“Tá olhando por que? Eu não tenho nada a ver com isso!”

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por El Cid

“Tá olhando por que? Eu não tenho nada a ver com isso!”

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. Enquanto isso… nos estúdios da emissora ….

    Maria Júlia Coutinho foi “atacada” por gente que não é racista- MAS É BRASILEIRA- 

    E agora, Kamel ?

     

    DO G 1:

    Maria Júlia Coutinho, a Maju, é vítima de comentários racistas no Facebook

    Internautas postaram na página do Jornal Nacional na noite de quinta.
    ‘Beijinho no ombro’, escreveu jornalista ao responder comentário agressivo.

     

    A jornalista Maria Júlia Coutinho foi alvo de comentários racistas na página do Jornal Nacional no Facebook, em post publicado na noite de quinta-feira.

    Alguns internautas escreveram comentários racistas no post que tem uma foto de Maju, e várias pessoas saíram em defesa dela.

    No Twitter, ela respondeu um comentário agressivo de um internauta. Ela deu um reply e escreveu apenas: “Beijinho no ombro”.

    William Bonner e Renata Vasconcellos gravaram um vídeo postado no Facebook em que dão um recado, com a equipe do JN. Eles mostraram um cartaz e gritaram a “SomosTodosMaju”. No Twitter, a hashtag #SomosTodosMajuCoutinho chegou ao topo dos tópicos mais comentados.

    Em dezembro, Maju passou a informar a previsão do tempo no Hora 1, mas de uma forma diferente, mais conversada, como se estivesse na sala do espectador. Desde 27 de abril, está no Jornal Nacional.

    OLHA QUE LINDO O BONNER, gente ! Com recadinho pra nós.

    http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2015/07/maria-julia-coutinho-maju-e-vitima-de-racismo-no-facebook.html

    1. Quem são esses caras, daonde

      Quem são esses caras, daonde surigiram? Seriam trolls neonazistas europeus que se deram ao trabalho de comentar na página de um noticiário de um país que eles desprezam, já que “nós não somos racistas”?

      Com a palavra, o Bonner, que é o boneco de ventríluco do antropólogo e editor de noticiário global nas horas vagas.

      1. Do UOL: (ANTES) E HOJE

        Ministério Público pede investigação sobre ofensas racistas a Maju do “JN”

        O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) vai investigar oscomentários racistas direcionados à jornalista Maria Júlia Coutinho na página do “Jornal Nacional” no Facebook, informou o órgão nesta sexta-feira (3).

        Em entrevista ao UOL, o promotor Marcio Mothé, do MPRJ, disse estar surpreso com a quantidade de ataques racistas que a jornalista sofreu e pediu que as pessoas denunciem casos como esses pela ouvidoria ou pelo telefone 127.

        “Cada vez entendo menos do ser humano, é uma aberração. O Ministério Público vai agir com todo rigor possível para que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar. Existe uma Delegacia de Repressão a Crimes de Informática e estamos encaminhando um pedido para apurar o caso com todo rigor. Essas pessoas têm que ser punidas. É um absurdo que esse tipo de atrocidade aconteça em pleno século XXI”, disse Mothé.

        O Ministério Público do Estado de São Paulo também instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apurar prática de racismo e injúria qualificada contra a apresentadora da TV Globo.

        “Já tivemos alguns casos semelhantes e fomos bem-sucedidos. É uma investigação. Vai depender muito do acesso que tivermos às informações e colaboração de pessoas que possam contribuir conhecendo quem praticou os crimes”, afirmou o Promotor de Justiça Criminal Christiano Jorge Santos ao UOL. Ele é especialista no tema e já presidiu inúmeras investigações que levaram à condenação criminal de internautas racistas e neonazistas.

        Racismo é crime

        A pessoa acusada por injúria racial pode ser autuada pelo Art. 140 do Código Penal, com pena de reclusão de um a três anos e multa. “Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Pena – reclusão de um a três anos e multa”, diz um trecho do Código Penal.

