Usado para atrair mídia, caso Celso Daniel virou “irrelevante” para a Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Em abril, procuradores da Lava Jato prometiam descobrir por que Ronan Maria Pinto teria sido beneficiado com R$ 6 milhões de um empréstimo fraudulento, intermediado por figuras ligadas ao PT. Às vésperas do impeachment, a imprensa festejou. “(…) os investigadores chegam perto de esclarecer o mistério que mais assombra o PT: afinal, quem matou Celso Daniel?”, publicou a Veja. Agora, a Lava Jato diz que o caso é “irrelevante” porque não encontrou provas de extorsão

Jornal GGN – Há anos, a imprensa ventila a versão de que Ronan Maria Pinto, empresário do setor de transporte e dono do jornal Diário do Grande ABC, teria extorquido a cúpula do PT – incluindo Lula – com ameaças envolvendo a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Em abril, a Lava Jato decidiu surfar publicamente nessa onda e desenterrar o caso na operação Carbono 14, às vésperas da votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara.

Aquele mês começou com os jornais noticiando que a Lava Jato conseguiu associar a morte de Celso Daniel aos esquemas de corrupção do chamado Petrolão. Os procuradores mostraram determinação em descobrir por que Ronan foi o destinatário final de quase R$ 6 milhões que teriam origem num empréstimo fraudulento que José Carlos Bumlai, o “amigo de Lula”, tomou junto ao Banco Schahin. O grupo, por sua vez, teria sido compensado com um contrato bilionário com a Petrobras.

Para prender Ronan, Sergio Moro escreveu que era “possível que este esquema criminoso [envolvendo o empréstimo] tenha alguma relação com o homicídio, em janeiro de 2002, do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, o que é ainda mais grave”.

A notícia estampou capa de jornais e revistas. A Veja publicou que os procuradores da Lava Jato estavam próximos de descobrir que, afinal, matou Celso Daniel. 

Diante de Moro, Marcos Valério, que decidiu colaborar com a Lava Jato, fez uma verdadeira cena. Disse que queria muito colaborar, mas sem dar todos os detalhes que tinha sobre a suposta motivação do PT em pagar pelo silêncio de Ronan Maria Pinto porque temia por sua própria vida.

A força-tarefa, em maio, disse ter feito um “intercâmbio de informações com o Ministério Público Estadual de São Paulo, que investigou o assassinado de Celso Daniel, para auxiliar nas investigações sobre os motivos do pagamento que estão em aberto.”

Passados sete meses, o Ministério Público Federal apresentou as alegações finais do caso pedindo que Ronan, entre outros, seja condenado por ter sido o destinatário final de parte do empréstimo fraudulento. Marcos Valério foi agraciado com um pedido de absolvição, segundo o Estadão desta quinta (17).

SEM PROVAS, NEM CONVICÇÕES

Depois de produzir inúmeras manchetes prometendo esclarecer os mistérios por trás da morte de Celso Daniel, os procuradores, contudo, classificaram o episódio como “irrelevante” para a ação que será julgada em breve por Moro.

O que importa para eles é que Ronan teria recebido, comprovadamente, pouco mais de R$ 5,7 milhões – descontado o custo da operação. O valor não é tratado pelo MPF como empréstimo de fato porque Ronan não conseguiu provar que algum dia pagou de volta qualquer parcela pelo montante recebido.

Quanto à tese de que o pagamento se deu porque o empresário do ABC teria detalhes da morte de Celso Daniel, incômodos ao PT, os procuradores da Lava Jato não acharam provas.

O que consta nos autos são duas delações, uma de Marcos Valério e outra de Alberto Youssef, que não foram corroboradas por outros elementos.

A posição do MP beneficiando Valério e solicitando a condenação dos demais acusados, inclusive deixando o caso Celso Daniel de lado, já era esperada.

Já em maio, passada a votação do impeachment na Câmara, a força-tarefa já havia dado sinais, nos jornais, de que abandonaria o barco.

