Sou professora. Estou em greve. E explico o porquê, por Renata Hummel

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Sugestão de Urariano Mota

Conrad, em “O Coração das Trevas” marcou para sempre a frase “O horror, o horror”. A situação dos professores em São Paulo ainda não chegou   
ao extremo da barbárie colonial, mas da sua atividade se pode dizer: o inferno, o inferno. 
 
Peço aos amigos que divulguem este bravo depoimento em sites, blogs e listas. 
 
Abs
Urariano 

Foto Mídia Ninja
 
do Farofafá
 
Sou professora. Estou em greve. E explico o porquê
 
por Renata Hummel

Sou professora do Estado de SP desde 2009. E já mergulhei na divisão em “categorias”. Entrei como “categoria L”, ou seja, não-concursada, e pegava apenas aulas que “sobravam” dos efetivos.

Essa categoria não existe mais, foi substituída pela “categoria O”, onde está a maioria dos contratados. A categoria “O” é o que há de mais precário na rede: só pode ter duas faltas por ano, não tem direito a usar a assistência médica do estado (Iamspe), não tem direito à aposentadoria profissional (SPPrev), após um ano de contrato deve cumprir “geladeira” por 40 dias, e após dois anos de contrato deve cumprir a “duzentena” (200 dias sem poder pegar aula, ou seja, quase um ano forçadamente desempregado). Nessa situação de “O”, estão “só” cerca de 50 mil professores da rede estadual. Como alguns colegas me disseram: para o governo, “somos uma sopa de letrinhas”.

Está bom ou quer mais? Tem mais.

A gente leva um susto quando entra na rede. Na licenciatura, muito professor (que está sem entrar na sala de aula de ensino fundamental e médio há uns 15 anos) nos diz que o problema da escola pública são as aulas “tradicionais”, sem imaginação, sem criatividade. Que o problema está na forma de ensinar, “conteudista” (com “decoreba”) e não “construtivista” e por aí vai.

Não é que essas coisas não sejam problemas, porém o buraco é mais embaixo. Vou explicar melhor: é certo que é difícil falar de Revolução Francesa para jovens que estão mais interessados em outras coisas (em muitas outras coisas), e que não veem como saber algo que aconteceu em 1789 possa fazer alguma diferença em 2015, por exemplo. Mas mais difícil ainda é conseguir falar 5 minutos em uma sala lotada com 40 jovens ou mais, em um dia de verão, com um ventilador apenas funcionando e sem água nas torneiras.

11171627_961045930586683_1677550432_o

Foto Felipe Paiva, R.U.A Foto Coletivo

É complicado explicar como funcionam os “três poderes” no Brasil enquanto grande parte dos estudantes insiste que “político é tudo ladrão” e que por isso não interessa nem saber como funciona o sistema, “pois só o que eles fazem é roubar”. Mas mais complicado ainda é lidar com bombas que explodem nos banheiros, brigas por motivos fúteis (escapei algumas vezes, e por pouco, de cadeiradas e de um soco na cara), fogo quase diário nas lixeiras, xingamentos variados (muitas vezes vindos dos pais dos alunos e não dos alunos), reclamações da coordenação e da direção de que você “não consegue controlar a sala”, como se esse fosse o único objetivo da nossa formação e trabalho. O buraco é mais embaixo quando você tem que lidar com alunos especiais em sala sem qualquer formação ou material próprio para isso (e junto com outros 40 jovens pedindo atenção); quando não tem como imprimir textos para leitura, imagens, ou mesmo provas, porque não tem toner nem folha de papel, e aí você imprime com seu salário; quando você tem que disputar a tapa com outros professores a única sala de vídeo que há na escola; quando você quer trabalhar em conjunto com outras disciplinas, mas não há tempo para conversar com os outros professores; quando o mato da escola está altíssimo e não tem verba para cortar; quando não tem papel higiênico; quando ninguém limpou as salas porque as moças da limpeza são terceirizadas, a empresa declarou falência e elas não recebem salário há dois meses; quando a cozinha foi terceirizada e enquanto não chegam as novas trabalhadoras precarizadas os alunos tem que comer bolachas com manteiga; quando mais da metade de seus colegas toma estimulante ou fluoxetina para aguentar o tranco de dar aulas em duas ou três escolas diferentes, das 7h da matina às 23h; quando seu salário, mesmo trabalhando em duas escolas diferentes, cerca de 40 horas por semana (40 horas por semana são as cumpridas na escola, não as de preparação e planejamento de aulas, correção de trabalhos – essas, me arrisco a dizer, ultrapassam esse tempo em umas 15 horas a mais), com cerca de 700 alunos, não chega a R$ 2.600.

