Rui Falcão: ataques visam a proscrever e barrar o PT em 2018

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da RBA

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou há pouco que os ataques que a legenda vem sofrendo – no Congresso, nos meios de comunicação e em setores “partidarizados” do Judiciário – têm como objetivo inviabilizá-la para a disputa à sucessão de Dilma, em 2018. “Querem derrotar um projeto. Querem proscrever o partido e inviabilizar uma candidatura do PT em 2018”, disse Falcão. O dirigente participa hoje (27), em São Paulo, de plenária com sindicalistas para fazer um balanço dos acontecimentos do ano e discutir ações para o próximo período.

Falcão considerou um avanço a regulamentação do direito de resposta, após a sanção pela presidenta Dilma Rousseff da Lei 13.188/2015, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que tramitava há cinco anos no Congresso. Para Falcão, setores da esquerda ainda não entenderam a importância do direito de resposta como garantia ao contraditório frente os veículos da imprensa tradicional.

Falcão observou que, além dos ataques dos setores que operam para derrotar o partido, o governo se complica com a adoção de uma política macroeconômica recessiva. O dirigente lembrou que, já no 5º Congresso Nacional do PT, realizado em Salvador em junho, a revisão da condução da economia já era defendida, e que, sem prejuízo à preocupação com a recuperação das contas públicas, se fazia necessária uma opção pela retomada do crescimento. “A mudança da política econômica é uma necessidade”, afirmou, ao que o plenário reagiu com gritos de “fora, Levy”.

O presidente do PT ponderou que a montagem da equipe e as escolhas para a economia são responsabilidades de Dilma Rousseff, mas que é papel do partido e do movimento sindical formular e apresentar propostas alternativas. Os sindicalistas têm dito reiteradas vezes que Dilma deve adotar o programa que venceu a eleição, e não o derrotado. A ala sindicalista do partido tem sido, desde o congresso, uma das principais críticas à gestão de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. “Mas essa (mudar a política ou o ministro) é uma prerrogativa da presidenta, não do presidente do partido”, acrescentou.

“Essa plenária tem grande importância nesse momento de fortes ataques que sofremos”, ressaltou Falcão. No próximo dia 3, em grupo, as centrais sindicais, com apoio do Dieese, farão reunião com entidades empresariais. O objetivo é elaborar um programa comum a ser entregue a Dilma em reunião prevista para o dia 9.

Retomar o PT

No encontro, o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício, ex-presidente da CUT, ressaltou a urgência de o PT voltar às bases. O dirigente declarou que o partido vive atualmente “a maior crise de sua história”.”Não estamos conseguindo fazer o casamento entre as lideranças partidárias e os movimentos sociais”, acrescentou.

Sem citar nomes, Felício criticou os correligionários que estão deixando ou deixaram o partido recentemente. “Quem saiu do PT nunca foi petista.”

Para ele, a participação dos sindicatos será essencial para esse processo de reencontro do partido com suas bases. “Ano que vem faremos encontros estaduais com lideranças nacionais. Queremos que a massa de sindicatos cutistas do PT participe desse processo de luta, de mobilização. Precisamos fazer, através da nossa pressão política, as mudanças que precisamos fazer”, disse.

O presidente da CSI criticou a política econômica e o próprio partido. “A gente precisa resgatar uma nova política econômica para o Brasil. A forma como o PT vem sendo conduzido fragiliza o partido”, ressaltou.

João Felício ressaltou em sua fala a necessidade de os sindicatos e movimentos sociais pressionarem o governo por uma política que leve em conta o contexto político e econômico mundial e a América Latina em particular, diante da pressão do capitalismo financeiro internacional, para evitar que o país se submeta aos interesses do mercado. Segundo ele, a eleição na Argentina, que elegeu no último domingo o oposicionista Maurício Macri e pôs fim a 12 anos de kirchnerismo, já representa uma séria advertência. “A eleição na Argentina já foi um retrocesso.”

Ele também afirmou que a reforma tributária e a regulação dos meios de comunicação são fundamentais para o país, a cidadania e a classe trabalhadora. “Não é possível não haver avanço no sistema de comunicações. Não é possível que não haja ainda um grande jornal, não digo nem de esquerda, mas de centro-esquerda para defender os trabalhadores.”

Ativação

No encontro, a CUT emitiu documento em que conclama os trabalhadores a ampliar a participação política dentro do PT e resgatar “a tradição de partido da classe trabalhadora, e organização da militância para a luta social e política”.

Confira a íntegra:

Defender as conquistas sociais e a classe trabalhadora

Em junho de 2015, por ocasião do 5º Congresso Nacional do PT, divulgamos o manifesto “O PT de volta para a classe trabalhadora”, de iniciativa de dirigentes cutistas filiados ao nosso partido e apoiado por mais de 400 lideranças sindicais de todo o país.

Neste final de 2015, primeiro ano de um segundo mandato conquistado por Dilma Roussef do PT, reeleita graças ao engajamento do movimento sindical e popular, em particular no 2º turno das eleições presidenciais de 2014, no combate ao retrocesso e para aprofundar as reformas populares, estamos diante de uma crise política e econômica que impacta o Brasil e o nosso partido.

