Trabalhadora rural é torturada e morta

Jornal GGN – CUT cobra investigação rigorosa da morte da quilombola e trabalhadora rural Francisca das Chagas Silva. A Central Única dos Trabalhadores disse, ainda, que irá acompanhar de perto os trabalhos da polícia para que “os envolvidos, mandantes e executores sejam punidos”.

A militante, de 34 anos, foi morta na madrugada do dia 1º de fevereiro, com sinais de tortura e violência sexual. Francisca era quilombola do povoado Joaquim Maria, na zona rural do município de Miranda do Norte (Maranhão).

Do Cut.org

Nota da CUT de repúdio contra o assassinato da trabalhadora Francisca das Chagas Silva

Francisca era trabalhadora rural e sócia no Sindicato de Mirando do Norte

Escrito por: CUT Nacional

A Central Única dos Trabalhadores vem a público manifestar seu repúdio contra o assassinato da Margarida Francisca das Chagas Silva, de 34 anos, que foi morta com requintes de crueldade, e sinais de violência sexual, na madrugada do dia 1º de fevereiro.

Quilombola do povoado Joaquim Maria, na zona rural do município maranhense, de Miranda do Norte, Francisca, era trabalhadora rural e sócia no Sindicato. Foi uma das muitas Margaridas que estiveram em agosto de 2015 em Brasília, reivindicando um Brasil e um mundo, com: “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.

O assassinato da mulher e trabalhadora rural evidencia como ainda é assustadora a violência que é praticada contra as mulheres no Brasil, sobretudo as mulheres negras.

A CUT, que sempre lutou por políticas públicas para combater, enfrentar e denunciar qualquer tipo de violência, irá cobrar e acompanhar para que haja uma investigação rigorosa e que todos os envolvidos, mandantes e executores sejam punidos. Francisca foi mais uma vítima machismo e do ódio de classe em nosso país.
 

Redação

9 Comentários

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  1. esse é o estágio das relações

    esse é o estágio das relações de classe no brasil, em algumas regiões.

    os patrimonialistas, donos de tudo, matam a rodo, sem qualquer punição…

    os caiados da morte dvem vibrar com esses extermínios…

    1. Já que o povo negro e pardo

      Já que o povo negro e pardo não luta o suficiente para libertar-se da segunda escravidão, deveríamos lutar por e com eles, pois lutando por e com eles estamos lutando por nós.

  2. A dívida política é muito maior que qualquer bolsa miséria!!!
    A perda humana e social com o assassinato político de Margarida Francisca das Chagas Silva militante quilombola trabalhadora rural somadas ao também assassinato do doutor Marcus Vinícius dia 05/02 e tantos outros crimes políticos impunes nesses últimos 20 anos demonstram que a maior dívida do PT é a política! Trocaria de imediato todas as bolsas misérias pelo avanço político da classe trabalhadora que aí sim teria condições de conquistar e consolidar sua dignidade ao invés de viver essa indigência social e humana e que poderá ser efêmera e ser arrebatada como está sendo pela falta de política de suas pseudas lideranças. Lamento a perda do professor e da militante quilombola e temo que assim como tantas outras continuarão impunes!!!!!!!!

  3. Mais Um…

    Nassif: sejamos francos. Trata-se de pessoa pobre, negra, agricultora e, ainda por cima, do Maranhão. Para grande parte de Polícia (do Zé etc.) e de parcela expressiva do Judiciário, um caso assim NÃO VEM AO CASO!

  4. PAÍS DA IMPUNIDADE

    Reverência à memória de todas as pessoas que são assassinadas por lutarem em busca de justiça social. A crescente quantidade de mártires do movimento quilombola cobre de tristeza e de vergonha a nação brasileira. Urge clamar pela urgente mobilização da sociedade civil organizada para denunciar estes crimes de lesa pátria, e para exigir do poder público a rigorosa investigação e coibição dos hediondos crimes cometidos pelos asseclas do capitalismo predatório contra as comunidades indígenas e quilombolas.

  5. Brasil

    Tão distante do Céu, tão próximo do Inferno…

    A valorização da vida humana em nosso País deve ter um dos níveis mais baixos do planeta… Tipo o das eras primitivas.

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