Um breve relato da família Sander no Brasil

Sugerido por Frederico69

Do site da família Sander

 
Os Sander chegam ao Brasil e se estabelecem no Rio Grande do Sul Sob o amparo da política imigratória implantada pelo Imperador Dom Pedro I, em julho de 1824, chegaram os primeiros imigrantes alemães à então Província de São Pedro do Rio Grande. Eram 39 pessoas que passaram a integrar o primeiro núcleo germânico no Brasil. Estabeleceram-se às margens do rio dos Sinos, a 30 quilômetros de Porto Alegre, no atual município de São Leopoldo, que se tornaria o centro irradiador da cultura alemã no sul do País.
 
Em poucos anos, milhares de imigrantes viriam a colonizar todo o vale dos Sinos e, posteriormente, os vales do rio Caí e do rio Taquari, modificando significativamente a fisionomia econômicae cultural da região.
 
Quem acolheu os imigrantes e fundou a Colônia Alemã de São Leopoldo foi José Feliciano Fernandes Pinheiro, então Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande, e que posteriormente receberia do Império o título honorífico de Visconde de São Leopoldo, em reconhecimento por sua destacada gestão. Foi nesse contexto que, nos idos de 1829, três irmãos Sander – Adam, Jacob e August – chegaram a São Leopoldo. Um quarto irmão Sander teria permanecido no Rio de Janeiro para servir à Família Imperial. Outros dois teriam seguido para a Argentina.
 

 
Adam Sander (Adão), de 37 anos de idade, chegoua São Leopoldo no dia 14 de maio de 1829 com sua mulher Catarina Matzenbacher e quatro filhos. Jacob Sander (Jacó), com 25 anos, chegou 10 dias depois, com sua mulher Catarina Umlauf, um filho e sua sogra Philippine Berlitz (Filippina), que acabara de completar 43 anos. Filippina Berlitz, que naAlemanha se separara de Johann Jakob Umlauf, casou-se novamente no Brasil com o viúvo Johannes Heinrich Stoll e faleceu em São Leopoldo em 1844. August Sander (Augusto) chegou a São Leopoldo em 7 de março de 1829 com 39 anos de idade e ainda solteiro, casando-se posteriormente com uma brasileira e estabelecendo-se na fronteira cisplatina banhada pelo rio Uruguai. Na Alemanha, os irmãos Sander deixaram seus pais Johannes Sander e Maria Müller, domiciliados em Bedesbach, cantão de Wolfstein, distrito de Kaiserslautern, na então província renana da Baviera, onde tiveram vários outros filhos que permaneceram na Europa.
 
Os irmãos Sander saíram da Alemanha pelo porto de Hamburgo – ou, segundo outra versão, pelo porto de Bremen – em 1827, mas só chegaram ao Brasil em 1829, pois o veleiro Cecília foi surpreendido no Canal da Mancha por uma terrível tempestade. Seriamente danificado e abandonado pela tripulação, o Cecília foi socorrido em tempo por um navio inglês e rebocado para Plymouth – ou, segundo outra versão, para Falmouth – na Inglaterra. De acordo com alguns registros, na Inglaterra teria nascido Jacó Sander Filho (“Jacó, o Preto”), filho de Jacó Sander e Catarina Umlauf.
 
Após permanecerem na Inglaterra por mais de um ano, os irmãos Sander e seus companheiros de viagem recomeçaram a travessia do Oceano Atlântico, provavelmente em outro navio, graças à interferência da imperatriz austríaca D. Amélia Von Leuchtenberg, em viagem ao Brasil. Foi assim que os irmãos Adão, Jacó e Augusto Sander chegaram ao seu destino no Rio Grande do Sul naquele primeiro semestre de 1829, depois de cumprirem os requeridos trâmites imigratórios no Rio de Janeiro. Esses irmãos Sander que chegaram ao Rio Grande do Sul estabeleceram-se em Dois Irmãos, nas proximidades de São Leopoldo.
 
Conta a tradição que o Kerb de São Miguel ou Michelskerb, que se celebra anualmente em Dois Irmãos, foi estabelecido pelos imigrantes alemães do naufragado e recuperado veleiro Cecília para comemorar o final feliz da aventura transoceânica e a chegada a essas terras prometidas. Tal tradição guarda relação com o fato de que uma das várias chegadas do Cecília no Rio de Janeiro ocorreu em 29 de setembro de 1829, dia do Arcanjo São Miguel.
 
A partir de São Leopoldo, os imigrantes alemães e seus descendentes espalharam-se por distintas regiões do Estado do Rio Grande do Sul e, posteriormente, por outras regiões do País, especialmente Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Outros imigrantes alemães permaneceram no Estado do Rio de Janeiro para prestar serviços à Família Imperial, estabelecendo importantes núcleos em Petrópolis, Friburgo e outras cidades serranas.
 
http://sandersite.com/
Redação

24 Comentários

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  1. Família Sander em Itambacuri, MG

    Seu Hermes, era como a gente conhecia o engenheiro Hermes Sander, que teria ido para Itambacuri depois de trabalhar na construção de um dos trechos da rodovia que hoje é a BR116 (Bahia – Rio), mas estou apenas chutando, porque não tive contato mais alongado com ele e familiares para saber desses fatos que nos matavam de curiosidade. A fazenda dele em Itambacuri tinha uma cachoeira que a gente frequentava, bastando passar pelas cercas próprias para gado (não impediam o trânsito de pessoas) e seu Hermes não se importava com isto – era considerado gente boa, educado, sério, por toda a cidade. Me lembro das fisionomias de 2 filhas dele, cujos nomes esqueci, e me lembro também da esposa, todos com aspecto tipicamente alemão – do mesmo jeito que os alemães que víamos sempre que a gente ia a Teófilo Otoni, a 27 quilômetros de distância.