Poucas semanas após a prisão de Ronan, o Estadão publicou: “Nessa nova investigação, o MPF não conseguiu encontrar indícios que ligassem o empréstimo com a morte de Celso Daniel, ligando o caso da Lava Jato com a morte do prefeito. (…) O MPF deixou, assim, de denunciar extorsão. ‘É prematura se ter uma afirmação conclusiva de que essa extorsão existiu e os motivos dela.’ Quando foi deflagrada em 1.º de abril, o procurador afirmou que ‘até o final da investigação’ a Lava jato pretendia descobrir ‘a razão pela qual Ronan recebeu esses valores’.”

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. 9 de Dezembro… Advinhem!

     

    Em comemoração ao Dia Internacional contra a Corrupção, a Controladoria-Geral da União (CGU) realizará evento no dia 8 de dezembro, no auditório da Universidade dos Correios, localizado no SCEN Trecho 02,  Lote 04, L4 Norte, em Brasília.

    Em Brasília, a data será marcada por uma solenidade, que contará com a participação do ministro-chefe da CGU, Jorge Hage. Durante a cerimônia, a CGU apresentará as ações implementadas durante o ano para combater a corrupção e premiará os vencedores do 6º Concurso de Desenho e Redação e do 2º Concurso de Boas Práticas. Acesse abaixo a programação do evento.

    No mesmo dia, serão realizados eventos simultâneos em todos os Estados brasileiros com atividades de mobilização para o controle social. Confira como vai ser a programação nos Estados na seção “Notícias Relacionadas”.

    O dia exato da celebração é 9 de dezembro, pois remete à data em que o Brasil e mais 101 países assinaram a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, em 2003, na cidade mexicana de Mérida.

     

  2. Quanto menos falar de Celso

    Quanto menos falar de Celso Daniel, melhor pro PT.

    Nassa, agora escrevendo pró PT , por que toca no assunto ?

    Se há suspeito ou suspeitos , TODOS são petistas.

    Sobretudo, e não poderia ser diferente, a alta cúpula petista,

    Deixa quieto,Nassa.

  3. DISCORDO DE PAGAR SALÁRIOS

    DISCORDO DE PAGAR SALÁRIOS EXORBITANTES A ESSES MARAJÁS PROCURADORES !!!

    OBS:EXERCE MEU DIREITO DE CIDADÃO,ATÉ Q  AS “CONVICÇÕES”PROVEM O CONTRÁRIO!

  4. O que disse o delegado que investigou o caso Celso Daniel?

    Prezados,

    A exploração midiática e por parte das quadrilhas institucionais que infestam o sistema de ‘justiça’ brasileiro, aliadas desde sempre da quadrilha política do PSDB, já é bem conhecida dos leitores mais experientes, atentos e observadores. Sempre que o PIG/PPV e as quadrilhas institucionais levantam essa lebre, me lembro da esclarecedora e demolidora entrevista concedida por Mário Carneiro, delgado que conduziu as investigações sobre a morte de Celso Daniel, que foi concedida no dia 6 de abril de 2016, ao DCM.

    Obs.: O jornal Diário do Grande ABC publicou algumas denúncias contra políticos tucanos, negligenciadas por outros veículos de mídia. Sugiro à equipe do GGN, principalmente à competente repórter Cíntia Alves, que investigue as razões que podem estra por trás essa investida do MPF contra Ronan Maria Pinto.

    Segue abaixo a entrevista com Mário Carneiro.

    “Moro tem de agir dentro da lei. O vínculo da morte de Celso Daniel com crimes da Lava Jato não é verdadeiro”, diz delegado do caso. Por Zambarda

    Postado em 06 Apr 2016por :  O delegado Marcos Carneiro Lima, de 59 anos, mineiro de Barra Longa estabelecido em São Paulo, esteve no centro do caso do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

    Foi o investigador do Departamento de Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, DHPP, responsável pelo caso. Daniel foi encontrado numa estrada de terra em Juquitiba. Os irmãos João Francisco e Bruno Daniel afirmam que conversaram com políticos do PT e sustentam a tese de crime político.

     

    O homicídio foi cometido por oito pessoas da quadrilha de Ivan Rodrigues da Silva, o “Monstro”. No carro em que ocorreu o sequestro estava como motorista Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, que também trabalhou arrecadando verba para o ex-prefeito.