        #SomosTodosMaju

        Uma foto de Maria Júlia com um link sobre a previsão do tempo, postada no Facebook oficial do “Jornal Nacional” na última quinta recebeu dezenas de mensagens de conteúdo racista.

        Nesta sexta, William Bonner, âncora do telejornal, escreveu e compartilhou mensagens carinhosas sobre a apresentadora. Em seguida, o “JN” divulgou em sua página no Facebook um vídeo em que toda a equipe do jornalístico manda uma mensagem de apoio para Maria Júlia. “Somos todos Maju”, disseram os colegas.

        A hashtag #somostodosmajucoutinho chegou aos Trending Topics, os assuntos mais comentados do Twitter, durante a tarde desta sexta, com várias mensagens de apoio dos internautas.

        Por meio de sua assessoria de imprensa, a Globo classificou os ataques como “lamentável episódio” e informou que excluiu as mensagens racistas do Facebook do “Jornal Nacional”. A emissora também afirmou que “estuda as medidas judiciais cabíveis” para o caso.

        O “JN” desta sexta-feira noticiou o episódio e deu espaço para Maria Júlia responder às declarações. “Estava todo mundo preocupado. Muita gente imaginou que eu estaria chorando pelos corredores. Mas a verdade é o seguinte, gente. Eu já lido com a questão do preconceito desde que eu me entendo por gente. Claro que eu fico muito indignada, triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o ânimo”, disse a jornalista.

        …………………………………………………………………………………………………………………………

        O “Jornal Nacional”, da rede Globo, fez um post em sua página oficial do Facebook na noite desta quinta-feira (2), com uma imagem da jornalista Maria Julia Coutinho falando sobre a previsão do tempo. Durante a madrugada, a publicação foi alvo de comentários com conteúdo pejorativo e racista.

        “Só conseguiu emprego no ‘Jornal Nacional’ por causa das cotas. Preta imunda”, dizia um dos comentários. “Não tenho TV colorida para ficar olhando essa preta não”, escreveu outro internauta.

        Revoltados, outros usuários da rede social saíram em defesa da jornalista e publicaram comentários de repúdio ao preconceito na página do telejornal no Facebook.

        “País mais miscigenado do mundo e ainda temos que ficar lendo esses comentários racistas. Lamentável. A moça é linda, inteligente e ganha bem mais do que vocês”, defendeu Claydson Vieira.

        “Aos racistas um aviso: internet não é terra sem lei e se vocês acham que podem destilar toda a podridão que existe no interior de vocês só porque usam fakes, estão enganados. Espero que vocês se ferrem muito”, alertou Martha Bernardo Duarte.

        Esta não é a primeira vez que a jornalista é atacada desta forma. Logo que assumiu a previsão do tempo no “Jornal Nacional” — em abril deste ano — foram registrados comentários de cunho racista em reportagens que falavam sobre ela, a primeira jornalista negra da rede Globo a desempenhar a função no telejornal.

        Em entrevista ao UOL, em maio deste ano, Maju disse que não pretendia tomar providências legais contra os comentaristas. “Pelo que eu vi é uma minoria que tem feito esse tipo de ataque. Vou plagiar a pequena Carolina, de 8 anos, cujo vídeo viralizou na Internet. Quando alguém disse que ela tinha cabelo duro, Carol não titubeou e disse: ‘Duro é ter que aguentar pessoa ignorante falando que meu cabelo é duro’. Cresci numa família que militou no movimento negro, tenho consciência dos meus direitos, só tomarei alguma medida quando o racismo de alguém cercear meus direitos”.

        A jornalista disse acreditar que pré-julgamentos no ambiente profissional costumam ser extintos com a convivência. “Acho que algumas pessoas que só estão acostumadas a conviver com negros que ocupam cargos de seguranças, empregados, faxineiros, se assustam, e, às vezes, duvidam da capacidade de um negro que ocupa um outro tipo de função (jornalista, médico, escritor), mas esse tipo de preconceito costuma ser neutralizado com a convivência”, disse ela no mês de maio.