O resultado é que fecharemos o ano com altas taxas de desemprego (chegando a 20% entre os jovens de 18 a 24 anos), retração da atividade econômica (crescimento negativo do PIB) e uma ofensiva das classes dominantes – utilizando o Judiciário, a grande mídia, partidos de oposição e inclusive da coalizão de governo – para destruir o nosso partido, construído para dar voz à classe trabalhadora. Isso para não falar das ansiadas reformas populares (reforma política democrática, agrária, urbana, tributária, democratização dos meios de comunicação), que seguem bloqueadas pelo Congresso mais conservador desde o final da ditadura militar.

O manifesto dos sindicalistas ao congresso do PT já alertava que:

“Consideramos que a política de ajuste fiscal regressivo e recessivo inaugurada com a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda coloca o PT contra a classe trabalhadora e as camadas populares que sempre foram sua principal base de apoio. Trata-se de uma política econômica que diminui o papel do Estado, corta investimentos e eleva juros, acabando por restringir direitos sociais, rebaixar salários e aumentar o desemprego, com impactos negativos no PIB.

Sabemos o que ocorreu na história recente com partidos de esquerda que aplicaram políticas de ajuste fiscal inspiradas pelo FMI, como se viu em alguns países da Europa: entraram em crise, foram derrotados em eleições, perderam sua base social. Não queremos que o mesmo aconteça com o PT! “

É mais que urgente mudar de política econômica.

Se não houver uma mudança urgente da atual política econômica, os estragos que ela já fez não serão recuperados a tempo de impedir um desastre ainda maior para a nação e para o futuro de nosso partido.  É hora de retomar um diálogo positivo com a base social que garantiu a nossa vitória eleitoral de 2014 e com as organizações de luta de nosso povo que a representam.

Nós sabemos que não é apenas nossa a preocupação de mudar o rumo do governo que ajudamos a eleger. Centenas de economistas, intelectuais, artistas, lideranças dos movimentos populares e da juventude, vêm se pronunciando no mesmo sentido. Precisamos concentrar esforços na unificação das “Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, contra a direita e por mais direitos”, por uma nova política econômica.

Mas 2015 está se encerrando com o mundo acompanhando o Crime  Ambiental de Mariana (MG),também com a luta dos estudantes secundaristas e professores contra o governo Alckmin (SP), para manter as escolas funcionando, com a greve dos bancários que arrancaram reivindicações e defenderam seus salários, a greve dos petroleiros em defesa da Petrobras e do Pré-sal para a nação, a Marcha das Mulheres Negras e a mobilização das mulheres exigindo “Fora Cunha”, de outras inúmeras mobilizações dos trabalhadores em Educação em todo o país e de greves em defesa de salários, emprego e direitos ameaçados pela política de ajuste fiscal que só beneficia banqueiros e especuladores, demonstrando que a classe trabalhadora e os setores populares estão em luta!

“É preciso que o PT afirme a necessidade de o Estado atuar a favor do crescimento, é necessário reduzir a taxa de juros, fazer com que as tarifas públicas contribuam para a queda da inflação e implementar programas governamentais de incentivo à atividade produtiva. O sistema tributário deve ser progressivo, taxando grandes fortunas e heranças, com uma reforma que desonere salários, taxe lucros, dividendos e ganhos com a especulação financeira, ao mesmo tempo que se estimule o aumento de renda dos mais pobre.. Enfim, uma agenda política positiva, que tenha no centro a valorização do trabalho, com uma política econômica anti-neoliberal que implica a democratização do Estado e a realização de reformas estruturais”.

Os sindicalistas petistas reunidos em 27 de novembro em São Paulo, queremos que 2016 seja o ano da virada, seja na situação econômica, seja na situação política. Não temos outra intenção a não ser a de ajudar a classe trabalhadora e o seu partido histórico, o nosso PT, a superar a aguda crise em que se encontra e reafirmamos a nossa disposição em assumir as nossas responsabilidades nessa luta.

“Desde a campanha eleitoral de 2014, nossos adversários escolheram as investigações da chamada “Operação Lava Jato” para insistir em criminalizar o PT. Repetindo o método do mensalão, tentam atribuir ao PT – e exclusivamente ao PT – os crimes de bandidos confessos, vinculados a diversos partidos, inclusive da oposição que agiam impunemente há décadas e hoje negociam depoimentos em troca de benefícios, sem apresentar provas do que dizem”. (Cartilha em Defesa do PT).

“Só sairemos dessa crise se retomarmos a nossa tradição de partido da classe trabalhadora, e organização da militância para a luta social e política” (manifesto de junho).

Resolvemos, neste sentido, constituir uma Coordenação de Sindicalistas Petistas que, trabalhando em colaboração com o setorial sindical do PT, ajude na ampliação da nossa participação na vida e nas instâncias partidárias para ter “o PT de volta para a classe trabalhadora”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

27 Comentários

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    1. A pergunta eh boa mas o

      A pergunta eh boa mas o partido ja se manifestou muito claramente.  No entanto, o item nao nos diz sob quais circunstancias ele disse isso e aonde estava:  talvez nao cabesse nesse forum especifico.