Está bom ou quer mais? Tem mais.

11167505_961045957253347_1884519015_o

Este ano, a situação que já era essa que contei acima, piorou. O governador Geraldo Alckmin, dando continuidade ao cuidadoso processo de destruição da escola pública iniciado nos governos anteriores, fechou cerca de 3.000 salas de aula (qualquer sala com menos de 30 alunos inscritos no começo do ano foi fechada e seus alunos redistribuídos em outras), extinguiu cargos de coordenação, remanejou funcionários que tinham mais de 20 anos de escola (na minha escola, a “Tia Cris“, funcionária de gerações e gerações na escola, foi remanejada para outra, e a choradeira que assisti, entre alunos e professores, foi de cortar o coração), cortou verbas (de pintura, jardinagem, folhas de sulfite, papel higiênico, sabonete, toner, consertos em geral, infra-estrutura das salas, etc), forçou a duzentena na “categoria O” e decretou “reajuste zero” para os professores, sem cobrir sequer a inflação do período.

Quer mais ou está bom?

Ah, não tem como esquecer o famigerado “bônus” cópia bizarra de uma política norte-americana de premiação de professores conforme resultados de alunos, resultado esse medido em uma prova apenas (ora, mas não éramos construtivistas?). Um bônus que pune escolas com problemas sérios (culpa dos professores?), e premia apenas parte da rede, como se apenas alguns colegas tivessem trabalhado e outros não. Dito isso, que solução temos nós, profissionais da educação, a não ser entrar em greve?

11171527_961045927253350_1310718836_o

Entrar em greve significa ter desconto de salário, ter faltas no prontuário, ter que repor as aulas em sábados, contraturnos ou recesso, ouvir de pais e alunos que “professor ganha bem, tem férias de 30 dias e reclama de barriga cheia”, ouvir de colegas de trabalho que “professor grevista gosta é de ficar dormindo em casa enquanto os outros trabalham”, visitar escolas com comando de greve e ter que explicar o que está fazendo para os policiais que a diretora chamou (não aconteceu comigo, mas com vários colegas), acompanhar as negociações na Assembleia Legislativa e na Secretaria de Educação, aguardando horas na chuva para ver o que o governo ofereceu e sair de lá chateado porque não querem nem conversar, ir a todas as Assembleias na sexta, com mais de 60 mil professores, e nenhuma TV ou jornal dar sequer uma linha (e quando dá, não escuta nenhum professor, apenas reproduz a pauta do governo).

11167315_961045933920016_598689418_o

Entrar em greve é receber também apoio de muita gente, inclusive alunos, que quando resolvem entrar na briga também (faltando no dia das Assembleias, criando debates e discussão de ideias, acompanhando os passos dos professores) sofrem repressão nas escolas (alguns colegas marcam provas justamente nesse dia, algumas direções recusam os pedidos de debate dos alunos, alguns chegam a receber advertências e telefonemas para os pais), com direções e supervisões (que em maioria são cargos indicados) que nos acusam de “fazer a cabeça” dos estudantes ou de “atrapalhar” o aprendizado.

Entrar em greve é ter que lidar com a desconfiança no principal sindicato (enquanto os outros sindicatos se reunem secretamente com o governo no meio da greve), pois a sua presidente terminou uma greve em 2013 contra a vontade de grande parte dos professores, aceitando migalhas do governo: o fim da quarentena, um concurso público e a inclusão do “categoria O” no Iamspe, dos quais o governo só cumpriu um (e mesmo assim, precariamente, pois grande parte dos professores que iriam ser chamados ainda não foram e estão trabalhando como contratados). É ter que estar com um olho no governo e outro no sindicato.

