STF mantém sigilo dos áudios de Lula na Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, acatou a um pedido de liminar da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando que os áudios e conversas interceptados em sua investigação sejam mantidas em sigilo e que os detentores de foro privilegiado não sejam investigados por Sergio Moro.
 
O pedido dos advogados teve como objetivo tentar evitar novos vazamentos por parte da equipe de investigadores de Sergio Moro, da Vara Federal de Curitiba. Ao contrário do que havia se posicionado Moro, o Supremo pediu o sigilo dos conteúdos, no dia 13 de junho.
 
Á época, o ministro relator, Teori Zavascki, entendeu que Sérgio Moro extrapolou a competência do STF em determinar o levantamento do sigilo dos áudios envolvendo não somente Lula, como também a presidente afastada Dilma Rousseff e outros detentores de foro privilegiado.
 
No início deste mês, os advogados de Lula entraram com nova reclamação contra o magistrado do Paraná, defendendo que Moro também ultrapassou os limites de julgamento que deveria ser da Suprema Corte em outras três ocasiões.
 
“Ao se deparar com outras conversas interceptadas envolvendo Senadores da República, Deputados Federais e outras autoridades com prerrogativa de foro, não remeteu os autos ao STF; Fez juízo de valor sobre esse material, levantando o sigilo legal; E, ainda, ao proferir decisão, em 24/06/2016, autorizando que tais conversas com autoridades com prerrogativa de foro fossem anexadas em procedimento investigatório que tramita em primeiro grau de jurisdição”, explicaram.
 
E foi referente a essa última medida de Sergio Moro que a defesa entrou com pedido de liminar, acatado agora pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski.
 
“Os advogados de Lula esperam que, ao final, tal como já ocorrido no julgamento da Reclamação 23.457, o STF reconheça, em definitivo, novos atos de usurpação da competência da Corte pelo juiz Sérgio Moro, invalidando, em definitivo, tais atos”, publicaram.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. O Supremo poderia ir além e

    O Supremo poderia ir além e fazer como na Turquia onde “juízes e promotores” foram presos por praticarem crimes contra o Estado de Direito.

    1. Pinheiro, o nosso supreminho

      Pinheiro, o nosso supreminho não fará isso de jeito nenhum. Quando em 2010, na campanha eleitoral , criou-se aquela frase”todos contra o Pt”, era todos todos mesmo, mídia, legislativo e judiciário. Aquela onda conservadora foi se avolumando e deu nisso que estamos vivendo. Um golpe em que todos participaram. Essa agora de dar uma de isento aceitando uma reclamação dos advogados do Lula é só para enganar bobo. Com você mesmo disse se quisessem fazer cumprir a constiruição, esse juiz primário não estaria só afastado, mas preso.

    2. Você fumou, Pinheiro? Juiz

      Você fumou, Pinheiro? Juiz brasileiro punido? Só se for com aposentadoria com valor integral. Essa classe não é igual a nós, simples brasileiros comuns. Eles recebem ajuda aluguel mesmo tendo casa, auxilio faculdade para os filhos, auxilio alimentação, smartfones, férias remuneradas de 60 dias e sabe-se lá mais o que. E jamais recebem punição, mesmo quando esquecem de enviar documentos sobre o metrolão para a Suiça. Ou quando vazam gravações para fortelecer um golpe político.

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