Reeleição de Janot para PGR passaria por acordão com PMDB, diz colunista

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – As chances são mínimas, mas a reeleição de Rodrigo Janot na Procuradoria Geral da República passaria por um acordão com a cúpula do PMDB no Senado. Isso porque os senadores não vão facilitar a recondução de Janot ao cargo pela terceira vez sabendo que ele já desferiu golpes contra Renan Calheiros, Romero Jucá e outros caciques peemedebistas.

A imagem que Janot passaria, se fosse reeleito nesse cenário, seria de total falta de credibilidade do Ministério Público. Por isso mesmo, segundo a colunista Helena Chagas, até setembro um dos assuntos que mais agitará os corredores de Brasília será a lista tríplice com o nome do novo PGR, que terá a missão pública de seguir com a Lava Jato, a ser escolhido por Michel Temer. 

Por Helena Chagas

Chance de reeleição de Janot próxima de zero

Em Os Divergentes

São próximas de zero as chances de reeleição do procurador geral Rodrigo Janot para um terceiro mandato a partir de setembro. Intenção de concorrer sempre há, mas a estratégia de ficar sob o argumento  de garantir a continuidade da Lava Jato não passa hoje de um belo balão de ensaio – que, no máximo, pode dar mais força a Janot na eleição interna do sucessor a ser indicado ao presidente da República.

Mais do que ninguém, Janot sabe que o Senado de Renan Calheiros, Romero Jucá e do ainda influente José Sarney – que tiveram suas prisões pedidas pelo procurador na Lava Jato – não irá sabatiná-lo e aprovar seu nome com facilidade. Com dificuldade, pode até ser, mas será que vale a pena?

A única hipótese de ver os grandes caciques do Senado aprovando uma nova reeleição de Janot é que ela se dê no bojo de uma ampla negociação que todo mundo sabe o que oferecerá em troca: o alívio nas ações e investigações que correm no STF contra esses e outros personagens do primeiro escalão da política.

Ainda que os termos desse acordo não sejam tão explícitos, dificilmente conseguir-se-á convencer a opinião pública de que não terá sido feita a indecente barganha. E a primeira coisa a ir para o espaço será a credibilidade de Janot e do Ministério Público.

Tudo isso sem falar na oposição que uma terceira reeleição sofre dentro da categoria do MP, onde já despontam diversos candidatos à eleição para a lista tríplice que será levada a Michel Temer.

O fato de Janot ficar fora do jogo não evitará, porém, que a nomeação do novo PGR ocorra em meio a intensas articulações e até sob o risco de uma negociação pouco republicana envolvendo os altos escalões políticos citados na Lava Jato. Nos bastidores, será o assunto mais palpitante do ano.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. Se ele retornar –  teve

    Se ele retornar –  teve acordão!

    Se ele for barrado – foi retaliação!

    O que eu acho é que o Brasil só vai parar no fundo do poço!

    E isso que vivemos hoje, ainda é a borda do poço!

    A insegurança nos tornarão reféns do medo!

    Por que o que está movendo o pais hoje é o ódio…

    E ódio não se cura com ódio e nem com mentiras!

    Estamos ferrados!

  2. O janot(a) é, em si, mero

    O janot(a) é, em si, mero ensaio de procurador. Cada vez mais comprometido com o que alega combater em discurso, sua atuação, desde há algum tempo, apenas, está pontuado por ações nada republicanas (canas?). Agora, lança-se como arauto da (falsa) moralidade, tentando – mais uma vez – engambelar seus pares (ímpares) e a população em geral. Mas, como neste país-de-merreca, todo GOLPISTA é incensado pela dita mídia, tudo poderá acontecer: da prisão do Lula até a absolvição geral dos corruptos do pmdb e psdb.

  3. Era uma vez um pais republicano.
    Os golpistas vāo jogar a lista triplice na lata do lixo, porem se o PSDB tiver assumido o Janota serå confirmado para continuar atuando como advogado de defesa do PSDB. A Lava Jato ė uma operaçăo do PSDB, resumiu o embaixador Samuel Pinheiro.

  4. Quem tem Gilmar não precisa de Janot

    Quem tem Gilmar não precisa de Janot.

    PMDB vai dar-lhe um chute nos fundilhos, pois se tem uma coisa que os caciques peemedebistas já provaram é que são vingativos.

  5. O vôo baixo dos tuiuius

    Pode ser dificil, mas a ala de Eugênio Aragão e de Ela Wiecko devem lançar sua candidatura e batalhar para tirar da frente da Procuradoria os porquinhos à pururuca demasiados parciais e que insistem em politizar o MPF ao extremo de leva-lo a perseguir pessoas.

  6. Independente de quem seja o

    Independente de quem seja o presidente, golpista ou não, defendo que seja obedecida a constituição brasileira, neste caso, o artigo 84, parágrafo XIV. 

    É preciso acabar com essa besteira inventada por Lula e Dilma e respeitar a constituição. Compete ao presidente da república, só a ele, indicar o procurador geral da república. Ninguém mais.

    Foi essa invenção besta de Lula e Dilma que permitiu este estado de coisas contra o PT e seus dirigentes. Para o bem ou para o mal, a indicação do procurador geral é de competência exclusiva do presidente da república.

     

  7. Com o objetivo de ser reeleito,Janot bate em Lula,”esse bandido”
    O PIG expõe a única promessa de campanha de Rodrigo Janot para o caso dele ser reconduzido por mais dois anos ao cargo de procurador geral da república: DESSA VEZ EU FODO O LULA, ESSE BANDIDO! 

  8. O Presidente da República

    O Presidente da República apesar de ser o Temer tem que abandonar essa história de lista de promotor. Nomeia-se quem o presidente quizer. Acabou o republicanismo tolo.

  9. E nunca mais Collor foi na

    E nunca mais Collor foi na tribuna do Senado sentar a puia no Janot. Como era mesmo aquela história do irmão contrabandista do Janot procurado pela Interpol?

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