E, mesmo assim, com tudo isso e apesar de tudo isso: estamos em greve. Estou em greve.

11188073_961045940586682_1268878680_o

Dessa vez, tudo parece diferente das outras: tem muita gente nas redes sociais nos ouvindo (embora na imprensa tradicional tudo continue como sempre foi), nos apoiando, tem muito aluno participando, tem muito colega que disse que nunca mais parava por causa do sindicato, parado.

Tem muita gente exigindo uma postura firme do sindicato, da presidente, dos partidos. Tem gente cantando “o professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” nas Assembleias. Tem gente discutindo a importância de uma escola pública de qualidade. Por isso, dessa vez estou acreditando firmemente que “não tem arrego”.

Escrevo este texto na véspera da negociação com o governo (que se encerrou no início da tarde de quinta-feira 23 de abril e não resultou em nenhum avanço) e da nossa importante assembleia de sexta. As definições dessa semana não apenas podem decidir o futuro da categoria de professores, mas o futuro da escola pública. Aguardemos.

11159012_961045943920015_686627853_o

 

(Renata Hummel é professora de sociologia na rede estadual paulista. Graduada – bacharel e licenciada – em ciências sociais pela PUC-SP , com especialização em história, sociedade e cultura pela PUC-SP. Também foi colega dos editores de FAROFAFÁ Samuel no curso de jornalismo da ECA-USP.)

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

28 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Show de horrores. E isso no

    Show de horrores. E isso no estado “mais rico da nação”…

    O destaque da mídia ontem foi: “Professores tentam invadir Secretaria da Educação”. …

    O “azar” dos professores é que são funcionários do Estado Tucano. Fossem funcionários do prefeito Haddad e eles

    teriam cobertura ampla total e irrestrita de suas reinvidicações pela mídia, que teria seus apresentadores bufando e exigindo

    uma solução urgente do caso pela administração petista.

    Como é com o Alckmin, são os professores os vilões.

    Estamos perdidos.

  2. Pelo curiculo que a

    Pelo curiculo que a professora expõe, ela não é concursada. Deve ter feitos alguns concursos, mas não logrou passar. É com a estrutura educacional que temos, que o Estado de São Paulo, obtem os melhores indices nas avaliações nacionais, paga os melhores salarios aos professores no pais, e premia aqueles que se dedicam e obtem sucesso na tarefa de educar. É muito chororó….. e pouca vontade de estudar e trabalhar.

    1. somente quem deseja fechar os

      somente quem deseja fechar os olhos diante da realidade  escreve bobagens como você sr.Gilberto 707. 

  3. É tudo verdade.

    Nada do que a professora Renata Hummel fala aqui é exagerado.

    Testemnho, sou marido de uma professora.

    Faltou apenas acrescentar a coação às formas de tratar os professores praticadas pelos governos tucanos paulista.

    Trata-se do “estágio probatório”. Um período de três anos dentro do qual o professor recem concursado é cosntrangindo a não reinvindicar ou participar de atividades sindicais.

    Se alguem tem dúvidas ou interesse em conhecer esse método de coação institucionalizado, segue o link: aqui.

  4. Eu não consigo entender o

    Eu não consigo entender o porquê dos professores e profissionais do ensino e da educação serem tão mal remunerados. E humilhados dessa forma em nível nacional. Seria por causa das escolas privadas que também não gostam de pagar um salário melhor também?

    Noto que as carreiras judiciárias e até policiais, sem o uso de sindicatos e manifestações de ruas, conseguem salários até cinquenta vezes maiores do que um professor. E suas aposentadorias não sofrem ameaças de nehum tipo. Só a auxílio moradia é 4 vezes maior do que o salário de um professor em algumas escolas. É um disparate.

