Varejo paulista fecha mais de 60 mil empregos em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O comércio varejista no Estado de São Paulo encerrou 2015 com 60.441 postos de trabalho a menos, resultado de 1,012 milhão de admissões contra 1,072 milhão de desligamentos, segundo levantamento elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Este foi o primeiro saldo anual negativo desde o início da série histórica, em 2007, o que significa, na comparação com 2014, um recuo de 2,8% no estoque de trabalhadores do setor, que atingiu 2,13 milhões, voltando aos níveis apurados em agosto de 2013.

Apenas em dezembro, foram eliminadas 12.181 vagas formais, em razão das 71.907 admissões contra 84.088 desligamentos. No mês, a ocupação formal registrou queda de 0,6% na comparação com o total registrado em novembro de 2015. Ao se observar o saldo positivo de 13.682 novas vagas de novembro, pode-se concluir que praticamente não houve efetivação dos temporários contratados para o período natalino.

Entre as nove atividades pesquisadas em dezembro, sete apresentaram diminuição no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2014. Os setores de concessionárias de veículos (-8,2%) e de lojas de vestuário, tecido e calçados (-7,1%) foram os que apontaram queda mais acentuada. No sentido contrário, os únicos setores que não registraram redução de vagas foram os de farmácias e perfumarias (2,3%) e de supermercados (0,9%).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o saldo negativo do emprego no comércio varejista paulista em 2015 foi resultado direto da queda do faturamento no setor.  A inflação alta, a restrição de crédito, o avanço do desemprego e as incertezas em relação aos rumos da economia resultaram em uma queda brusca do consumo das famílias.

Observando os dados por ocupações, as funções que mais perderam vagas foram as de vendedores e demonstradores, com -12.765 postos de trabalho. O segundo posto com maior redução de vagas foi a área administrativa das empresas. São -6.979 vagas para escriturários, assistentes e auxiliares administrativos.

Adicionalmente, 30% das vagas fechadas pelo comércio varejista paulista eram preenchidas por diretores, gerentes e supervisores de empresas e áreas internas. Segundo a FecomercioSP, os dados mostram que a redução do quadro funcional atingiu todos os níveis da empresa, inclusive aos funcionários com atuação institucional de liderança e com rendimento médio mais elevado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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