Suécia faz pedido formal para interrogar Assange

Da Agência Brasil

A promotoria sueca informou, na última semana, que solicitou ao Equador permissão para interrogar na sua embaixada, em Londres, o fundador do site Wikileaks, Julian Assange sobre as acusações de estupro que pesam sobre ele. A justiça sueca quer interrogar Assange pela denúncia de estupro, um crime que ele nega.

“A solicitação escrita foi enviada recentemente pelo ministério da Justiça à promotoria equatoriana. Não podemos dizer quando chegará a resposta”, anunciou a promotoria, em um comunicado.
 
Suécia e Equador assinaram em dezembro um acordo de cooperação judicial para fazer avançar as investigações que têm ramificações nos dois países, mas principalmente para permitir o interrogatório de Assange.

O australiano, de 44 anos, acusado por uma sueca de um estupro que teria acontecido a região de Estocolmo em agosto de 2010, vive recluso na embaixada equatoriana de Londres desde junho de 2012.
 
Assange, com ordem de prisão europeia, se recusa voltar para a Suécia por medo de ser extraditado para os Estados Unidos, onde foi censurada a publicação do Wikileaks, em 2010, de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão, assim como  250.000 comunicações diplomáticas.
 
Após ter descartado um interrogatório em Londres, os juízes suecos tinham aceitado, em 2015, viajar para a capital britânica para colher o depoimento do fundador de Wikileaks. Mas o Equador se negou a abrir as portas da embaixada, na ausência de um acordo bilateral.
Redação

5 Comentários

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    1. O que ele sempre falou é que

      O que ele sempre falou é que ele quer ser sim interrogado, porque quer provar sua inocência. O que ele não aceita é ir para um país que tenha acordo de extradição com os EUA.

  1. “Estupro menor”

    Apesar de passar por um país moderno e libertário, é muito fácil ser acusado de estupro na Suécia. 

    “A Suécia tem leis duras contra crimes sexuais e o que se discute no caso Julian Assange não é se houve sexo consensual – ambas as acusadoras dizem que o ato não foi feito sob nenhum tipo de ameaça, física ou verbal.” (Radar Global, 3/11/2011)

    “A questão é se Assange se aproveitou do “estado de vulnerabilidade” de uma das mulheres e se ele as ludibriou sobre o uso de preservativo. Caso fique provada pelo menos uma das duas acusações, ele será condenado por “estupro menor”. Uma das mulheres diz que Assange, na segunda vez que fez sexo com ela, tentou manter relações enquanto ela dormia. Ele teria ainda enganado as mulheres sobre o uso e a posição da camisinha.” (Radar Global, 3/11/2011)

    Porem acho  estranha essa “caça às bruxas” ao Assange, sobretudo por parte da tão eficiente colaboração da Grã Bretanha.

    A pedido de quem, exatamente?

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