Shopping center não é praça, por Mino Carta

Sugerido por Braga-BH

Da Carta Capital

Shopping center não é praça
 
Miúda dissertação sobre um patético fenômeno chamado “rolezinho”, enésima prova da visão primitiva dos envolvidos
 
por Mino Carta
 
A praça que mais me impressionou, entre todas as que conheço, do ponto de vista da participação, da intensidade do fervor de quem a frequenta e ama a vida, foi a principal de Bolonha, espraiada entre o palácio do rei Enzo e a catedral, com sua severa fachada enobrecida pelos altos-relevos de Iacopo della Quercia, gênio dos começos de 1400.

Aqui me permito uma digressão. A respeito do uso impróprio que se faz nas nossas plagas da palavra nobre. Horário nobre, espaço nobre etc. etc. Ora, ora: nobre por quê? Porque encarece a publicidade da televisão no caso do horário? Este esbanjamento é próprio de uma sociedade que não tem nobreza alguma e desconhece o exato significado das palavras. Fecho o parênteses e vou ao que me move, para afirmar, alto e bom som como o editorial de um jornalão: shopping center não é espaço nobre.

O shopping center resulta de uma grande hipocrisia, de um monumental engodo, de um ardil sinistro destinado a enganar o distinto público. Finge ser uma praça com as intenções mais malignas. Falava de Bolonha, a qual, diga-se, como conjunto arquitetônico, só é inferior a Florença e Veneza. Pois, ao cair da tarde, aquela praça deslumbrante enche-se de cidadãos aos milhares, lotam os bares para enfrentar umas e outras, mas a maioria fica de pé para tomar conta do asfalto, e forma grupos excitados em meio ao vozerio. O que se discute em Bolonha são, sobretudo, os problemas da cidade e a política nacional.

A praça é o logradouro público por excelência, o palco de um povo que naturalmente o elegeu e o preserva. É uma extraordinária oportunidade de congraçamento, de intercâmbio cultural, de interação democrática. O shopping, pelo contrário, não passa de paraíso dos mercadores e de garantia dos oligarcas. Aqui o povo, plebe rude e ignara de ricos e pobres em virtude de uma perversa democracia atada apenas e tão somente à ignorância geral, lá vai em busca da praça e encontra o apelo consumista, tanto mais sedutor na ausência de estímulos e alternativas. O shopping é rincão deprimente, de aterradora melancolia, onde fermentam, em áspera contraposição, ilusões e frustrações a demarcar as diferenças sociais acima da pobreza intelectual e do conformismo comuns.

E se a praça é do povo, o shopping tem dono, e cada dono conta com seus jagunços, e os exatos papéis e competências dos jagunços são bastante confusos, incertos, impalpáveis, donde sujeitos ao arbítrio quando público e privado se misturam. Chego ao ponto, os chamados rolezinhos. Jovens da periferia perfumam-se, transformam a cabeleira em casca de ouriço, vestem a bermuda das noites de sábado e refluem em bando para o shopping. Cantam, dançam, “zoam”. E “causam”, quer dizer, provocam suavemente, sem liderança, reivindicação explícita, faixas ou cartazes. Não se registraram até agora consumo ostensivo de drogas, roubos ou depredação. Mesmo assim, os donos chamam os jagunços.

No JK Iguatemi, templo do consumismo “nobre” em São Paulo, foi instituída, com aval judiciário, multa de 10 mil reais para cada participante de rolezinho, identificado na área interna ou externa do formidável estabelecimento. Um oficial de Justiça, a PM e os seguranças do shopping foram incumbidos da triagem, diligentemente executada ao sabor de critérios raciais e avaliação dos traços fisionômicos. Lombroso apreciaria.No momento, não se fala de outra coisa, sem contar os analistas a enxergarem sintomas de luta de classe. Até o governo demonstra preocupação. A presidenta Dilma convocou uma reunião ministerial para debater as possíveis consequências do fenômeno. Pode haver, quem sabe. Mas é certo que, por enquanto, o enredo é patético.

De um lado, assistimos ao sonho de consumismo da juventude suburbana, que pretende ser admitida à tertúlia, a imitar heróis novelescos e a sociedade de Caras, em busca da afirmação pelo acesso às grifes. Do outro, o pavor de sempre, o calafrio a percorrer a dorsal dos privilegiados, na expectativa da rebelião das massas. Sosseguem, leões. Por ora, não é o caso. Por ora, creio eu, e ainda por muito tempo.

 

Redação

56 Comentários

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  1. PIMENTA…

    “…um patético fenômeno chamado “rolezinho”, enésima prova da visão primitiva dos envolvidos”

    Se os rolezinhos estivessem acontecendo num governo da direita reacionária, duvido que fosse esta a definição sobre o “patético fenônemo” , segundo MC, apesar de toda a sua história de jornalista isento e imparcial.

    1. Cidades e Estados tem prefeitos e governadores…

      Os “rolezinhos” ocorrem nos shopping centers de São Paulo e outras cidades…

      Cidades e Estados tem prefeitos e governadores…

      Se envolver SEGURANÇA entra o Governo Estadual…

      É um problema do Haddad também. Ele é o prefeito da cidade.

      Mas não sabia que Alckmin é gov de esquerda.

      O que o gov. federal tem a ver com esse tipo de problema?

      Até isso querem colocar no colo do gov. federal…

      Tá faltando bom senso, informação ou é muita má fé!

      Desculpe se o entendi mal…

  2. Arf.

    Prezados e prezadas,

    Sou um admirador do jornaista Mino Carta e sua saga quixotesca pelo salvamento de algo que tem morte anunciada: o jornalismo.

    Porém, por vezes o Senhor Mino se porta como o arqueólogo dos cacoetes civilizatórios das culturas que cultua.

    Nestas horas o Mino é, com perdão do termo chulo, “um pé-no-saco”.

    A redução binária do conflito a uma questão de confronto entre paranoia da elite e desejo consumerista dos pobres já foi superada há tempos neste blog. Ninguém acredita que seja só isto, nem os que defendem a segregação dos rolezeiros.

    Porque no fim das contas, sabemos todos que um fenômeno nunca tem apenas uma causa ou só um efeito.

    Enfim, o Mino nos brinda com sua visão eurocentrada do mundo:

    “(…)Aqui o povo, plebe rude e ignara de ricos e pobres em virtude de uma perversa democracia atada apenas e tão somente à ignorância geral, lá vai em busca da praça e encontra o apelo consumista, tanto mais sedutor na ausência de estímulos e alternativas.(…)”

    É este povo genial que derramava-se em amores por Mussolini (enquanto nós aqui venerávamos nosso Vargas), e que reune-se nas praças para parlamentar política e entronizar o atual bufão Berlusconi, ou Pepes Grilos?

