Temer sinaliza que pode deixar estados do Norte e Nordeste na mão

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Depois de retirar dos governos estaduais a decisão final sobre o emprego de verbas federais destinadas para obras de combate à seca, o governo de Michel Temer (PMDB) também recuou de uma ajuda extra solicitada por mandatários do Note e Nordeste do País que, ao Ministério da Fazenda, relataram dificuldade para fechar as contas.

Segundo reportagem do Estadão, na véspera do impeachment, o secretário executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu que, no momento, Temer não vai repassar a “ajuda adicional” de R$ 7 bilhões aos governadores.

A Pasta havia sinalizado que esse montante poderia ser destinado aos Estados a partir do momento em que a repatriação de recursos no exterior desse fruto. Agora, o governo usa a crise econômica para ficar com o dinheiro.

“Tivemos uma série de conversas, e o governo tem sinalizado uma receita adicional com recursos da repatriação (de dinheiro enviado irregularmente ao exterior). Mas, no momento, não há como sinalizar nada claro para os governadores em função das próprias limitações fiscais que temos para terminar a execução financeira do exercício de 2016”, afirmou Guardia. “O que a gente negociou está no projeto em tramitação, em que foi feito o refinanciamento das dívidas dos Estados com contrapartidas”, acrescentou.

Em junho, Temer decidiu atropelar um acordo com os governadores dos estados do Nordeste feito sob Dilma Rousseff e transferiu o controle da verba destinada a obras para combater a seca ao Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).

O Dnocs é majoritariamente controlado por apadrinhados de peemedebistas, o que aumenta o poder de fogo do partido. Além disso, Temer também aumentou em até cinco vezes o dinheiro destinados a obras em estados governados pelo PMDB. Os governos administrados por PSB e PT ficaram vendo navios.
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. GRANA PARA O NORTE E NORDESTE

    Agora que aprovaram a saida da Dilma, foda-se os governadores que mandaram seus senadores a votar

    pelo afastamento.

  2. SP, os EUA dentro do Brasil

    Nassif, não tenho conhecimento o suficiente para aprofundar na seguinte tese. Mas, para mim, dentre os vários fatores que motivaram o GOLPE, está no novo projeto industrial que se desenhava no território brasileiro. O Nordeste é carente de tudo, infraestrutura, indústria, etc. podendo se tornar a “nova california” dentro do Brasil. Caso isso se concretizasse, qual seria o papel de São Paulo? São Paulo teria espaço nessa nova configuração? São Paulo temia perder a liderança? Onde ficaria a tal “missão civilizatória do Estado?

    1. Antônio,

      Regiões norte e nordeste ficam mais perto dos EUA, Europa, canal do Panamá… Fica mais barato escoar os grãos por essas regiões mas, para isso, é preciso construir infra estrutura que, com o tempo, transformaria o nordeste.

      SECA: Por exemplo, se chove um litro no nordeste, chove um quarto em Israel. Só que Israel planta e colhe no deserto.

      Não há interesse em alterar esse quadro,  os poderosos das regiões sul e sudeste não querem isso.

      Antes do golpe,o nordeste levaria de 30 a 40 anos para ser uma região desenvolvida.

      E agora?

      FORA , GOLPISTA !

  3. Hummmm, interessante…..

    Hummmm, interessante….. Alguém confirma por favor: o último presidente paulista nato (nascido em SP) foi deposto em 1930? Janio, FHC  e Lula não contam…

    1. Washington Luís era

      Washington Luís era fluminense. Júlio Prestes era paulista nato, mas não chegou a assumir. O último paulista a assumir a presidência foi Rodrigues Alves, em 1918, mas logo morreu, em função da gripe espanhola.

  4. Que bom Temer, faça

    Que bom Temer, faça isso. 

    Primeiro os senadores do nordeste que apoiaram o golpe vão ser ferrar, tomara que tomem uma coça.

    Segundo, a revolta contra seu governo se potencializa, e o levante pode vir desses estados.

    Faça isso traíra e golpista

  5. E eu sinalizo que é bem feito

    os congressistas do norte e nordeste trairam o PT. Com o apoio integral deles no senado, o golpe não teria passado. Agora, que o povo lá sofra. Quem sabe assim algo não acontece com essa vergonha de governo bionico.

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