  1. falcônicas

    “ataques visam a proscrever e barrar o PT em 2018”

    Em grande medida é isso mesmo.

    Daí a proclamar inocência nas paradas vai uma senhora distância.

    Falcão, o PT cansa de dar mole.

    Inda bem que durante estes 13 anos a Eletrobrás foi administrada com absoluta lisura.

    (Mas vai que, ali pelo finalzinho de 2017 ou pelo comecinho de 2018, pinta uma historinha?…)

  2. O PT teve !12 anos de grande
    O PT teve !12 anos de grande popularidade para quebrar a estrutura da casa grande e senzala.

    Não fez, ao contrário se juntou à ela, em coligações inimagináveis, e do lado dela se lambuzou todo.

    Não fez com apoio da pressão popular as reformas que quebrariam esse paradigma; a Fiscal e Tributária, a política e a regulamentação da mídia

    Agora é tarde, Rui, muito tarde. .

    1. Isso mesmo

      Sem contar que o o Lula além de ter sido o lulinha paz e amor, ele também bancou de republicano. E o Lulinha paz e amor ainda acredita que a lava ajato vai investigar todos. Alguém tem que falar para o Lulinha paz e amor que a  lava jato vai terminar quando ele for preso porque o PT já foi destruído.

       

    2. “O PT teve !12 anos de grande

      “O PT teve !12 anos de grande popularidade para quebrar a estrutura da casa grande e senzala”:

      30 milhoes tirados da pobreza, unico pais do mundo que fez isso.  (e o resto do seu comentario eh uma merda)

  3. “Quem sobe ao alto lugar, que
    “Quem sobe ao alto lugar, que não merece,
    Homem sobe, asno vai, burro parece,
    Que o subir é desgraça muitas vezes.
    A fortunilha, autora de entremezes
    Transpõe em burro o herói que indigno cresce:
    Desanda a roda, e logo homem parece,
    Que é discreta a fortuna em seus reveses.
    Homem sei eu que foi vossenhoria,
    Quando o pisava da fortuna a roda,
    Burro foi ao subir tão alto clima.
    Pois, alto! Vá descendo onde jazia,
    Verá quanto melhor se lhe acomoda
    Ser homem embaixo do que burro em cima.

  4. Agora?!

    “No encontro, a CUT emitiu documento em que conclama os trabalhadores a ampliar a participação política dentro do PT e resgatar “a tradição de partido da classe trabalhadora, e organização da militância para a luta social e política”.

     

    Até agora o PT esqueceu as bases e agora pede ajuda para os militantes?!

    Já é tarde. O povo se encontra na Matrix de nome PIG e a culpa é do PT e do Lulinha paz e amor (o republicano).

    No Governo do Lulinha paz e amor foram feitas mais de 70 conferências em várias áreas e uma delas foi feita sobre os meios de comunicação e não serviram para nada.

     

  5. Criando fatos

    As TVs andam falando que Lula teria feito críticas ao Delcídio e que este teria ficado chateado. Ou seja, criando pulgas na orelha do Delcídio a ver se este compromete Lula.

    Impresionante!

    1. Mesmo que o Instituto Lula

      Mesmo que o Instituto Lula tenha desmentindo, a mentira já rendeu, e viva o Direito Penal do Inimigo,  até o STF aderiu a esta monstruosidade, postado por Gilson AS:

      Delcidio perde o controle ao saber o que o Lula teria dito sobre ele.

      http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/11/delcidio-interrompeu-depoimento-pf-apos-sabe-de-criticas-de-lula.html

      Delcídio interrompeu depoimento à PF após saber de críticas de Lula

      O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), se “descontrolou completamente” ao ser informado que o ex-presidente Lula o havia criticado na tarde desta quinta-feira (26). A declaração de Lula foi mostrada a Delcídio durante o depoimento do senador para a Polícia Federal na superitendência da corporação em Brasília, onde o parlamentar está preso.

      De acordo com os jornais “Folha de S. Paulo” e “Estado de S. Paulo”, Lula havia afirmado, em almoço na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que o senador fez uma “coisa de imbecil”, em referências às acusações de que Delcídio estava atrapalhando os trabalhos da Operação Lava-Jato.

      Segundo os jornais, Lula se disse perplexo com a “grande burrada” cometida por Delcídio. O Instituto Lula negou via assessoria de imprensa que Lula tenha dado as declarações.

       OPERAÇÃO LAVA JATOPF investiga esquema de corrupção

        
       

       

      No relato passado à GloboNews, assim que mostraram as declarações de Lula, Delcídio se “descontrolou completamente” e o advogado do senador teve que interferir, o que suspendeu o depoimento.

      De acordo com relatos, por este motivo, Delcídio não chegou a ser questionado sobre o trecho da gravação telefônica em que o senador sugere para o filho de Nestor Cerveró uma fuga do  ex-diretor da Petrobras para aEspanha via Paraguai.