    Alguém precisa dizer a Mino que os modelos de urbanização e a manutenção de espaços públicos, como praças lindíssimas, só puderam ser feitos a custas do sangue e do couro de nossos negros, e do nosso atraso.

    E afinal: para que serve a erudição do Senhor Mino? Para discorrer nos discursos e convescotes (termo de sua predileção) nas entregas das Mais Admiradas, aquilo que ele imagina serem os capitalistas “civilizados”, mas que não passam de canibais que usam talheres de prata e guardanapos de algodão egípcio?

    E por derradeiro, destacamos a fala do arqueólogo:

    “(…)No momento, não se fala de outra coisa, sem contar os analistas a enxergarem sintomas de luta de classe(…)”

    Aqui o suprassumo da arrogância pseudoitaliana: Só é luta de classes o que o Senhor Mino disser que é. E ponto final. 

    Meus amigos, eu confesso que estou com pouca paciência para estes arroubos de epílogo de vida ou do crepúsculo dos que se julgam deuses (da opinião).

    Saudações.

    1. É insuportável ler a Carta

      É insuportável ler a Carta Capital quando aparecem Mino Carta e Walter Maierovitch.

      Estamos falando de Brasil ou da Itália? Todas as referências que os dois usam são sobre a Itália e geralmente comparando com a situação brasileira.

      Que saco, não dá nem pra dizer que são vira-latas porque são italianos, ou se sentem assim. Agora, de onde vem a maravilhosa praça de Bolonha? BVem dos tempos de exploração sobre os pobres do mundo, geralmente africanos que vivem bem próximos dali. Um país xenófobo como a Itália ser usado como referência para analisar o “rolezinho”? É risível. Lá não tem esse problema porque os negros nem tem coragem de aparecer nas praças, essas já são higienizadas pelas políticas públicas italianas. Quem se lembra dos recentes campos de concentração urbanos para os ciganos em Roma? Então faça-me o favor Sr. Mino Carta, vá pra Itália que o pariu.

      Detalhe, a Carta editorial edita entre outras a revista Vogue! Bíblia do consumismo de moda fútil, onde as roupas que aparecem em seus editoriais de moda são achadas aonde? Shoppings como JK e Iguatemi, é muita hipocrisia.

  3. LUCIDEZ

    Artigo com a lucidez – quase sempre! – de Mino.

    O ângulo de abordagem foi original e portanto de díficil assimilação.

    Os burgos europeus nasceram à volta das praças e foram preservadas, incluídas e multiplicadas nas malhas urbanas  ao longo dos séculos. Aqui vejo loteamentos com cinco mil lotes em que o elemento praça inexiste ou é jogado nos extremos limitrofes em áreas de díficil comercialização.

    Onde estão as praças nas cidades brasileiras? Quando as há, estão atravancadas por equipamentos e paisagismo de gosto duvidoso.

    Qual foi a última praça projetada e implantada em São Paulo.

    Valeu, Mino!

     

    1. Meia lucidez.

      Caríssimo Paulo,

      Perdoe por discordar da “lucidez”, ou melhor, a lucidez ficou limitada ou obscurecida por um eurocentrismo que nada deve aos “colonistas” que antagonizam o Mino Carta no PIG.

      Sua lucidez resumuiu-se a dizer o óbvio: que as cidades europeias ergueram-se como centros de convivência social de natureza pública, enquanto outros centros urbanos da perfiferia e de países emergentes, e até cidades dos EEUU, por exemplo, adotaram um processo de ocupação urbana voraz, que confinou a vida em condomínios e shoppings (se bem que há este processo em curso na Europa também, como menos impacto, é verdade.

      Milton Santos já revelou isto bem como David Harvey. No entanto, Mino acha que estas diferenças de modelos geográficos se dão porque o europeu é culto e o brasileiro é ignorante. 

      Tenha paciência, e ainda que seja verdade, Mino deveria supor que a ignorância e a “cultura” não é um processo resultante de uma escolha! É História.

      Mas quando passou a conectar estes processos geográficos com a sua sociologia de botequim, o Mino escorrega ainda mais feio.

      Reduzir o conflito a uma dimensão comportamental (da elite paranoica e dos pobres consumeristas) é tolice, e das grossas.

      De todo modo, devemos respeitá-lo sempre, até pelos grandiosos serviços que presta a este país.

      Cordiais saudações.

  4. “De um lado, assistimos ao

    “De um lado, assistimos ao sonho de consumismo da juventude suburbana, que pretende ser admitida à tertúlia, a imitar heróis novelescos e a sociedade de Caras, em busca da afirmação pelo acesso às grifes. Do outro, o pavor de sempre, o calafrio a percorrer a dorsal dos privilegiados, na expectativa da rebelião das massas”. Mino Carta sempre com muita clareza.

  5. Aa brasileira

    Também tenho o mesmo conceito sobre as cidades brasileiras que ao longo dos ultimos trinta anos foram descaracterizadas e tornaram-se grandes cidades sem almas. As praças foram abandonadas, os centros das cidades ficaram apenas para comércio destinada a população mais carente, ficou pobre; os portos, canais e até parques estão sujos, feios, esquecidos. As cidades tornaram-se centros com areas de trabalho e as areas de lazer ficaram restritas aos condominios e aos centros comerciais, os tais shoppings centers. 

    Eh incrivel o que a falta de visão urbanistica fez com certas cidades brasileiras. Ha cidades que até para ir de um quarteirão ao outro, precisa ser motorizado, tal a falta de espaço para pedestre ou ciclovias… 

    Talvez isso tenda a se reverter, justamente porque tenho visto muitos brasileiros voltando da Europa, achando charmosa tal e tal cidade com ares mais bucolicos. Mas ainda vai levar tempo e é sim uma questão de educação e cultura, sempre ela. Quem sabe com Haddad, SP ganhe ares mais Humanos ? 

    E em tempos de facebook, onde mostrar é mais importante que ser, talvez vejamos ainda muitos rolés da gentalha, como dizem os burgueses, nos seus lugares de predileção. Mas não vai durar,  ja que a tendência no Brasil é fechar-se. Logo, os centros comerciais de luxo adotarão um sistema em que uma certa parcela da população não tera acesso, assim como não podem frequentar certos restaurantes ou bares de hotéis, onde a portaria não deixa passar quem não se encaixe no perfil da classe média brasileira. 

