Tesouro Direto: conjuntura atual favorece esta modalidade de investimento

Jornal GGN – Ontem o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa Selic a 11,25%, um movimento que só era esperado para os próximos meses.  A elevação ocorre após a taxa permanecer desde abril a 11% e agora está no maior patamar desde outubro de 2011.

Com a taxa básica neste nível os investimentos em renda fixa voltam a ficar atrativos.  Eles possuem retorno estimado no momento da aplicação. Um deles é o investimento em títulos público.

Esta forma de captação do governo federal serve para financiar educação, saúde, infraestrutura e outras atividades. O usuário empresta dinheiro ao governo, através da compra de títulos públicos e o governo o remunera a uma taxa Selic ou IPCA.

Comprar títulos públicos é considerado um dos investimentos mais seguros já que o governo é o devedor e sempre honra o pagamento.

Modalidades

Na hora da aplicação o investidor opta pelo titulo compatível com seu perfil e objetivo.

Há títulos prefixados, onde a taxa de rentabilidade é dada no momento da compra. São as LTN (Letras do Tesouro Nacional) e as NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F). Ao optar pela LTN o investidor que ficar com o título até o vencimento saberá exatamente o valor que vai receber, chamado de valor de face, que é o montante investido mais a rentabilidade. Se a opção for pela NTN-F, o investidor receberá os rendimentos ao longo do investimento, chamado de cupons semestrais de juros. No vencimento ele resgata o valor investido mais rentabilidade. Os cupons de juros podem ser reinvestidos.

Os títulos prefixados serão vantajosos quando a taxa prefixada for maior que a taxa básica de juros, Selic.

Há os títulos pós-fixados que tem seu valor corrigido por um indexador que pode ser tanto um índice de preço ou a taxa Selic, taxa de juros básica da economia. Logo, a rentabilidade está diretamente relacionada ao desempenho do indicador. Os títulos pós-fixados são: NTN – B Principal (Notas do Tesouro Nacional – Série B Principal), NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B), LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e NTN-C (Notas do Tesouro Nacional – Série C).

As duas primeiras têm rentabilidade atrelada à variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e são títulos para investimentos de médio e longo prazo. Para quem está pensando em investir para aposentadoria ou compra de imóvel são boas opções.

A diferença é que o NTN-B Principal tem resgate do valor de face somente no vencimento do título que tem prazos até 2035. Enquanto, a NTN-B permite ao investidor receber o rendimento ao longo do investimento, também através de cupons de juros e o vencimento da aplicação vai até 2045.

Estes títulos que pagam cupons de juros semestrais são interessantes para quem quer viver da renda deles.

A NTN-C também tem sua rentabilidade vinculada a um índice de preços, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e o recebimento do rendimento da aplicação também se dá por meio de cupons de juros semestrais.  Entretanto, esta modalidade não está mais disponível para compra desde 2006. O Tesouro Nacional apenas está efetuando recompra de quem as possui.

O único título vinculado à variação da taxa Selic é a LFT (Letras Financeiras do Tesouro). É a aplicação com a mais baixa volatilidade em termos de valor de mercado.  

Se há expectativa de alta da Selic ou se ela estiver acima da inflação é vantajoso investir nesta modalidade.

Se o investimento do recurso não for para aposentadoria ou compra de imóvel, como dito acima, onde a melhor opção é pelos títulos de longo prazo, e sim para resgate rápido do valor, opte por títulos com vencimento em poucos meses para evitar grandes perdas ao resgatar um papel antes do vencimento.

Riscos e Custos

Os riscos envolvidos nessa operação são de crédito e de mercado. Como já destacado o risco de crédito é muito baixo já que o governo é o devedor. Já o risco de mercado existe porque os preços dos títulos podem oscilar durante sua validade dependendo dos juros da economia ou da inflação.

Os títulos públicos são negociados na plataforma Tesouro Direto que aceita investimentos a partir de R$ 30 e de curto, médio ou longo prazo.

O site é http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto ligado à Secretaria do Tesouro Nacional. Onde o investidor fará um cadastro e escolherá dentre as opções, uma corretora.

Os custos englobam uma taxa semestral de custódia cobrada pela BM&F Bovespa para guarda dos títulos, a taxa da corretora (algumas não cobram), IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o Imposto de Renda, obrigatório, cobrado no vencimento.

Redação

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Será que valeu a pena?

    Fico me perguntando se terá valido a pena a vitória de Dilma na eleição presidencial. Dizem que para a ex-candidata Marina Silva, bastavam 4 tuítes do Malafaia para rever seu plano de governo. O governo dilma aumenta a selic com menos de 1 semana de terrorismo e mimimi do “mercado”. Aí fica difícil.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador