Temer diz que Banco Central tem “plena autonomia” para definir taxa de juros

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Ana Cristina Campos

Da Agência Brasil

Após repercussão no mercado financeiro da declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de que o presidente interino, Michel Temer, vê com “bons olhos” a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), a Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou uma declaração de Temer para esclarecer seu posicionamento sobre o assunto.

“O Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros. A política monetária tem como prioridade combater a inflação e este é o objetivo central do meu governo”, disse Temer, segundo a assessoria do Palácio do Planalto.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que define a taxa básica de juros, está reunido hoje (20) e pode anunciar mudanças na Selic.

Mais cedo, Padilha disse em entrevista coletiva que Temer vê “com bons olhos” a redução da Selic, mas que a palavra final é do BC.

“Se analisarmos todos os indicadores, vamos ver que os economistas do Brasil estão mostrando que teremos forçosamente uma queda nos juros. Também isso agrada ao presidente, e ele vê com bons olhos, se nós pudermos, mas teremos que respeitar por inteiro a autonomia do Banco Central, corresponder a essa expectativa, inclusive dos profissionais do setor. São os economistas e as agências de avaliação que estão dizendo que o juro vai cair. O presidente vê com muito bons olhos, mas a palavra final é do Banco Central”, disse Padilha.

A reunião de hoje do Copom é a primeira sob o comando do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central esperam a manutenção da Selic em 14,25%. Porém, até o fim do ano, a expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as projeções, ao final de 2016, a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais queda na taxa Selic, que poderá encerrar o período em 11% ao ano.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. A risada é inexorável quando

    A risada é inexorável quando leio ou escuto o presidente INTERINO Temer remeter a um imaginário “MEU GOVERNO”. Prescinde de diplomas de psiquiatra ou de psicólogo afixado na parede para se deduzir que esse senhor tem problemas emocionais graves. Um risco tê-lo à frente de um cargo tão importante e numa quadra para lá de conturbada. 

    Pueril esse manifestação esquizofrênica segundo a qual lhe agradaria uma baixa nos juros, mas que respeita a autonomia do BACEN. Trata-se de um estratagema simplório e surrado. 

    Desde quando o BACEN adquiriu autonomia formal? O Presidente da República, chefe do Poder Executivo, é o chefe da Administração Federal em TODOS os aspectos. Todos! 

    O Banco Central, apesar de constituído na forma de Autarquia com Regime Especial, pelo qual é beneficiado com alguns privilégios, dentre estes não se incluem a absoluta autonomia na estrutura burocrática do Executivo. Apenas por pura covardia ou para atenuar cumplicidades,  escudam-se os presidentes da República nessa desculpa de “autonomia”. 

    Enquanto a gestão da Política Econômica do país for realizada não de forma a englobar todas as suas variantes, mas abstraindo alguma delas e entregando-as a burocratas, não chegaremos a lugar nenhum. 

    Quais as justificativas racionais para se manter uma taxa de juros tão absurdamente alta num cenário de recessão e sem pressão do câmbio? 

    O que o país perde com a corrupção é ninharia com relação a sangria decorrente da política monetária. Para esta ultima sobram explanações “técnicas”(na realidade, retóricas) e faltam indignações. O maior esquema de roubalheira de recursos públicos jamais inventado não vale um singelo protesto de rua nem um fiapo de editorais nem tampouco discursos indignados. 

    As empreiteiras deveriam ter tomadas umas aulinhas com o sistema financeiro para aprenderem como roubar com “honestidade” e a plena luz do dia e ainda por cima contando com a cumplicidade e o beneplácito do Estado. 

     

    1. a risada…

      “Desde quando o BACEN adquiriu autonomia formal? O Presidente da República, chefe do Poder Executivo, é o chefe da Administração Federal em TODOS os apectos. Todos!” É inacreditável que depois de 13 anos que nos livramos daqueles lunáticos tucanos (e não sou petista), ainda tenhamos que discutir isto. Ainda tenhamos este grau de inocência e despreparo para acreditarmos que a politica de um país não é de competência da soberana decisão de seus mandatários. Agências reguladoras às dezenas para impor a politica públca de uma nação, ao sabor do mercado,  ao invés das autoridades representativas e eleitas?! Se estas autoridades não tem competência ou estão equivocadas que as mudemos, mas transferir esta responsabiliade é de uma imbecilidade impar. Acorda país limitado!!!

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