    1. Prezada Maria,
      O processo de

      Prezada Maria,

      O processo de construção dos espaços urbanos não tem nada a ver, ou pelo menos, tem pouco a ver com decisões estéticas e uma lógica de funcionalidade pública.

      Ao menos não sob o sistema capitalista.

      As escolhas capitalistas para a ocupação imobiliária são aleatórias, embora sua sistemática seja sempre definida pela subordinação do interesse coletivo pelo privado.

      A diferença entre a Europa e o Brasil, ou outras cidades mais recentes é óbvia: o tempo de maturação que estas culturas e sociedades estiveram submetidas as imposições do capital

      Em outras palavras: quando o capitalismo tornou-se hegemônico, em um movimento de centro (Europa) para a periferia do mundo, boa parte das cidades europeias já existiam há dois ou três séculos, e certamente isto contribuiu para que as populações locais pudessem “resistir” com mais força aos processos de gentrificação.

      Naturalmente, onde as instituições estavam mais vulneráveis (nos países mais pobres), houve uma agudização deste movimento de desumanização urbana.

      E onde a riqueza se concentrou, houve a possibilidade de melhor tratamento das questões urbanas e dos impactos da industrialização que se anunciava.

      O texto ruim no Mino descreve o problema, mas reduz as causas a questões de “comportamento” ou “culturais”, quase nivelando-se a Lombroso nos seus conceitos étnico-biológicos de antropologia forense.

      É preciso entender por fim, que a urbi é a nova fronteira de acumulação composta do capitalismo, através da especulação imobiliária e dos mercados de alavancagem de crédito imobiliário (vide 2008), e este fator é pressão adicional sobre as cidades.

      Não se trata de ignorância ou culto a beleza.

      Saudações cordiais.

    2. Na boa, vc imagina mesmo que

      Na boa, vc imagina mesmo que lojistas de uma maneira geral irão deixar de vender, seja pra preto, branco ou amarelo? Se sim, não entendeu ainda a lógica do capital, responsável pelo fim da escravidão e pelo inicío de uma nova classe de pessoas, os consumidores.

      Mas, assim como os petistas acreanos já estão querendo fechar as fronteiras daquele estado aos haitianos, por conta da QUANTIDADE de imigrantes  que cotidianamente alé chegam, os donos de shopping estão preservando o seu espaço, por conta da QUANTIDADE de rolezeiros que se propõem a frequentá-los, todos de uma vez só. 

      Dessa forma, assim como os admiistradores do estado do Acre estão agindo preventivamente para preservar o restante da população –  a ação empreendida pelos donos de shopping têm a mesma função, a de proteger a sua propriedade, os seus negócios e os que os tornam possíveis.

      Acho que quando um rolezeiro lê os absurdos teóricos que estão sendo elaborados pelos pseudointelectuais  –  ferrenheamente empenhados em gestar um movimento político nessa onda – deve morrrer de rir. Ou, sinceramente, não entender que raio é isso…

  6. Tratamento à brasileira?

    Agressão física e psicológica do aparato repressor do estado sobre pobres, negros e mestiços das periferias do Brasil, onde está a novidade? De novo, só o local. Os Shoppings são planejados e concebidos para o público consumidor de classe média, logo, na sua origem, trata-se de um lugar excludente, social e economicamente excludente. 

    O tratamento dado pela elite branca europeia aos negros e mestiços principalmente, através de órgãos de repressão policial, não é exclusividade brasileira, evidentemente, mas a hipocrisia da sociedade classista, é um refinamento bem Tupiniquim. Histórias de discriminação racial são bem mais comuns na Europa e nos E.U.A do que aqui. Nossos “irmãos” portenhos, por exemplo, tratam o que restou dos povos originais daquela região, quase como animais, literalmente.

    Igualdade, Liberdade e Fraternidade, na França, só para os franceses. Justificativas para o racismo e o preconceito, bom, isso todos os povos têm.

     

     

    1. Sim concordo em parte. Na

      Sim concordo em parte. Na Europa o que se tem mais é discriminação contra os migrantes. Ai, sim, da para ver o preconceito em todo seu esplendor. No mais ha dissimulação sim, mas em geral ha respeito entre as classes sociais. Pelo menos na França, ainda que haja uma burguesia também preconceituosa.

       Mas o que vejo no Brasil é um pouco mais extremado porque ha ainda a ideia de que classes sociais não se devem misturar. Lugar de empregada é na cozinha, dizia a mãe de uma amiga minha. E ha ainda muita gente convencida de que seus privilégios são “direitos conquistados” e por ai vai. 

       

  7. É ridiculo para dizer o

    É ridiculo para dizer o minimo o que essa esquerda imbecil na falta do que fazer esta  falando por ai…

    E nao só os imbecis da esquerda, temos  a oposiçao ( suposta oposiçao rs ) e a midia como por exemplo a Folha de S. Paulo que ja foi tratar de ” ouvir um lider ” dos chamados rolezinhos.

    Oras essa , rolezinho nao tem lider!

    Tem só um mané ou + que dão a ” ideia “

    Sao aclomerados de vagabundos , vandalos que tem na pertubaçao da ordem sua principal razao de ser.

    Vandalos esses que sao inimputaveis aos olhos da lei em sua maioria.

    O governo Federal e Estadual + Municipal ( à exemplo do que fizeram no inicio das manisfestaçoes ) mais uma vez em nome da DEMAGOGIA populistas se põe a fazer declaraçoes politicamente ” corretas ” desautorizando desde ja a açao da Policia como algo errado

    Policia é orgao de estado, e se esses idiotas soubessem o que é governo e o que é politicagem nao fariam jamais declarao julgando vandalos como inocentes e policiais como culpados

    Mais uma vezz as instituiçoes e a funçao primaria do estado ( manter a ordem publica ) é atropelada e ficam tentando fazer politica com um assunto serio, ou seja o direito d epropriedade, de ir e vir dos frequentadores (nao vandalos ) e dos funcionarios do shopping que tem seus rendimentos comprometidos com as pessimas repercussoes desse ato vandalo

    Rolezinho nao é e nunca foi protesto de nada, isso é coisa de esquerdista sociopata que adora fazer palco em cima de qualquer coisa.

    Rolezinho é apenas ato a ser devidamente reprimido pela autoridade policial, pobres de todas as cores ( inclusive esse vandalos ) ja frequentavam antes os shoppings sem que houvesse NENHUMA AÇAO REPRESSIVA DO ESTABELCIMENTO, isso os desavergonhados sociologos nao falam né?

