Jornal GGN – Em artigo para o Abre-te Sésamo, o programador e analista de sistema, Cássio Ricardo Fares Riedo, fala sobre a rejeição, pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados,da proposta que daria preferência para software livre nos investimentos públicos em telecomunicações.
O relator da matéria na Câmara, deputado Nelson Marchezan Junior, do PSDB, recomendou a rejeição da medida do Senado Federal utilizando o argumento de que não se deve dar tratamento privilegiado a um tipo de software em detrimento de outros.
Para o articulista, a utilização de software livre deveria ser considerada estratégica para o desenvolvimento do país.
“O acesso aberto ao código de sistemas informáticos, não cria dependência de fornecedor único, responsável pela manutenção da tecnologia adquirida. Definido determinado fornecedor, mesmo com a maior transparência na licitação, os custos envolvidos numa troca inibe a escolha de outro. Independentemente de qualquer situação, seja o encerramento do contrato ou no caso de ocorrer qualquer problema com o mesmo. Portanto, deve-se considerar ofertas de grandes empresas, com condições de subfaturar num primeiro momento e recuperar seus investimentos no futuro”.
Abaixo, a íntegra do artigo:
Do Abre-te Sésamo
Rejeitada a prioridade para software livre
Por Cássio Ricardo Fares Riedo
Minha intenção, depois do “susto” da semana passada, era escrever um post de apresentação do blog. Entretanto, encontrei pela manhã a notícia da Agência Câmara Notícias: Comissão de Finanças e Tributação rejeita proposta que dá preferência para investimentos públicos nos equipamentos de telecomunicações baseados em software livre. E, como software livre está nos movimentos de abertura que o blog pretende abordar, preferi fazer reflexões sobre a notícia. Não sem antes, explicar brevemente o “susto” da semana passada sobre o primeiro post do blog. Mas, deixarei as diferenças entre software livre e aberto para um outro momento.
O “susto” decorreu da necessidade de criar um post durante o curso voltado a docentes, pesquisadores e doutorandos da Unicamp, interessados em participar da Rede de Blogs de Divulgação Científica, promovido pelo EA2. Enquanto doutorando na Faculdade de Educação, tenho pesquisado os movimentos de abertura. Interessei-me pelo curso, pensando em abrir mais um canal de divulgação para um assunto, em minha opinião, tão relevante. Fiz a inscrição e lá fui eu. Achei que, num primeiro momento, a abordagem seria mais teórica, mas tivemos de pôr em prática o que aprendíamos. Então, foi pedida a criação do post, publicado em 3 de junho, sobre a abertura de inscrições para a OpenCon. Pronto, o “susto” já passou.
A rejeição da proposta sobre software livre
Voltemos à notícia: o relator, deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS), recomendou a rejeição da medida, que faz parte do Projeto de Lei 6685/06 do Senado. Foi utilizado o argumento de que não se deve dar tratamento privilegiado a um tipo de software a ser adquirido com recursos públicos, afirmando que “o Poder Público deve, nas licitações, assegurar oportunidades iguais a todos os concorrentes. Isso não só assegura lisura no processo licitatório, mas preserva os certames de vícios que podem significar desperdícios e perda de eficiência, situação na qual a inovação tecnológica dos concorrentes deve ser considerada”. Ressaltou ainda que a Lei já oferece instrumentos necessários para escolher a solução com melhor relação custo/benefício na busca de combinação entre capacidade técnica e preço de produtos ou serviços.
Software livre é estratégia e não limitação
A preocupação com a lisura em licitações públicas é louvável. Entretanto, a utilização de “software livre” deveria ser considerada com uma postura estratégica em relação ao desenvolvimento do país. O acesso aberto ao código de sistemas informáticos, não cria dependência de fornecedor único, responsável pela manutenção da tecnologia adquirida. Definido determinado fornecedor, mesmo com a maior transparência na licitação, os custos envolvidos numa troca inibe a escolha de outro. Independentemente de qualquer situação, seja o encerramento do contrato ou no caso de ocorrer qualquer problema com o mesmo. Portanto, deve-se considerar ofertas de grandes empresas, com condições de subfaturar num primeiro momento e recuperar seus investimentos no futuro.