    No Paraná os salários da polícia militar – Lei 18096/2014 – se iniciam (2014) em R$3.651,10 para o soldado de primeira classe culminando com o de Coronel R$ 24.368,88. Fora os adicionais de periculosidade qüinqüênios e outras gratificações, bem como horas extras.

    Lembro-me uma professora, doutora, se manifestando num blog, jactando-se que o governo estudava um piso salarial nacional de R$ 900,00.  Ao mesmo tempo tramitava no congresso uma proposta para os policiais militares, onde como o exemplo citado do Paraná, se concretizou. Ah, professor tem que ter no mínimo especialização e policial, o segundo grau.

    Os algozes dos professores, com os bullyings diários a que submetem e são submetidos, estão mais próximos do que se imagina. Um cabo, no último nível, R$ 6.024,30. Um tenente, no último nível, R$ 14.380,69.

    1. É isso. Como o orçamentp é um

      É isso. Como o orçamentp é um só, muito pra uns significa pouco pra outros. Ponto.

      Aqui no Rio um professor da rede estadual, já prestes a se aposentar, mostrou o contrachaque pra mim: não chega nem a R$ 1.000 líquido…. Enquanto isso um juiz em início de carreira, com formação até inferior, embolsa mais de R$ 20.000 mensais. Do-mes-mo-co-fre.

      Aí dizem uns: “por que não se formou em Direito e foi fazer um concurso “dificílimo””? Ou seja, é esse o mundo em que vivem esses concurseiros: chega de professores, geógrafos, matemáticos, físicos, historiadores, etc: todo mundo tem que virar “operador do direito”.

      “Pombas”, quando que a gente vai se livrar dessa cultura bacharelesca medieval, meu deus!?

    2. Será que ajuda ?

       Greve dos Professores de São Paulo e a Dívida Pública!

      A Greve dos professores do Estado de São Paulo já dura mais de um mês, e segue o impasse. A pauta principal é a questão salarial, e uma nova manifestação está marcada para hoje (24/04) às 14h, no MASP.

      De um lado, professores pedem o justo aumento de seus salários. De outro, a gestão de Geraldo Alckmin diz não poder atender a essa demanda no momento por falta de recursos.

      Mas será que esta “falta de recursos” é real ou fruto de uma opção política?

      Para nós é claramente opção política, já que 90% da dívida pública estadual de SP é referente ao contrato assinado com a União ( Lei Federal 9496/97), em que uma super questionável dívida de R$ 46,5 BILHÕES (R$ 130,1 BILHÕES – corrigos em dez/14 pelo IPCA), foi renegociada [1] e, assim, perpetuada como se fosse legítima. Até hoje, já pagamos mais de R$ 105 BILHÕES (valores de dez/2014) e ainda devemos R$ 198,6 BILHÕES [2]!

      Tal abuso decorre das condições onerosas desse contrato, que prevê juros de 6% ao ano + atualização monetária pelo IGP-DI – índice produzido por uma instituição privada (FGV) – além de ser calculada pela Tabela Price (juros compostos e parcelas iguais em que juros não pagos se tornam dívida na parcela seguinte, recebendo novos juros).

      Entretanto, como o Estado de SP pode comprometer apenas 13% de sua Receita Líquida Real com o pagamento da dívida com a União a cada ano, quase todas as prestações (desde 01/1998) foram superiores a esse valor máximo de comprometimento, provocando o crescimento da dívida, ao invés de sua amortização.

      Portanto, esta dívida com vários indícios de fraudes, ilegitimidades e ilegalidades como, por exemplo, cobrança de juros sobre juros, desrespeito ao federalismo, cobrança de juros superiores aos autorizados pelo Senado, entre outros [3], é impagável e compromete toda a sociedade paulista.

      Vale lembrar que este dinheiro, assim como todas dívidas renegociadas por outros Estados e Municípios [4], é direcionado diretamente “para abatimento de dívida pública de responsabilidade do Tesouro Nacional” (DPF).