    A coibiçao de ingresso desses vagabundos só ocorre mediante aclomeraçao clara de pessoas que tem o objetivo de que ” multidao nao tem rosto ” para agir de modo anarquico

    Na demagogia do PT , do PSDB, da mida , vagabundo vira pobre e a policia vira ré confessa.

    Espero que esses politicos SEM VERGONHAS do PT , do PSDB e de todo partido que apoia isso possam ter a oportunidade de colher os frutos dessa leniencia criminosa no trato de garantir os direitos fundamentais para que uma sociedade possa ser dita organizada e democratica

    Democracia NAO É ANARQUIA é o imperio da lei, e essa raça despudorada de politicos e seus pelegos estao tornando o convivio em sociedade cada vez mais inviavel pois a policia hoje só se presta a defender as pessoas que tem o objetivo de tumultuar o dia a dia de todas as outras que trabalham e nao podem voltar para suas casas por 10 gatos pingados fecharam uma rua e agora estao sujeitas aos humores de vagabundos que resolvam ir ate um shopping para anarquizar 

    Uma sociedade esquizofrenica onde as instituiçoes que deveriam zelar pelas leis submetem  por interesses eleitorais todos os cidadaos que por trabalhar nao tem tempo para ficar fechando avenidas ou indo para dar ” rolezinho 

    para nao falar na argumentaçao estellionataria ( algo inerente a esquerda ) de transformar todo mundo que vai em shopping para nao fazer rolezinho como sendo gente branca e de classe média, é de doer ler tanta boçalidade travestida de analise profunda de algo …rs

    1. Os trezentos e o um terço (1/3).

      Para historiadores, jornalistas e sociólogos que acham que o fascismo acabou em 1945, leiam o Leonidas, um primor de cachordice e falta de noção.

  8. Fenômeno patético? Aspirantes

    Fenômeno patético? Aspirantes a frequentadores da Ilha de Caras?

    Me parece aqui que Mino Carta incorre em um tipo de elitismo a que ele mesmo condena semana sim, semana sim.

    O nobre articulista gostaria que estes jovens procurassem o que? Dar “rolês” em bibliotecas, atrás dos clássicos da literatura mundial? Invadissem adegas em prol do direito de apreciar o fino da bossa em termos de vinhos? Prostrar-se em frente ao Ministério do Turismo, para que fosse lançada uma espécie de Bolsa para eles terem também o direito de visitar o Museu do Louvre e a Capela Sistina? Ora, por favor..

    Estes jovens são crias da nossa sociedade, a sociedade do consumo.

    O Shopping, no caso, simboliza não apenas a inclusão neste mercado, mas também uma identidade de classe, mais notadamente a da nossa classe média. Diante de um aparato estatal que falhou nas intenções de promover um verdeiro “Estado Democrático e Social de Direito”, essa molecada não aspira apenas a óculos Oakley e Tênis Mizuno, mas uma inserção de forma ampla, vendo também estendidos o “direito de conseguir pagar mensalidades de colégios privados e de planos de saúde”.

    Nesse particular, Mino está careca de saber disso, haja visto que anualmente reúne a fina flor do PIB Nacional para eleger quais as empresas, empresários e executivos são os mais admirados (seja lá o que isto signifique). Soa um tanto infantil condenar os garotos que buscam, anseiam, sonham em consumir produtos das mesmas empresas premiadas, aduladas e incensadas pela Carta Capital.

    O problema é que Mino faz uma oposição entre consumismo estéril (a que se submetem os “Rolêzeiros”) e consumismo que faz sentido, qual seja a alta gastronomia, circuitos turísticos, literários, teatrais e intelectuais a que é consumidor de carteirinha. Como se, para chegar neste nível social, intelectual, cultural e financeiro a que Mino se encontra, não fosse preciso, antes, que estes garotos fossem incluídos de alguma forma remota, como por exemplo implodindo espaços de segregação social e racial existentes nas nossas grandes metrópoles.

    Fácil é tripudiar das pretensões alheias quando se está do lado dos incluídos.

    1. Não consigo votar no

      Não consigo votar no comentário, mas foi direto ao ponto. Deixei de ser assinante da Carta Capital exatamente pela postura hipócrita do Sr. Mino Carta.

      1. Esse veio para confundir ou esse “véio” para confundir?

        Rodrigo S. mente. Diz que deixou de ser assinante de Carta Capital. Pelo texto, é leitor assíduo do Reinaldo Azevedo e está confundindo Carta Capital com a Revista do Esgoto. Rodrigo S., aqui vai meu desafio: envie seu nome completo e em segundos saberei se alguma vez na vida você assinou Carta Capital. Vai responder ou ficar pelado com a mão no bolso?

        1. Além das “reportagens”

          Além das “reportagens” elitistas do dono da empresa e da edição das empresas “mais admiradas”, várias outras atitudes me decepcionaram: retratos capitais com personagens polêmicos, como Ricardo Agnelli e Ricardo Eletro, reportagens simpáticas à Vale, presença de alguns colunistas fracos como o irmão do Tuminha, o Gianni Carta e um que fazia colunismo social, baba-ovo que nem ele só. Tem muita gente boa também, mas toda publicação tem que fazer algumas concessões políticas e econômicas. O que não dá é pra suportar a hipocrisia do cara.

          Agora, você já viu alguma matéria da Carta Capital crítica ao Aécio? O Lucas Figueiredo deu todos os podres dele, nunca saiu nada.

  9. Lendo este texto do Mino

    Lendo este texto do Mino Carta pensei no PT onde uma grande parte de seus membros quando atinge cargos de poder começa uma incessante busca pela aceitação das elites e aprovação social, algo que neste caso significa até bajular quem sempre os tratou mal. Alguns chegam ao ponto até de negar a existência da ditadura militar e patrocinar um pasquim. Não percebem que nunca sentarão na mesa principal do banquete.

  10. As praças são do povo?

    Fico pasmo de as pessoas não perceberem que os espaços ditos públicos também excluem o pobre:

    Vídeo flagra guarda municipal agredindo criança na praça Raul Soares
    Um homem que não quis ser identificado filmou toda a ação e ficou indignado com as cenas que viu; nas imagens, o guarda aparece chutando as roupas de um menino que estava na fonte de água e, depois, chutando o rosto dele

    PUBLICADO EM 15/08/13 – 15p2
    JULIANA BAETA
    JOSÉ VÍTOR CAMILO

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=jdsvtfJfY6c align:left]

     

     

     

     

     

     

     

    Por volta dos 37 segundos do vídeo, guarda chuta garoto

    Poderia ser um dia como outro qualquer, mas na tarde dessa quarta-feira (14), durante o intervalo do almoço, um trabalhador que descansava na praça Raul Soares, flagrou um guarda municipal agredindo uma criança, que nadava na fonte de água.