De qualquer forma, seja em sistemas proprietários ou software livre, será necessária a formação de especialistas para usar o software. No caso de troca do sistema proprietário, todo o investimento, tanto econômico como para formação técnica dos usuários, será “perdido”. Vários especialistas consideram mais fácil se apropriar e replicar o conhecimento proveniente de software livre do que de sistemas proprietários.
Superar preconceitos sobre software livre
Além de tudo, a fala do deputado também revela algum preconceito ao afirmar que “a proposta do Senado poderia dar a entender que aos mais pobres deveriam ser destinados os produtos com menor inovação tecnológica”. Software livre necessariamente não pode, nem deve, ser visto como um produto “com menor inovação tecnológica”. É possível citar o ambiente Linux como exemplo de software livre, mais usado que sistemas proprietários em servidores de internet.
Enfim, mesmo considerando a fala do deputado de que “acima de qualquer coisa, as decisões e as escolhas públicas têm que ser sempre mais vantajosas para a administração pública do que para o prestador de serviço ou fornecedor de bens”, a opção estratégica pela utilização de software livre não favorece um único prestador de serviço ou fornecedor de bens, mantendo, a longo prazo, condições “sempre mais vantajosas para a administração pública”.
A utilização de software livre é polêmica e merece atenção, não somente de nossos legisladores, mas de toda a população. Até porque foi reconhecido na notícia que, “apesar da rejeição quanto ao mérito, a comissão considerou que não há implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas.”
Apenas torço para que se abram os olhos e apareçam cada vez mais cabeças pensantes sobre os movimentos de abertura.
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Nelson Marcvhesan Junior, tão
Nelson Marcvhesan Junior, tão fascista e intreguista como o pai. A única coisa boa dele é a mulher.
Cade as feministas, sempre
Cade as feministas, sempre tao vigilantes, para passar corretivo no machista e misogino Quintella?…..O diabo mora nos detalhes.
Esse deputado é um burro e
Esse deputado é um burro e mal informado.
A NASA trocou todo o seus sistema por um softwere livre, o Linux.
Vários aplicativos de smarts phone usa esses softwere livre a base do android é o Linux.
Na Russia
No momento, os russos preparam seu proprio software – pretendem substituir o software do governo e de todas as empresas estatais por seu proprio software – POR QUESTAO DE SEGURANCA.
Peço vênia ao editor do
Peço vênia ao editor do blog,para que ele se manifeste com relação essa denúncia que publica a Revista Veja,envolvendo o Padrinho e a Odebrecht.Tenho para mim,que isso é briga de quadrilha pelo espólio do butim.Mas em se tratando deVeja,não conheço autoridade maior do que o editor do blog.Conhece dela mais que os herdeiros do trono,desde aquele fatídico Esqueçam Policarpo,o Negócio é Roberto Civita,virou pule de dez.
Linux não é Software Livre
É fundamental entender que há diferenças ideológicas substanciais entre o Open Source (código aberto) e Software Livre. No segundo não é aceitável eticamente extender o software com porções não livres.
Isso faz sentido porque a preocupação do Software Livre é garantir e perpetuar a liberdade do usuário. Criar um Software Livre e, sob qualquer pretexto, embutir software não livre é, no mínimo, enganação.
O não-movimento Open Source vê as coisas de outra forma: o código deve estar acessível para garantir a sua qualidade e um método mais eficiente e barato de desenvolvimento. Inclusive deve-se rejeitar qualquer emabasamento ideológico do Software Livre.
O Linux é o kernel do sistema operacional GNU e ele está recheado de software não livres, em especial drivers dos fabricantes.
Então dizqer que o Linux é Software Livre é duplamente errado: primeiro porque usado assim faz parecer que o nome do sistema operacional é Linux, quando é GNU. Em segundo porque o kernel linux vem recheado de software não livre o que faz dele um software de código aberto, mas não livre.