    Os assassinos presos na época tinham proximidade com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e facções rivais. Marcos Carneiro Lima é especialista em sequestros. Foi delegado por 26 anos e trabalhou com homicídios e antissequestro. Também passou pela Corregedoria da Polícia Civil, foi diretor do DEMACRO — responsável pelas 38 cidades da Grande São Paulo — e delegado geral no biênio 2011/2012. Atualmente está aposentado.

    Marcos admite que a vitória do ex-presidente Lula em 2002 alimentou uma tese de crime feito a mando de outros políticos do PT contra Daniel, como Gilberto de Carvalho e José Dirceu.

    “Eu não gosto do Lula e nem tenho simpatia pelo seu partido, mas é nítido que as pessoas tentaram se aproveitar politicamente daquele episódio”. E ele diz que a história mentirosa volta de dois em dois anos, “sempre no período eleitoral”.

    Ele lembra que, em 2016, quando teremos eleições para prefeito de São Paulo, a revista Veja estampou que Celso Daniel é o “cadáver na Lava Jato”. “A única relação que pode existir com as investigações do juiz Sergio Moro tem a ver com a corrupção na máfia dos transportes em Santo André. O crime contra o ex-prefeito foi comum”, declara.

    O DCM falou com Marcos Carneiro Lima.

    A disputa política projetou o caso Celso Daniel para além dos fatos?

    Acredito que sim e lamento. Uma coisa é a disputa partidária, a outra é querer transformar uma mentira grave em verdade. Integrantes do PT praticaram diversos crimes e estão pagando por isso na Justiça. Agora, querer condenar alguém injustamente por algo que não aconteceu, o crime de mando, é uma injustiça.

    Os irmãos de Celso Daniel falam em crime político ligado ao Gilberto de Carvalho e José Dirceu. Por quê?

    Eles podem ter as opiniões que quiserem, porque eles não são policiais e nem fazem parte do sistema judiciário. Há questões familiares e pessoais que são de foro íntimo, e não alteram em nada as investigações. Agora, era um fato notório que os irmãos tinham relações estremecidas. Por isso eles empurraram essa tese para a frente.

    Questões políticas da região do ABC também pesaram muito neste contexto, incluindo a acusações de corrupção. Dá pra acreditar mesmo que José Dirceu iria pessoalmente ordenar uma morte desta forma? Uma coisa são as investigações sobre propinas em Santo André. Outra história é a questão da morte do Celso Daniel.

    O senhor diz publicamente que o crime foi executado a mando de Monstro e não por ordem do motorista Sombra. Se foi um crime comum, aconteceu apenas pelo Mitsubishi importado em que Celso Daniel estava antes de morrer? 

    A quadrilha do Monstro começou praticando roubos e sequestros relâmpagos. Eles não tinham nenhuma sofisticação e escolhiam as vítimas, no início das ações criminosas, pelo padrão dos veículos. O foco deles era os carros importados. Depois, passaram para o crime de extorsão mediante sequestro, mantendo as vítimas em cativeiro, enquanto negociavam o resgate.

    Celso Daniel foi escolhido por causa de seu carro, depois da frustrada perseguição a uma Dakota na mesma noite de 18 de janeiro. Antes do Celso, uma das vítimas foi a esposa de um diretor do Itaú, que fazia trabalho voluntário perto da favela Pantanal, na divisa entre Americanópolis e Diadema. Esta vítima morava na City Pinheiros, perto da Praça Panamericana, um bairro de alto poder aquisitivo. Outra vítima, um empresário, também era morador da mesma região. Estes dois casos ocorreram no ano de 2000.

    Já sabíamos que a quadrilha era da favela e estávamos tentando identificá-los. Fizemos uma operação no daquele ano, mas não conseguimos prender nenhum sequestrador.

    Se o crime não foi político, é possível que o PCC seja o responsável? Apesar do Dionísio de Aquino Severo, um dos culpados, ser integrante da rival CRDB (Comando Revolucionário Democrático Brasileiro).

    Não há como afirmar a ligação do Monstro com o PCC, mas ela é possível na época. A questão da briga entre o PCC e o CRDB era específica no âmbito do sistema carcerário. A ação criminosa partiu da ideia da quadrilha e não há prova de uma orientação do PCC para uma ação criminosa isolada.