    “Eu estava fazendo a hora de almoço, quando vi quatro meninos com idades entre 10 e 12 anos entrando na água. Eles estavam brincando, só nadando mesmo. Achei engraçado e passei a filmar a cena, mas não imaginava que fosse acontecer o que eu vi”, contou a testemunha, que preferiu não se identificar.

    Ele contou que as crianças estavam bem vestidas, apesar de humildes, e não eram moradoras de rua. Em seguida, um guarda municipal se aproximou e começou a brincar com eles e filmar a cena com o celular dele. “Eu continuei filmando também, achei que eles estavam só conversando, mas aí o guarda pediu para os meninos saírem da fonte”, disse.

    Três das crianças saíram da água, mas o menor deles, segundo o trabalhador, continuou. “O guarda continuou conversando com ele mas, quando o menino foi tentar pegar as roupas que estavam no chão para sair da água, ele chutou as roupas dele para ele não pegar, e quando o menino foi tentar pegar de novo, o guarda deu um chute muito forte no rosto dele”.

    Após a agressão, a criança caiu dentro da água e levantou chorando e gritando, assustado. “Ele não sangrou, mas ficou com um hematoma enorme no olho. Eu jamais publicaria esse vídeo, mas o que eu vi foi demais. É um absurdo uma pessoa ter coragem de fazer isso, são crianças. Elas não têm piscina em casa, só queriam se divertir. Esse homem é um covarde”, contou, indignado, o trabalhador.

    Resposta

    Segundo a assessoria da corporação, um procedimento administrativo já foi instaurado para apurar a responsabilidade do guarda. O comando da Guarda Municipal fez questão de deixar claro que não tolera esse tipo de atitude de seus subordinados e afirmou que, se comprovada a agressão, o oficial será identificado e punido. A pena pode variar de uma simples advertência à demissão do guarda.

  11. Nota zero para o Governador

    Nota zero para o Governador de Sao Paulo em entreista de ontem ao tentar fazer media com os reoleizinhos. A populaçao deste grande Estado construido com base na ordem civilizatoria em surfar na demagogia com invasoes de shopings. A sociedade paulista de ricos, medios e pobres nao quer viver em badernas continuadas de grupelhos anti-sociais. Cabe ao Governador como representante da ordem ter postura e atitude, e o que se espera do chefe do Governo. Nao pode invadir shoppings em hordas e ponto, nao queira justificar ou amenizar, nao e que se espera de um responsavel pelo Estado, entidade que nasceu na Historia para impor a ordem e nao para transigir com ela.

    Nada, asbsolutamente nada, nem melhoria de condisçoes de vida se constroe no caos.

    Os jovens da periferia merecem muito mais apoio do Estado MAS atraves de politicas sociais reais e serias, como por exemplo centros de lazer e cultura nas periferias, com possibilidade de pratica de esportes,  experiencias de cinema e teatro, musica e cultura geral. O Estado deveria ter programas universalizantes para atender esses jovens, dinheiro para isso ha, basta cortas comilanças e desperdicios. Os centros sociais do SESC, poucos mas excelentes, podem ser tomados como exemplos.

    A proposito , o SESI, equivalente industrial do SESC, tem muito maior arrecadaçao do que o SESC e o que faz?

    A imensa massa de recursos do SESI e gasta em propaganda do pseudo-industrial Skaf para alavancar seu projeto politico pessoal. Onde estao os centros de lazer e cultura do SESI, como o SESC pode fazer coisas tao boas e o SESI nao?

    O Estado tem que ter programas para esses jovens, e um investimento que se paga com altos retornos.

    Invadir shoppings pode destruir um setor que e grande empregador de mao de obra e anular um excelente equipamento de lazer para as classes POPULARESA DE SAO PAULO. Os shoppings sao um lazer para a populaçao em geral., mais dos pobres do que dos ricos, os rolezinhos querem inviabilizar? E issoque se pretende?

    1. Prezados e prezadas,
      Eu

      Prezados e prezadas,

      Eu sempre leio com atenção os comentários do Senhor André. Poucas vezes me aventuro a retrucá-los, é verdade, talvez por receio de fazer papel ridículo frente a tanta carga conceitual e capacidade argumentativa.

      Hoje eu me enchi de coragem e pensei em fazê-lo.

      Deecepção.

      Parei e desisti depois que li esta frase:

      “(…)A populaçao deste grande Estado construido com base na ordem civilizatoria em surfar na demagogia com invasoes de shopings.(…)”

      Não há como debater com quem acredita em uma premissa destas.

      Ordem civilizatória?

      Eu não ouso perguntar o que é isto, não pela possibilidade de discordar da resposta, mas por antes de tudo, temê-la.

      Tudo bem, fica para uma outra oportunidade.

      Desculpe a intromissão, Senhor André.

  12. a classe operária vai ao Paraíso

    “assistimos ao sonho de consumismo da juventude suburbana”

    (Lula) –  Depois de anos que lutei para chegar à classe média, vem esse carcamano e esculhamba com o shopping.

  13. O Mino Carta já prestou grandes serviços ao pais

    e pagou caro por isso pois sua origem social está mais para o andar de cima (sem deixar de precisar trabalhar sempre), e é xingado por seus vizinhos e colegas o tempo todo.

    Mas ultimamente acho que ele tem tido dificuldades para entender o Brasil e o mundo atual.

  14. “E se a praça é do povo…”
    O

    “E se a praça é do povo…”

    O POVO AO PODER

    “Quando nas praças s’eleva
    Do Povo a sublime voz…
    Um raio ilumina a treva
    O Cristo assombra o algoz…

    Que o gigante da calçada
    De pé sobre a barrica
    Desgrenhado, enorme, nu
    Em Roma é catão ou Mário,

    É Jesus sobre o Cálvario,
    É Garibaldi ou Kosshut.

    A praça! A praça é do povo
    Como o céu é do condor
    É o antro onde a liberdade
    Cria águias em seu calor!

    Senhor!… pois quereis a praça?
    Desgraçada a populaça
    Só tem a rua seu…
    Ninguém vos rouba os castelos

    Tendes palácios tão belos…
    Deixai a terra ao Anteu.

    Na tortura, na fogueira…
    Nas tocas da inquisição
    Chiava o ferro na carne
    Porém gritava a aflição.
    Pois bem…nest’hora poluta

    Nós bebemos a cicuta
    Sufocados no estertor;
    Deixai-nos soltar um grito
    Que topando no infinito

    Talvez desperte o Senhor.

