Temer acelerou demissões de nomeados por traidores na Câmara

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Lula Marques – Agência PT
 
Jornal GGN – Seguindo a linha-dura com que vem adotando o atual presidente com sua base aliada desde que assumiu o governo, teve início a segunda leva da revanche de Michel Temer contra os dissidentes e parlamentares que votaram a favor da denúncia contra ele na Câmara dos Deputados.
 
As demissões de cargos de confiança, de segundo e terceiro escalões vão somando mais de 100, nas contas de articuladores do governo, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, que ousa contar 140. 
 
Segundo estas mesmas fontes, nenhum partido foi poupado da dura resposta do mandatário peemedebista, que usa a ação – tanto de demitir cargos como a de nomear novos aliados – como estratégia de segurar as redeas já na contagem regressiva para o fim do mandato.
 
Os planos de Temer são aprovar as medidas de seu interesse que faltam. Dessa forma, não somente os deputados que votaram a favor da denúncia, como também aqueles aliados que são contra propostas do Planalto entram no jogo de coação do governo.
 
Na última semana, foram dezenas de exonerações publicadas, em postos que vão do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e ANM (Agência Nacional de Mineração). Apesar do receio de fazer essas alterações que criassem novas tensões na Casa Legislativa, Temer foi pressionado pelos aliados fiéis a redistribuir os cargos.
 
Isso porque os parlamentares que votaram contra a denúncia e possibilitaram salvar Temer das acusações e processo no Supremo Tribunal Federla (STF) ameaçavam a derrota do mandatário em importantes medidas em andamento na Casa, como o pegrama de refinanciamento de dívidas tributárias, o Refis, e inclusive a Reforma da Previdência.
 
Frente à iminência de uma nova denúncia contra o presidente chegar à Câmara, Temer resolveu acelerar as demissões que faltavam e colocar, no lugar, os que permaneceram ao seu lado. Entre os nomes que perderam cargos foram os apadrinahdos dos deputados Fernando Francischini (SD-PR), Laércio Oliveira (SD-SE), Carlos Manato (SD-ES), Alan Rick (DEM-AC), Paulo Foletto (PSB-ES), que votaram contra Temer.
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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