        No Brasil, racismo é crime inafiançável. Se Maria Julia levar o caso à Justiça, os autores dos comentários podem ser condenados à prisão, se forem considerados culpados.

        1. Certíssimo! Tem mesmo que

          Certíssimo! Tem mesmo que entrar com uma ação de racismo contra esses depravados. Porém, senhor promotor do MPF-RJ, quando vocês tomarão a mesma atitude contra os tarados que vendiam ou que usam um adesivo sexista e infame contra a presidente Dilma? Contra Dilma pode? Por outro lado, será que se a moça fosse de outra emissora vocês fariam a mesma coisa? Descrença total com as instituições brasileiras que deveriam ser isentas e não são, principalmente na esfera da justiça e MPF.  

        2. E s/ a Presidente ?

          O Ministério Público Paulista vai tomar providências !!!! Acho excelente medida…. mas  pq a Maju é da Globo ? E s/ o adesivo da presidente e  os xingamentos ao ex min. Mantega,  as ameaças ao  Jô Soares e ao Fernando ? naõ li em lugar nenhum s/ providências do MP. Ou estou desinformada ? Ou estes casos não são considerados como racismos ? Contra o PT ou a presidente, não !!!!!

  2. O Dunga discorda, pois em

    O Dunga discorda, pois em entrevista coletiva após a eliminação na Copa América, afirmou que está acostumado a apanhar que nem “afro-descendente” 

  3. Lamento, Maju, mas não há o

    Lamento, Maju, mas não há o que reclamar. A empresa em que você trabalha tem fomentado a raiva e ódio, o conservadorismo. Você acha que dá para estimualr o consevadorismo sem estimular as discriminações raciais? O conservadorismo seletivo? Conservadorismo é para manter as elites no poder, Maju… Isso se não foi alguém da própria Globo que fez o comentário discriminando-a apenas para a Globo “reagir” e aparecer como não-racista… Com certeza quem fez o infeliz comentário está alinhado com essa emissora e com as forças que a ela se aliam.

    Muda de empresa, Maju.

    1. Não há o que reclamar?

      Leio e releio o comentário, mas salta aos olhos a culpabilização da vítima aqui… Que lógica perversa!

    2. Eu daria a ela o mesmo

      Eu daria a ela o mesmo conselho: muda de empresa. Essa que você trabalha tem a maior parcela de culpa sobre o ódio, preconceito, discriminação que assola o pais. Sua empresa, através da sua pessoa, está bebendo do próprio veneno. Sai dessa, existe vide salutar fora da Globo…

  4. Certa vez eu viajei para

    Certa vez eu viajei para Vitória a trabalho. Lá iria encontrar um colega da filial de outro estado. Ele era bem negro, desses filho de pai e mãe negros. E eu, polaco. Quando o encontrei ele apertou minha mão com bem força e logo fizemos amizade. Eu fiz amizade com ele. Ele fez amizade comigo e com todos da empresa de Vitória. À noite fomos tomar umas cervejas próximo ao hotel. Eu voltei logo, alegando que estava cansado. Ele ficou no bar – ia dar uma conferida na mulherada. No dia seguinte, eu estava bem descansado, e ele estava cansado mas com o telefone de uma garota. Morri de inveja dele.

    Acredito que esse exemplo que dei é super comum. O que quero dizer é que esses comentários racistas no facebook, pode até ser crime e mereça ser combatido, mas que dificilmente sai do facebook. Esse comportamento agressivo que se vê nas redes sociais dificilmente se encontra na rua. É algo que deveria ser estudado.

     

  5. Paulo Nogueira, no DCM

    Li ‘Não Somos Racistas’ e eis minha opinião sobre o livro. Por Paulo Nogueira

     

     

    Publicado em novembro passado, e republicado agora por razões óbvias.

     

     

     

    Merchandising do livro numa novela da Globo

    Não existe racismo no Brasil.

    É, pelo menos, o título de um livro de Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo.