      Diante disso, damos o nosso apoio à luta dos professores estaduais por salários dignos e melhores condições de trabalho. Afinal, só em 2014 essa dívida consumiu cerca de R$ 14 BILHÕES [1], equivalente a aproximadamente 50% do que foi gasto com educação no mesmo ano [5]!

       

      https://www.facebook.com/auditoriacidada.pagina?fref=nf

       

      [1] http://bit.ly/1BcgTJO
      [2] http://bit.ly/1FgyBj7
      [3] http://bit.ly/1JxoZzz
      [4] http://bit.ly/1r4i8Ha
      [5] http://bit.ly/1yWIem9

       

  5. terceirização

    Aidimin, um governador adiante do seu tempo, já implantou na locomotiva “danação” a modernidade da terceirização.

    Falta explicar como um pais terceirizado vai deixar de ser terceiro mundo. 

    “só pode ter duas faltas por ano, não tem direito a usar a assistência médica do estado (Iamspe), não tem direito à aposentadoria profissional (SPPrev),”

    “ninguém limpou as salas porque as moças da limpeza são terceirizadas, a empresa declarou falência e elas não recebem salário há dois meses”

    “aguentar o tranco de dar aulas em duas ou três escolas diferentes, das 7h da matina às 23h; “

  6. Não concordo com eventuais

    Não concordo com eventuais excessos como forçar a porta da secretaria de educação.

    Porem a gente sabe que o cinismo do governo no trato com o funcionalismo publico já é uma CULTURA que espantosamente se disseminou em TODOS os partidos politicos seja de direta ou de esquerda.

    E algo assombroso.

    Não sou funcionario publico.

    Mas as lutas dos professores sempre tera meu apoio.

    1. Viva. Parabéns.

      Raramente concordo com você., neste ponto estou inteiramente de acordo. Greves prolongadas envenenam ambientes de trabalho, não tanto pelos conflitos com a hierarquia, que são de certa forma naturais, mas porque criam animosidades entre os que participam e os que não participam delas. Empresas privadas procuram logo encerrar o episódio, para que não gere prejuízos que alcançarão muito além dos dias parados.

      Os “administradores” públicos, a cambada de oportunistas que asumem esses cargos, cagam e andam para paralizações do serviço público. O prejuízo não é deles, será externalizado para a sofrida população. Virou uma CULTURA, como você acertadamente qualifica.

  7. A questão dos professores

    A questão dos professores deve ser inserida em uma reforma administrativa.

    Vamos pegar o salários deles e comprarar com outras funçoes de mesmo nível (superior) e verificar as disparidades salarias.

    O resto é conversa fiada.

  8. Essa blindagem da

    Essa blindagem da globo(minúscula mesmo)  causou todos os problemas que vemos na Escola Pública . O governo estadual mostra uma situação longe da real e ninguém se preocupa em questionar pelo menos o que é mostrado. Aceita-se e pronto. A sociedade, infelizmente, acredita naquilo que ouve na TV, pois há muitas Maria vai com a globo. Não deram quase nenhum destaque à greve, mas ontem, se “escandalizaram” com atitudes de alguns mais exaltados. Chamaram de vandalismo a reação ao descaso com que foram tratados. Vandalismo é o que o PSDB fez e em que transformou a Escola Pública.

  9. Caro Nassif e demais
    Tirando

    Caro Nassif e demais

    Tirando de lado, o fato de que inúmeros professores fizeram campanha pro Alckmin, mesmo sabendo de antemão quem era ele.O professor Ó é um novo sistema de neoescravidão, implantado pelos governos tucanos e sempre foi combatido por isso.

    Todo apoio aos professores.

    Saudações

     

    1. Ah, sim, e não apóio essa

      Ah, sim, e não apóio essa bobagem do acordo ortográfico de suprimir o acento em ditongos abertos em palavras paroxítonas.

  10. Choque de gestão

    é esse o nome que se dá a esse tipo de escárnio com trabalhadores.