       

      1. Parece ate que eu nao disse

        Parece ate que eu nao disse ONTEM que ele vai falar o que eles querem por ser totalmente desequilibrado, nao parece?

        Pois vai.

      2. Zé Carlos, já fizeram isso em agosto/1954

        Pesquisei no google mas não achei. Fizeram uma edição falsa de jornal para forçar o “pistoleiro”Alcino (nunca foi pistoleiro) a confessar, no caso da rua Toneleros e no envolvimento da guarda pessoal de Getúlio, Gregório Fortunato, o “anjo negro”, que matou o Major Rubem Vaz, e culminou no suicídio de Getúlio. Está no livro golpe de Estado, do Palmério ?Dória, mas agora não acho. 

  6. O PT e como se chegou em Delcídio.

    Escrevi em comentário hoje esta postagem e cabe aqui, também. 

    Veio a ideia de fazer uma análise histórica do que levou o PT a ter Delcídio do Amaral líder do Governo no Senado após ler PT, Quem te viu quem te verá? No Blog do Caetano Scannavino aqui no GGN. http://www.jornalggn.com.br/blog/caetano-scannavino/pt-quem-te-viu-quem-te-vera#comment-790043

    Para além da discussão da Inconstitucionalidade da prisão que se faça uma reflexão da Política implementada pelo PT no exercício do Poder e em sua relação com os partidos políticos, mídia e CN. Deixo aqui, também. 

    O PT e a cômoda posição de partido único e Delcídio do Amaral.

    A discussão sobre o PT de hoje remonta ao tempo de vacas gordas do Partido, quando a popularidade do Governo era alta, até antes de junho de 2013 e nós vivíamos o período, vivemos ainda, que bem foi definido pela Presidente da ANJ (Associação Nacional dos Jornais) em 2010, como o período da Oposição fragilizada e que por isto caberia a Imprensa o papel de fiscalizar e ser a verdadeira oposição ao Executivo Federal no lugar dos fragilizados.

    O PT vivenciou o tempo da alta popularidade de LULA com seus mais de 87% de aprovação pessoal e continuada a aprovação na primeira metade do primeiro Governo Dilma.

    Baseou sua estratégia de Governo e Poder na ideia de que aprovação + popularidade do Governante máximo do país e ausência de oposição dão carta branca ao partido para comandar os destinos da Nação, e crendo, com a alta popularidade e aprovação de seu governo, que a Política do apoio parlamentar pela popularidade e aprovação é tudo e seria eterna.

    Não se cuidou, então, no período das vacas gordas, de promover uma Reforma Política com o fim do financiamento privado de empresas nas eleições; uma Reforma na Comunicação acabando com os monopólios da mídia e a propriedade cruzada, nem de se implementar o Direito de Resposta. O Judiciário, não teve, também, uma Reforma, capaz de criar a Eleição Direta para os membros do STF.

    Estávamos em um Mundo perfeito. Os políticos de partidos fisiológicos apoiando o partido dos trabalhadores e seu Governo.

    Quem não apoiaria um Governo com mais de 80% de aprovação?

    E no meio de toda esta aprovação o Brasil perdia a chance de avançar rumo a um Legislativo comprometido com os interesses coletivos e progressistas; e não refém de interesses privados, nos famosos Lobbies formados, através do financiamento privado das eleições, elegendo bancadas inteiras em prol do agronegócio, da bala, dos evangélicos, dos monopólios de comunicação, etc. como está na legislatura atual.

    O PT conseguia aprovar seus projetos, MPs, ajustes, etc. E estava sozinho na disputa de Projeto desenvolvimentista de País. Claro que a extrema-esquerda tinha e tem Projeto desenvolvimentista de País, só que ela não tem votos.

    O PSDB só se escorava e ainda se escora na blindagem midiática; era e é, apenas, o partido da velha mídia, não o partido de oposição, fez e faz o que a velha mídia quer. Os outros partidos? Legendas menores e/ou fisiológicas.

    As elites do Brasil já estavam insatisfeitas com o PT no Poder por tanto tempo.

    Insatisfeitas com suas políticas de inclusão e ascensão social, com a curva dos lucros indo um pouco mais para os salários e nem tanto, como antes do PT, para o bolso (lucro) do grande empresariado e dos banqueiros. A classe C estava comprando IPHONES e frequentando lugares de classe média alta, como hotéis fazenda e resorts, praias e aeroportos, indo até para Miami e Disney. Era preciso fazer alguma coisa para que este quadro de mudança social radical não avançasse.

    O PT se enfeitiçou com a ideia de ser possível uma aliança permanente entre a Burguesia e a classe trabalhadora braçal. Emprego para todo mundo e consumo em demasia. Era uma festa. Encantou a muitos de nós.

    Porém, o Capital estava perdendo seu lucro. A classe trabalhadora braçal estava querendo mais que o simples consumir! Queria um conjunto de serviços públicos de qualidade e uma qualidade de Vida para além do consumo, serviços públicos chegando até sua realidade cotidiana nas periferias, que mudou no sentido do consumo e não na qualidade do transporte, da moradia e da infraestrutura em bairros mais dignos nem na segurança pública e pouco, ainda, na questão da Saúde e o SUS.

