Torquato e o rei lagarto

Enviado por jns

 Aqui é o fim do mundo

                   Aqui, o Terceiro Mundo
                   Pede a bênção e vai dormir
                   Entre cascatas, palmeiras
                   Araçás e bananeiras
                   Ao canto da juriti

                   Aqui, meu pânico e glória
                   Aqui, meu laço e cadeia
                   Conheço bem minha história
                   Começa na lua cheia
                   E termina antes do fim

                   Aqui é o fim do mundo

 

Redação

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    1. Francis Coppola

       

      Suas explorações ao redor do poder e sobre os horrores e o absurdo da guerra transcenderam sua obra artística.

                  Fotograma "Apocalypse Now", Marlon Brando como Kurtz

      Tenho visto horrores… horrores que você já viu. Mas você não tem direito de me chamar de assassino. Você tem o direito de me matar. Você tem o direito de fazer isso… mas você não tem direito de me julgar. É impossível palavras para descrever o que é necessário para aqueles que não sabem o que significa horror. Horror… Horror tem um rosto… e você deve ficar amigo do horror. Horror e terror moral são seus amigos. Se não forem, então são inimigos a serem temidos. Eles são realmente inimigos!

                    

      Eu me lembro quando eu estava nas Forças Especiais… Parece mil séculos atrás. Entramos em um acampamento para inocular algumas crianças. Saímos do acampamento depois tivemos inoculadas as crianças contra a pólio, e esse velho veio correndo atrás de nós e ele estava chorando. Ele não podia ver. Fomos lá, e eles tinham decepado cada braço inoculado. Lá estavam eles em uma pilha. Uma pilha de bracinhos. E eu me lembro … Eu… Eu… Eu chorei, chorei como uma avó. Eu queria arrancar meus dentes, eu não sabia o que fazer! E eu quero lembrar me disso. Eu nunca quero esquecer … Eu nunca mais quero esquecer.

                 

      E então eu percebi … como se eu tivesse tomado um tiro … como se eu fosse baleado com um diamante … uma bala de diamante através da minha testa. E eu pensei, meu Deus … o genialidade que isso! A genialidade! A vontade de fazer isso! Perfeita, verdadeira, completa, cristalina, pura. E então percebi que eram mais fortes do que nós, porque agüentavam isso. Não eram monstros. Eram homens… soldados treinados. Homens que lutaram com seus corações, que havia famílias que tinham filhos, que estavam cheios de amor… mas eles tinham a força… a força… para fazer isso. Se eu tivesse dez divisões desses homens, nossos problemas aqui teriam acabado bem depressa. Você tem que ter homens morais… e, ao mesmo tempo aqueles que são capazes de utilizar seus instintos primordiais para matar sem emoção… sem paixão… sem julgamento… sem julgamento! Porque o julgamento é que nos derrota.

      Coronel Kurtz (Marlon Brando) fala ao Capitão Willard (Martin Sheen) no acampamento no meio dos vietcongues, em Apocalypse Now

                     Um dos mais célebres cineastas de todos os tempos,  Francis Coppola, recebe mais um prêmio pela brilhante carreira

      Trecho do monólogo criado pelo cineasta americano Francis Coppola, célebre por sua trilogia ‘O Poderoso Che­fão’ (1972), em Apocalypse Now de 1979.

      – Júri do Prêmio Princesa das Astúrias das Artes:

      “Suas explorações ao redor do poder e sobre os horrores e o absurdo da guerra transcenderam sua obra artística, transformando-se em ícones coletivos e universais do imaginário e da cultura contemporâneos.”

      http://ilove-quotes.blogspot.com.br/2011/03/quote-46-apocalypse-now.html

      http://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/8-melhores-frases-de-francis-coppola-34905/

    1. Sóley e Pessoa

                       Mate o palhaço

                       Ele é tão injusto

                       Deixe-o morrer

                        Se te queres matar, por que não te queres matar? 
                        Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, 
                        Se ousasse matar-me, também me mataria… 
                        Ah, se ousares, ousa! 
                        De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas 
                        A que chamamos o mundo? 
                        A cinematografia das horas representadas 
                        Por atores de convenções e poses determinadas, 
                        O circo policromo do nosso dinamismo sem fím? 
                        De que te serve o teu mundo interior que desconheces? 
                        Talvez, matando-te, o conheças finalmente… 
                        Talvez, acabando, comeces… 
                        E, de qualquer forma, se te cansa seres, 
                        Ah, cansa-te nobremente, 
                        E não cantes, como eu, a vida por bebedeira, 
                        Não saúdes como eu a morte em literatura!

                       Trecho de um poema de Álvaro de Campos

      [video:https://youtu.be/GVPMsC3C910 width:600]

       

       

  1. Unknown Soldier

    Morrison encarna uma vítima das guerras insanas e faz uma crítica feroz nessa canção.

    Robby Krieger aponta a guitarra incendiária, como uma arma de fogo, e a banda simula uma rajada de balas no lagarto mórbido-performático que cai no palco.

    [video:https://youtu.be/0oW9GLgsa8s width:600]

  2. corvos

                      

                        não impeçam

                        que me entorpeça

                        adormeça e feneça

                        com finesse

     

                      

                       jns

  3. Será que só eu ouço no refrão

    Será que só eu ouço no refrão da canção de Gil e Torquato: 

    “Aqui é o fim do mundo

    Aqui é o fim do mundo 

    Aqui é o fim do mundo 

    Ou lá…”

    Inclusive há uma rima com “olelê lalá”.

    1. Chacal

       

                         com deus mi deito com deus mi levanto

                         comigo eu calo comigo eu canto

                         eu bato um papo eu bato um ponto

                         eu tomo um drink eu fico tonto.

                        

                          Eu vi Deus e o diabo

                          dançando na terra do sol

                          Glauber Rocha era o máximo

                          tão bom quanto rock and roll

                         

                         Veiu uns ômi di saia preta

                         cheiu di caixinha e pó branco

                         qui eles disserum qui chamava açucri

                         aí eles falarum e nós fechamu a cara

                         depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo

                         aí eles insistirum e nós comemu eles. 

                         Chacal – Ricardo de Carvalho Duarte

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