Jornal GGN – O Cantareira já foi. Agora chegou a vez do segundo maior manancial paulista que, sem volume morto para utilização. O Alto Tietê não tem reserva técnica, nem plano de uso, nem racionamento, caminhando célere para o esgotamento total dos recursos hídricos. Esta é a realidade do estado de São Paulo e a matéria é do Estadão.
do Estadão
Sem chuva, água do Alto Tietê só dura mais 2 meses
Fabio Leite
Segundo maior manancial paulista, com 521 bilhões de litros, está com 8,5% da capacidade; represas não têm volume morto para usar
SÃO PAULO – Enquanto os governos federal e paulista discutem a exploração de mais água do volume morto do Sistema Cantareira, o segundo maior manancial que abastece a Grande São Paulo caminha para o esgotamento, operando a pleno vapor e sem ter uma “reserva estratégica” no fundo de suas barragens. O Sistema Alto Tietê atingiu nesta terça-feira, 21, 8,5% da capacidade e, caso as chuvas não voltem com força, os reservatórios podem secar completamente em menos de dois meses, antes da água do Cantareira.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Alto Tietê tem capacidade para 521 bilhões de litros, atrás apenas do Cantareira em volume máximo de armazenamento entre os seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo. Isso significa que nesta terça-feira as cinco barragens que formam o manancial localizado entre as cidades de Salesópolis e Suzano somavam 44,3 bilhões de litros, quantidade que não chega à metade da segunda cota do volume morto do Cantareira, de 106 bilhões de litros. Há um ano, o nível do Alto Tietê era de 52,8%.
Embora tenha registrado um volume de chuvas abaixo da média em quase todos os meses deste ano – a exceção foi setembro -, a crise do Alto Tietê foi agravada pela exploração máxima da capacidade do manancial em pleno período de estiagem. Isso ocorreu porque, ao lado do Sistema Guarapiranga, o Alto Tietê tem sido utilizado pela Sabesp desde janeiro para socorrer bairros da capital antes atendidos pelo Cantareira.
Hoje, segundo a Sabesp, cerca de 1 milhão de pessoas que eram atendidas pelo Cantareira em bairros da zona leste da capital, como Aricanduva, Cangaíba, Penha, Sapopemba e Tatuapé, recebem água do Alto Tietê, cuja área de cobertura saltou para mais de 4 milhões de pessoas.
Esse “socorro” ao Cantareira só foi possível porque, em fevereiro deste ano, o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), órgão regulador dos mananciais paulistas, autorizou, em plena crise, o aumento de 10 mil para 15 mil litros por segundo a vazão máxima para produção de água na estação de tratamento Taiaçupeba, em Suzano.
Depois disso, a Sabesp tem operado o manancial próximo da capacidade máxima, enquanto o nível dos reservatórios vem caindo diariamente.
O Ministério Público Estadual (MPE) investiga se a crise no Alto Tietê está relacionada a uma suposta superexploração dos reservatórios do manancial. Em junho, o Estado revelou que o nível de armazenamento das represas do Alto Tietê caiu em uma velocidade maior que a do Cantareira.
À época, a Sabesp negou que houvesse crise no manancial. Em julho, contudo, a empresa divulgou que havia feito estudos para captar água do volume morto do Alto Tietê. “Caso seja necessário, o levantamento mostra que a partir de agosto a companhia poderá acessar 10 bilhões de litros da represa Biritiba-Mirim. E a partir de novembro poderão ser captados 15 bilhões de litros da Represa Jundiaí”, informou a Sabesp.
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O que falta a DIREITA É DIGNIDADE!
Festejam os acertos e encobrem os erros!
Hipótese
Está-se sucateando o Governo do Estado com o objetivo de privatizá-lo?
A crise ainda vai piorar
por que eles também já estão sugando a guarapiranga e o sistema rio grande para abastecer zonas antes abastecidas pela cantareira. Logo a crise vai se alastrar para um número inimaginável de cidades e pessoas.
A barbárie nos aguarda?
A barbárie nos aguarda?
Uma pergunta escatológica:
Como farão suas necessidades fisiológicas os paulistas, quando não houver água? Ou haverá rodízio de privadas como se faz com os automóveis?
Evidentemente… ou melhor:
Evidentemente… ou melhor: naturalmente, nós, paulistanos e paulistas continuaremos a fazer nossas necessidades.
Por conta de uma inescapável condição biológica.
Mas o produto interno bruto das tais necessidades, estamos pensando em recolher, juntar em caçambas e despejá-lo todo na entrada do Palácio do Governo. Ou na frente do condomínio, onde reside o glorioso Picolé de Xuxu. Nossos técnicos calculam duas mil toneladas diárias. Devem bastar, creio.
Acho muito justo o local de
Acho muito justo o local de despejo do PIB das necessidades. Só espero que poupem as urnas desse despejo.
Tenho parentes próximos que moram em São Paulo, infelizmente não posso enviar água para socorrê-los porque já estamos sofrendo racionamento também em MG.
essa crise pode ter o mesmo
essa crise pode ter o mesmo efeito politico que o apagão ? com as torneiras secas em pleno verão, mesmo com chuvas e tudo, o já inevitavel racionamento pode se estender por muitos meses ainda, ai alckmin não adianta culpar onu, dilma, são pedro, vai ter que mostrar sua capacidade , alias uma pergunta pros tucanos, o que é pior ? ficar sem energia ou sem agua ?
Ninguem comentou a foto e o
Ninguem comentou a foto e o que ela fala:
“Biritiba Mirim. Sabesp decidiu romper um dique para ampliar a vazão de água do sistema”
Isso foi legal????
Alguem sabe? Alguem sabe se a Ana permitiu e se existe papelada de documentacao pra isso?
sabe a casa da mãe joana??
aqui é assim, a ‘otoridade’ manda e o resto obedece.
as consequencias juridicas só serão vistas depois, se aparecer alguma ação.
Eu nunca ouvi falar de um
Eu nunca ouvi falar de um dique ser destruido e ninguem jamais ter ouvido falado nisso antes de meses DEPOIS do fato…
Como disse o Nassif… Sao Paulo virou buraco negro gerencial.
De acordo com o que já
De acordo com o que já falou:
Aníbal ataca presidente da ANA: “vagabundo”
essa do Estadão é mais uma notícia VAGABUNDA…