    2012, as elites tiveram um primeiro contra-ataque forte para tentar diminuir a popularidade e aprovação do PT, por medo de perda do protagonismo econômico e social: o Julgamento do “MENSALÃO”.

    Armou-se todo aquele circo midiático das transmissões ao vivo e ininterruptas do Julgamento, as condenações sem provas do domínio de fato, empregado de forma arbitrária, só para haver condenações. Tudo milimetricamente calculado para coincidir com as etapas do processo eleitoral do Executivo e Legislativo municipais.

    O PT e sua política de partido único, afinal, a velha mídia capitaneada pela Rede Globo era quem fazia a vez de oposição, se prendeu na ideia de que mídia não tem votos e se escorou na popularidade e aprovação para aceitar o Julgamento do Mensalão em silêncio, sem a defesa prévia e contundente de seus partidários julgados e do próprio partido. Acreditava ter aprovação e popularidade suficientes para encarar o Julgamento em silêncio sem sair manchado do mesmo.

    Quem tinha que fazer às vezes de Advogado de defesa éramos nós, militância do PT ou das esquerdas, eleitores de Lula e Dilma, as pessoas encantadas com os programas sociais e avanços sociais gerados pelo Governo petista, os democratas e os progressistas.

    O PT só veio a se manifestar naquele julgamento de exceção, da Teoria do Domínio do Fato, do Julgamento sem provas e da condenação porque a Literatura Jurídica me permite, após a sentença final.

    Na defesa, se nos atermos a ela, não se pôde ver novidades. Eram as análises do Julgamento feitas de antemão nas redes sociais e nas discussões acadêmicas, simpósios, palestras, eventos sobre o tema “Mensalão” acontecidos Brasil afora. Foi como se jogasse para a torcida. Porém, os petistas já tinham sua sentença dada no STF e sem respeitar o duplo grau de Jurisdição, que tinha direito, muitos dos petistas.

    E até hoje não temos uma certeza de que há solidariedade do próprio PT com os petistas condenados sem provas. Genuíno, Dirceu, Pizzolato, Delúbio, João Paulo Cunha, etc. Foi mais fácil ignorá-los. Cada um com seus problemas.

    O resultado eleitoral de 2012 não foi alterado. 80% dos eleitos eram da base governista, dos partidos no Congresso que apoiavam o Governo do PT.

    Veio 2013 e as jornadas de junho, os 20 centavos do MPL (Movimento do Passe Livre) que se tornaram uma semana depois álibi para a velha mídia tentar uma revolução no País aos moldes de uma Primavera Árabe. E quem sabe enfraquecer o PT para 2014 retomar o Poder para as elites de sempre. 

    O PT, já com certa diminuição em popularidade e aprovação pós-julgamento do “Mensalão”, vê seus índices de apoio popular chegarem ao ponto de metade a metade. + ou – 50% de aprovação e 50% de desaprovação pós jornadas de junho.

    Em 2014 a Presidenta Dilma é reeleita por margem estreita, quase perde para a velha mídia, à-serviço de parte das elites: ligadas ao Império do Norte e a sanha do Pré-Sal, com sua nova estratégia de tirar o PT do Poder: a Lava-Jato.

    A velha mídia intensifica a cruzada para tirar o PT do Poder e cria uma sociedade dividida e eivada de ódio: petralhas e coxinhas disputando voto a voto o Poder central, em uma Eleição Presidencial das mais violentas e divididas que se têm notícias.

    Famílias se dividindo, amigos que não se falam mais, ódio e mais ódio, mentiras em capas de revistas e jornais e na Internet. Até o Youssef mataram para o PT perder a Eleição. Dilma e Lula sabiam de tudo na Petrobrás!

    Deu Presidenta Dilma, novamente. As palavras de Judith Brito em 2010, ainda valeram para 2014. Oposição fragilizada, sem rumo e sem programa de Governo perde para o PT mais uma vez.

    Os programas sociais do Governo e a campanha progressista garantem a vitória.

    Dilma contrariando o voto progressista, que lhe assegurou a vitória, de uma hora para outra, se vale do ideário neoliberal para ajustar a Economia, indo de encontro com o que combateu no período eleitoral.

    Economia fragilizada pela diminuição das receitas do Governo, fruto das desonerações fiscais ao empresariado ocorridas no período pós- manifestações de junho de 2013 dá o tom de 2015. O Governo Dilma não tem caixa para alavancar as promessas progressistas da Campanha. Levy surge para fazer um Splash and Go como na Fórmula Indy.

    O Governo Federal começa a definhar em aprovação e popularidade. De quem votou no PT, muitos se sentiram traídos, e foram militar num campo oposicionista, apesar da defesa intransigente da Democracia, em defesa do voto de 54 milhões de brasileiros e da soberania popular.

    Eduardo Cunha é eleito Presidente da Câmara dos Deputados. A oposição e suas quatro derrotas consecutivas tentam derrubar a Presidenta da República das mais diversas formas: fraude nas urnas eletrônicas, doações irregulares de campanha, “pedaladas fiscais via TCU”. Não conseguem o intento, o STF barra a aventura de Aécio, Cunha & Cia. Assistimos o Congresso mais conservador de todos os tempos darem as cartas.

