser explicado pelo desempenho negativo de alguns produtos que possuem safra relevante no terceiro trimestre (café, cana, laranja, algodão e trigo), parcialmente compensado por ganhos de produtividade nas lavouras de cana, algodão e trigo. A Pecuária e da Silvicultura e extração vegetal também tiveram um fraco desempenho no terceiro trimestre.

A Indústria caiu 6,7%. De acordo com os números divulgados, a Indústria de Transformação recuou 11,3%, influenciada pelo decréscimo da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva; produtos eletroeletrônicos e equipamentos de informática; produtos de borracha e de material plástico; produtos de metal; têxteis; e produtos farmoquímicos e farmacêuticos.

A Construção civil também recuou (-6,3%), enquanto a Extrativa Mineral cresceu 4,2% em relação ao terceiro trimestre de 2014, puxada tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural e pela extração de minérios ferrosos. Já a atividade Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana teve expansão de 1,5%.

No setor de Serviços houve queda de 2,9% na mesma base comparativa, com destaque para Comércio (-9,9%) e Transporte, armazenagem e correio (-7,7%). Também recuaram as atividades de Outros Serviços (-3,5%) e os Serviços de informação (-1,5%). Os resultados foram positivos em Administração, saúde e educação pública (0,9%), em Intermediação financeira e seguros (0,4%) e em Atividades imobiliárias (0,3%).

O Consumo das Famílias (-4,5%) teve a terceira queda consecutiva nessa comparação, influenciada pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda, no período. Já a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 15,0% no terceiro trimestre de 2015, a maior da série histórica iniciada em 1996. O recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações e da produção interna de bens de capital e, ainda, pelo desempenho negativo da construção civil. O Consumo do Governo apresentou variação negativa de 0,4%.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 1,1%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços caíram em 20,0%, ambas influenciadas pela desvalorização cambial de 56% registrada no período.

Já o PIB acumulado nos quatro últimos trimestres teve queda de 2,5%. Enquanto a Agropecuária cresceu 2,1%, Indústria (-4,7%) e Serviços (-1,6%) tiveram queda. Na demanda interna, os resultados foram negativos: Formação Bruta de Capital Fixo (-11,2%), Consumo das Famílias (-1,8%) e Consumo do Governo (-0,4%). No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços mantiveram-se praticamente estáveis (0,1%), enquanto que as Importações de Bens e Serviços recuaram 10,4%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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