Violões de Minas, de Geraldo Vianna

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Mcn

Esse documentário foi indicado aqui no blog em 2013. Na época, me passou despercebido. Mas, que espetáculo! Repito: que espetáculo!

Dos violonistas mineiros documentados, os antigos e os novos, só conhecia o Toninho Horta. Mas, o ignorante aqui sou eu. O filme apresenta um melhor que o outro. Uma seleção de craques!

Além disso, parece-me que o projeto desvenda o incrível mistério da tradição harmônica da música mineira. Por que tantos compositores mineiros escrevem músicas com harmonias tão sofisticadas?

Pelo que entendi, tudo começa com Chiquito Braga, que como Jobim, amava os impressionistas franceses (Ravel e Debussy) e o jazz americano. Egberto Gismonti chama-o de “o grande”. Ele foi uma espécie de “pai” musical de Toninho Horta e, depois, um de seus mais entusiasmados fãs. E influenciou um trem de violonistas de 1ª linha!

Do site Música de Minas

O documentário “Violões de Minas” foi escrito e dirigido pelo compositor, violonista, arranjador e produtor musical, Geraldo Vianna e conta a história do violão em Minas Gerais, desde a primeira metadade do século passado até a atualidade. Dele participam Chiquito Braga, Juarez Moreira, Toninho Horta, José Lucena, Teodomiro Goulart, Fernando Araújo, Beto Lopes e Wilson Lopes, Gilvan de Oliveira, Aliéksey Vianna, Dirceu Cheib, Renato Sampaio e Vergílio Lima. Produtor fonográfico: Gvianna Produções.

Palavras de Egberto Gismonti para Geraldo Vianna, sobre o documentário:

É uma beleza! Lembro da sua conversa com o sr.? (esqueci o nome) do Estúdio Bemol sobre o histórico de estúdios. Achei bonito o ponto de vista dele, quase técnico, mas, sobretudo filtrado pela paixão e pela experiência auto-didata, a mesma que já nos levou a tantos resultados ricos pelo Brasil afora. Esse DVD é um documento tão bonito, tão exclusivo, tão plural – parte da nossa miscigenação -, pela música, pelo violão e pelas palavras de todos que interferem e doam, mesmo de forma resumida, sua sabedoria e sua benevolência. Lembro que gostei muito de conhecer as histórias do Toninho (Horta) com a Gilda (sua irmã) e com seu violão que continua no caminho de transformação para virar o próprio Toninho. Cada um de vocês marca sua presença pela parecença, gratidão e a maneira de vibrar seu violão. Coisa pra lá de rica. Me lembrei de uma gravação K7 que Toninho me deu nos anos setenta: Dona Olímpia dizia: “Encantador, parecia até coisa encantada…”. Acho que ela estava se referindo ao DVD que vocês fizeram anos depois. Parabéns pela produção dessa beleza, rica, reluzente que engrandece e ilumina – nós, os brasileiros. Um abraço pra você, pro Aliéksey, pro Toninho, pro Chiquito – o grande -, pra todos os outros que participaram e, um forte, pro Juarez, que agradeço mais uma vez pelo presente e amizade. 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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