    A Economia paralisa. 

    E o PT e o Governo Federal, ali perdidos, em meio às feras. Consegue a Presidenta Dilma ter como líder do Governo no Senado o Delcídio do Amaral.

    Pensando comigo, como se chegou a esta situação:

    Um ex-diretor da Petrobrás indicado por FHC, justamente, com a Lava-Jato fazendo uma devassa na Petrobrás e tentando destruir o partido e o PT, colocado como líder do Governo no Senado? E defensor da entrega do Pré-Sal à iniciativa privada.

    Quem teve esta ideia? Partiu, diretamente, da Presidenta Dilma?

    A Cômoda posição de partido único. Do lulismo. Da política de coalizão sem ser ideológica. Do cálculo eleitoral. Do Poder pelo Poder. Da possibilidade de afrouxamento de princípios e ideologia de esquerda na escolha de filiados, posteriormente, candidatos. Os famosos Trackins diários até junho de 2013. Da ideia do controle remoto. Do partido que quando se vê em situação delicada não se defende e não defende seus partidários, vide Mensalão, prisão do Vaccari, etc. levou ao Delcídio líder do Governo Senado, penso eu.

    Estes pontos que elenquei acima nos colocaram nesta confusão toda.

    Lá nos tempos das vacas gordas tínhamos aprovação dos projetos, MPs, ajustes, etc. propostos pelo Governo Federal. Aprovação e popularidade davam o tom.

    PP, PTB, PR, PMDB, PDT, PSB, PCdoB, etc. todos com o PT. Direita e esquerda se aproveitando da aprovação e popularidade do Governo Federal. É preciso estar do lado de quem dá votos.

    E, hoje?

    Em 2010, ao menos, já se poderia ter avançado numa Reforma Política, numa Reforma do Judiciário e da Mídia. Mais de 80% de aprovação do Governo Federal davam respaldo popular para as reformas.

    Porém, a política de cálculo eleitoral, do Poder pelo Poder falou mais alto.

    Hoje estamos perdidos. A ponto de o Executivo se silenciar, do Legislativo e Judiciário fazerem as barbaridades que fazem, ao arrepio da Constituição e a velha mídia capitaneada pela Rede Globo se sentir livre para determinar os rumos do País.

    Todos estamos reféns do aparato midiático e sua capacidade de determinar quem está salvo e quem não está em sua reputação?

    Conforme a ação/ideologia do Magistrado, do Senador, Deputado, Vereador, Governador, Prefeito e até do (a) Presidente (a) da República a chance de se proteger de um assassinato de reputação perante a população do país?

    Será que o Eleitor enxerga a possibilidade de mudança em algum candidato em 2016? Ou a velha mídia se sente deitada em berço esplêndido? E vai emplacar seus candidatos?

    Haddad, um dos quadros mais interessantes do PT, vencerá novamente?

    Iremos para o campo progressista ou conservador?

    Eu acredito na população, ela está atenta a este conservadorismo todo da oposição ao Governo Federal no Legislativo.

    Só não sei se o PT pode ser ainda a liderança possível para as esquerdas continuarem a vencer no Plano Federal.

    Existe um tanto de silêncio e ausência de uma estratégia de comunicação do Governo Dilma para com a população brasileira.

    Seria a ausência de maior exposição do Executivo Federal uma nova fase (forma) da estratégia de cálculo eleitoral?

    Veremos.

    PS. Não adianta o discurso anti-neoliberal. É preciso ir para o campo da conduta política condizente com as esquerdas. Ir para o campo das alianças ideológicas. Sair desse constante mea-culpa, para agradar a plateia. O PT precisa mudar é a escolha de parceiros, a escolha de filiados, as maneiras de se comportar diante do Poder.

    Delcídio do Amaral jamais poderia ser Senador do PT e muito mais ser líder do Governo no Senado. Ele estava lá por quê? Por que tem condições de diálogo com a oposição, pela fala mansa? Um neoliberal não pode ser líder do PT no Senado.

    Um partido se faz da união de pensamento e ação. As peças devem ser colocadas na posição certa, jamais aleatoriamente. Jamais por conveniência. Esquerda não é assim. Esquerda tem compromisso social com seu eleitor, sempre!

    Entre o Político eleito e a Política a ser implementada deve haver simbiose. Eleger um Delcídio líder do Senado e querer que ele se esforce para o Congresso votar medidas progressistas? Ou elegê-lo para tentar garantir maior diálogo, suposto diálogo, com a oposição em votações?

    Vencer não é tudo! É preciso combater o bom combate, o das ideias lá no Parlamento. Sem medo de defendê-las e de colocar os mais aguerridos e mais alinhados à ideologia do partido para comandar a tropa!

    Só no combate Ideológico e não nos slogans que nós sabemos decór é que vai se tronsformar o PT e retormar aquele aguerrido tempo que as pessoas saíam com a estrelinha no peito e queriam mudar o Brasil por inteiro, muito além de chegar no Poder e querer ficar ad eterno lá.