Segundo o conceito dos dois movimentos os OSIstas (defensores ideologicos do open source) rejeitam a filosofia do Software Livre. Quem faz essa afirmação é ninguém menos que Richard Stallman, criados do Software Livre.
Referêcia: http://www.anahuac.eu/osistas-rejeitam-a-filosofia-software-livre/
Pragmatismo vs. idealismo
Balela. Essa besteira de GNU/Linux foi inventada por Stallmann, que na época viu no trabalho da equipe liderada por Torvalds um kernel para chamar de seu, já que o GNU Hurd não fica pronto nunca. E como outras pessoas já definiram bem, Linus é um ególatra pragmático; Stallmann, um ególatra idealista. De qualquer maneira, seria muito mais produtivo que Stallmann e seus seguidores prestassem mais atenção e combatessem quem escolhe privilegiar o uso de software completamente fechado (como Windows, OS X e quejandos) do que ficar bombardeando o Linux, cujo crescimento só se deu devido à postura pragmática de seu criador.
Para referência: vejo que já dá até para fazer um Web server com Hurd! Parabéns Stallmann, depois de 33 anos conseguiu chegar a um produto com a tecnologia dos anos 1980 (microkernel de 32 bits)!
burro
Permita-me discordar mas, o deputado não é burro, é interessado (PSDB).
Desde o reinado dos fernandos, o estado brasileiro é colonizado pela Microsoft, e os neguinos faturam uma baba de propina com as renovações de licença para uso de windows e etc.
Por exemplo: em certo setor do estado os funcionários especificam terminais trabalhando com dois monitores. Têm que comprar maquinas com duas placas de vídeo e processadors mais parrudos, ou seja, mais grana. Qualquer Ubuntu permite o uso de dois monitores sem necessitade de máquinas mais complexas.
Enquanto isso, nos EUA…
AT&T abre o código-fonte do ECOMP e o transfere à Fundação Linux, espera transformá-lo em padrão da indústria para SDN
(Original em inglês aqui.)
por Mike Dano |13 de julho de 2016 12:00
A AT&T anunciou hoje que vai liberar sua plataforma melhorada de Controle, Orquestração, Gestão e Política (ECOMP) para toda a indústria de telecomunicações como uma oferta de código “open-source” gerido pela Fundação Linux. O objetivo, segundo a empresa, é fazer com que ECOMP seja a plataforma padrão de automação da indústria de telecomunicações para a gestão de redes virtuais e outros recursos de redes baseadas em software.
De acordo com John Donovan da AT&T, isso é exatamente o que parece estar no horizonte. “Queremos construir uma comunidade -onde as pessoas contribuam para a base de código e façam avançar a plataforma. Além isso, queremos que esta iniciative auxilie no alinhamento da indústria global”, disse Donovan durante o anúncio da AT&T. “Envolvemos um parceiro para ser o integrador e suportar a indústria na plataforma ECOMP. E recebemos feedback bastante positivo das principais empresas globais de telecomunicações. Estamos animados para compartilharmos mais informações a respeito, muito em breve.”
A AT&T prometeu em junho que abriria todas as 8,5 milhões de linhas de código do ECOMP – uma plataforma desenvolvido internamente na AT&T ao longo dos últimos anos – para a comunidade open source. Hoje a empresa cumpriu essa promessa entregando o código à Fundação Linux.
Donovan explicou que o ECOMP é um elemento chave dos esforços da AT&T para virtualizar suas operações de rede, num momento em que a empresa direciona seus esforços a arquitetura de redes definida por software (SDN). De acordo com a AT&T, o sistema ECOMP permite a automatização da prestação de serviços, garantia de serviço, gestão de desempenho, gestão de falhas e tarefas SDN. O ECOMP é projetado para trabalhar com OpenStack, mas pode ser estendido a outros ambientes de nuvem e computação.
“Nos últimos anos, a AT&T inventou o que acreditamos ser a rede baseada em software mais sofisticada, abrangente e escalável do mundo”, disse Donovan na liberação da empresa. “A partir de hoje, qualquer pessoa poderá usar e construir sobre as nossas milhões de linhas de código de software, comprometendo-se com a sua liberação para a comunidade de código aberto.”