    A palavra! Vós roubais-la
    Aos lábios da multidão
    Dizeis, senhores, à lava
    Que não rompa do vulcão.
    Mas qu’infâmia! Ai, velha Roma,
    Ai cidade de Vendoma,
    Ai mundos de cem heróis,
    Dizei, cidades de pedra,
    Onde a liberdade medra
    Do porvir aos arrebóis.

    Dizei, quando a voz dos Gracos
    Tapou a destra da lei?
    Onde a toga tribunícia
    Foi calcada aos pés do rei?
    Fala, soberba Inglaterra,
    Do sul ao teu pobre irmão;
    Dos teus tribunos que é feito?
    Tu guarda-os no largo peito
    Não no lodo da prisão.
    No entanto em sombras tremendas
    Descansa extinta a nação
    Fria e treda como o morto.
    E vós, que sentis-lhes os pulso
    Apenas tremer convulso
    Nas extremas contorções…
    Não deixais que o filho louco
    Grite “oh! Mãe, descansa um pouco
    Sobre os nossos corações”.

    Mas embalde… Que o direito
    Não é pasto de punhal.
    Nem a patas de cavalos
    Se faz um crime legal…
    Ah! Não há muitos setembros,
    Da plebe doem os membros
    No chicote do poder,
    E o momento é malfadado
    Quando o povo ensangüentado
    Diz: já não posso sofrer.

    Pois bem! Nós que caminhamos
    Do futuro para a luz,
    Nós que o Calvário escalamos
    Levando nos ombros a cruz,
    Que do presente no escuro
    Só temos fé no futuro,
    Como alvorada do bem,
    Como Laocoonte esmagado
    Morreremos coroado
    Erguendo os olhos além.

    Irmão da terra da América,
    Filhos do solo da cruz,
    Erguei as frontes altivas,
    Bebei torrentes de luz…
    Ai! Soberba populaça,
    Dos nossos velhos Catões,
    Lançai um protesto, ó povo,
    Protesto que o mundo novo
    Manda aos tronos e às nações.”

    Castro Alves
     

  15. ………..E “causam”, quer

    ………..E “causam”, quer dizer, provocam suavemente, sem liderança, reivindicação explícita, faixas ou cartazes.

    eu diagnostico como a segunda fase do movimento passe livre , de junho13.  fica patente a – agora na faixa dos 12 aos 17 anos, a insatisfaçao com a politica voltada para essa faixa etaria. tentam desesperadamente nao se tornarem mais uma geraçao perdida. ainda ha tempo !!!!  tentam nao ter q se contentar em ver os outros jovens ostentando peças de consumo enquanto eles entram em shopping sim mas saem sem sacola alguma.

    a continuar essa toada vamos ter a melhor eleiçao dos ultimos 514 anos. ou nao ?  a presidente ja os desconsiderou em junho, quem sabe nao sera a vez deles a desconsiderar.

    a conferir.

  16. Rolezinho

    Quem lê Carta capital? Quem lê Mino carta? Os únicos assinantes são a Diretoria da Caixa, do Banco da Brasil, do BNDES e a cúpula do mensalão.

    1. Eu leio

      Eu leio há muito tempo. É um espaço informativo e inteligente.

      E a vezes muita ironia é usada nos textos.

      Não leio Veja. Acho que nem serve mais como substituto do papel higiênico.

      O Mino critica os falsos valores do consumismo, e se você aguçar os sentidos, verá que ele, com alguma ironia, não deixa de ressaltar a costumeira apartação social que vige em nosso meio.

      Mas ele critica, e muito, o excesso de tolerância do povo em geral a tantos absurdos, o excesso de conformismo em relação à desigualdade social. Esse é o pano de fundo.

      Leia novamente, devagar e prestando boa atenção.

      Ah, não precisa ler as reportagens denunciando as traquinagens tucanas e dantescas!

      Bom final de semana.

      1. Tolerância de quem, cara pálida?

        Prezado,

        A que tipo de tolerância você se refere?

        a) a do povo estadunidense com a fraude eleitoral de Bush jr em 2000, na Flórida governada por seu irmão Jeb, a mentira das armas químicas para invadir o Iraque, o Ato Patriota, ou a tolerância atual com a espionagem pratica pela NSA até contra cidadãos daquele país?

        b) a tolerância do povo italiano que manteve o bufão-tarado Berlusconi por anos e anos no poder, e agora assiste o “espetáculo eleitoral” Pepe Grilo?

        c) a tolerância do povo francês com Sarkozy e seu caixa-dois eleitoral, ou com o papel de “cachorrinho de madame” que Hollande faz com “Adolf Merkel”?

        d) a tolerância dos ingleses com Tatcher, com Major e depois com Tony Blair, o reservoir dog dos EEUU?

        Afinal, onde, em que país reside este povo perfeito, politicamente ativo, culturalmente superior, moralmente inatacável que menciona o Mino Carta?

        Você e ele querem me dizer que eles construíram praças maravilhosas, obras deslumbrantes, são o berço das leis e da cultura ocidentais, junto com a Grécia (outro fracasso recente), tem Universidades com quase o dobro do tempo de nossa “existência” como país, e votavam em berlusconi por diversão ou alguma ironia mal explicada?

        Ou que o maior Império do planeta, em todos os tempos (EEUU) votaram em um imbecil como bush como um exercício semiológico ou como “punição sádica” ao resto do planeta, é isto? 

        Cordial saudação.

  17. Mino Carta se refere aos

    Mino Carta se refere aos seguranças dos shoppings como ‘jagunço’. Engraçado  o discurso de quem se diz aliado do povo, contra as elites que sufocam esse povo – mas, na prática, age também com aquele ar de superioridade em relação a esse povo que tanto defende.

     

    Sou professor e dou aula para um desses ‘jagunços’. Que, junto com a mulher, operadora de telemarketing ( uma das profissões mais desgastantes que há, vítima de toda a grosseria que se possa imaginar ), pagam aluguel numa região de periferia. E esse ‘jagunço’ ainda paga curso de inglês ( sendo que ele, das 4 aulas por mês, não pode ir em 2 por causa do plantão. Mas ele contorna isso fazendo os exercícios via internet). 

    Ainda bem que ele não é de ler Carta Capital. Gastar sei lá quanto (10 reais) para você ler que você, para o dono da revista, não passa de um jagunço é demais. Melhor gastar isso num McDonald dentro dum shopping. 