    Conforme li em reportagens, nenhum dos envolvidos no crime confirma a versão de crime político, defendida pelo Ministério Público depois de 2003. Confere? Por que você acha eles negam a relação?

    Sim, todos eles negaram. Os presos foram categóricos em afirmar que foi um crime comum, mesmo os promotores prometendo aliviar as penas. Houve, inclusive, uma acareação gigante entre os presos e demais autoridades, inclusive políticos como o senador Antônio Carlos Magalhães e o senador Romeu Tuma. Mesmo assim, eles mantiveram o mesmo posicionamento.

    Eles negaram, no meu entendimento, por perceberem que seriam usados para fins espúrios, e não se sujeitaram. Sabiam que existia um interesse político na época de fazer associações mentirosas naquele caso.

    A eleição de Lula em 2003 e a ascensão de José Dirceu alimentaram a mídia na época?

    Alimentaram as teorias falsas sobre o crime. No início das investigações, que foram feitas de forma isenta pela Polícia Civil de São Paulo e pela Polícia Federal, a vitória do Lula não parecia certa. Com a vitória do PT, algum “iluminado” criou esta teoria do crime de mando, de crime político.

    Tudo isso foi feito para colar na imagem do “partido de bandidos capazes de tudo, inclusive de matar”. O jogo político pelo poder é sujo e isso fica claro nessa mentira.

    Isso tudo aconteceu no começo de 2002. O ex-presidente não sabia ainda quem seria sua equipe para governar. Celso Daniel poderia ter sido futuro ministro da Fazenda. Fica fácil fazer essas ilações.

    A imprensa não conversou com a polícia na época e provocou confusão sobre a compreensão do caso?

    Na época da apuração do crime, a ação da imprensa foi normal e apontou aspectos positivos da investigação da polícia, feito por jornalistas respeitáveis e conhecedores da questão de segurança pública. Depois, parte da mídia só dava espaço às teorias conspiratórias e surrealistas, vinculando a imagem de que o PT estaria por trás da morte de Celso Daniel.

    Depois da eleição de Lula, o Ministério Público do Estado de São Paulo optou por esta tese. Eu não entendo o real motivo, mas evidentemente atingiu o partido A em favor do partido B.

    Dionísio de Aquino Severo, um dos organizadores do sequestro do Celso Daniel, disse que tinha muitas informações sobre o “crime político”. Você disse que ele afirmou isso para ganhar tempo do PCC. O partido criminoso queria eliminá-lo?

    Sim, eles queriam. Eu prendi o Dionísio em duas oportunidades. Sempre foi um bandido articulado, a ponto de ter um programa de rádio na Baixada Santista. Ele estava fundando uma facção para se contrapor ao PCC, o CRDB, e por isso estava jurado de morte e desesperado para fugir do presídio, de onde foi resgatado de helicóptero.

    Numa das prisões, o Dionísio chegou a dizer para mim que iria parar com sequestros. Disse que ia para o Paraná para ir atrás de doleiros. Sabe o caso do Alberto Youssef? Desde aquela época os doleiros já eram famosos naquele estado.

    O PCC não teria nada a ganhar com a morte de Celso Daniel. Qualquer crime tem uma motivação, por mais banal que seja, porque a ação cometida deverá satisfazer um objetivo prévio. Isso acontece até mesmo no caso dos psicopatas.

    O perito do caso foi morto num suicídio. Uma testemunha e um envolvido no crime morreram por conta do PCC. Um investigador foi morto por bandidos que se passavam pela Polícia Federal. Não há relação entre os crimes? Ou foi apenas coincidência?

    O médico legista cometeu suicídio, confirmado pela investigação e pelos exames necroscópicos efetuados pelos seus próprios colegas. Vamos lembrar que o caso Celso Daniel envolveu diversas pessoas, em diferentes níveis, e estas pessoas tinham diversas outras relações, numa escala de progressão aritmética.

    O garçom que trabalhava no restaurante em que jantaram Celso e o Sombra, depois de um tempo foi vítima de tentativa de roubo da sua motocicleta. Ele tentou fugir, mas a pessoa que estava na garupa da moto dos ladrões deu um chute na moto que, desgovernada, bateu em um poste, causando sua morte.