ECOMP é um dos elementos para o objetivo mais amplo da AT&T, de virtualizar de 75 por cento da sua rede até 2020. A empresa fez progresso em direção a esse objetivo no ano passado por meio da virtualização de 5,7 por cento da sua rede, e este ano a empresa espera migrar 30 por cento das suas aplicações para uma nuvem privada até o final de 2016.
Como apontou Peter Jarich da Current Analysis no início deste ano, ECOMP destaca uma tendência notável entre os operadores mais importantes do mundo: a tendência de desenvolver suas próprias plataformas internamente, sem o auxílio de fornecedores externos. “Mais um provedor de serviços de telecomunicação resolveu levar a pesquisa e inovação por sua prórpria conta”, escreveu Jarich sobre o ECOMP e esforços semelhantes. “Vê-se que o objetivo é impulsionar a inovação, algo que os forncedores ou não fazem, ou não ágeis o suficiente. Em última análise, temos um sinal claro de que os prestadores de serviços querem inovações na rede, inovações que não está recebendo a partir de seus parceiros fornecedores.”
Software livre
A maioria dos supercomputadores instalados no mundo rodam o sistema linux/unix. Como é possível desprezar o OPEN SOURCE.
Astra Linux
O governo russo investiu uma fortuna para criar seu próprio linux, o Astra Linux.
As forças armadas, sistemas de segurança e todo o resto, roda com o Astra Linux.
A China está desenvolvendo seus próprios servidores utilizando processadores ARM para não ficarem presos com a Intel.
Possivelmente a NSA pode hackear tudo do windows, intel e qualquer emrpesa de origem estadunidense. Lá, é uma questão de estado. Aqui, uma questão de propina.
Saudações in memoriam a Aaron
Saudações in memoriam a Aaron Swartz o GRANDE HERÓI da luta
ao acesso a informações ou aplicações gratuitas mundial(tem haver com open source)
Obs:Meu sonho é o Nassif se “aliar” com o Wikileaks(tem haver com este assunto de tecnologia)
Abordagem correta!
Sou usuário de Linux a alguns anos.
Esse projeto se tornará irrelevante e desnessessário.
No passado o programa gerava valor, hoje o que gera valor é o serviço.
A Microsoft foi hábil em dar um SO de graça (DOS) e criar um padrão de distribuição de softwares, o mundo mudou, as ferramentas de programação atuais permitem que se crie um SO e programas a vontade em montes de plataformas disseminadas mundo a fora.
O Windows continua sendo um queijo Suiço com segurança precária, na verdade com qualquer SO a segurança é precária, a capacidade de processamento superou a capacidade de bloqueio a invasão.
O Windows acabou, a versão 10 será a ultima e as linhas de comando do linux já estão presentes no Windows 10:
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/03/microsoft-faz-parceria-com-canonical-e-leva-ubuntu-linux-ao-windows-10.html
Software como conhecemos será desnecessário em poucos anos.
Continuamos olhando para trás e pelos motivos errados.
As novas gerações já vẽem o mundo de forma binária e de forma completamente diferente.
O mundo mudou, ficamos para trás.
C A D Ê
M
C A D Ê
M E U
S U P E R
C O M E N T Á R I O
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É a velha e infeliz síndrome
É a velha e infeliz síndrome de vira-latas: “Se não for abençoado pelos EUA, não presta.”
Os motivos são simples
As empresas que fornecem Windows p ara o governo podem pagar propinas maiores.
Os funcionários querem escolher o que usar, e como eles só sabem usar windows…..Lenbrem, são funcionários que fazem is relatórios que decidem, no final.
Por que complicar para o patrão TioSam, já que windows está cheio de backdoors da NSA?
Por que pensar no interesse nacional, já que vão entregar tudo, mesmo?
É simples
Governos sérios não usam sistemas operacionais proprietários. Só os governos irresponsáveis ou corruptos.