Rogéria, aos 74 anos, morre no Rio

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Aos 74 anos, a atriz Rogéria morreu na noite desta segunda-feira, dia 4, no Rio. Internada no hospital Unimed, na Barra da Tijuca, ela tinha um quadro de infecção urinária e foi vítima de choque séptico.

Em julho Rogéria foi internada em uma clínica de Laranjeiras por sentir fortes dores nas costas. Após realizar uma bateria de exames, a atriz foi diagnosticada com infecção urinária. Recebeu alta duas semanas depois.

O velório acontece hoje, no Teatro João Caetano, no Rio, desde 11h e às 18h vai para Cantagalo, na Região Serrana do Rio, onde o enterro será realizado na quarta-feira.

Rogéria nasceu Astolfo Barroso Pinto, em maio de 1943, em Cantagalo. Ela se autodenominava “travesti da família brasileira” e sagrou-se como a mais famosa transformista brasileira e a mais antiga em atividade.

Com apoio da mãe, Rogéria iniciou sua transformação, usando roupas femininas e maquiagem, na adolescência. Porém ela nunca pendeu para a resignação sexual, pautando sua carreira e vida no transformismo.

Rogéria adotou este nome em 1964, ao vencer um concurso de fantasias no carnaval. Neste mesmo ano, estreou nos palcos com um show de travestis na Galeria Alaska, antigo reduto gay de Copacabana.

Ela começou sua carreira na extinta TV Rio, nos anos 1960, como maquiadora de artistas como Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira e Elis Regina. Foi cantora e tornou-se vedete pelas mãos de Carlos Machado, o Rei da Noite. Na televisão tem um grande número de programas de auditório no currículo, como jurada de Chacrinha, Gilberto Barros e Luciano Huck.

A atriz Rogéria fez várias participações especiais em novelas. A primeira foi em Tieta, depois veio Paraíso Tropical, Duas Caras, Lado a Lado e Babilônia. Participou também do Sai de Baixo e do Tá no Ar, programa humorístico.

Ganhou o troféu Mambembe em 1979 por sua atuação na peça O Desembestado, onde atuou com Grande Otelo. Ao lado de outras travestis, encenou Divinas Divas, documentário dirigido por Leandra Leal, em 2016.

Lourdes Nassif

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