Temer quer aprovação da PEC 241 no Congresso e no mercado

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Em tentativa de ofensiva contra a negativa imagem da PEC 241, do Teto dos Gastos Públicos, que congela os recursos da União por vinte anos impactando nos investimentos da saúde e educação, o presidente Michel Temer lança massiva campanha para convencer que o projeto é bom.
 
Em última declaração, deita em discurso para empresários japoneses e brasileiros e para a imprensa, Temer descreveu a PEC como a medida legislativa mais séria e responsável desde a Constituição de 1988.
 
Durante o encontro que antecipou um almoço na federação nacional das indústrias janponesas, o Keidanren, além de preparatória para sua viagem ao Japão, Michel Temer repetiu seus slogans, de que a economia do Brasil já está se recuperando, mas que precisa de colaboração dos investidores e empresários.
 
Para isso, reafirmou as expressões “recomeço”, “diálogo”, “segurança jurídica”, “responsabilidade”, e “ajudar a construir o futuro do Brasil”, para atrair o mercado. “Quem investir no Brasil saberá que opera em um ambiente previsível, seguro e racional”, tentou convencer.

 
“O país não é só um grande mercado consumidor, mas um centro de produção e de oportunidades. Ser grande não basta, porém. É preciso ter segurança jurídica e estabilidade institucionais e responsabilidade macroeconômica”, completou.
 
Mas não está só no campo dos negócios o esforço de Temer para passar o PEC 241, como uma das principais frentes para tentar recuperar a economia do Brasil. Além de dialogar sobretudo com o mercado e de previsões a nível de comunicação institucional direcionadas à população, na tentativa de rebater as críticas já dissipadas por todos os meios e setores, Temer deu sinais diretos aos parlamentares – principais influenciados pela opinião pública.
 
Com vistas a garantir a aprovação da proposta do teto de gastos públicos com tranquilidade, o presidente decidiu agilizar as indicações de deputados federais para cargos ainda vagos em terceiro escalão. São as nomeações na Caixa e no Banco do Brasil, que ainda estão disponíveis, que Temer usará como carta coringa para os possíveis indecisos no Congresso.
 
Um dos beneficiários em vista é o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que substitui Rodrigo Maia na presidência da Câmara, quando Temer responde a agendas internacionais e Maia cumpre as atividades do Planalto. Temer quer que Maia atue junto a Maranhão para garantir quórum na próxima semana, quando quer garantir em pauta na Câmara os vetos presidenciais e a abertura de crédito extraordinário para o FIES, além da PEC 241.
 
Com isso, Temer pedirá à sua grande base aliada que permaneça em Brasília no final de semana, para marcar um encontro com os parlamentares logo na manhã desta segunda (24), a fim de definir pontos decisivos para a agenda de Temer no Legislativo.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. Pois é

    o Temer está fazendo aquilo que a Dilma nunca quiz fazer ou não teve paciência ou não gostava…..política e não me interessa se boa ou ruim na forma o que interessa é que ele está conseguindo governar infelizmente com medidas ruins para nós. Dilma ninguém me convence, você é uma das principais culpadas pelo que estamos passando por causa da sua incompetência politica e não adianta querer colocar toda a culpa no colo do Eduardo Cunha, não cola.

    Para se ter uma idéia da sua irrevlevância poítica, basta ver quantas vezes você aparece na mídia alternativa…próximo de zero!!!!!

  2. Balançabalançasem temordo

    Balança

    balança

    sem temor

    do porvir

    Se balançar

    o berço

    no Planalto

    o golpe geme

    Michel treme

    e teme até cair.

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