Serra, Gilmar e aliados querem parlamentarismo em 2022

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – Se Michel Temer conseguir se segurar no cargo, aliados prometem debater ainda neste ano a adoção do sistema parlamentarista em detrimento do presidencialismo. Patrocinam a ideia figuras como José Serra, Gilmar Mendes, Mendonça Filho, Eunício Oliveira e outros que compõem a base. A informação é da Folha desta terça (18).

 
A ideia, impulsionada por Serra, é colocar em tramitação um projeto de Aloysio Nunes (PSDB) que implementa o parlamentarismo a partir de 2022, sem transições. O argumento utilizado por aliados, como Mendonça Filho (DEM), é que essa é a melhor maneira de “consagrar maior nível de governabilidade” e evitar a figura do salvador da pátria inerente ao presidencialismo.
 
Em defesa do projeto, Gilmar Mendes disse à Folha que “tem de haver uma redução dessa multiplicidade de partidos para que o sistema se consolide. O nosso presidencialismo esgarçou-se demais.”
 
“Dos quatro presidentes pós-1988, só dois terminaram os mandatos. Há algo de patológico. Eu quero contribuiu para a discussão”, acrescentou.
 
Segundo o presidente do Senado, uma comissão especial será instalada em agosto para discutir o tema. A decisão foi tomada por Eunício Oliveira após conversas com José Serra. Antes de se manifestar, Gilmar Mendes também discutiu a proposta com Temer.
 
O parlamentarismo foi rejeitado em plebiscito em 1993. Na avaliação de Roberto Freire (PPS), o brasileiro acha que o sistema é ruim e prefere ficar “imaginando que vai ter um salvador da pátria” no presidencialismo. Ele ressaltou que, no passado, o PDT apresentou como salvador o Brizola e, mais tarde, o PT chegou com Lula.
 
Para Mendonça Filho, o remédio à antipatia da opinião pública é o fato de que o primeiro-ministro não precisará fazer “concessão ao populismo”.
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. Quousque tandem ?

    Quousque tandem abutere, Tucanalhas, patientia nostra?

     

    Bem dizia minha mãe: “vaso ruim não quebra”

    Esses aí não vão morrer, não?

  2. O que nao se quer é uma

    O que nao se quer é uma democracia(apesar de inexistir uma democracia plena em qualquer lugar do mundo)

    No Brasil sob o ponto de vista da elite, o presidencialismo nao elege sempre o candidato esperado ja que o Brasil tem uma quantidade grande de pobres que votam em candidatos como Lula, Marina, etc. É mais facil mudar para parlamentarismo do que acabar com a pobreza.

  3. Parlamentarismo ou voto distrital não darão mais votos.

    Seria melhor que os golpistas pensarem em votos qualificados, ou seja, os votos no PSDB, DEM e mais outros partidelhos valeriam 2,0 no PMDB, não muito confiável valeriam 1,5, no Pissol 1,25, no PT 1,0 e em outros partidos mais a esquerda valeriam 0,75.

    Isto tudo porque com toda a lambança que estão fazendo (reforma disto e reforma daquilo) somente desta forma terão maioria, o resto é trocar seis por meia dúzia.

  4. Se os nóias do STF e do PSDB

    Se os nóias do STF e do PSDB querem parlamentarismo é porque o presidencialismo com o PT é melhor. Simples assim. 

  5. É mais um golpe.

    O golpe no golpe no golpe.

    Volta e meia, os golpistas de sempre (sempre os mesmos canalhas) tentam empurrar goela abaixo um meio de diminuir a influência popular nas eleições. O parlamentarismo tira completamente a possibilidade de a população eleger o mandatário do país, que passa a ser escolhido pelo Parlamento. Outra patetice é o voto distrital, que está sujeito a todo o tipo de distorções. É um dos principais problemas no Reino Unido.

    Quem decide onde fica o distrito? Quem determina o corte geográfico? Basta pesquisar duas coisas:

    1) First Past the Post  (FPTP – numa tradução livre, vence “o primeiro que chegar”). O voto distrital distorce completamente o peso do voto do eleitor. Nas recentes eleições parlamentares no Reino Unido, por exemplo, os LibDems (Democratas Liberais) receberam mais do que o dobro dos votos dados ao SNP (Partido Nacional Escocês). O LibDem recebeu 7,4% de todos os votos contra os 3,0% do SNP. No entanto, este acabou ficando com mais do que o dobro das cadeiras no Parlamento do que aquele. O LibDem ficou com apenas 12 cadeiras contra as 37 do SNP.

    Fonte: http://www.bbc.co.uk/news/election/2017/results

    2) Gerrymandering – trata-se da manipulação da localização do distrito para beneficiar/prejudicar determinados grupos/partidos políticos. É um problema grave nos países onde há voto distrital, pois acaba distorcendo completamente o resultado das eleições. Nos EUA, há inúmeros casos recentes de Gerrymandering.

    Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Gerrymandering e https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerrymandering
     

  6. Sabe aqueles painéis “Estamos

    Sabe aqueles painéis “Estamos a NN dias sem acidentes com afastamentos”, que são colocados na entrada de várias empresas?

    Na frente do Congresso Nacional teria um assim: “Estamos a NN dias sem trocar o primeiro ministro.”

  7. Estes canalhas nunca

    Estes canalhas nunca abandonam esse viés golpista pro parlamentarismo. Evidente não se tratar aqui de demonizar o sistema parlamentar de governança. Claro que nos referimos a esse bando de sem vergonha e trapaceiros golpistas que, volta e meia, atrás da outra, sacam da algibeira a solução mágica da implantação do parlamento-feira-livre para exercitar suas compras e negócios escusos.

    Claro que para os FdP da direira reacionária, o risco de se eleger um governo popular como o foi, e é, o presidente Lula, num regime Parlamentarista  inexiste tal possibilidade. Ou seja, é zero!

    Ai fica fácil, até uma miséria como esse vendedor de boi gordo e dono de cursinho, gilmar mendes. Sujeito que jamais seria eleito pra governar o país no presidencialismo. Já num parlamentarismo de conluio que pretendem armar, esse indivíduo  poderá se tornar primeiro ministro, portanto, governar essa merda de Bananolândia que estes golpistas avexadamente constroem

    Os brasileiros, não deverão permitir que tamanha bandalheira venha à furo, e seja concretizada.

    Orlando

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