    Nos últimos tempos, sempre que surgiram notícias que escancaram o racismo no Brasil, o livro de Kamel me vinha a cabeça.

    Não exatamente o livro, mas a tese, a frase peremptória do título.

    Não existe racismo no Brasil.

    Vejo uma estatística: sete em cada dez mortos violentas são de negros.

    A Anistia Internacional Brasil acaba de lançar uma campanha: “Jovem Negro Vivo”. “É quase um extermínio em massa”, diz o diretor da Anistia. Segundo a Anistia, 25 000 jovens negros são assassinados por ano no Brasil.

    Sob indiferença generalizada, o que é pior.

    A Anistia nota uma diferença. Nos Estados Unidos, quando a polícia mata um negro em circunstâncias suspeitas, irrompe uma revolta imediatamente.

    No Brasil, não.

    Quem não se lembra de Claudia, arrastada num carro de polícia? E de tantos outros?

    Mas Kamel conseguiu escrever um livro cujo título é Não Somos Racistas.

    Fui lê-lo.

    Encontrei no Scribd, um site de livros digitais.

    Em nenhum momento ele consegue ser convincente em seu ponto. O máximo a que chega é que é socialmente vergonhoso, no Brasil, ser racista. Bem, como se vê pela postagem abaixo, ou pelo número de torcedores do Grêmio que chamaram o goleiro Aranha de macaco, há quem discorde.

    E ainda que fosse “vergonhoso”.

    Quando a polícia vai fuzilar você, porque você é negro e está numa favela, você tem alguma chance de escapar se disser a seu carrasco que é uma vergonha o que ele está prestes a fazer?

    O livro de Kamel ilumina pouco o tema do racismo. Em compensação, projeta muitas luzes sobre o próprio Kamel.

    Já começa nos agradecimentos. Os patrões são entusiasmadamente elogiados. Os três. Por promoverem um “jornalismo plural”.

    Não se trata apenas de bajulação. Mas de um aplauso que simplesmente não faz sentido. A não ser que pluralidade, na mente de Kamel, seja Merval, Jabor, Míriam Leitão, Sardenberg, Noblat, Waack, para ficar em alguns.  Sem contar ele próprio, é claro.

    É uma pluralidade absolutamente singular: todos pensam igual. Igual aos patrões, naturalmente.

    O livro também é revelador na raiva que Kamel tem de Lula, e no amor por FHC.

    A FHC são dados todos os créditos por ter feito do Brasil um país maravilhoso, aspas. Lula, em compensação, se limitou a copiar – canhestramente – FHC.

    Lula, para Kamel, fez mal tudo aquilo que FHC fez bem.

    Há também uma coisa que conta muito sobre Kamel – e a cultura livresca das Organizações Globo. A obsessão por ver seu nome na capa de um livro.

    Não Somos Racistas é uma compilação preguiçosa de artigos. Merval fez o mesmo com os textos que escreveu sobre o Mensalão, e terminou na Academia Brasileira de Letras.

    Não sei se este é o destino sonhado por Kamel.

    Tudo aquilo somado, da negação do racismo se chega a uma outra tese: a de que as cotas para negros são um erro – mais um – de Lula.

    Acho, particularmente, uma besteira torrencial, mas enxergo isso sob outro ângulo. Os irmãos Marinhos são contrários às cotas. Logo, Kamel também é – e muito.

    Em meus dias de Conselho Editorial da Globo, notei nas reuniões o seguinte: Kamel e Merval, os mais falantes do grupo, como que disputavam para ver quem era mais a favor das ideias da família Marinho.

    O livro de Kamel não se sustenta, na teoria que defende, nem no próprio Roberto Marinho. Se não fôssemos racistas, Roberto Marinho não passaria pó de arroz para embranquecer a pele morena, conforme conta Pedro Bial na biografia que escreveu sobre o dono da Globo.

     

  6. Será que estou viajando?

    Na foto Kamel pode estar passando um recado, mas não entendi. O dedo mínimo tá escondido de propósito?

    Explica essa Cidinho.

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