The Economist: Portugal supera crise sem seguir fórmulas de austeridade

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Foto: Alexander De Leon Battista
 
Jornal GGN – Em reportagem publicada nesta semana, a revista britânica The Economist fala sobre os esforços realizados por Portugal para sair da crise econômica. Ao contrário da Grécia, que adotou o cartilha da austeridade determinado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), os portugueses decidiram ir por outro caminho, e conseguindo reduzir o deficit fiscal enquanto aumentava aposentadorias e salários. 
 
O governo do primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, diminiu o deficit do orçamento pela metade do ano passado, ficando em 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o melhor resultado registrado desde 1974, quando o país saiu de uma ditadura para a democracia. 

 
A receita adotada pela administração de Costa corrobora com a tese defendida por economistas heterodoxos, de que os países precisam elevar o gasto público para aumentar a demanda interna, reativando a economia e aumentando as receitas. 
 
Pela primeira vez, Portugal conseguiu atingir a meta estabelecida para os países da zona do euro, reestabelecendo aposentadorias e salários aos níveis pré-crise de 2008. 
 
Em 2014, o país tinha um  crescimento negativo do PIB e a taxa de desemprego chegava a 15%. Hoje, o Banco Central português estima uma redução do desemprego para 7% em 2019, com crescimento de 6% na exportações.
 
Apesar da melhora, a Comissão Europeia alerta para a fragilidade dos bancos do país, e a revista britânica aponta para o aumento da dívida pública, que pode chegar a 131% do PIB.
 
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Redação

5 Comentários

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  1. O que a Economist não diz é

    O que a Economist não diz é que à Grécia não foi dada a possibilidade de uma saída como a de Portugal pois a Troika governa ela de fato. O exemplo português nesse caso vale mais para países como Espanha, Irlanda e Itália que ainda não chegaram no estágio de dependência que a Grécia chegou.

  2. Por essas e outras que estou,

    depois de 38 anos de Brasil, preparando minha mudança para Portugal, retirando daqui meus investimentos, primeiros os financeiros, já que os imobiliários são hoje totalmente ilíquidos, antes do estouro da boiada, que na minha humilde opinião, não há de demorar.

    Alias, para comprovar as seguidas avaliações do nosso André Araújo, nos meus últimos almoços e happy hours com ex-colegas de profissão, todos confirmam que a recessão industrial, não só não acaba, como aumentam os atrasos de pagamentos, preparando um calote generalizado. Vários estão de malas prontas para os states.

  3. Pergunta.

    É verdade que os que tomam medidas de austeridade no Brasil fizeram um golpe de Estado no país pra se livrarem da cadeia?

    Pelo menos seria um país diferente da Islândia neste aspecto em especial.

  4. A Grécia está ocupada.

    A Grécia está ocupada. Ponto.

    Pelo que leio sobre Portugal vejo que o déficit pode estar ok, mas há uma onda de privatizações e de ingerências da Troika por lá também.

    Essa notícia é para evitar uma debandada geral após o Bexit.

  5. portugal

    Portugal esta super POBRE e nas maosdo FMI!!Osalario e`o mais baixo da Europa e a unica medida que fez para crescer o imobiliario foi leis de isencao fiscal a estrangeiros!Portugal esta ate mais violento lamento informar obrigada

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