    Aliás, é um milagre que Carta Capital não tenha quebrado tendo como um dos sócios o Beluzzo. Lula teve o bom senso de não pô-lo na fazenda. E , de brinde, Delfim Neto, outro também que entende de quebra ( vide início dos 80) 

     

     

     

    1. Dilema.

      Prezado (a),

      Reconhecer a condição de classe do trabalhador não significa esquecer o papel que ele desempenha. Ou vamos aplaudir os carrascos?

      Compreender a dimensão humana deles é ótimo, e ajuda na superação de sua atitude de capitão-do-mato, mas se é verdade que não dá para generalizar, também não dá para desconhecer a natureza do papel que desempenham

      1. Dilema,
         
        Segurança de

        Dilema,

         

        Segurança de shopping certer é carrasco? 

         

        Não consigo analisar uma pessoa só pelo papel social que ela cumpre na sociedade. Sou professor – e na minha área, como em qualquer outra, há os bons e os maus profissionais. E isso vale para tudo – policiais, empresários, motoristas e até para políticos (rs). 

        Acho que esse é o maior problema atual = é sempre mais fácil encaixar as pessoas numa definição e deixar o resto de lado. Não é por acaso que novelas fazem tanto sucesso no Brasil = nelas sempre fica bem claro quem são os bons e quem são os maus ( no máximo se admitindo que um mau, numa conversão milagrosa, fique não só bom, mas bonzinho -rs ). 

        1. Contexto. Tudo é contexto.

          Bom, caro professor,

          Eu não conheço outra forma de analisar as pessoas e os papeis que desempenham, ou seja, considerando a dimensão individual (como o Senhor faz) e a a sua inserção coletiva (ethos social).

          Qualquer inclinação preferencial por esta ou aquela abordagem deve estar contextualizada, ou seja, em se tratando de analisar a segregação proporcionada pelos templos do consumo, não é relevante saber se o jagunço é um cara esforçado ou desleixado com seus estudos.

          É neste sentido que o autor do texto coloca, ou seja, quem faz papel de jagunço, só pode ser enxergado como tal.

          As justificativas de subsistência e as éticas pessoais interessam ao Senhor, e não a ciência social ou a análise do fenômeno no qual o jagunço está inserido.

          Cordiais saudações.

    2. Perfeito,
      O Mino Carta, que

      Perfeito,

      O Mino Carta, que tá longe de ser um intelectual, só reproduz o sentimento da nobreza europeia de que tudo que é espelho da sua cultura é incivilizado. 

      Deprimente

  18. “Aqui o povo, plebe rude e

    “Aqui o povo, plebe rude e ignara de ricos e pobres em virtude de uma perversa democracia atada apenas e tão somente à ignorância geral, lá vai em busca da praça e encontra o apelo consumista, ……”

    Hehe, Mino chutou o pau da barraca e revelou todo o seu latente elitismo eurocentrista. 

    No mínimo chamou a brasileirada de botocudos ignorantes,…..

     

  19. Mino Carta se engana. Os

    Mino Carta se engana. Os rolezinhos são mais uma manifestação de um tipo de estratégia simbólica que está presente em vários rappers faz pelo menos uns 10 anos. Se fossem alemães ou austríacos, alguém diria que se inspiram em Karl Kraus. Mas não tem Siegfried, tem é Suellington. Entretanto, mesmo assim, vamos atentar para o fato de que se trata sim de uma tentativa de positivação de suas qualidades sociais, raciais, culturais, hoje depreciadas. E mais do que isso, cabe a nós defendê-los e contribuir para o sucesso da empreitada. Desculpe Mino Carta, mas a isso se dá o nome de processo civilizatório. É assim, através desses atos paradoxais, que a sociedade avança.

    Tivemos um exemplo análogo recentemente: Foi uma pena que os 10 anos de existência do bolsa-família tenha passado desapercebido. O Suplicy foi ridicularizado anos e anos na sua cruzada pela renda mínima até que a coisa pegou e tanto pegou que virou avanço no processo civilizatório. Ou alguém duvida disso? Tanto é verdade que não só ninguém contesta como todo mundo reivindica a autoria.

    1. Entendo que a ”verdade”

      Entendo que a ”verdade” esta mais para o Robertog do que para o Mino. Afinal, Em que Planeta o Mino esta’? Qualquer pessoa no Brasil e no Mundo, ate o Mino, quer curtir as delicias do Capitalismo, da falada Sociedade de Consumo. Quem nunca pecou que jogue a primeira pedra. Emfim, nem a esquerda burguesa, nem a direita nem o Mino, entendem o que passa na cabeca das pessoas reais, principalmente do Povao. O que incomoda esses ”sabios” e’ nao saber bem o que esta acontecendo. Ai ,chove elocubracoes intelectualoides como gafanhotos num milharal.Os caras melhoraram (muito) de situacao economica e resolveram estudar mais, ler mais,e ”invadir” todos os espacoes da cidade que eles querem e , agora, podem, consumir e nao so trabalhar(officeboys, serventes,faxineiros,garcoes, comendo luz).

  20. Condomínio impede entrada de

    Condomínio impede entrada de trabalhadores “malcheirosos”

    Do Extra: Condomínio de luxo na Barra é acusado de discriminar trabalhadores: ‘Poluição visual e mau cheiro’, disse administrador

