Volatilidade volta a afetar bolsa, que fecha em alta de 0,18%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A divulgação de indicadores importantes e a cautela dos investidores quanto ao comportamento do setor externo levou a bolsa de valores a ter uma quarta-feira (4) de volatilidade. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em alta de 0,18%, aos 51.716 pontos e com um volume negociado de R$ 6,189 bilhões. A bolsa acumula um ganho de 3,41% no mês, enquanto a perda anual é de 15,15%.

As negociações foram afetadas pela valorização das bolsas nos EUA (Estados Unidos) e pelos papéis da Petrobras – que foram afetados pelas declarações do ministro da Energia, Edison Lobão, de que o governo não cogita “no momento” um reajuste dos preços da gasolina -, mas a desvalorização dos papéis da Vale e da OGX contrabalançaram o ritmo. “A expectativa era grande pela manhã, com a aprovação do Congresso norte-americano ao ataque à Síria. À tarde, as bolsas viraram a tendência por completo e fecharam em alta”, explica o analista Elad Revi, da corretora Spinelli.

Os agentes também acompanharam a divulgação do Livro Bege, que retrata as condições da economia dos EUA. Segundo o documento, a economia do país encontra-se em processo moderado de crescimento, e os gastos dos consumidores aumentaram. Oito regiões pesquisadas pelo Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) classificaram a expansão econômica como “moderada”, e outras três a caracterizaram como “modesta”, enquanto a área de Chicago sinalizou apenas uma “melhoria”. O relatório também destaca que gastos com consumo, viagens, produtos manufaturados e a demanda de serviços subiu na maioria das regiões do Fed. A criação de empregos também ficou estável ou melhorou, e a inflação encontra-se sob controle.

“O Livro Bege reforçou novamente a possibilidade de se reduzir os estímulos no curto prazo. Para os Estados Unidos isso é bom, mas para o resto do mundo não é tão bom”, diz Revi. “Nos Estados Unidos, representa melhora da economia, mas isso muda um pouco o fluxo de dinheiro, saindo dos emergentes e voltando para os países mais avançados. Essa mudança já está acontecendo. A questão da Síria é outro peso forte, e pode denotar a queda da bolsa ou não. A gente teria que esperar um dado mais certo do que vai acontecer”.

No câmbio, a cotação do dólar encerrou o dia em queda de 0,17% no balcão, a R$ 2,3560, segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado. A moeda chegou a perder força no começo do dia, mas voltou a subir depois da divulgação dos dados do Livro Bege e dos números do fluxo cambial brasileiro, que encerrou agosto com um déficit de US$ 5,850 bilhões, a maior saída de capital registrada desde dezembro de 2012. O Banco Central manteve sua estratégia de leilões diários, e realizou a venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), em um total de US$ 498,4 milhões.

Nesta quinta-feira (5), os agentes vão acompanhar a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e o leilão de títulos do Tesouro Nacional. No exterior, destaque para o anúncio da taxa básica de juros pelo BCE (Banco Central Europeu), além dos números de pedidos de seguro-desemprego nos EUA.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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