    A testemunha que presenciou esta cena era um ex-monitor da antiga FEBEM, demitido e jurado de morte por um dos internos. Tempos depois, foi morto por um deles. Qual a ligação deste monitor com Celso Daniel ou o Sombra? Nenhuma.

    Conectar todas essas histórias é pura teoria conspiratória, do mesmo padrão de quem acredita no homicídio do Getúlio Vargas. A imprensa relacionou as mortes com viés de possibilidade, mas sem qualquer amparo na racionalidade.

    O investigador do DENARC neste enredo surrealista foi dominado e amarrado por ladrões que se passaram por policiais federais. Depois que os ladrões saíram do apartamento, o investigador se libertou das amarras nos pulsos, pegou sua arma que estava

    escondida e foi atrás dos criminosos e um terceiro que o atingiu covardemente.

    Parece romance policial?

    E digo mais. Quero que um especialista me mostre na literatura policial um caso no qual a vítima de um crime de silenciar uma testemunha saia correndo atrás dos algozes… Isso tudo é risível. Outro caso, que a imprensa quis relacionar com o Celso Daniel foi o de um agente funerário que teria descoberto o corpo.

    Primeiro, ele não descobriu o corpo, apenas escutou na frequência do seu rádio o caso do surgimento de um cadáver. Chegando ao local, ele teria reconhecido o que poderia ser o prefeito sequestrado. Somente isso.

    Ele foi morto depois por disputa comercial, por um matador contratado por outro dono de funerária na Grande São Paulo. Ambos presos e condenados.

    Qual a vinculação com a morte de Celso Daniel? Esta simples pergunta a grande imprensa não leva em conta. O Dionísio e o parceiro dele foram mortos em razão de brigas entre criminosos, conforme as investigações que foram realizadas.

    Qual é a sua opinião sobre a projeção da versão do Ministério Público neste caso?

    O MP é um órgão importantíssimo em qualquer democracia que viva sob o império da Lei. Contudo, é formado por humanos que erram e erram feio. Fazem isso por má-fé ou incompetência, e às vezes pelos dois fatores. Eles optaram pela tese de crime de mando, ou seja, contrataram pessoas para matarem Celso Daniel. A Polícia Civil, que eu fiz parte, apurou que foi sequestro seguido de morte, uma tese menos mirabolante ou contrária aos fatos.

    O que você acha da atuação do juiz Sergio Moro? Ele têm razão em ver ligações do caso Celso Daniel com a corrupção da Petrobras? 

    ​​​​​​A atuação do juiz Sérgio Moro é complexa. O fato de ele decidir rapidamente ao condenar corruptos é algo positivo, mas ele tem de agir dentro da lei, pois ela é para todos e para ele também. Serve para os medalhões de outros partidos, também.

    O vínculo da morte de Celso Daniel com outros crimes e desmandos não é verdadeiro. Os crimes de corrupção em Santo André, com a participação do Sombra, estão sendo investigados, inclusive com condenações na Justiça, e são outra história.

      

  5. Usado para atrair mídia mais uma operação bombástica

    Como se dizia nos tempos de antigamente o que falta aos vazajatistas é vergonha na cara.

    Simples assim.

    Inventam, chutam, manipulam, metem fatos a martelo em suas teorias mirabolantes, navegam no sonhático ao custo de milhões dos cofres públicos.

    Para coroar o circo vão ao congresso pedir completa irresponsabilidade pelas besteiras que fazem.

    CNJ, CNMP, STF ?

    Apenas nulidades.

  6. Provas? Quem disse que a PF,

    Provas? Quem disse que a PF, MPF ou justiça precisam de provas? Essas instituições viraram um circo, só precisam de manchetes, e nem precisam que fiquem muto tempo em destaque porque no dia seguinte logo é providenciada uma outra para tomat o lugar da antiga que já perdeu o efeito.

  7. o fato é que caso foi

    o fato é que caso foi investigado pela polícia mais competente da face da terra, do PSDBSP, portanto, qualquer coisa em contrário só iria desmolizar uma das poucas coisas valiosas que essee país possui

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