Senado aprova Goldfajn para presidir Banco Central

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Nome deve passar pelo plenário do Senado, com prioridade de votação

Jornal GGN – O economista Ilan Goldfajn teve seu nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, e irá assumir a presidência do Banco Central. A mensagem com a aprovação deve ser encaminhada ao plenário ainda hoje. Indicado pelo ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, o ex-economista chefe do Itaú Unibanco era tido pelo mercado como um dos melhores nomes para assumir a posição no lugar de Alexandre Tombini.

Chegou-se a discutir o conflito de interesses existente em sua nomeação (além de economista-chefe, Goldfajn tinha parte na sociedade do Itaú Unibanco), mas o BC anunciou mais cedo que ele já se desfez da participação acionária e do vínculo com o banco para poder retornar ao governo.

Da Agência Brasil

Comissão do Senado aprova Goldfajn para o Banco Central

Por Daniel Lima

O economista Ilan Goldfajn, indicado para presidir o Banco Central, teve hoje (7) o nome aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE) por 19 votos a favor e 8 contra. A sabatina com começou às 10h20 e terminou às 14h35.

A senadora Gleisi Hoffmann, que preside a comissão, acatou questão de ordem do senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, e decidiu abrir a votação antes da sessão acabar.

A mensagem com a aprovação do nome de Ilan Goldfajn pela CAE deverá ser enviado ainda hoje para apreciação no plenário do Senado, com preferência de votação.

Durante a sabatina, Goldfajn garantiu rigor no combate à inflação e empenho para atingir o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Segundo ele, essa é uma das condições para devolver a confiança e o crescimento ao país. “[Meu objetivo] será cumprir plenamente o centro da meta”, disse. Ele também defendeu um teto para as despesas públicas, proposta anunciada pelo presidente interino Michel Temer e que ainda está sendo elaborada para ser enviada ao Congresso Nacional.

Política fiscal

Destacou que a política monetária, conduzida pelo Banco Central, é complementar à política fiscal. Sinalizou o comprometimento do governo com a estabilidade fiscal para permitir a volta da confiança.

Ao fim da sabatina, Ilan reafirmou que pretende atingir a meta de inflação, hoje em 4,5%, em um horizonte não distante. O economista indicado para a presidência do Banco Central destacou também que a estratégia para fazer a dívida se estabilizar tem a ver com vários componentes. Um deles é “enfatizar” as despesas, que têm subido nos últimos anos. Deve-se considerar ainda, segundo ele, as receitas, as taxas de juros e o estoque da dívida, entre outras.

Ilan disse que é importante trabalhar também a imagem do Brasil “devagar e sempre” para recuperar a confiança dos investidores, incluindo as agências de classificação de risco. Ele declarou também que é importante aprimorar os modelos para a economia, que são sempre possíveis de melhorar.

“ A marca que gostaria de deixar, ao administrar o Banco Central, além de inflação na meta e o sistema financeiro estável, é a comunicação, credibilidade e confiança”, afirmou.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. NENHUMA MENÇÃO AO DESEMPREGO

    NENHUMA MENÇÃO AO DESEMPREGO – A mensagem do Sr.Goldfajn tem dois objetivos: perseguir a META DE INFLAÇÃO e

    manter o sistema financeiro estavel, duas metas mediocres, como se a totalidade de um grande Pais só tem 2 problemas.

    MTA DE INFLAÇÃO – A que custo? Todos são a favor de coisas boa mas é preciso discutir o preço. ELEVANDO O DESEMPREGO a 40% é possivel trazer a inflação para o centro da meta, é bom?  È otimo no Cemiterio da Consolação a meia noite, onde só tem mortos.

    É uma ABERRAÇÃO discutir metas economicas sem preocupação com o custo delas, nada é de graça em economia.

    Goldfajn simplesmente não tem qualquer preocupação com o emprego , ele vai na linha da “restaurança da confiança”

    mas restaurar a confiança para quem? Ora, para os fundos estrangeiros, grande parte deles ESPECULATIVOS.

    Então toda a politica monetaria visa somenta a isso? Meta de inflação e restaurar a confiança? E depois, vem

    a bonança? Quem garante? Portugal teve moeda super estavel por 40 anos e afundou na miseria.

    Outra preocupação de Goldfajn é o sistema financeiro estavel mas onde hoje está o risco de não ser estavel?

    Metade dos depositos estão em bancos estatais, a outra metade está em quase todo em 5 bancos privados,

    todo o sistema superlucrativo e com gigantescas reservas,  porque essa preocupação com a estabilidade?

    O que deveria ser preocupação é PRODUÇÃO E EMPREGO e sobre isso Mr.Goldfajn não tem interesse.

     

  2. de Onde veio e Onde mora?

    Não interessa ao povo saber qual a nacionalidade deste cidadão? Não interessa ao povo saber onde é a residência desse cidadão que de brasileiro só tem os juros?

    Pois o BC do Brasil será dirigido por um cidadão Israelense, com residência em Israel. Ou seja, o cara não é brasileiro, reside no país de origem (Israel) era sócio do Itaú e vai dirigir o Banco Central, e era o nome preferido do mercado; Leia-se mercado internacional. Junte A+B e o que temos?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador