UFMG expulsa aluno por trote racista

 

 

Reprodução

Veteranos aparecem fazendo a saudação nazista ao lado de um calouro amarrado

Jornal GGN – A Universidade Federal de Minas Gerais expulsou um aluno e suspendeu outros três por um semestre em razão de um trote considerado racista. Um parecer de comissão da Universidade, que chegou a investigar 198 estudante do curso de Direito,  foi decisivo para adotar as punições.

O caso ocorreu no início do ano passado e gerou polêmica em razão das fotos divulgadas. Em uma delas, os veteranos aparecem fazendo a saudação nazista ao lado de um calouro amarrado em uma pilastra. Em outra, uma aluna pintada de preto com um cartaz escrito “Caloura Chica da Silva” é arrastada por uma corrente por outro aluno. O reitor da UFMG, Jaime Ramírez, disse que “A Universidade tem uma responsabilidade perante a sociedade” e afirmou que estes atos não podem ser tolerados.

Do Estadão

Estudante da UFMG é expulso por participar de trote racista

Outros três alunos foram suspensos. Punições foram adotadas após parecer de comissão que investigou 198 estudantes de Direito

BELO HORIZONTE – Um estudante da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG) foi expulso e três foram suspensos por um semestre por causa de um trote considerado racista ocorrido no início do ano passado. As punições adotadas nesta terça-feira, 12, pelo Conselho Universitário da instituição foram adotadas com base em parecer de comissão que chegou a investigar 198 estudantes da Faculdade de Direito. Este ano, a universidade editou resolução que proíbe qualquer tipo de trote.

O caso que resultou nas punições ocorreu em 15 de março de 2013 e foi motivo de polêmica por causa da divulgação de fotos em que veteranos aparecem fazendo a saudação nazista ao lado de um calouro amarrado a uma pilastra. Em outra fotografia, uma aluna pintada de preto e com um cartaz pendurado no pescoço com a frase “Caloura Chica (sic) da Silva” é puxada por uma corrente por outro estudante.  

Para a comissão formada por três professores da faculdade encarregada do processo administrativo disciplinar contra os estudantes, as imagens, veiculadas em redes sociais e na imprensa, são “repulsivas e remontam a situações simbólicas de discriminação histórica, além de atentarem contra as conquistas da liberdade, igualdade e diversidade garantidas juridicamente, o que não pode ser olvidado, especialmente em uma faculdade de Direito”.

Segundo a assessoria da UFMG, o parecer foi decisivo para a expulsão de Gabriel de Vasconcelos Spínola Batista e as suspensões de Gabriel Augusto Moreira Martins, Gabriel Mendes Fajardo e Giordano Caetano da Silva pelo “envolvimento na aplicação de trote em alunos do primeiro período da Faculdade de Direito”. Ao todo, a sindicância instaurada para apurar o caso constatou que 68 alunos do segundo período da faculdade participaram do evento, 98 estudantes contribuíram com dinheiro para o trote e 32 integrantes do centro acadêmico fizeram a distribuição de bebidas alcoólicas na ocasião, mas apenas os quatro punidos aparecem nas fotos.

“A Universidade tem uma responsabilidade perante a sociedade e a comunidade, e atos como esses não podem ser tolerados”, avaliou o reitor da instituição, Jaime Ramírez. Para ele, as punições “vão ao encontro de medidas” adotadas este ano pela universidade, como a resolução que proíbe trotes. O Estado não conseguiu localizar os estudantes na noite desta terça.

Redação

28 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Correta a decisão.Essa

    Correta a decisão.

    Essa tatica de tentar ” banalizar o mal  ”  atraves do uso de coisas como saudação nazista em supostas ” brincadeiras ” ou denegrir a imagem de um grupo de seres humanos em relação à outro deve ser combatida de forma firme.

    Um boçal a menos na Universidade …rs

    1. Plenamente de acordo. E o

      Plenamente de acordo. E o pior eh que eles vao choramingar e possivelmente usar os termos ditatorial, autoritario, arbitrario, etc. Muleques.

    1. LEGISLAÇÃO?

      Meninos são punidos negando-lhes a oportunidade de estudar, enquanto criminosos comuns reduzem sua pena pelo fato de estudar. Estamos sendo subservientes demais com interesses judaicos e pouco coerentes com o espirito das nossas próprias Leis.

      http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/927707-senado-aprova-reducao-de-pena-para-preso-que-estuda.shtml

      http://tj-ms.jusbrasil.com.br/noticias/2759058/lei-permite-reducao-de-pena-a-detentos-por-frequentar-escola

      http://www.douradosagora.com.br/noticias/brasil/camara-aprova-reducao-de-pena-para-preso-que-estuda

    1. Exagero coisissima nenhuma

      Exagero coisissima nenhuma Alexis, vc vai me perdoar. Essa punicao cria inseguranca para mentes babacas que povoam as universidades brasileiras. Chega de passar a mao na cabeca.

    1. Idiota?

      Idiotas são pessoas alienadas que, depois de assistir tanto filme de Hollywood acham que estão ainda vivendo na segunda guerra mundial.

      Enquanto isso, veja quem manda mesmo no mundo!

      1. Foi uma brincadeira

        Foi uma brincadeira infeliz.

         

        Não sei se vc reparou na foto mas Hitler esta amarrado na parede e eles estão zoando Hitler amarrado.

         

        Ou vc acha que estes jovens são nazistas?

        O que é mais razoável?

