Setor aeroespacial terá aporte de R$ 291 milhões

Jornal GGN – O Ministério da Defesa (MD) anunciou, esta semana, que vai reservar recursos na ordem de R$ 291 milhões para o setor aeroespacial, com vistas ao desenvolvimento de projetos e produtos. A verba, que faz parte do Inova Aerodefesa, poderá ser aplicada em estudos, absorção de tecnologias, sistemas de vigilância e supervisão de bordo.

A maior parte do investimento deverá ocorrer ainda este ano, principalmente por parte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que disponibilizará R$ 191 milhões em subvenção econômica para cooperação entre instituições de ciência e tecnologia e empresas. Os demais R$ 100 milhões virão do Fundo Tecnológico (Funtec) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As empresas Embraer, Avibras, Odebrecht e Imbel são as principais instituições apoiadas pelo Inova Aerodefesa. O pesquisador Ronaldo Carmona, da USP, diz que “o Brasil deverá buscar um novo ciclo de industrialização, ancorado em setores intensivos de tecnologia, conhecimento e inovação. A área de defesa poderá ser um dos pilares centrais de uma etapa de reindustrialização”.

O projeto contempla a execução de projetos de comunicações submarinas e sonar nacional; visão multiespectral para veículos blindados; radares; desenvolvimento de fibra de carbono; e bateria de uso militar. O projeto é parte do Inova Empresa, que envolve ação de vários órgãos, entre eles o Ministério da Defesa, para apoio financeiro a projetos por meio de instituições de fomento.

Além dos R$ 291 milhões não reembolsáveis previstos para 2014, outros R$ 8,4 bilhões poderão ser liberados em crédito reembolsável – que devem ser restituídos – para 64 empresas selecionadas, responsáveis por 315 projetos.

Com informações do Blog do Planalto.

Redação

1 Comentário

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  1. O “chato” explicando

     1. ” Visão multiespectral para veiculos blindados” ou EMES 15/18 ou “tanquionicos”. O que são ?

      Tecnologia referente a canhões, metralhadoras, é básica há mais de 100 anos, metalurgia /usinagem básicas, as quais algumas empresas nacionais já são bem capacitadas, claro que muitas vezes adquirimos tais eqipamentos do exterior, notadamente dos Estados Unidos, Suécia, Suiça – devido a não possuirmos escala de produção – mas em décadas passadas ( 70 – 90 ), com tecnologia de base belga (Cockerill), fabricamos excelentes peças de 90 mm.

       O problema sempre foram os equipamentos óticos, a DF Vasconcellos fabricou-os em associação com empresas estrangeiras nas décadas de 70 – 90, quando a exigência era esta, mas atualmente o “estado da arte” evoluiu muito nos ultimos anos, com os equipamentos “tanquionicos” ou a “avionica para blindados”.

       Um sistema “multiespectral”, ou com capacidade optronica ( óticos incorporados a sistemas eletronicos) + visão infravermelha e designação IR, com capacidades conjugadas, a telemetria laser e IR, controladas por um sistema computadorizado, inclusive com possibilidade de “analise defensiva de ameaças”, automática, e passivel de ser inserido em rede ( NCW – network controller warfare ou guerra centrada em redes”) é algo que nunca tivemos.

        O proposto, e já aprovado, financiamento para estes “tanquionicos”, já em processo de ToT para as unidades UT30Br , TORC 30 e Platt, dos Guaranis, e para a futura atualização dos EMES 15 dos Leopard 1A5, a serem conduzidos pela AEL, Embraer,Mectron, Krauss-Maffei, e Universidades Federais de Santa maria e RS, podem alem de contribuir diretamente para a industria de defesa, gerarem, caso industrias nacionais se interessem, em “spin-offs”, para varias areas civis, tais como: medicina, engenharia, segurança publica, sistemas etc..

       2. Sobre nosso “sonar passivo”, há anos sendo desenvolvido pelo IPqM, agora com apoio da Mectron (Odebrecht), recentemente, menos de 1 mês atrás, quando do aniversário de 100 anos da Força de Submarinos da MB, ao estar em manobra, 3 submarinos nucleares de paises amigos ( USA, França e Inglaterra), um protótipo de nosso “sonar passivo rebocado”, identificou a navegação submarina de um dos “nukes” visitantes, inclusive “leu”, em parte, a cavitação das hélices, há mais de 2 milhas nauticas.

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