    By  Luã Marinatto •  globo.com 

    O grupo discriminado na porta da delegaciaO grupo discriminado na porta da delegacia Foto: Thiago LontraTamanho do textoO objetivo, para a maioria, era realizar os exames médicos para, em breve, iniciar um emprego novo. Mas a expectativa transformou-se em frustração na porta do condomínio comercial Le Monde, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Barrados na entrada, 18 trabalhadores ainda ouviram um administrador dos edifícios dizer que causariam “poluição visual e mau cheiro” no espaço, segundo consta no registro de ocorrência feito na 16º DP (Barra) na noite desta quarta-feira. A ofensa também foi presenciada por um PM que foi ao local atender o chamado. O grupo começou a chegar ao endereço, situado no número 3.500 da Avenida das Américas, por volta das 8h. O destino de todos era a clínica BioCardio, especializada em medicina do trabalho, que ocupa três salas no quarto andar do bloco 7. Com idades variando entre 18 e 59 anos, alguns deles negros, boa parte dos pacientes iria começar a atuar em funções como pedreiro, ajudante de pedreiro e servente, entre outras, nas obras da Linha 4 do Metrô. Após realizarem exames de raio-x e de sangue num laboratório próximo, veio a surpresa: nenhum deles conseguiu autorização para se dirigir à clínica. As tratativas com a equipe de segurança e com a administração do condomínio, capitaneadas pelo cardiologista Renato Sérgio Fernandes Pinto, sócio da BioCardio, duraram mais de quatro horas – em jejum para os exames, os trabalhadores não comiam nada desde a véspera. Apenas por volta de 15h, depois da ameaça do médico de acionar a PM, o acesso foi liberado. O grupo, contudo, não aceitou a oferta, e preferiu aguardar a chegada do policial. A essa altura, já haviam ouvido seguranças pedirem “para que não tocassem as paredes”. Mais tarde, na presença de um PM, escutaram Felipe Alencar Gilaberte, administrador do Le Monde, proferir a frase sobre poluição visual e mau cheiro. – Houve uma total discriminação. E não foi a primeira vez, trata-se de uma briga antiga que eu tenho com o condomínio. Dizem que a nossa clínica não deveria funcionar aqui, devido ao tipo de público que atendemos. Acredito que me criam esse tipo de constrangimento para tentar forçar uma mudança de endereço – afirmou o doutor Renato Sérgio. O cardiologista Renato Sérgio Fernandes Pinto, sócio da clínica BioCardioO cardiologista Renato Sérgio Fernandes Pinto, sócio da clínica BioCardio Foto: Thiago LontraAção contra o condomínio A clínica BioCardio funciona no Le Monde há cerca de 2 anos. Em novembro do ano passado, o estabelecimento entrou com uma ação contra o condomínio por conta de problemas como o desta quarta-feira. O registro de ocorrência feito na 16ª DP, inclusive, será anexado ao processo. Injúria e desobediência No registro, que tem o administrador Felipe Alencar Gilaberte como alvo, constam os crimes de injúria e de desobediência – esse segundo por conta do desrespeito a uma lei que proíbe a restrição de acesso pela entrada social de edifícios residenciais e comerciais. Versão do Le Monde Na porta da delegacia, cercado por três advogados que inicialmente o aconselharam a não conversar com o EXTRA, Felipe deu a sua versão para os fatos. Segundo ele, a confusão na portaria ocorreu porque o grupo teria se negado a apresentar seus documentos de identificação. ‘Isso é história’ O administrador também negou que tenha ofendido os trabalhadores, embora o próprio PM tenha confirmado em seu depoimento o uso dos termos “poluição visual” e “mau cheiro”. Felipe acusou a BioCardio de ter inventado essa versão: “Isso é história do proprietário, que quer atender cem pessoas por dia”. Trabalhadores mostram documentos referentes ao casoTrabalhadores mostram documentos referentes ao caso Foto: Thiago Lontra’Aquilo é para carga e descarga’ Depoimento do operador de escavadeira Leonardo Moraes da Silva, de 31 anos “Essa foi a terceira vez que fui nessa clínica, e em todas fui tratado da mesma forma: cheguei na portaria e me mandaram dar a volta por trás, para subir pelo elevador de carga. É humilhante, porque o próprio nome diz: aquilo é para carga e descarga. E o que disseram sobre os documentos é mentira, porque entreguei a minha carteira de habilitação na entrada e mesmo assim me fizeram passar por tudo isso”. Democracia, Economia, Política. Confira a opinião de especialistas Source: http://extra.globo.com/casos-de-policia/condominio-de-luxo-na-barra-acusado-de-discriminar-trabalhadores-poluicao-visual-mau-cheiro-disse

  21. excluidos ou bobos alegres ?

    Estes “rolezinhos” refletem a exclusão social, são a continuação dos protestos de junho como querem os simpatizantes do apocalipse, ou são uma cópia mal feita dos flash mobs , o similar do rolezinho na versão para ricos ?

    O fato é que o movimento carece de orientação e densidade cultural e perigam desaparecer da mesma forma que surgiram. O que coloca articulistas experimentados, como o Mino Carta, na berlinda e sobre casca de banana. 

  22. Para inglês ver… e ouvir

    Um shopping representa tudo de imbecil que a elite brasileira cultua. E começa pelo nome shopping, em inglês, no pensamento idiota de uma elite estúpida e incompetente que acha que o simples uso de uma palavra em inglês enobrece. E a TV?? Dizendo que shopping é um lugar de diversão !!?? Nunca achei possível alguém se divertir num lugar tão inóspido quanto um shopping. É forçar a barra demais, assim como este costume idiota da elite brasileira de ficar maqueando com palavras em inglês porque nem sabe falar o próprio idioma português.

    E por falar em Portugal, os imbecis daqui do Brasil dizem que português é burro, mas lá não existe shopping Center, existe somente CENTRO COMERCIAL !! (em bom português!!)

  23. Não sou contra os

    Não sou contra os “rolezinhos”, mas sei bem que há muitos pais e irmãos de

    particiapntes que são “jagunços” dos donos do shopping, que situação hein?

    Sugiro aos  “black blocs ( estes sim..representantes da verdadeira revolta

    popular ???) que organizem  rolezinhos,levar algum “status” a galerinha,né..(?)

    Isso vai passar ,assim como os BBs, as teses tambem, não há revoluão

    à vista , mesmo porque as periferias podem mais e melhor que isso, e vai

    “Rolar!

  24. O consumo concupiscente
    Onde a sociedade leva os jovens a acreditarem que a salvação da alma está no consumo concupiscente, o rolezinho surge como uma manifestação natural entre os mais fragilizados.  Gastam-se milhões com a publicidade incentivando  o ter e não se preocupam com os efeitos colaterais que dai advém sobre a imposição de tal crença materialista.  
    Uma vez que a válvula de escape se dê atravez de “rolezinhos” que incomodam as elites, a estas, cabe aperfeiçoar o aparato repressor  dando um lustro de legalidade  para as ações dos jagunços.  
    Acorda, Dilma!

  25. Nada de eurocentrismo

    Em um dos editoriais da revista Carta Capital, li que o pai de Mino Carta optou por morar no Brasil por temer que os filhos viessem a ser obrigados a lutar em uma guerra – a Europa, naqueles tempos, era um barril de pólvora.

    Assim veio a família Carta para o Brasil, cheia de esperanças.

    A crítica que Mino Carta faz às nossas deficiências é simplesmente pela não realização de tantas potencialidades. Ele não menospreza o Brasil. Ele apenas fica irado com tanta energia não transformada em progresso civilizatório. O nosso progresso produz atraso. Daí a “rabugice” do jornalista Mino Carta. Assim ela deve ser entendida, como coisa que anda longe de “eurocentrismo”. Afinal de contas, ele e parte da família optaram por ficar aqui, a despeito de também serem cidadãos italianos, o que revela, pelo menos a meus olhos, grande fidelidade para com nosso país. E, sobretudo, esperança na realização de dias melhores.

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