    Este texto cita a fazenda de seu Hermes:

     http://www.recantodasletras.com.br/contos/4464551

  2. familia sander
    alguem conhece Pedro sander!filho de Bernardino Sander e Ana de Almeida Pilar,nasceu no interior de Passo Fundo em um antigo vilarejo posterior pertencente a David canabarro,quem sabe um irmao dele!me chamo Edna Sander sou filha dele!somos em sete irmaos,sabe-se contado pelo meu falecido e amado pai PEDRO SANDER que foi registrado por o seu verdadeiro pai mas entregue a uma familia de lagoa vermelha,onde foi criado a partir dos cinco anos de idade,e oque gostariamos nos os filhos apenas que talvez encontrassemos algum familiar dele.nunca tivemos interesse antes pois nos bastava ter ele nosso querido e amado pai!

    1. O nome dele era Pedro Adolfo

      O nome dele era Pedro Adolfo Sander e a esposa seria Guilhermina Karr Sander?

      Se for esses nomes eles eram meus trisavós.

      Estou procurando informações para montar minha árvore genealógica também. 

      1. Será?

        Meu trisavô também era Pedro Sander! Será que é o mesmo? Meu bisavô, no caso, se chamava Albano Sander, casado com Dalinda Sander. Também estou montando minha árvore.

    2. Meu pai era de Itambacuri, Minas Gerais ( Expedito Pereira Sander) Após sua saída de Minas, na década de 1960, nunca mais voltou em sua cidade natal…eu gostaria de saber mais sobre a família Sander…moro em São Paulo.

      1. Olá Silvio, sou a Luscléia Sanders, meu pai Joaquim Pereira Sanders e seu Avô Ladislau Pereira Sander moravam em Aguas Formosas- MG, estou em busca desta nossa origem para montar nossa arvore…
        vai ser um prazer podermos falar mais sobre

  3. Antonio Francisco, por

    Antonio Francisco, por acasalo Hermes Sander era meu tio avô. Ele era conhecido como Lelé, irmão da minha avó Cyrene Sander. Meu bisavô era pastor da igreja Luterana em Teófilo Otoni. Minha bisavó era alemã tbm, e falava muito mal o português. Ela na verdade nasceu na ilha da Sumatra quando os pais dela estavam em missão. Ela foi enfermeira durante a primeira guerra mundial e serviu na guerra.

  4. Família Sandre
    Meu avô materno se chamava David Raymundo Sandre, filho de João Colonio Sandre, somos do interior do estado do Rio de janeiro.

  5. Meus antepassados são da região de Várzea Grande, próximo a Gramado meu avô era Maurício Sander e minha avó por parte de mãe o Nome de solteira era Arminda Alcinda Haag Blunn e depois de casar ficou chamada de Arminda Alcinda Sander,

  6. Estou querendo descobrir quem foi o Alemão Sander que chegou em Porto Seguro e depois casou-se com uma mulher negra, pois ate onde descobrir são meus possíveis triavós..Grata pela ajuda
    Luscléia Sanders

  7. FAMÍLIA SANDER;
    SOU SANDER MEU AVÔ ERA CARLOS SANDER; TEVE 17 FILHOS COM TRÊS ESPOSAS DIFERENTES, A ULTIMA MINHA VÓ; MORAMOS EM CONCÓRDIA SANTA CATARINA; ELE VEIO DO RIO GRANDE DA SUL; TANTO ELE COMO MINHA VÓ JA SÃO FALECIDOS; MINHA VÓ ERA DA FAMÍLIA FAUTH E TAMBÉM VIERAM DO RIO GRANDE DO SUL.

  8. Minha vó é Sander, veio de Itambacuri/MG pra Betim/MG, mas nenhum dos filhos herdou o sobrenome Sander, mas queria saber mais sobre nossa descendência, pois esse sobrenome é por parte do meu trisavô, já que por parte da trisavó era índios.

  9. Olá pessoal! Meu nome é Marcos sou de Minas Gerais, lendo estes comentários me surpreendi. Minha bisavô se chama Maria Pereira Sander a mãe dela é Theodora Pereira Sander e minha trisavó com o mesmo nome Maria Pereira Sander. Estou formando minha árvore genealógica e busco está origem, se vocês poderem me ajudar.

  10. Meu avô, Verany Sanders era da cidade de Cruz alta, no Rio Grande do Sul e veio para o Rio de Janeiro. Assim nascendo meu pai Clemens Sanders! Também busco minha árvore genealogica!

  11. Neta de Mucuri Sander e Gyacomina Moura Sander, somos de Teófilo Otoni/MG, minha família é bem numerosa maus avós tiveram muitos filhos, e a família se espalhou. Tem gente morando no sul, suldeste e nordeste.

  12. Meu tataravô era José Pereira Sander, pelo que sei ele era de Itambacuri-MG ou Teófilo Otoni, pois minha bisavó (Maria Pereira Sander) nasceu em Itambacuri-MG. Eles eram pessoas de muitas posses, agricultores donos de fazenda.

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