  2. Brincou? / logo é “nazista” / por tanto é culpado

    Os meninos brincam com um assunto acontecido muitos anos atrás, que para eles pode ser o mesmo que uma saudação do tipo: “ave césar”, ou algo assim.  O que foi tipificado como delito foi a conduta apelidada de “racista”, O poder judaico pune a falta de espírito bovino dos jovens brasileiros, ao não seguir as Leis que eles mesmos criaram no mundo. O que devia sim ser condenado como delito são os fatos linkados abaixo, onde jovens brasileiros (serão brasileiros?), e “do bem” (como gosta o Leônidas) vão a lutar por israel, a matar crianças palestinas. 

    http://www.inpeb.com.br/?p=2461

    http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2014/08/coracao-fica-apertado-afirma-pai-de-brasileiro-que-serve-exercito-de-israel-sao-carlos.html

  3. Taí……………………

    Levantou o braço, se Fú…………

    Como disseram, pode ser uma saudação romana tipo, “AVE CÉSAR”, E AÍ??????????????

    Onde iremos parar com estas babaquices, em considerar que quase tudo é criminalizado como discriminação/racista? 

    Segundo a comissão formada por três professores, as imagens são  “…. “repulsivas e remontam a situações simbólicas de discriminação histórica, além de atentarem contra as conquistas da liberdade, igualdade e diversidade garantidas juridicamente, o que não pode ser olvidado, especialmente em uma faculdade de Direito”.

    Outro fato a considerar, é que o trote foi praticado no ano passado, isto é em 2013 e segundo o texto, ” … as punições “vão ao encontro de medidas” adotadas este ano pela universidade, como a resolução que proíbe trotes.”

    Então tá, quer dizer que vamos legislar sobre fatos passados, e puni-los após a criação de leis? Bela grade do  curso de direito deve ter esta UFMG!

    Mais nada a declarar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. O reitor apenas comentou que

      O reitor apenas comentou que a decisão foi ao encontro da nova resolução, traduzindo, está alinhada à nova resolução.. Não significa que a punição ocorreu POR CAUSA da resolução. aliás, se assim fosse, não precisaria a comissão ter trabalhado por quase um ano no caso, já que bastaria remeter ao descumprimento da resolução – coisa que poderá ser feita caso algo parecido se repita.

  4. Fico absolutamente espantada

    Fico absolutamente espantada com comentários que dizem que “os meninos” estavam brincando, e que se está negando aos “meninos” o direito de estudar. Ora, o estudante pode se inscrever em qualquer universidade que queira. Mas numa universidade pública, é preciso ter respeito à vaga que se ocupa – vaga subsidiada por TODA a sociedade. Não se trata de “meninos”. São homens com responsabilidade, e se não forem, não fazem jus ao lugar que ocupam.

    Sou professora de universidade federal e lido todos os dias com homens e mulheres que se comportam como “meninos”, que não tem noção da responsabilidade de estudar em uma universidade pública no Brasil. Agora entendo melhor o que legitima tal comportamento.

     

  5. Pegos com a brocha na mão

    Que estes estudantes precisam de punição, acho que ninguém discorda. Mas será que a manifestação deles é uma “geração espontânea”, apartada do ambiente familiar e social em que vivem e sempre viveram?

    Me parece que este caso é bem parecido com o da Twitteira que mandou afogar nordestinos.

    Como outro comentarista disse, jovem é assim, só faz besteira, e quer-se ou não, o estudante de 18, 19, 22 anos é o adolescente de ontem, já que nossas novas gerações amadurecem muito menos precocemente que as antigas.

    Assim sendo, com personalidade ainda em construção, natural que emulem o que é defendido e/ou tolerado pelos “adultos”, ou seja, pratiquem comportamentos que julgam socialmente aceitos, pois em sua volta nunca encontraram reprovação ou censura a eles.

    Não vamos nos enganar: no país em que se aplaude justiceiro que espanca e amarra nu em poste jovens negros, em que o preconceito racial é explorado dia-e-noite em jornais, novelas, filmes e stand up comedy’s da vida, são opacos os limites sobre o que é discurso de ódio e o que não é, o que é apologia a escravidão e o que é “brincadeirinha”.

    A diferença, no caso, entre o “moleque” e o “adulto”, é que o primeiro não tem lá bem a noção do que irá feder e o que não irá. SÓ. Por isto, creio que não adianta vilanizar estes estudantes e defender punições draconianas achando que isto será a solução mágica para tudo.

    O caso da Twitteira é paradigmático: ela carregou sozinha a cruz, enquanto 4 anos depois o preconceito e o ódio contra nordestinos que votam em Dilma segue firme, forte e cada vez mais desbragado nas redes sociais.

    A resposta, portanto, tem de ser política, de conteúdo educativo, visando mudar não só a mentalidade destes jovens, mas também dos adultos em que eles se espelham.

    Pode-se vomitar com isso ou não, mas estes universitários não esperavam nada além de aplausos e popularidade com o que fizeram, simplesmente porque essa sempre foi a consequência natural em almoços de família, colunas semanais na mídia e palcos de stand up.

    Posso até concordar com a expulsão deles, mas demonizá-los – como se fossem vilões, e não seres humanos altamente influenciáveis – não é o caminho.

  6. Prioridade

    O estudante da saudação nazista foi expulso e os racistas suspensos. Mais uma vitória de Israel. Na verdade, não concordo com expulsões, são unilaterais, como no caso dos trotes, que a universidade brasileira não sabe lidar, porque é apenas uma de suas faces. No final dos anos 90, a Folha de São Paulo, Frias, publicou, de forma maldosa, uma foto dos professores votando em uma assembléia. Parecia uma foto do eixo. Tudo farinha do mesmo saco.

  7. O negócio é demonizar a tudo

    O negócio é demonizar a tudo e todos que “contrariem” os novos valores dos velhos oprimidos… começando por aqui. Trote 0 x 0 Liberdade de Expressão… viva à democracia!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador