Vendas de supermercados caem 4,86% em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As vendas dos supermercados de todo o país, em valores reais, cresceram 2,91% no mês de setembro (em valores reais) na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informações da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com o mês anterior, houve queda de 4,86%. No ano, o setor registra alta de 1,77% ante igual período de 2013. Os números consideram os valores deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Na divulgação do Índice Nacional de Vendas, a entidade também apresenta a pesquisa Abrasmercado que mostra o comportamento de uma cesta de compras composta por 35 itens, como alimentos, higiene, beleza e limpeza doméstica. Os dados mostram que a cesta apresentou alta de 0,9% em setembro em relação a agosto. No mesmo período, o IPCA variou 0,57%. Nos últimos 12 meses, a cesta apresenta alta de 5,28%. O valor, no entanto, fica abaixo da inflação do período, que foi 6,75%.

As maiores altas foram observadas nos itens cebola (8,78%), biscoito Cream Cracker (4,89%), carne traseiro (3,33%) e frango congelado (3,15%). Quedas mais significativas, por outro lado, ficaram por conta da redução no preço da batata (-6,4%), do tomate (-5,19%), do ovo (-3,95%) e da farinha de trigo (-2,93%). O Sudeste foi a região com maior alta, 1,90%, com valor de R$ 360,03. O Nordeste, por outro lado, foi a única região que apresentou queda (-0,77%), com valor de R$ 329,15.

Para o fim de ano, o setor espera um avanço de 14,1% nas vendas de produtos típicos durante as festas deste fim de ano – embora indique elevação, a taxa é inferior à previsão feita para as vendas do ano passado, quando se esperava alta de 14,9%. “O nível de encomendas no varejo continua bom. Não é uma grande variação, mas há um clima de tranquilidade do ponto de vista das vendas, apesar de ser menor em muitas categorias”, disse o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda, em entrevista à Agência Brasil.

A cerveja é o item com previsão de maior crescimento de vendas no período de natalino, com 16,8%. No ano passado, na mesma época, a estimativa era 15,3% de alta nas vendas. Para este ano, depois da cerveja, aparece o refrigerante, com alta prevista de 16,2%. O percentual também é maior do que o verificado no período de festas de 2013, que foi 15,2%. Os demais itens analisados na pesquisa da Abras apresentam recuo na expectativa de vendas. O maior deles foi o de peixes frescos, que caiu de 9,6% para 6%, seguido pelo bacalhau, de 11,9% para 8,4%.

No grupo de produtos de época, o lombo suíno é o que apresenta maior expectativa de aumento de vendas, 15,5%. Na opinião de Sussumu Honda, a alta está relacionada ao perfil das famílias. “Ele [lombo] teve esse aumento na preferência [em detrimento do pernil] pelo fato de as famílias serem hoje menores”, explicou. Os supermercados também esperam grande procura de  panetones, com incremento de 13,8%, assim como de bebidas natalinas (13,6%) e frutas da época (13,5%). Nos itens importados, os vinhos ganham destaque, com estimativa de 10,8% de crescimento nas vendas.

Entre os produtos mais procurados neste período do ano, o pernil é o que deve ficar mais caro em relação aos preços do ano passado, com alta de 12,2%. A cerveja também vai pesar mais no bolso do consumidor, com elevação de 12%. Em seguida, estão o lombo (11,8%), o refrigerante (11,6%) e o frango congelado (11,3%).

O setor supermercadista espera para todo o mês de dezembro crescimento de 4% a 5% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. A alta, no entanto, ocorre em meio a uma base fraca. “O crescimento em dezembro do ano passado foi muito ruim”, lembrou Honda. Em valores reais, houve crescimento de 2,87% nas vendas entre dezembro de 2013 e dezembro do ano anterior. A média de crescimento em relação a novembro é em torno de 25% a 30%, mas, no ano passado, o aumento ficou em cerca de 20%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Então se cresceram em

    Então se cresceram em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a comparação com o mês anterior deste ano, em si, e nada, é a mesma coisa. Apenas algo da série “me engana que eu gosto”.

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