Turismo para quem?, por Vera Lucia Dias

Turismo para quem?, por Vera Lucia Dias

Em várias regiões brasileiras nota-se preocupação de esferas públicas, assim como da sociedade civil, de apresentar reflexões sobre importância do patrimônio arquitetônico e o natural. Nos locais onde há programas de ações sociais culturais junto a crianças ocorre um retorno com resultados positivos.

Preparo e acesso de jovens a atividades como música, teatro, artes plásticas, eventos, visitação a espaços diferentes, pode ter como resultado novos valores e ofertas culturais.

Dar a chance ao jovem de ter acesso a informações sobre importância de sua cidade é forma de desestimular atos equivocados. Assim como os meninos do município de Santana de Parnaíba aprenderam técnicas de restauro, outros projetos podem dar continuidade nessa tarefa.

Sendo assim, o fortalecimento de um turismo que se denomina cultural vem possibilitar mais um tema para a sociedade. Será muito bom em primeiro lugar aos moradores, depois também ao visitante.

Em geral o turista quando portador de conhecimentos exige diferencial com sofisticação ou originalidade. Seja uma oferta de arte local ou o espaço onde vai alimentar-se, tudo pode ser repensado para o melhor.

Além disso, esse passeante pode ser orientado também a manter as condições ideais do espaço visitado.

Na cidade de São Paulo é um desvendar diário, são exemplos na região central a Catedral da Sé, orgulho dos moradores, uma surpresa aos visitantes; ou o Centro Cultural Banco do Brasil com suas exposições e bom atendimento; usufruir atividades do Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal ou saborear um café e conhecer o lugar de origem da cidade chamado Páteo do Colégio.

Descobrir os lugares importantes e gratuitos, observar os passantes de tantas etnias no espaço urbano é uma atividade interessante a todos. Sentir-se turista provoca outro olhar, brinca com a ideia de viagem na própria cidade.

Essa atividade cresce em muitos países, possibilitando olhares para diferentes formas de viver. Gera fonte de renda e possibilita criação de negócios e desenvolvimento local. Mas o fator qualidade é que pode fazer a diferença.

Vera Lucia Dias é turismóloga e guia da cidade   

Redação

3 Comentários

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  1. turista é aquele que viaja pra ver o que todo o mundo vê

    – frase numa reportagem de Sérgio Augusto, crítico cultural, observador do comportamento. De segunda mão, por Olgária Mattos, de Proust: “A única verdadeira viagem não é ir ao encontro de novas paisagens, mas a de ver com outros olhos”. De mim, mesmo: há uma gigantesca diferença entre turista e viajante, o primeiro é superficial, e é guiado, teleguiado de diversas formas; o segundo se guia a si mesmo, é descobridor, e enxerga, por vezes nem precisa de mochila, liberto da “indústria” do turismo (Claro que é boa pra quem dela precisa ou gosta, ou é condicionada e levada a gostar, por toda uma vida educada nesse sistema do consumo, de coisificação do ser humano).

  2. Se ha dois pontos em que os

    Se ha dois pontos em que os governos  mais erram, eles dizem respeito justamente ao trato as questões culturais e turisticas.

    Quanto ao turismo nem planos existem.

    Vai no que vai.

    E vai mal. A autora dos post não deve viajar.

    As cidades historicas mineiras, por exemplo, se destroem dia a dia.

    Sobra Tiradentes, por milagre. Ha pouco tempo, as autoridades municipais autorizaram ate a mineração do morro que cerca a cidade. A devastação so não foi efetivada, devido a ação de um padre e alguns poucos cidadãos da cidade.

    O mesmo ocorre com varias comunidades litoraneas, onde as praias são desfiguradas por construções que não tem limites.

    O Brasil parou num discurso unico sobre o “escandalo da Petrobras”.

    Ninguem fala, porem,  sobre os escandalos em quase todas as  administrações municipais, onde os interesses imobiliarios se sobrepõe aos turisticos.

    A proteção ao nosso patrimonio cultural e natura é de interese nacional, portantol deveria ser exercida pela esfera federal, atraves de legislação e incentivos. Não existe outro caminho.

     

  3. quem vija e quer conhecer nao

    quem viaja e quer conhecer nao precisa de nada sofisticado. eu adoro viajar e nao me importo. o que eu gosto é aprender mais.

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