    Cantado em prosa e verso por Aécio, Serra, Chuchu, FHC… e tido por alguns como a grande novidade no Brasil moderno… pelo menos até saberem da Privataria Tucana, do Trensalão, da Lista de Furnas e da publicidade da Sabesp no… Acre enquanto os reservatórios iam para o limbo (falta de planejamento, de investimentos e de alertas à população) em nome de uma tal “razão de estado”.

  11. Que Estado É Esse?

    Como assim a mídia não dá uma linha? Ontem o JN se esbaldou em mostrar o “ataque” contra o prédio da secretaria da educação, sem entrar no “achaque” do governador Alckmin contra a educação ao tratar professores como números. A ditadura da mídia em São Paulo é um acinte, eles não tem ideia da bomba de efeito retardado que estão montando. Que estado é esse? Que governador mediocre é esse? Que merda de cidadãos, nós os paulistas somos, para mantermos essa troupe da incompetência, do cinismo e da hipocrisia, por mais de 20 anos desgovernando o estado?    

  12. Entrei como “categoria

    Entrei como “categoria L”…Essa categoria não existe mais, foi substituída pela “categoria O”…

    Parafraseando o poeta, não existe nada mais categoria “Z” do que governo tucano.

    Não é só em SP, em Minas, Pimentel herdou uma herança maldita em todas as áreas, especialmente, na educação. Está sendo pressionado aos quatro meses de mandato a dar o justo piso nacional aos professores. Os tucanos tiveram doze anos para fazer sua parte, não fizeram. Agora o governador petista tem que resolver a questão num estado deixado em condição falimentar pelo esquema aecista.

    Os mineiros ainda podem antever uma luz no fim do túnel, já os paulistas só o fim.

     

  13. Meu Deus a coisa é tão séria,

    Meu Deus a coisa é tão séria, a mídia e tucanos prejudicando do povo paulista. É inaceitável o que eles estão fazendo, é cruel, é demoníaco. A mídia esconder isso é uma canalhice, dos tucanos não se espera outra coisa. O que me entristece é o povo paulista continuar votando nos tucanos mesmo sabendo dos sucateamentos e corrupção. NÃO ACEITO ISSO.

  14.  Tadinhos…75% ou

    [video:https://youtu.be/JA_B9pS1Gak%5D

     

    Tadinhos…

    75% ou quebramos tudo!

    Certamente são os respeitados movimentos sociais, não um bando da elite coxinha.

    A perfeita antítese da capanha do ódio disseminado pela direita.

    O Brasil não precisa de oposição nem de  direita, é só deixar o arakiri da pelegada seguir seu caminho…

     

    1. Você identificou a professora Renata Hummel nesta ação?

      Ela é a autora do texto que está em discussão nesta postagem. Você olhou para o número de manifestantes que estavam no ato de protesto? Na foto mais abaixo, você pode comparar com os gatos pingado que participaram da ação voluntarista radical.

      Você é de uma profunda desonestidade e portador de caráter asqueroso, pois só uma alma degenerada para desmerecer, pelos atos de poucos, a luta de milhares de trabalhadores que levam uma sofrida e pacífica vida honesta. Os vídeos tomados de fora da secretaria mostram de maneira clara, que isto foi ato isolado, de um grupo extremamente minoritário, o repúdio do comando de greve para ação é bastante audível. Volta para a cloaca de onde saiu, vai.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=Cir4Mgjq-P0%5D

  15. O  Brasil que se propõe ser

    O  Brasil que se propõe ser uma pátria educadora tem que modificar este estado de coisas como as relatadas. Certamente isto exige comprometimento de todos, governos e governados na remoção destes horrores. Conheci a escola pública como aluno praticamente em toda década de 50. O país era muito mais pobre, algumas deficiências apontadas já existiam, mas professores eram valorizados como elite social e remunerados com dignidade ..Esta vergonha que estamos submetendo nossos profissionais de ensino tem que acabar.

  16. Hora da federelizacao

    Cristovao Buarque propos a federalizacao da carreira de professor. Com o lucro do pre sal, o governo ja pode comecar a planejar isso. Compromisso de Dilma formalizado atraves de lei. Portanto,estao esperando o que?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador