Santas casas querem mais R$ 10 bilhões por ano e crédito do BNDES para dívidas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Durante discussão no Senado sobre a crise financeira das santas casas de misericórdia em todo o País, o diretor da sessão gaúcha, Julio Matos, anunciou nesta qunarta-feira (2) que a Frente Parlamentar que representa o setor solicitará ao governo federal e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um incremento orçamentário de pelo menos R$ 10 bilhões por ano.

Segundo informações da Agência Senado, Matos também cobrou o apoio congressistas para que o BNDES autorize uma linha de crédito da ordem de R$ 21,5 bilhões para acerto de dívidas que as instituições de saúde têm com o mercado financeiro.

O incremento orçamentário pretendido pelas santas casas é equivalente ao déficit no setor do ano passado, que foi de R$ 9,8 bilhões.

“Somos muito importantes para o país e para a população”, justificou Matos.

Ele lembrou que milhões de pacientes com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade mórbida têm sofrido com a falta de tratamento nas condições adequadas. Pacientes com doenças de alta complexidade ou com necessidades cirúrgicas são diretamente atingidos pela situação das santas casas, segundo Julio Matos.

“Só não fechamos ainda por causa de iniciativas pontuais tomadas por gestores públicos nos estados e nos municípios. A situação é devastadora e inadmissível”, afirmou.

Matos cobrou também maior participação do governo federal no financiamento da saúde. Segundo ele, responsabilidades têm sido transferidas para Estados e municípios sem uma contrapartida equivalente no repasse de verbas e a criação de uma infraestrutura adequada, criticou o gestor.

Por meio de gráficos, ele buscou demonstrar que a participação da União no financiamento do setor despencou de 75%, na década de 80, para 42% em 2015.

Outro problema que afeta a área, segundo ele, é a descontinuidade na gestão pública. A cada troca de governo ou de ministro, ocorrem mudanças.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), que presidiu a sessão, garantiu que a Frente Parlamentar tratará do assunto com prioridade na definição do Orçamento de 2016.

O Ministério da Saúde não enviou representantes ao debate.

Com informações da Agência Senado

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

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  1. E o saco sem fundo da

    E o saco sem fundo da corrupção nas santas casas? É como se a CBF pedisse dinhero para saldar divida dos clubes usando a vida da população como chantagem. 

  2. Santa Casa não tem mais nada

    Santa Casa não tem mais nada de santa….ah muito tempo que as freiras deixaram de cuidar disso….o que ficou é um grupinho de medicos que revesam na administração, ganham muito dinheiro e a instituição fica sempre no vermelho tendo prejuizos.

  3. Fácil.

    Fácil. Tomem a si a defesa da CPMF. C P M F mesmo! Comecem logo. Estou com vocês. Nunca entendi a extinção da CPMF. 

    Mudo de opinião se alguem me provar que com a retirada da CPMF lá em 2000 algum empresário tenha retirado um mísero centavo do preço do seu produto.

  4. Eu aprovo totalmente.  A

    Eu aprovo totalmente.  A gente nao sai do pais da gente pra visitar pacientes terminais em Santas Casas do Brasil e descobrir que ate mesmo os cobertores deles foram doados por individuais e nao pelo governo.  E isso foi so minha segunda visita, na primeira a paciente tambem tinha necessidades que a SC nao podia fornecer.  E ela igualmente tinha vindo do extremo interior de Minas, como praticamdente todos os pacientes das SC’s.

    1. “Casas do Brasil e descobrir

      “Casas do Brasil e descobrir que ate mesmo os cobertores deles foram doados por individuais e nao pelo governo.”

      E o dinheiro do governo vem daquela arvore de dinheiro lá de brasilia.

       

  5. só a CPMF é que pode salvar…

    SUS ( na base de 60% por atendimento) é que nunca pôde

    e todos sabem que não pode ser usado para quitar dívidas com empréstimos bancários

     

    1. tudo bem, vamos para o equilíbrio ideal…

       SUS total, na base de 100% com mais ajuda direta de Estados e Municípios

      continuam as dívidas e, talvez, a perda definitiva de equipamentos importantes dados como garantia

      repito, talvez

  6. CPMF

    Nassif,

    As Santas Casas já foram um ambiente sadio no universo da saúde, mas com o passar dos anos foi incorporando o estado de espírito da classe médica, e o corporativismo safado e inconsequente acabou por atingir a saúde financeira das Santas Casas.

    Quanto mais o governo der, e espero que o governo federal não dê qualquer tipo de acréscimo $$$, maior será o $$$ a ir pelo ralo.

    Se quer mais $$$ prá torrar, que a turma vestida de branco saia da eterna cadeira de balanço e peça pela CPMF.

  7. cada coisa no seu lugar!

    Se tem desperdício ou corrupção  há maneiras de  resolver. Se administrativamente está mal, o governo pode  dar dinheiro condicionado a mudanças.   O que  se pergunta é, as Santas Casas tem ou não tem  um papel importante na saúde?  Se  tem, o governo  tem que ajudar.  Pelo pouco  que sei elas são importantes.

  8. O escárnio com os opostos

    Além dos malfeitos praticados por várias administrações da Santa Casa em vários estados do país, ainda houve o enorme descuido com a fiscalização das administrações que a Santa Casa executava nos vários cemitéiros do país. Os valores da alta arrecadação que esses segmentos geravam eram suficientes e fundamentais para manter a qualidade e eficiência do secular atendimento pretado a população. Porém, o descuido, o desleixo, a corrupçao e os desvios financeiros criaram a trágica ironia, onde de um lado assaltavam e sucateavam a Santa Casa da vida e do outro desviavam, roubavam e enterravam a outra Santa Casa que dignificava a morte.

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