    Senão, a vida fica muito cômoda ou vai se perdendo os princípios e o Poder vira um vício, vira uma “vida boa” e a Ideologia e o comprometimento com as causas sociais e nacionalistas podem se perder e a gente nem sequer notar. 

  7. Na boa, já estou torcendo

    Na boa, já estou torcendo para  o PT entregar o poder em 2018 para ver que rumo o país vai tomar.

    Vivo no meio de pobres, e não aguento mais ouvir esses idiotas, burros, mal informados, botarem a culpa na Dilma.

    Tudo é culpa da Dilma. Até o ganhador anônimo que ganhou a mega sena, morador de  Brasília, foi armação da Dilma

    Os idiotas dizem, “Lula era pobre e ficou rico”.

    Bando de idiotas, há doze anos não tinham nada, não tinham onde caírem mortos.

    Não aguento mais argumentar, explicar, dá exemplos que estão errados, estão sendo induzidos ao erro. Não adianta !!! essa turma aqui na base está toda corrompida, o PIG fez o maior estrago nesse grupo social.

    Acho que a redenção do PT, será sair do poder.

    Quando esses esse burraldos voltarem às suas origem, e perderem tudo que conquistaram, qualidade de vida, casa, carro, faculdade dos filhos, tem pobre que tem casa de praia, churrasco todos os fins de semana de alcatra da friboy, quem sabe não darão mais valor ao PT, e digam, éramos felizes e não sabíamos

    Talvez assim, o PT volte ao poder nos braços do povo.

    1. Pobre não lê jornal
      Ou se lê, não é a coluna política. Então não adianta botar a culpa no PIG.

      O pobre vê o governo como um provedor. A conjuntura não interessa: o governo é bom quando o pobre melhora de vida, e é ruim quando o pobre piora de vida. Então, Lula foi bom porque deu benesses aos pobres, e Dilma é má porque tirou as benesses. O cenário político, o quadro econômico, a herança de erros e acertos da administração passada, nada disso conta; para o pobre, o governo é como aquele coronel do sertão que distribui favores ao pessoal da terra dele. Se o cara é direito ou é um patife, se é honesto ou rouba, isso não interessa.

      Mas é atributo comum do indivíduo venal, ser também mal-agradecido.

    2. o poder da manipulação da mídia

      Companheiro (acho que ainda posso usar essa saudação que está pra ser proscrita), tenho que reconhecer que o Instituto Millenium soube fazer um tremento estrago na psique do povão. A situação chegou a tal ponto que um irmão que mora no Rio terminou o namoro que, embora em todos os demais aspecitos eles se davan bem, na política ela era coxinha. E não é diferente a situação que se encontra em quase todos os lugares, com todo tipo de gente. Nossa esperança é o Macri fazer todas as lambanças que os direitistas fazem. E a Argentina ir pro buraco. A mídia é tão reaça, tão deslavadamente pró direita que a Miriam Leitão no Bundinha Brasil de ontem 25/11, analisando a prisão de André Esteves, disse qeue o banqueiro tinha uma relação íntima com o PT, enumerou todos as possívesis conecções do banqueiro com o partido mas não disse um pio que o mesmo era amissíssimo do Aécio e inclusive tinha pago sua lua-de-mel. O povão acorda com a cantilena anti PT, observa nas bancas as manchetes anti-PT, olhja nos jornais do dia as letras garrafais contra o PT, olha na internet os seus sites favoritos e a campanha anti-PT está lá todas as horaas, e aí, como é que fica o cérebro dessas pessoas diuturnamente bombardeadas de que o PT é o responsável pela corrupção e todos os males do país?

       

    3. ouço isso o dia inteiro todo dia

      Ouço isso diariamente nos botecos que frequento, vindo de pessoas pobres, muito pobres que estão urrando de felicidade ao ver as notícias na TV do bar, sem saber que vai arrebentar no lombo deles. O que mais causa perplexidade é ver que estão ansiando pela prisão do Lula. Repito, são pessoas pobres, pois ando em botequins pés-sujos da região central de SP. 

    4. Vai ver que o que les estão

      Vai ver que o que les estão ganhando  não dá mais psra chegar ao final do mês, com inflação de 9% , contas de luz, água, alimentação, tudo subindo e o salario encolhendo. Uma coisa é a pràtica, outra é a teoria.

  8. A Veja e CIA sonham com a proscrição do PT

    Por que a Lava Jato ainda pode dizimar partidos, por Laryssa Borges, na Veja – 22/03/2015  

    Ministério Publico Federal fecha o cerco para tentar uma punição inédita contra partidos políticos que se beneficiaram do propinoduto montado na Petrobras

    Iniciada há um ano para prender uma quadrilha de doleiros, a Operação Lava Jato acabou trazendo à luz o maior esquema de corrupção da história: enredou uma lista de nomes de primeira grandeza no cenário político, revelou o desvio de cifras jamais vistas e colocou atrás das grades um grupo de empresários milionários. Mas não foi só: uma das novidades da Lava Jato foi fechar o cerco contra partidos políticos como nunca antes em escândalos anteriores. Mais do que a desmoralização dos seus principais quadros, as siglas poderão ter de lutar pela própria sobrevivência na esfera judicial. É o tipo de batalha que pode se arrastar por anos, chegando ao Supremo Tribunal Federal. Mas ela começou.

    Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal anunciou que estuda a melhor forma de apresentar uma denúncia à Justiça contra a figura jurídica das legendas – e não só seus dirigentes enrolados no petrolão – pelos crimes praticados no propinoduto da Petrobras. Uma condenação obrigaria os partidos a devolverem recursos embolsados. Dada a grandeza das cifras, é possível afirmar que uma condenação desse tipo dizimaria as siglas. No caso do partido da presidente Dilma Rousseff, por exemplo, o valor pode chegar a pelo menos 200 milhões de dólares – segundo o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, foi o que ele recebeu em propina, na operação comandada por Renato Duque, o homem do PT no assalto à Petrobras.

    Ou seja: o PT e seus aliados de preferenciais, o PP e o PMDB, podem receber pela primeira vez no país penalidades diretas por ter colocado a estrutura partidária para camuflar o duto de dinheiro desviado da Petrobras.

    Para se chegar à inédita punição dos partidos, os procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato precisam comprovar que o destino do dinheiro que Barusco desviou foi o cofre administrado por João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT. Vaccari é atualmente um dos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Lava Jato.

    A tese jurídica de responsabilização financeira dos partidos que se beneficiaram do petrolão é discutida entre os procuradores porque, embora controversa no meio jurídico e sem precedentes no Poder Judiciário, uma ala do Ministério Público entende que a legislação atual permite esse tipo de condenação. “O partido pode ser responsabilizado com devolução dos recursos. Medidas contra os partidos estão em estudo”, disse o procurador Deltan Dellagnol, que coordena a força-tarefa da Lava Jato, mas sem detalhar o caminho que o Ministério Público pretende adotar.

    Para o advogado eleitoral José Eduardo Alckmin, a legislação atual permite ir ainda mais longe: um partido poderia ser extinto como punição por lavagem de dinheiro com doações de campanha. Segundo ele, o artigo 28, inciso 3º da Lei 9096/95, a chamada Lei dos Partidos Políticos, prevê que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode determinar o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido que não tiver prestado corretamente contas à Justiça Eleitoral. “Entendo que prestar contas fraudadas se encaixa nesse caso”, afirma. “Quando houver prestação com fraude dolosa, com intenção mesmo de ocultar, em tese se teria uma situação para aplicar o artigo 28”, diz.

    Lei Anticorrupção – A Lei Anticorrupção abre outro caminho pelo qual os partidos políticos, sendo pessoas jurídicas, poderiam sofrer penas duras. Mas o Ministério Público não parece considerar esse caminho viável no momento, porque a lei não cita explicitamente os partidos, mas fala em pessoas jurídicas de maneira genérica.

    Nesta sexta-feira, contudo, o MP propôs a discussão de uma lei que responsabilize os partidos por atos corruptos e possa até mesmo cancelar o seu registro.

    “Se um partido se vale de recursos não contabilizados e de caixa dois, além das sanções eventualmente atribuíveis aos candidatos, há de se prever um mecanismos de responsabilização das próprias legendas”, afirma o coordenador da Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público, Nicolao Dino.

    “Isso já existe na responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas na Lei Anticorrupção. Nada mais natural que estender a possibilidade de punição para a agremiação partidária que obtém benefícios e desequilibra a disputa eleitoral”, diz Dino.

     

    Fonte: Veja

     

  9. Somente na ditadura militar e na Guerra Fria houve proscrição

    Somente na ditadura militar e na Guerra Fria houve proscrição de partido político. Para entender sobre proscrição de partidos políticos na história do Brasil, há este registro no site do TSE, sobre a proscrição do PCB, por conta da Guerra Fria. Na ditadura militar partidos foram colocados na clandestinidade, na Alemanha nazista, idem. Quando vigorou o Estado democrático de direito a proscrição de partidos políticos não ocorreu mas, como estamos vivendo num tempo prá lá de surreal, com uma ditadura midiático-penal mandando ver, tudo é possível.

    http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/julgados-historicos/cancelamento-de-registro-do-partido-comunista-brasileiro

     

  10. espero que o pt resista a

    espero que o pt resista a essa avalanche de infamias

    da direita  contra o governo popular…

    o pior é que´, para os de baixo, restaria então

    uma só conlusão: se com a intermediação e a política de

    inclusão de todos do lula não deu certo

    ,o que dará certo?

    revolução com violencia?

  11. Adeus, PT…

    … ah, tá… agora a culpa é das pessoas comuns que sustentaram a tchurma aí que chegou ao poder né?

    Como eu falei ontem prum amigo: quero ver onde vai o Lula agora só com o ‘exército de descamisados’ dele… ano passado, na hora H, foi de nós (os mesmos de sempre) que ele precisou para ganhar a 4a eleição já no photochart…

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